Meus Contos Favoritos escrita por La Bestia Negra, Caramujo


Capítulo 1
Cachos, sobremesas e outros amores


Notas iniciais do capítulo

O primeiro conto é inspirado num sonho que tive, em que um amigo meu se apaixonava por uma amiga (que aliás, na vida real, ele não conhece).
EU TO SHIPPANDO MUITO. ATÉ ELE TÁ!



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Minha mãe me deixou na porta do shopping. Antes de sair do carro, olhei para ela, suplicando para que me levasse de volta para casa, eu não queria estar ali. Tudo o que ela fez foi rir de mim. Minha mãe, a mulher em quem eu mais confiava, minha progenitora, sangue do meu sangue, estava rindo do meu sofrimento.

    Bati a porta do carro e marchei a passos largos até a primeira portaria. Passei pela primeira entrada e logo percebi que os seguranças me observavam. Era tão incomum um adolescente de dezessete anos de um metro e meio de altura andando sozinho no shopping? Eu era algum tipo de ameba por isso? Qual o problema de ser pequeno, afinal?

    Ignorei a todos os olhares de discriminação. Levantei o queixo e segui. Já passa da hora da sociedade aprender que há pessoas menores que o padrão e parar de preconceito.

    Eu caminhava devagar, adiando a tortura. Sabia que em algum momento meu celular vibraria em meu bolso e eu seria forçado a correr até o banquinho mais próximo, enfiar meu pescoço num nó de corda e esperar pelo doce toque da morte enquanto o carrasco com um saco preto na cabeça gargalhava ao meu lado, pronto para me condenar a pena mais dura que um homem poderia enfrentar.

    Talvez isso seja muito dramático, mas foi exatamente assim que me senti enquanto ia em direção ao cinema para ver outro romance baseado em um livro (Aquele em que o Finnick pega a Daenerys). Eu já praticamente conseguia ouvir Dani, Larissa ou até mesmo Moura me ligando, perguntando por meu paradeiro.

    Pelo menos havia um consolo: Eu não estaria sozinho. A verdade é que Davi e Flávio eu ainda não acredito que ele aceitou assistir a esse filme estariam lá com o mesmo sentimento de enterro que eu.

    O telefone tocou e eu já sabia que era alguém da minha sala.

 — Pedro! — Larissa gritou assim que atendi.

— Eu não sou surdo, Larissa! — Gritei de volta, nervoso.

— Cadê você, meu filho? O filme começa em quinze minutos.

— Já tô aqui, filha. — Falei revirando os olhos e suspirando baixinho. — Só me dê cinco minutos pra passar nas Americanas pra eu comprar alguma coisa, tipo um Doritos.

Ela ficou em silêncio por um instante — that’s even possible? —, provavelmente se compadecendo da minha dor. Então continuou:

— Pedro, olha, eu sei que você está odiando isso, mas pense que é uma chance de juntar o pessoal todo do primeiro ano. E a gente não tinha outra opção.

— Em primeiro lugar, Lari, sim, nós tínhamos outras várias opções — eu disse meio irritado.— Em segundo, não estamos juntando todo mundo. Falta o Diogo, a Priscila, a Gabi pequena, o João gigante... Eles não estão aqui.

— Eles foram embora e nos abandonaram. — Larissa foi fria demais.

— Não, eles mudaram de escola. É diferente. O colégio só não era pra eles.

— Sei lá. Eu gostava deles. De todos. Mas não sei o que o pessoal acharia. — Houve uma pausa. — Enfim, venha logo pra cá — e ela desligou.

    Corri para as Lojas Americanas, a parada obrigatória antes do cinema de quem é pobre demais para comprar pipoca do Cineart — eu, no caso. Comprei um Doritos, uma Coca-Cola de 500 ml e alguns doces. Assim que paguei, voei até o cinema, no terceiro andar. 

