Acordei com o sol batendo no meu rosto. Eu olhei para o relógio e ainda era 10 da manhã. Eu fui até o banheiro e lavei meu rosto e fui ver quem já estava acordado. Subi para o 2º andar do ônibus e vi que todos ainda dormiam e vi também, que Larissa estava sem a camisa dela. Dei uma risadinha baixa e desci para o primeiro andar. Fiz café para mim, lavei a louça que eu sujei e fiquei sentada no sofá ainda olhando para a janela, até que, ouço alguém descer as escadas. Olhei para trás e era Tom. Ele foi direto para o banheiro e eu senti meu coração apertar. Eu me sentia culpada por alguma coisa, não sei por quê. Assim que ele saiu do banheiro, eu virei meu rosto para a janela. Ele passou por mim e disse um baixo "Bom dia", eu disse o mesmo e continuei a olhar para fora da janela, sem me importar muito que ele estava ali. Ele fez café para ele, comeu, e veio sentar-se do meu lado.

- Fê... - ele sussurrou em meu ouvido. Senti minha pele se arrepiar e por um instante eu fechei os olhos, mas logo olhei para ele. - ...desculpa.

- Pelo quê? - perguntei

- Por... Ontem, pelo o que eu fiz e tal... - ele disse - ...por minha causa você passou vergonha e...

- Tom, não precisa se desculpar, ok? - sorri e voltei a olhar para fora da janela.

- Eu sinto que preciso, sério. - ele disse - Mas enfim, de qualquer jeito, me desculpe ok?

- Tá, se isso te faz sentir-se melhor... - eu disse - ...eu sou capaz de tudo por ti. - sussurrei, esperando que ele não tivesse escutado

- Isso está na sua carta, certo? - ele perguntou. Droga, ele ouviu.

- Não sei, eu escrevi tanta coisa nela...

Dei um suspiro e voltei minha atenção para fora da janela, até que eu sinto Tom encostar sua cabeça no meu ombro. Meu coração começou a bater mais forte. Passei minha mão em sua cabeça, fazendo carinho nele. E por partes, lembrava da minha carta.

- Tom... Pode pegar a minha carta, por favor?

- Claro. - ele disse se levantando e indo para o 2º andar do ônibus e trazendo um envelope branco para mim - Aqui está.

Peguei o envelope na mão e o abri. De primeira, vi um cartãozinho com a letra da Larissa com o meu número. Ri ao ver isso e logo depois, vi uma folha. Peguei-a e comecei a ler:

Hey Tom, eu sou a Fernanda, prazer (:

Bem, eu não sei por onde começar e nem o que dizer... Na verdade, me sinto até meio mal em estar escrevendo isso, afinal, são tantas as coisas para te falar...

Bem, vou começar.

Desde o começo, desde o primeiro momento que eu conheci os Tokio Hotel, você me encantou, admito.

Eu senti, ou melhor, sinto uma coisa forte por você, não dá para explicar.

Eu simplesmente te amo e sou capaz de tudo por ti.

E não há nada mais perfeito que isso que eu sinto por você. É incrível como você consegue me fazer sorrir com apenas um olhar. Como você consegue me fazer chorar quando eu lembro que você não está aqui comigo. Fazer-me rir quando estou com problemas. Você consegue fazer eu me esquecer de todos à minha volta e só pensar em você, no seu sorriso, nos seus olhos, na sua voz... E não há nada que me faça parar de sentir isso que eu sinto por você. Não sei como falar o quanto eu te amo, não sei como dizer o quanto você é importante para mim... O seu sorriso, é o mais bonito, o seu olhar, é o mais sensual e só com esse seu piercing, você me deixa excitada. Não sei mais o que falar, acho que não tenho mais palavras para descrever o que eu sinto por você... E bem, tenho quase certeza de que você deve estar cansado de ler isso e também tenho certeza de que, você já leu muitas cartas assim. Mas, por fim, antes de terminar essa carta... Eu arriscaria minha vida para sentir seu corpo junto ao meu. Eu daria tudo o que eu tenho, Eu daria minha vida, meu coração, minha casa.Só para tê-lo junto à mim.Tom Kaulitz,eu te amo.

Sorri ao terminar de ler, não me lembrava de quase nada que eu tinha escrito ali. Olhei para Tom e vi que ele também estava lendo a carta. Fiquei observando ele, até ele terminar de ler. Quando ele terminou, olhou para mim e sorriu e naquele momento, eu fiquei a ponto de beijá-lo.

- Eu daria tudo o que eu tenho, Eu daria minha vida, meu coração, minha casa. Só para tê-lo junto a mim. Tom Kaulitz, eu te amo. - sussurrei para ele.

Ele chegou seu rosto mais perto e me beijou. Dessa vez, o beijo não era com tesão, desejo. Era com paixão, carinho e, eu me sentia bem. Pude sentir sua mão quente em meu rosto e sabia que aquele era o momento que eu sempre sonhei que eu sempre desejei. Quando terminamos de nos beijar, olhei diretamente para seus olhos castanhos. Eles estavam mais claros, graças à luz do sol e eles brilhavam. Sorri e por fim, me afastei um pouco dele e de repente ouvimos gente descendo a escada, olhamos para trás e era Bill de mãos dadas com a Larissa. Segurei o riso um pouco e virei para Tom, que assim que viu os dois juntos, já gritou:

- TÁ PEGANDO HEIN BILL... - não consegui segurar mais o riso e comecei a rir alto.

- E você hein Tom? - Bill disse se referindo a mim. Por um momento fiquei quieta e então, vi Tom pegar na minha mão e a levantá-la

- Pois é meu irmão, to pegando... - ele disse e riu um pouco. Olhei para ele sem entender nada e ele só sorriu pra mim.

Bill e Larissa foram fazer café para os dois e eu e Tom continuamos lá sentados no sofá.

- Tá pegando né Tom? - eu disse rindo

- É to, algum problema? - ele perguntou rindo

- Não, nenhum. - eu disse

Nos abraçamos e ficamos conversando ali mesmo, e logo depois Bill e Larissa se juntaram a nós e ficamos os quatro lá, conversando.Depois, quando era umas quatro da tarde, eu e Larissa decidimos ir embora,devíamos estar atrapalhando eles lá.Nos arrumamos e fomos nos despedir dos meninos, Gustav e Georg foram os primeiros e logo depois veio Bill e Tom.Fui até Tom e parei em sua frente, olhei em seus olhos e ele nos meus. Não sabia como me despedir e nem queria me despedir dele.

- Pois é... - ele disse meio baixo

- É, tenho que ir... - eu disse e fiquei olhando para os meus pés.

- Vou sentir sua falta. - ele disse pegando na minha mão. Olhei para ele e sorri.

- Eu também vou sentir sua falta. - eu disse. Ele sorriu e colocou uma mão na minha nuca, puxando meu rosto para mais perto do seu. Eu conseguia ver seus olhos castanhos de perto, eles estavam brilhando, assim como há algumas horas atrás. Sentiria falta disso. Mas quem ele quer enganar? Ele deve fazer isso com todas as fãs que dormem com ele. A trata como sua namorada, dorme com ela, depois faz uma despedida dramática e nunca mais fala com ela. Sabia que isso iria acontecer comigo e sei que essa despedida é só mais uma coisa pra me machucar depois. Afastei meu rosto do dele e apenas dei um beijo em sua bochecha. - Até mais Tom.