A filha de Alvo Dumbledore escrita por Nessa Hoff


Capítulo 4
Menos o Sr.Weasley...




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Acordei sentindo uma dor enorme em todo o meu corpo. Me levantei e olhei em redor,eu estava em um quarto desconhecido. Minhas coisas estavam em um canto do quarto e eu estava com a mesma roupa da luta. Tentei me lembrar do que tinha acontecido.

Aparatei em frente A Toca. Quando fui dar um passo, acabei caindo no chão. Por conta do cansaço da luta e dos meus ferimentos, desmaiei. Braços fortes me ergueram do chão e me carregaram antes de eu apagar.

Então eu estava n'A Toca. Tentei me levantar e acabei falhando. A dor me fez grunhir alto.

— Acho que nada de se levantar por enquanto.

Um homem ruivo me encarava com um sorriso debochado no rosto.

O mesmo homem do Caldeirão Furado.

— É melhor você tirar esse sorriso debochado do rosto antes que eu o tire a tapas.

— Credo, oferecemos nossa humilde casa para você se recuperar e é assim que você agradece? - Ele falou com uma falsa voz de indignação.

— Me desculpe, mas não gosto que riam de mim.

— Tudo bem. Me chamo Jorge Weasley. - Ele falou me estendendo a mão.

Espera aí! Ele não se chamava Fred?

— Jorge?

— Algum problema com meu nome?

— Não, nada. É que eu jurava que você se chamava Fred...

Ele me encarou com uma misto de curiosidade e diversão.

— Fred é meu irmão gêmeo.

— Ah, desculpe. Tinha me esquecido disto.

Ele deu uma gargalhada.

— Ok, tudo bem. Agora você quer comer?

— Por favor!

Ele saiu do quarto aos risos, me deixando sozinha.

Ignorando a dor peguei roupas limpas e sai também do quarto e comecei a procurar o banheiro.

Estava andando quando esbarrei em alguém. Era Jorge, de novo?! Mas ele tinha ido buscar comida para mim... Deveria ser Fred.

— Olha por onde anda! - Então ele viu que era eu. - Por Merlin! Me desculpe... Você ta bem?

— Acho que sim...

— Ei você não deveria estar na cama?

— Eu tava procurando o banheiro.

Ele deu um sorriso

— Deixa que eu te levo.

— OK.

Eu tinha pensado que ele iria me mostrar aonde era o banheiro, mas ele fez mais que isso, me carregou até lá.

— Me coloca no chão!

— Não. Você deveria estar na cama.

Bufei derrotada. Eu sabia que não iria adiantar discutir.

Droga...

Enquanto ele me carregava fiquei observando seu rosto. Reparei que ele tinha uma cicatriz pequena em seu pescoço.

— Eu sei que sou maravilhoso mas pode parar de me secar?

Revirei os olhos.

— Prontinho. Entrega sã e salva.

— Obrigada.

Entrei no pequeno banheiro e fui tomar um banho. Troquei de roupa e fui me olhar no espelho.

Me olhei no espelho sem me preocupar em fechar a porta. Afinal se eu caísse ele iria ter que me levantar. Encarei minha face no espelho. Eu estava com profundas olheiras. Meus olhos verdes brilhantes herdados de minha mãe estavam tristes e sem brilho. A única coisa que eu herdara de minha mãe foram os olhos e minha pequena estatura. Me observei meticulosamente. Antes eu tinha um corpo perfeito, com muitas curvas, agora eu estava magricela. Minha pele sempre fora pálida, mas agora estava tão branca que poderia ser facilmente confundida com um fantasma. Meus cabelos moreno claro, antes com lindos cachos vivos e brilhantes, estavam desgrenhados e sem vida. Meu rosto que antes fora bonito e iluminado com meus sorrisos, agora estavam com aparência de morta. Depois da morte de meu pai, meus sorrisos não chegavam mais aos olhos. Meus momentos felizes duravam pouco. Eu parecia morta.

— Eu estou horrível... - Sussurrei.

— Me chamou?

Olhei para ele.

— Não... Ta tudo bem.

Ele me pegou no colo e me levou de volta ao quarto.

— Olha, se você quiser conversar... Eu to aqui.

Assenti e esperei que ele saísse do quarto.

Uma lágrima quente escorreu pela minha bochecha.

Jorge chegou logo depois com algumas torradas e uma poção para a dor. Logo depois adormeci.

                    ★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★★

Quando acordei já estava escuro. Estava me sentindo melhor do que antes. Me levantei e desci segurando o colar de minha mãe.

Senti o cheiro delicioso da comida e o segui. Quando cheguei a cozinha todos já estavam jantando. Olhei a mesa e os únicos que eu conhecia eram o sr. Weasley, Fred, Jorge, Harry, Hermione, Ronald e a sra. Weasley.

— Desculpe interromper.

A sr. Weasley veio em minh direção.

— Tudo bem querida. Eu já ia levar a sua comida lá para cima. Sente-se... Você está tão magrinha.

Sorri para ela.

— Obrigada sra. Weasley.

— Me chame de Molly.

Sentei a mesa junto dos outros. Olhei para Fred e Jorge que me deram um sorriso.

— A comida está maravilhosa Molly.

— Muito obrigada.

— Então... O que a traz aqui?

— Eu vim falar com o Harry.

Harry me olhou curioso.

— O que você quer me dizer? - Me perguntou um pouco rude.

— Harry! - Hermione o repreendeu.

— Harry está muito deprimido com a morte de Dumbledore. - Ronald disse com pena do amigo.

Me senti como se estivesse sendo esfaqueada.

— Eu não estou assim e também estou sofrendo.

— Mas ele e Dumbledore eram muito próximos...

Ri amarguradamente.

— Ele nem conhecia Alvo Dumbledore.

— Como se você soubesse de tudo da vida dele!

Respondi com uma calma digna de meu pai.

— É meio que uma obrigação de filha conhecer o pai...

Barulhos de talheres e copos caindo foram ouvidos. Todos estavam chocados, menos o sr. Weasley.


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