    A fila estava maior do que eu imaginava. Afinal, quem quer assistir um filme de romance quando se tem Capitão América: Guerra Civil em cartaz? Logo encontrei a Lari e o resto do pessoal. E não é que estavam todos lá? Moura, Rai, Vinícius, Rafael, Nunes, Lucas, Theus, Rolezinho, Lívia, Dani, Bigode, Davi, Flávio (ainda assim não acreditava que ele estava lá)... Todos. Fazia tempo que a gente não se reunia assim. Devo admitir, eu estava com saudades.

— Annyeong, Formiga! — Dani disse sorrindo. Ela ainda não tinha perdido aquela vibe de coreanos gays.

— Oi, Dani! — Fui cumprimentando a todos. Abracei alguns, dei toques de mão em outros.

    Nossa fila começou a andar quando o carinha que trabalhava no cinema liberou a entrada. A galera foi se amontoando, eu e a Dani sumindo. Dois nanicos. Sair de lá foi uma vitória. Levantei os braços em comemoração e eles riram. Como eu amava aquela galera.

    Entramos. Cheio pra caralho. Por que as pessoas queriam ver àquele filme? Por que, ao invés disso, não foram à Leitura comprar o livro? A sociedade está perdida mesmo.

    As cadeiras no Cineart do Del Rey eram marcadas para não ter choro. Ficamos bem no fundo do cinema, no alto. O pessoal estava gritando feito um bando de macacos dentro da sala e recebendo xingos de graça por isso. Eu fiquei calado — sim —, apenas observando e curtindo, realmente curtindo, o “rolé”.

    Subi as escadas atrás da Dani. Como de costume, ela não largava o celular e tinha um dos fones no ouvido — um cor de rosa com uma flor de metal naquela paradinha de enfiar no buraco da orelha —, andava no piloto automático. Parecia eu, inclusive.

— Vamos, Dani! — Gritei com ela, sendo tão grosso quanto de costume.

— Ai, Pedro, calma! — Ela respondeu com aquela vozinha aguda. — Tô ouvindo o novo single do NU’EST.

— Você tá ouvindo um novo single de banda coreana a cada dia, Daniela!

— É porque existem muitas. Olha como eles são fofooooos!!! — Ela virou a tela do telefone pra mim mas mal pude ver os caras, já que ela não parava de se balançar animada.

    Coloquei a mão no rosto e balancei a cabeça. Nada mudou mesmo.

— Com licença, moço — alguém disse atrás de mim. — É que eu preciso chegar ao meu lugar.

    Virei-me para trás, pronto para pedir desculpas e explicar que minha amiga era meio bitolada nuns asiáticos gays. Levei um susto quando vi que conhecia a menina.

— Gabriela? — Eu perguntei, obviamente já sabendo a resposta.

    Ela levantou a cabeça e abriu um largo sorriso, arregalando os olhos.

— Formiga! — Gabi exclamou. — Meu Deus, quanto tempo que não te vejo.

    Dani virou-se também ao ouvir a voz de Gabriela.

— Gabi!

—Ei, Dani! — Ela respondeu ainda sorrindo.

     Quando estávamos no primeiro ano nós tínhamos o nosso “grupinho”. Éramos eu, Daniela, Gabriela e Isaque  — ou Bigode —, três anões e um gigante. Gabriela não suportava o colégio e mudou pra uma escola particular antes do segundo ano, quando os cursos técnicos iam de fato começar. Foi estranho sem ela. No início nos falávamos bastante, nós quatro, mas depois as coisas mudaram até não passarmos de amigos de Facebook .

     Os outros olharam para nós e foi até engraçada a reação deles. Percebi no Nunes uma cara de nojo — ele e a Gabi eram até amigos no início do primeiro ano, mas acabaram “brigados”, por assim dizer, por questões de divergências políticas —, Rafael riu meio nervoso com a situação, Davi estava com a mesma cara de bobo de sempre, Larissa não sabia o que dizer ou fazer, os demais aparentemente não ligavam.

