Campinas, 6 de maio de 2016

Querido Sam,

Não sei se poderia dizer que nos tornamos íntimos, porém parece que te conheço há anos, mesmo que faça apenas cerca de 48 horas que, de fato, te conheci. Por incrível que pareça, não chorei tanto na sua morte quanto na sua trajetória, que foi uma lição de vida. Posso dizer o que me motivou a escrever para você, foi sua paixão pelas cartas, e achei que você merecia ganhar uma também. Não sei se minhas palavras são tão belas quantas as suas, mesmo assim espero que goste.

Gostaria muito de poder receber alguma carta sua, suas palavras eram arrebatadoras, qualquer um que lia pensava que o senhor os conhecia há muito tempo. Creio eu que esse dom veio se adaptando com o tempo, e se revelou no momento certo, assim como ensinou a Maggie.

Posso não ter recebido nenhuma carta, o que eu amaria, principalmente de alguém muito importante, porém só a sua história falou mais do que mil palavras para mim.

Não iria acreditar se visse como a Maggie mudou... Não, espere! Eu esqueci que acreditaria sim, tanto que até deixou um certo poder em suas mãos, para abrir todas as portas possíveis, o que ela já está colocando em prática.

Se há algo que não poderia deixar de dizer foi o que aprendi com você: fazer o bem sem olhar a quem. Acho que ainda não coloquei em prática tudo o que me ensinou, mas garanto que o que aprendi em tão pouco tempo nunca sairá do meu coração e estará guardado com muitíssimo carinho.

Despeço-me com enorme alegria, pois por causa da prorrogação do concurso de cartas da minha escola, tive o grande privilégio de poder te escrever. Eu até acho que você previa isso, e me encho de felicidade por poder contar um pouco sobre você através desse concurso de que participo e do qual você, com certeza, também amaria participar. Mas, bem, você está, mesmo que involuntariamente.

De sua grande admiradora,

 Prior