Amar-te escrita por SnowDay


Capítulo 5
;Melancolia;


Notas iniciais do capítulo

Eu peço mil desculpas por ter sumido, mas estava muito ocupada com trabalhos extras que peguei para fazer nas férias e recuperar notas ;-;
Bem, espero que gostem desse capítulo, e que eu mesma não tenha me perdido na estória e.e
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/697977/chapter/5

Lysandre concordou e, de maneira desconfortável, entrelaçou nossos dedos. Entramos por fim no parque, e eu rapidamente me dirigi ao carrossel, não para andar, apenas para observar os cavalos girando e girando, eles corriam em círculos, sem se mexer de fato, isso me trazia uma sensação de melancolia. Acabamos por aproveitar a noite e eu descobri que Lysandre era um rapaz reservado, o que o tornava um bom ouvinte. Em alguns momentos eu achava que estava falando de mais, então me calava, mas então ele começava a me incentivar a prosseguir. Nisso aprendi que ele gostava muito de coelhos, que os pais moravam em uma fazenda no interior, que ele tinha uma tatuagem nas costas, que escrevia músicas e poemas e que tinha uma banda com Castiel, onde ele era o vocalista. Por algum motivo, me senti bem por passar aquela noite com ele, me senti bem de uma forma que eu não me sentia a muito tempo.

***

Com o passar dos dias, eu e Lysandre continuamos a manter contato, eu sempre arranja algo novo para falar, mesmo que fosse a coisa mais aleatória do mundo. A forma que ele me olhava as vezes me deixava nervosa, como se achasse graça em tudo que eu dizia ou fazia, como se eu fosse uma criatura de outro planeta e ele o cientista que estava responsável por mim. Em um fim de tarde, quando eu finalmente consegui sair da escola, lá estava ele, com seu visual "exótico".

– Hey, o que você está fazendo aqui? - perguntei no automático, me sentando ao lado dele, que estava concentrado em seu bloco de notas. Me inclinei na tentativa falha de olhar o que ele fazia - O que você...

– A curiosidade matou o gato - falou ele fechando o "caderninho" - Eu vim te ver, acho que tínhamos marcado algo...

– Ah claro! - como eu tinha me esquecido, a dois minutos eu estava ansiosa por aquilo, e agora, quando bati os olhos nele, simplesmente me esquecera. Era engraçado como as coisas podiam mudar de uma hora para outra - Então onde vamos? Posso escolher o lugar?

– Não, hoje eu vou escolher o lugar - ele disse, e assim que abri a boca para perguntar algo, ele pos um de seus dedos finos sobre meus lábios - Tenho uma surpresa.

Eu realmente estranhei isso, o fato dele ter uma surpresa, claro que tudo vindo de Lysandre poderia ser denominada assim, porque ele era, sem duvidas, a pessoa mais misteriosa que eu já vira na vida.

– Tudo bem... - concordei meio insegura - Mas você podia me dar pelo menos uma pista...

– Não - sua resposta foi tão breve e vazia que eu não percisti.

Coloquei o lenço que ele tirara ddo pescoço e amarrei em meus olhos, como ele me indicara, e então deixei que Lysandre me guiasse.

***

– Pode abrir os olhos.

Estávamos diante a um pequeno estúdio de tatuagem, Lysandre segurava meus dois ombros, talvez para que eu absorvesse toda a informação e... Entendesse, mas eu não compreendia.

– Quando estávamos no parque você me disse que queria uma tatuagem, e bem, eu vou te dar uma... - ele disse entretido com a vidraça.

Quando falei isso para ele, não pensei que ele prestasse atenção, tampouco que me presentiaria com uma futuramente. Olhei para ele, encantada com o gesto, mas parecia loucura. Se eu aparecesse com uma tatuagem em casa, minha mãe me mataria. No entanto, algo me dizia que não tinha mais volta.

Uma garota com cabelos presos em uma presilha, de forma aleatória, com mais argolas na cara do que eram necessárias para fazer uma pulseira para mim.

– Então, já sabe o que vai fazer ou quer dar uma olhada nos modelos que eu tenho? - ela perguntou enquanto mastigava um chiclete de forma despojada.

– Acho que tem que ser algo especial, já que vai ficar na sua pele pra sempre - Lysandre aconselhou - Beatrice pode fazer o que você quiser.

A garota, Beatrice, assentiu de forma casual, tentando conter seu sorriso. Precisei pensar um pouco, e depois tomar coragem para dizer em voz alta, parecia um tanto... Qual é a palavra? Infantil?

– Quero tatuar um carrossel - falei e Lysandre me lançou um sorriso torto, como se aprovasse minha decisão.

Eu escolhi um modelo bem bonitinho que encontramos na internet, mas não sabia onde fazê-lá, foi então que pedi ajuda para Lysandre. Tive certeza então que não haveria lugar melhor do qual ele havia escolhido. Na lateral da minha costela.

Tive que tirar minha camisa para que ela fizesse a tatuagem, e achei que a dor era suportável, talvez não a mais fraca das dores, mas menor do que a de um acidente.

– Acho que ficou incrível - Beatrice disse - E eu podia jurar que você ia chorar, mas você não é fraca! Se quiser outras venha me procurar, te faço descontos por ser amiga do garotão.

– Obrigada - falei sem saber se era isso que eu devia fazer mesmo - Você já conhecia ele?

– Fiz a dele - ela me respondeu sorrindo.

Analisei a tatugem enrolada por plastico, e depois vesti minha camisa novamente. Beatrice me deu uma pomada e disse que eu deveria passar pelo menos por três dias, para não infeccionar, e evitar molha-la, pois ela podia desbotar.

Lysandre ergueu uma de suas sobrancelhas em uma pergunta silenciosa. Confirmei com a cabeça e abri um sorriso.

– Quando vai me mostrar? - ele perguntou.

– Quando você me mostrar a sua! - respondi sorrindo - Por que não me disse que tinha uma?

– Você nunca perguntou - ele deu de ombros - E é algo bem simples, apenas alguns conjuntos de asas.

– De qualquer maneira, eu gostaria de vê-la - rebati rapidamente sorrindo.

Lysandre tirou o casaco e depois a a camisa social, deixando seu peitoral nu, não sei ao certo, mas tenho certeza que eu rosto corou. Ele se virou de costas e ali estava uma das tatuagens mais bonitas que eu já tinha visto. Não pude deixar de tocar aquela imensas asas e pensar que elas podiam sair de suas costas dando a possibilidade de voar a Lysandre.

– Pronto? - ele perguntou depois de um tempo, e se viro, dando um passo a frente. Estávamos tão próximos um do outro que eu podia sentir a respiração dele em meu rosto, se eu erguesse o rosto, lá estariam os brilhantes e coloridos olhos de Lysandre, nossos lábios a centímetros de distância... - Tessa, eu...

Ele tocou meu rosto, o segurando com uma das mãos e o erguendo para que o olhasse. Mas minhas pálpebras se fecharam e nossos lábios se tocaram com suavidade.

Foi então que meu celular tocou e eu recebi a notícia que meu irmão piorara.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acha de fazer uma escritora feliz e sua humilde opinião me dar?
Até o próximo capítulo. Xoxo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Amar-te" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.