— Gabi, quanto tempo! — Larissa desceu um pouco e abraçou a ex-colega. — Você disse que ia nos visitar. E o Junior, ainda estão namorando?

— Pois é. Acabei não tendo tempo, a escola é puxada e tals. — Gabriela respondeu. — Eu e o Ju ainda estamos namorando sim. Um ano e sete meses já.

    As pessoas no cinema já estavam estressadas conosco, gritando para que sentássemos e parássemos de falar. Acatamos sem demorar muito — belo-horizontino é um bichinho enjoado, sabe?

— Veio sozinha, Gabi? — Perguntei. — E o Juninho?

— Ah, não! Hoje eu vim com minhas amigas. Elas já estão vindo, na verdade. Olhe lá! — Ela apontou para duas meninas que subiam a escada do cinema. — A que vem na frente é a Lu e a de trás é a Bia.

    A Lu não era muito alta, muito branca e de cabelo escuro, liso e comprido. Tinha nas mãos uma sacola das Americanas — parada obrigatória, eu já devo ter mencionado.

    E aí veio a tal “Bia”. Ela era uma moça baixinha mesmo, talvez menor que a Gabriela. O cabelo era cheio e cacheado, escuro. Branca também. Os óculos deviam ser de alto grau, porque deixavam os olhos maiores. Era uma figura engraçadinha, fofa como um ursinho de pelúcia. Dava vontade de apertar!

    Minha mente ficou meio doida. Acho que meu estômago também. Sei que algo estranho aconteceu e eu não gostei muito. Na verdade, talvez sim. Estava bem perdido na hora. Não sabia o que eu sentia direito. Era como se eu tivesse ganhado a ranqued pra virar challenge. “O que raios está acontecendo comigo?”, pensei.

     O filme estava para começar, as luzes foram apagadas. Balancei a cabeça pra tentar afastar aquela sensação ruim do meu corpo. Sentei-me ao lado do Davi e do Flávio — com certeza iríamos dormir ou só ficar zoando o filme. (Pensamento idiota o mesmo. É claro que não seria assim, né?(

    Gabi e as amigas estavam sentadas bem a frente de nós três. Pra ser mais preciso, a tal da Bia, a mocinha que parecia um ursinho, estava exatamente em frente a mim. Eu podia sentir perfeitamente o cheiro do shampoo que usava. Tinha algo doce, como morango ou cereja. Eu estava perdido naquilo, afinal, tinha cheiro de sobremesa.

    O filme começou e eu nem prestei atenção. Fiquei naquele transe louco por causa do cheiro do cabelo da menina. Sinceramente, não só pelo cabelo. Eu estaria sendo muito mais mentiroso do que já sou normalmente se dissesse isso. Tinha que aceitar a verdade: Fui atingido por um raio vindo de algum lugar desconhecido. A pancada me doeu mais que o 6x1 que o Galo tomou do Cruzeiro em 2011. E isso foi completamente patético para meus padrões.

— Pedro, o que você tem? — Davi me perguntou. — Você tá mordendo a capinha do celular faz meia hora e não tira os olhos da menina da frente.

    Olhei zangado pra ele e dei um tapa atrás de sua cabeça.

— Você é idiota, Davi?! — Eu perguntei entre os dentes. — E se ela ouve, com que cara eu fico?

— Calma, anãozinho, eu só to te achando estranho. Cuidado pra não babar, viu?

    Ignorei o babacão. O quê? Eu não podia mais ver uma menina, achar ela bonita, ficar hipnotizado pelo cheiro do cabelo dela e, só talvez, imaginar nosso casamento dali a uns cinco anos que significava que eu estava apaixonado, babando por ela ou algo do tipo?

    Passei o filme inteiro com aquela sensação ruim na boca do estômago, mastigando a capinha do celular, roendo as unhas. Vez ou outra Bia virava para falar algo com a Gabi ou com a Lu. Eu tentava ouvir, mas não conseguiu. Algo me dizia que tinha uma voz maravilhosa.

