Eu sempre soube que eu era o avatar, desde os sete anos quando descobri por acaso que eu dominava o fogo e a terra . Não me lembro de como a minha vida era antes só sei que meus pais e eu morávamos no andar mais baixo de Ba sing se . Desde então eu tenho treinado, treinado e treinado. Me tornei mestre nas dobras de terra e fogo, também aprendi a dominar o metal e o raio, me tornando o segundo avatar que domina o metal e o primeiro que domina  metal e o raio.- Sei que ainda tenho muito a aprender sobre as dobras mas por enquanto é isso que sei, e ainda tenho que passar no teste contra os dobradores de metal. – por falar nisso, eu estou nele neste exato momento.

    Salto pro lado pra escapar de um cabo de metal que jogaram em mim, o agarro e puxo o membro da lótus branco pra perto de mim. Bato em sua nuca e acerto a sua testa contra o chão o deixando inconciente . Plaquinhas de metal vem em minha direção, bato com as pontas dos dedos fazendo as plaquinhas irem pra cima e pra baixo pra ,longe de mim. Me lembro de como li nos livros de História que a Kuvira mudou completamente o modo de dominar o metal, levando á algo totalmente novo.

     Rolo no chão e me cubro com uma placa de metal fazendo uma armadura sólida.

     Dobro o metal e avanço com uma velocidade impressionante e atropelo um dos mestres e ele voa longe. Desfaço a armadura e prendo o outro cara e o lanço pra longe. Me coloco em posição pronto pra enfrentar os outros dois dominadores que faltaram e eles parecem estremecer só com o meu feito.

    Lanço um cabo de metal no pulso de um deles e o giro o derrubando no chão. Depois o jogo pra cima e ele grita e depois caí em cima do telhado.

      Dou uma rasteira no chão e lanço uma pedra aos pés do cara. Jogo um placa de metal no seu olhos e puxo ele pra perto de mim o seguro e bato no chão com suas costas.

       -ótimo, eu acabei, posso ir agora?-digo.- bom, eu já estou indo. –saio do tatame e vou andando pra fora até que sinto algo gelado se agarrando ao meu braço, me viro e vejo que um dos mestres usou água pra me segurar.

        -Wher. Essa sua falta de respeito, mostra completamente o se perfil de avatar incompleto.

        Atiro fogo na água a fazendo evaporar e me libertando.

        -Eu sou o Avatar, e se sou ou não um avatar incompleto a culpa é de vocês.- digo em tom firme.- já passou do tempo de eu aprender a dobra de ar e vocês me ensinam? Não, claro que não. E é por isso que eu vou aprender sozinho.- digo, todo o respeito que eu tinha pelos mestres da lótus branco se perdeu quando me disseram aos nove anos que não poderia aprender o próximo elemento até ter decorado todos os movimentos da dobra anterior, sendo que eu já tinha aprendido movimentos muito melhores.

       Saio com passos firmes do tatame indo até o jardim central, vai ser bom ir pra lá esfriar a cabeça pra variar.

      Ando pelas pedras perfeitamente esculpidas com dobra de terra e a grama aparada junto das flores bonitas e cheirosas.

  Me jogo em um banco de pedra de forma rude e fico sentado ali por um tempo respirando de forma brusca.

    A lótus branco fica me prendendo aqui quando o mundo precisa de mim.- A fênix está por aí na nação do fogo só trazendo mais caos e desequilíbrio e ficam me impedindo de fazer o meu trabalho como avatar. Não é que eu goste mas eu também não odeio, mas eu fui ESCOLHIDO, e por algum motivo, não posso fugir disso, eu tenho que entrar de cabeça, mas como eu vou fazer isso se a lótus branco fica me prendendo?

      -Wher.- diz uma voz macia e mansa atrás de mim, uma voz que eu sempre gostei de ouvir.

      -Jinora, eu não vou voltar pra lá. –digo em tom firme apesar de não gostar de falar assim com ela já que ela sempre me apoiou quando eu brigava com os membros da lótus branco e me contou histórias sobre o Aang e a Korra quando eu perguntava.

     -Eu não quero que você volte, eu quero te mostrar uma pessoa.- ela diz. Provavelmente  vai me apresentar á mais alguém que eu não quero conhecer ou uma estatua antiga de alguém importante.

        -Desculpa, mas eu não tô muito á fim de ver ninguém.- digo

        -Mesmo quando essa pessoa é um velho amigo seu?

        -Velho amigo?

        -Sim, e ele também quer leva-lo para dar uma volta.

        -Uma volta? Sério, isso parece muito melhor .- me levanto entusiasmado, pouco me importa quem seja esse alguém desde que ele me tire da minha prisão.

        -Venha comigo. - Ela diz pra mim e eu a sigo por um corredor escuro indo até  o pátio externo, o sol bate em meu rosto me fazendo estreitar os olhos mas ainda sim consigo ver um homem de costas de cabelo preto já meio grisalho, ele tem o cabelo bem cortado e sinto uma energia familiar vindo dele, é algo bom como se eu já conhecesse mas não lembrasse de onde, é algo bom.

       -Wher, á quanto tempo.- ele diz se aproximando.

       Já me acostumei com a claridade e agora posso vê-lo por inteiro, ele tem as sobrancelhas em formato de um raio e a pele pálida. 

       -Se lembra de mim? –ele sorri de uma forma acolhedora, paterna como se esperasse que eu soubesse mas não tem pressão como se também estivesse tudo bem se eu não lembrasse.

       -Mako.-digo e seu sorriso aumenta.

       Ele me abraça e uma energia positiva se emana dele.

       -Vamos, hoje o dia será longo. -ele diz.

       -Aonde nós vamos?- pergunto  

—Atrás do seu destino. –ele diz.

E não posso controlar um sorriso de ansiedade.

 Mako assovia e um vulto vem do céu voando em nossa direção, penso que é um bisão voador mas logo penso que não pode ser  isso, é mais alto e magro e mais se parece com uma serpente e então percebo e solto.

    -é um dragão. –digo

    -Isso mesmo. –diz Mako.

    O dragão pousa não muito longe de nós e eu corro pra perto dele, nunca tinha visto um dragão antes a não ser por livros e se fosse pela lótus branco eu nunca teria visto nem mesmo um porco-ornitorrinco.

    -Vamos. –diz Mako pra mim me mostrando a sela no dragão como se fosse pra mim subir nele.

  -Vamos andar de dragão? Que demais!- digo e Mako me ajuda a subir no réptil gigante.

  Ele começa a voar cortando o céu azul.

  -Aonde nós vamos? – pergunto olhando pra trás e vendo que a base já está longe.

  -Como eu já havia dito, vamos persegui o seu destino.