Safe and Sound... escrita por Day Alves


Capítulo 2
Por Deus...


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoal... Primeiramente, queria agradecer a LuciaVitoria por ser a primeira a comentar. Vocês não fazem ideia do quanto a opinião e o apoio de você são importantes para mim.
Agora deixo mais um capitulo com vocês.
Espero que gostem. Boa leitura! *-*



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Observo Peeta passar pela porta e me encarar, não posso deixar de soltar um suspiro.

— Eu trouxe isso para você, Greasy me contou que hoje não poderia trazer pão para você tomar café, então tomei a ousadia de trazer para você, espero que goste. – Ele disse rápido, mostrando o quão envergonhado estava e eu solto um sorriso divertido.

— Obrigada Peeta, não precisava se incomodar. – Disse entrando na cozinha sendo acompanhada por ele.

— Não foi nada, na verdade também queria saber como você está. – Ele coloca o cesto sobre a bancada e volta a me encarar.

— Estou bem. – Respondo simplesmente e o incômodo silêncio se alastra. — Chegou em boa hora, quer tomar café comigo? – Pergunto sem pensar, sinto que fiz a coisa certa quando vejo Peeta sorrir e se sentar ao meu lado.

Me levanto lhe servindo uma xícara de café e pegando um prato o servindo com fruta e pão. Peeta pega a xícara de café a leva até a boca, tomando um gole do café, cuspindo-o para fora logo em seguida.

— Peeta, você está bem? – Digo pegando um pano para limpar sua roupa enquanto ele passa o guardanapo sobre seus lábios fazendo uma careta em seguida.

— Por Deus Katniss, acabou a açúcar da sua casa? – Ele pergunta sorrindo.

— Me desculpa, eu fiz o café mais forte para ver se minha cabeça ficava melhor, a falta de uma boa noite de sono tem me feito sofrer horrores. – Digo sem graça e ele se levanta.

— É, as vezes eu também tenho dificuldades em dormir. – Ele diz tristemente abaixando o olhar.

— É, e agora que eu não tenho você para dormir comigo, as coisas ficaram ainda piores. – Digo de supetão fazendo Peeta me encarar. — Tem suco na geladeira, vou pegar para você.

Peguei o suco e coloquei em um copo para Peeta, começamos a comer em silêncio, algumas vezes eu não pude deixar de reparar em sua aparência. Peeta está bem mais forte, seus braços mais torneados, os cabelos mais loiros e os olhos bem mais brilhantes e alegres. 

— E então, o que você acha Katniss? – Peeta diz, me afastando de meus pensamentos.

— Hã? – Digo demostrando que não estava prestando atenção no que ele dizia, apesar de estar o encarando. Peeta dá um sorriso discreto e nega com a cabeça. — Perdão, eu me distraí.

— Eu estava dizendo que demorei, mais finalmente estou na reta final da reconstrução da Padaria. — Ele diz com os olhos brilhando mostrando toda sua emoção, eu vê-lo tão animado não pude deixar de sorrir.

— Meu Deus Peeta, isso é fantástico. – Eu digo animada, o que o faz sorrir de lado. Por um momento pude ver o meu Peeta nesse sorriso. “Espera, meu Peeta”? Balanço a cabeça em negação voltando meu olhar para Peeta.

— Só falta uns últimos reparos, vou ir para lá depois do café, tem umas paredes que estão precisando de tinta. – Ele diz e me olha. — Quer me acompanhar?

— O que? – Perguntei surpresa, aposto que meus olhos estão arregalados. — Está me chamando para te ajudar na Padaria? – Digo, ainda surpresa.

— Sim, bom... se você quiser. – Ele disse sem graça. — Por que a surpresa?

— Considerando a quantidade de tempo que você vem me ignorando... Só estou surpresa. – Digo e Peeta me olha como se pedisse desculpas.

— Sinto muito Katniss, eu só... não sei, estava com medo de sofrer. Você sempre soube dos meus sentimentos por você. E quando eu voltei para o 12, eu ainda estava muito confuso. Não sabia o que te dizer. Sei que eu te deixei quando você mais precisou de mim, e sei que fui egoísta em pensar só nos meus sentimentos, mesmo que naquele momento você não precisasse de um amor... você precisava de um amigo, e eu falhei como os dois. – Ele disse com os olhos cheios de lagrimas e eu vi arrependimento em seu rosto.