    “Pedro Luis”, pensei comigo, repreendendo-me a mim mesmo, “o que é isso? A baixinha conseguiu seu coração? Você ao menos tem um coração? Para de viadagem que isso de amor é furada. Ainda mais esses que a gente vê a pessoa e já gosta.”

    (...)

    Saímos todos juntos do cinema. Todo mundo comentando sobre o enredo, partes legais e eu totalmente aéreo. Não arredei o pé da porta da sala até Gabriela aparecer com Lu e Bia. E quando elas finalmente chegaram, pulei na frente.

— Gabi! — Eu gritei.

— Formiga!

— A gente tá indo comer alguma coisa na praça de alimentação. Querem vir com a gente?

    Gabi olhou para as meninas que estavam meio sem graça com o convite. Bom, pelo menos eu acho que a Lu estava. Não conseguia tirar meus olhos de Bia. Sério, eu estava até com vergonha por isso porque era algo incrivelmente descarado.

— Foi mal, Formiga... — Gabi disse afinal. — Acho que as meninas vão ficar sem graça, porque elas não conhecem ninguém.

— Ah, parem com isso! O pessoal é chato mas não são piores que a Gabriela.

    Bia deu uma risada super espontânea fazendo meu coração dar um pulinho o peito. Agora ela era mais fofa que um ursinho. As bochechas estavam rosadas por causa da vergonha e ela levou a mão delicadamente ao óculos, ajeitando-o. “Nossa, meu Deus!”, eu pensei. Não consegui conter meu próprio sorriso.

— Ai meu Deus! — Bia disse. Ela falou alguma coisa. Que vozinha linda. — Você tem covinhas mesmo! Bem que a Gabi falou...

— Covinhas? Dá pra enterrar alguém ali! — Gabriela acrescentou.

— Eu não achei que eram tão grandes e fofas!

— Ei, ei, ei — eu as chamei  a atenção delas, levantando o dedo indicador — Eu sou todo fofo e lindo. Sei disso. — E a Bia riu de novo. Eu a fiz rir duas vezes!

    A turma me chamou de longe. Com as mãos agitadas eles me convidavam a me juntar a eles. Olhei para as meninas — para a Beatriz, mas especificamente — e meu coração se partiu. Eu queria ficar ali para sempre. Era como se eu tivesse um braço de metal e ele estivesse sendo atraído por um imã gigante. Não tinha como e nem queria fugir.

— Gabriela, pelo amor de Deus, por tudo o que você é, não me deixa sozinho com o Davi! — Eu caí de joelhos na mais dramática das atuações.

— E, como eu disse, meninas, Pedrinho faz teatro — Gabriela olhou para elas e depois para mim. — Tá, mas se algum deles começar a fazer qualquer gracinha comigo...

— Não vão. — Eu esperava isso, né...

— Tudo bem, meninas? — Gabi perguntou por precaução.

— Ah, claro! — Bia e Lu responderam juntas.

    (...)

    Nos sentamos numa mesa bem grande da praça de alimentação e cada um pediu o que queria. Tinha de tudo, de comida japonesa a McDonalds. Gabi e as meninas sentaram do meu lado. A Lu pediu alguma coisa saudável até demais, mas depois entendi o motivo, quando me explicaram que ela só comia “coisas que dão em árvore”. Bia pediu qualquer coisa que fosse, não quis reparar em nada além do cabelo maravilhosamente cheiroso dela.

    Conversamos todos por um tempo. Elas me contaram coisas sobre a escola e parecia bem puxada mesmo, com pessoas extremamente insuportáveis e burguesinhas — em especial, uma tal de Laura que, segundo a Gabi era  a personificação da falsidade, “uma Regina George sem grife”. Lu não dava palpite sobre isso, típico de quem é amiga de todos por ser um amor. Contei sobre o colégio também, rimos bastante. Gabriela contou sobre a vez em que Bia sem querer roubou o Juninho dela no “casamento” deles. Ela ficou vermelha de vergonha.

