Elijah chegou tarde em casa, Rebekah ainda estava acordada sentada no sofá fazendo uma massagem no pé, o sapato havia apertado demais.

— ainda acordada?

— sim... Estou com muita dor nos pés. – ela abaixou o pé. – por que chegou tão tarde?

— dei o meu sangue para aquela moça que Niklaus quase matou, esperei ela acordar, e quando acordou a hipnotizei para esquecer dessa noite. – Elijah suspirou e sentou-se no sofá. – onde está Niklaus?

— já foi se deitar. – Respondeu Rebekah. – ele está mal, não sei como vai agüentar esperar até amanhã para falar com Katerina.

Klaus estava no quarto inquieto, precisava ver Katerina o quanto antes. Ele saiu pela janela e foi até sua casa. Katerina estava se preparando para dormir quando alguém bateu em sua porta, seus pais estavam dormindo. Então ela foi atender, seus olhos estavam inchados de tanto chorar. Ela puxou a maçaneta e deu de cara com Klaus. O coração de ambos bateram na mesma intensidade.

— eu preciso falar com você. Por favor, me ouça... Só o que eu lhe peço. – Klaus quase implorou.

Katerina estava mais calma e saiu fechando a porta. Os dois caminharam até um pequeno riacho que corria por ali. Klaus então contou a historia de sua família, como tudo começou, ate agora. Explicou dos impulsos que tinha quando estava diante do sangue, mas que controlava.

Katerina era muito especial para Niklaus, ele tinha um medo enorme de perdê-la, estava com medo disso acontecer. Os dois ficaram de frente.

— Nik... Eu te amo. Amo como nunca amei ninguém, mas... – ela abaixou a cabeça e então sentiu seus olhos umedecerem. – não posso ficar com você.

Klaus sentiu como se estivesse caindo em um buraco negro, seu coração começou a rachar.

— estou mais calma e eu decidi que... Você não é o melhor para mim. – ela levantou a cabeça com lagrimas rolando em seu rosto angelical.

Klaus não estava acreditando naquilo.

— você não quer fazer isso... Eu prometi para você que nunca a machucaria, eu te contei os meus medos, os meus segredos... Você faz eu me sentir humano de novo. – ele pegou a mão de Katerina e a colocou em seu peito. – sinta... É o meu coração batendo... por você.

Katerina o observava e sentia o coração bater feito tambor.

— Nik... – ela sussurrou. – você me ama?

— eu te amo mais do que a minha própria vida. – seus olhos brilharam, Katerina viu sinceridade.

— então me deixe ir... – ela tirou sua mão do peito dele.

Klaus chorou, dessa vez chorou, mas respeitou a decisão de Katerina. Abaixou a cabeça e a balançou positivamente. Antes de partir, deixou as seguintes palavras:

— se me amasse tanto como diz amar, me aceitaria como eu sou. Perdoaria o que fiz e entenderia que ninguém é perfeito. Se queria um príncipe encantado... Não sou esse príncipe. Adeus, Katerina.

Klaus partiu sem olhar para trás, com o coração em pedaços. Katerina ouviu aquelas palavras que a fizeram refletir e se arrepender do que havia dito.

O fim desse relacionamento causou um efeito terrível em Klaus. As matanças estavam constantes, todos os dias havia pilhas de corpos espalhados pela floresta, vila, e ia crescendo casa vez mais. Klaus estava descontrolado, Elijah e Rebekah estavam bastante preocupados, essas matanças podiam atrair Mikael que tinha a única arma letal a um vampiro original.

— Nik esta sem controle. É raro encontrá-lo em casa. Precisamos fazer algo, Elijah! – dizia Rebekah carregando um balde com água.

— faz dias que não o vejo... Acho que tem alguma coisa a ver com aquela moça. – Elijah levantou uma hipótese.

— você acha? É provável! Katerina não parece ser uma moça fácil de aceitar as coisas.

— algo me diz que devo falar com ela. – ele a olha. – o que acha?

— o que vai falar com ela? Não acho ima boa idéia. Ela nos odeia agora, rompeu o relacionamento com nosso irmão... Estamos nas mãos dela, se ela der com a língua nos dentes estamos mortos. As noticias sempre correm rápido, não vai demorar muito para Mikael vir atrás de nós.

Elijah ouviu Rebekah e teve que concordar com aquilo.

Klaus estava na floresta se banhando no rio, limpava de sua pele o sangue das vitimas. A dor nos faz desmoronar, e Klaus estava desmoronando aos poucos, logo  levaria seus irmãos junto com ele. As pilhas de cadáveres só aumentavam. Depois de banhar-se, Klaus tacou fogo nos corpos e foi para casa. Ele estava se odiando, se sentia sozinho, pois a pessoa que fazia ele se sentir humano partiu seu coração. Rebekah arregalou os olhos quando viu Klaus entrando, ele encostou-se a um dos pilares da sala e ficou observando Elijah e Rebekah.

— Niklaus! Bom te ver em casa, irmão. – disse Elijah.

Klaus não falou nada, apenas cruzou os braços.

— Nik! Estávamos preocupados! Por onde esteve? - Rebekah levantou do sofá, mas não deu nenhum passo.

— estive fazendo o que faço de melhor. Já que ninguém se importa com os meus sentimentos, vai se importar com minha ira. Hoje à noite devastarei esta cidade, casa por casa, pessoa por pessoa, ate a ultima gota de sangue ser derramada. – disse Klaus tranquilamente.

Elijah e Rebekah se entreolharam ao ouvir aquilo.

— você não pode fazer isso! Vai atrair Mikael. Pense em nós, Nik. Pelo menos uma vez na vida, pare para pensar no que esta fazendo! – Rebekah berrou.

Klaus hesitou. - Mikael está bem longe, não irá nos encontrar. Depois do massacre, vamos para outro lugar. Nova Orleans quem sabe...

Elijah interviu. – Niklaus, você não fará nada que prejudicará a todos nós. Entretanto eu sugiro que fique aqui, pare de matar pessoas inocentes. Sua dor não irá passar dessa forma.

Klaus deu um sorriso lateral. – a dor... Já passou. – Klaus subiu as escadas e foi para o quarto.

Elijah e Rebekah o acompanharam com os olhos até perdê-lo de vista.

— estamos mortos! – disse Rebekah. – Mikael virá atrás de nós, Elijah. O que vamos fazer?

— Darei um jeito! Só há uma pessoa capaz de parar Niklaus. – ele teve certeza.