— Tudo bem Peeta, estava sendo difícil para você também. Não posso te cobrar nada, porque mesmo se eu não correspondesse ao seu amor, eu deveria ter estado ao seu lado como sua amiga. Mas naquele momento, tudo que eu queria, era morrer. – Digo deixando uma lagrima teimosa cair dos meus olhos. Meio receoso Peeta levanta sua mão até meu rosto, enxugando minhas lagrimas. Devagar ele foi se aproximando, quando estávamos apenas a alguns sentimentos de distância. Peeta se levanta olhando seu relógio de pulso.

— Perdão Katniss, mas eu tenho que ir. Você vem comigo? – Ele diz e eu posso ver uma faísca de esperança em seus olhos azuis. “Deve ser coisa da minha cabeça”.

— Está bem, eu vou. Só me espere colocar as coisas na louça. – Digo colocando tudo na louça em tempo recorde. Estou animada com a ideia de sair de casa, desde que cheguei ao 12, uns seis meses atrás, não sai mais de casa. — Vamos. – Digo passando com Peeta pela porta da frente.

Começamos a andar pelo distrito e não posso deixar de me surpreender com o que vejo. Já retiraram quase todos os destroços que estavam espalhados pelo distrito, haviam construído novas casas, e uma grande concentração de pessoas andavam pelas ruas conversando despreocupadas, já haviam reconstruído a escola e como hoje era quinta-feira e ainda bem cedo, algumas crianças entravam na escola. Andando mais a frente vejo um Hospital, uma coisa que nunca tivemos o luxo de ter aqui no 12. Realmente as coisas estão melhorando, e muito com o novo governo.

Quando chegamos em frente à padaria eu falo:

— Bom. O que vou ter que fazer?

— Nada. – Diz Peeta sorrindo.

— Nada? – Repito incrédula.

Ele me olha com um sorriso no rosto e fala:

— Bem, eu vou pintar algumas paredes lá de dentro, se quiser me ajudar.

— Então vamos. – Digo pegando-o pela mão enquanto entramos. Eu já havia pegado na mão de Peeta milhões de vezes, mas desta vez sinto meu corpo formigar de forma estranha.

— Meu Deus, não tem ninguém aqui. – Digo surpresa.

— É que, como só falta algumas coisas, eu resolvi eu mesmo terminar e dispensei os outros. – Ele diz encarando a parede.

— Ah, sim.

— Espere aqui, eu vou pegar os materiais.

— Ok. – Falo simplesmente e ele sai.

Aproveito para reparar a padaria enquanto ele volta. Ela está muito diferente da antiga. Está mais espaçosa e mais aconchegante apesar de ainda faltar muitas coisas. Estou tão entretida que nem escuto Peeta falar comigo, até que ele começa a passar a mão em frente ao meu rosto.

— Katniss?

— Oi. – Digo.

— Vamos começar? – Ele diz abrindo as latas de tinta. Com muita paciência Peeta começa a me explicar por onde iremos começar e eu tento fazer o meu melhor para agradá-lo.

Passamos a manhã inteira pintando e falando de coisas aleatórias. Quando terminamos nos sentamos no chão de frente para a parede e eu pergunto:

— E aí? Como fui?

— Sinceramente? – Ele pergunta e eu assento. — Está até bom para uma iniciante. – Ele diz brincando e eu lhe dou um soco de leve no braço.

— Não seja grosseiro. – Digo entrando na brincadeira. — O que eu fiz ficou magnifico! – Digo com uma voz de entusiasmo.

— Você acha? – Ele pergunta. — Eu não achei tão “magnifico” assim.

— Sim, acho até que vou entrar para o ramo. – Falo, me referindo a ser pintora e Peeta sorri. — Agora é sério. Fui bem?

— Absolutamente, não. – Dou um tapa em seu ombro percebendo que ele ainda está brincando comigo. — Está bem, está bem, foi até razoável. Docinho. – Ele diz gargalhando em seguida ao ver que se deu mal tentando imitar Haymitch me chamando de “docinho”.