    A conversa estava incrível, mas alguma coisa na Beatriz era diferente e eu custei para identifica-la, até que resolvi perguntar:

— Bia, você não é daqui de BH, né?

— Não — ela riu. — Sou de Teófilo Otoni, no norte de Minas.

— Isso explica o sotaque de baiano.

    Continuamos conversando sobre aleatoriedades e descobri bastante sobre ela. O sonho dela é ser médica, provavelmente pediatra, é evangélica, tem dois irmãos e o pai é produtor rural. Chegou em Belo Horizonte em fevereiro de 2016. E o que mais me agradou, apesar de ela não gostar de conversar sobre isso e de não saber muito, é atleticana. Sensacional, a mulher da minha vida!

    Depois de um tempo, quando todo mundo já estava terminando de comer, Guilherme chegou perto de nós. Eu estava esperando por isso e sabia que provavelmente acabaria em algum tipo de confusão.

    Ele olhou para Gabriela e ela sorriu ironicamente para ele. “Não, por favor, sejam amigos!”, eu suplicava com todas as minhas células. Que vontade de colocar Beatriz no ombro e sair correndo antes que a Terceira Guerra Mundial acontecesse.

— Oi, Gabriela. — Guilherme disse em tom sarcástico.

— Nunes. — Ela respondeu.

— Como tá a escola particular? A elite anda bem? Tem negros na sua sala?

— Maravilhosa! Tem sim, claro! E no antro da esquerda? Bastante incoerência por lá?

— Ah não, gente! — Eu levantei as duas mãos — Não vão discutir política aqui não!

    Ambos reviraram os olhos. Pelo menos nisso eles concordavam. Bia e Lu estavam um pouco desconfortáveis com a situação. “Que vergonha alheia”, pensei comigo.

    Gabriela olhou alguma coisa no celular, pegou a bolsa e já foi se levantando. As meninas a acompanharam quase que no automático. Elas estavam indo embora? A Bia estava indo?

— Minha mãe chegou. — Gabi disse. — Vamos, meninas?

    Suspirei com um tom de decepção, talvez alto demais. Enquanto Bia e Lu se despediam dos outros, cheguei perto de Gabriela e cochichei em seu ouvido:

— A Bia é legal. Depois me passa o telefone dela?

    Ela me olhou com cara de “quem é esse doido?” e riu, balançando a cabeça positivamente. “ISSO!”

    Enquanto elas se afastavam, meu coração acelerava. E eu aceitei o fato de que a vida é engraçada pra caramba e a gente só tem que viver ela. Porque eu não queria ir ver aquele filme e de repente não queria que acabasse.

    (...)

    Minha mãe não demorou para me buscar. Quando entrei no carro, ela perguntou como tinha sido o filme. Olhei para ela sorrindo e isso, aparentemente, bastou para que não fizesse mais nenhuma pergunta.

    Naquela noite eu fui dormir cedo, para aproveitar o tempo disponível para sonhar com Beatriz. E foram os sonhos mais lindos que eu já tive e terei.

    Não a vi mais depois daquele dia. Talvez em outra ocasião. Quem sabe um dia nos esbarremos pelo RU da UFMG ou nos encontremos no ônibus. Eu vou me lembrar dela, pelo cheiro maravilhoso de seus cabelos cacheados. E tenho certeza de que ela se lembrará de mim, por causa das minhas covinhas enormes. No momento, tudo o que eu posso fazer é tentar me melhorar e ser bom, para que, se isso que imaginei realmente acontecer, eu seja digno dela.

    Sempre dizem que quando se encontra um amor verdadeiro, você fica disposto a ser melhor, a mudar por esse pessoa. Não quero me precipitar, só a vi uma vez em toda minha vida, mas é algo. Uma coisa é certa: Eu nunca senti isso por mais ninguém; essa vontade de ser melhor do que sou. E eu vou tentar, por ela e pelo efeito que algumas horas na presença dela me causaram. Por mim. Por... nós.


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