— Podemos ir agora? Estou morta de fome. – Eu digo e ele se levanta ficando sério.

— Claro, só me deixa fazer algo antes. – Ele diz mergulhando um dos pinceis que estávamos usando em uma lata com um resto de tinta. Quando percebo ele se aproximar de mim e adivinho o seu proposito me levanto abruptamente do chão.

— Peeta, por favor. Não.Faça.Isso. – Digo dando passos para trás enquanto Peeta se aproxima mais de mim.

Tento correr para fora da padaria, mas é em vão, com apenas um braço Peeta me segura enquanto começa a me sujar de tinta. Tento me debater e lhe empurro, mais isso só faz Peeta se desequilibrar e cair me puxando junto, eu caio em cima dele. Rapidamente pego suas mãos e as prendo encima de sua cabeça, evitando que ele me suje ainda mais.

— Já chega Peeta, olha o meu estado. – Eu digo séria, logo me deixando levar por um sorriso divertido.

— Já lhe disseram que verde combina com seus olhos? – Ele disse sorrindo de lado.

Sim, ele escolheu a cor verde para pintar a padaria, o que a deixou com ar bem mais formidável, e isso não tem nada a ver com o fato de eu gostar de verde. E também não acredito que isso tenha influenciado Peeta a pinta-la de tal cor, as pessoas sempre dizem que verde é a cor da esperança e da liberdade. Talvez seja esse o espirito da coisa, talvez Peeta quisesse demostrar que agora somos livres e que sempre haverá esperança.

— Qualquer dia eu me vingo de você padeiro. – Digo em tom ameaçador.

Andamos pelo Distrito sem falar muita coisa. Percebo que todos olham para nós, quer dizer, para mim. E só aí me dou conta de que estou toda suja de tinta. 

— Por Deus... – Suspiro contrariada.

— O que foi? – Peeta pergunta com um ar confuso.

— Ah! O que foi? – Tento imita-lo, o que faz o mesmo soltar um risinho. — Nada, eu só estou andando por aí, toda pintada de verde.

— Acreditaria se eu dissesse que você nunca esteve mais linda? – Diz Peeta olhando para frente com um sorriso nos lábios.

— Não acreditaria nisso nem por um segundo. – Digo soltando uma gargalhada e Peeta me acompanha.

Continuamos a caminhar e eu não paro de me surpreender com a variedade de coisas que temos aqui agora. Ando tão distraída que nem percebo Delly falando comigo:

— E então Katniss?

— O que? – Eu pergunto me virando para ela, finalmente reparando o olhar curioso das pessoas que não hesitavam em me encarar.

— Eu estava perguntando como você está. Não te vimos desde que chegou aqui. – Diz ela sorrindo amigável.

— Estou tentando seguir em frente. – Digo forçando um sorriso.

— E então, você já resolveu com ela? – Delly pergunta se virando para Peeta, como se eu não estivesse ali.

— Podemos falar disso depois? – Ele pergunta desconfortável se virando para mim.

— Pode falar com ela Peeta, eu vou indo. – Digo me sentindo um pouco angustiada. Porque ele não quer respondê-la na minha frente. O que Peeta está me escondendo?

— Você já sabe da novidade Katniss? – Diz Delly se virando para mim.

— Quais novidades? – Pergunto séria.

— Peeta está...

— Delly, não. – Diz Peeta puxando seu braço e fechando a cara.

— Ah Peeta, que mal tem ela saber? Afinal, o amor de vocês não passou de um romance de fachada, todos sabem disso. – Ela diz e Peeta engole em seco. Então é isso que as pessoas pensam. Que tudo foi de fachada. Bom, talvez tenha sido no começo, mais a verdade é que eu realmente gosto de Peeta, e depois de passar uma manhã tão divertida com ele. Só tenho mais certeza sobre isso. Mas de fato, do que Delly está falando? — Peeta está namorando.


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Notas finais do capítulo

Oii de novo... Espero que tenham gostado e que ninguém tenha morrido do coração com a frase final. Rs. Estarei postando em breve, então não esqueçam de me mandar comentários, que seja criticas, elogios ou dicas. Tudo que vem de vocês é bem vindo. Até mais. *-*



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