Todos nós e Apenas Você escrita por F T


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá, inicio aqui um nova história sobre um dos livros que mais gosto. A ideia de que o final poderia ser diferente chega na mente de todos, mas essa foi a melhor resposta que encontrei para esse questionamento então decidi escrever. Espero que vocês possam ler e me dizerem o que estão achando oferecendo motivação porque admito que escrevo muitas fanfics e aquelas nas quais os leitores desaparecem ou nunca surgem são também aquelas que abandono. Então caso leiam esse primeiro capítulo e gostem não deixem de me dizer. Favoritem, comentem..enfim me deixem saber que estão comigo por favor. Boa leitura e tomara que gostem.



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(PRIMEIRA NOTA DE SUA NARRADORA: ESSA NÃO É UMA HISTÓRIA DE AMOR. É UMA HISTÓRIA SOBRE AMOR.) 

 Louisa Clark empurrava a cadeira de Will pelas ruas desertas da pequena cidade histórica na qual viviam. Aquela enorme calçada era suficientemente lisa e absolutamente inclinada o que fazia - o mero passeio pela tarde - algo muito mais semelhante com uma corrida na qual Will parecia estar irremediavelmente vencendo. Ainda assim, Lou conseguiu segurar na cadeira e se viu correndo rua abaixo, ambos riam muito.

A vida agora havia voltado a ser o que sempre fora: há seis meses Will desistira do suicídio assistido quando estava prestes a concretiza-lo já na Suíça; tudo mudara em um único segundo e de repente ele não era mais o homem que achava a vida suficientemente vazia para se valer a pena morrer.

No fundo Louisa ainda tinha muito medo. Medo de que Willian Traynor mudasse de ideia

A garota de cabelos castanhos tentava não pensar nisso, tentava se manter tranquila e nunca desistir do seu objetivo de fazer Will se sentir vivo. Ela ainda se dedicava a esse intento e agora que o conhecia há um ano tinha a absoluta certeza que trouxe algo novo para ele, algo que ela nem mesmo sabia que podia despertar.

—Clark! Você está tentando me matar - Exclamou Will rindo quando a cadeira finalmente chegou ao fim da rua.

—Vejo que não fui bem sucedida - Rebateu Lou rindo e suspirando cansada com a corrida que fizera.

A garota começou a empurra-lo de volta para as proximidades da mansão, percorreram algumas ruas falando sobre coisas triviais, mas Will tinha a mente em algum outro lugar muito mais distante e estava prestes a dizer algo realmente significativo.

—Faz seis meses que seu contrato acabou Lou - Comentou Will com a voz séria.

—Sei disso, mas vocês decidiram me manter empregada - Afirmou ela com veemência e então acrescentou tentando mudar de assunto - A cidade fica absolutamente deserta sem os turistas não é mesmo?

—Lou…você disse que viveria sua vida, que expandiria seus horizontes…que usaria todo o seu potencial - A voz de Will tinha aquela mesma indignação de sempre, a cada três dias voltavam nesse assunto.

—Eu estou bem aqui - Garantiu a mulher levemente irritada. - Não quero deixar minha família, não quero deixar você e não quero ir para uma faculdade de moda tão tarde.

—Não é tarde, não para você - Will agora tinha uma voz mais amena - Você sabe que poderá visitar a mim e a sua família duas vezes por mês.

—Minha irmã não está mais aqui, mal vejo meu pai e minha mãe está sempre tão ocupada. Talvez eles prestassem mais atenção em mim se eu não estivesse aqui - Comentou Lou rindo levemente - Ainda assim isso não é o bastante, jamais conseguiria ter tempo ficar com eles e com você em um único final de semana…seria pouco tempo.

—Não pode ficar presa aqui, não pode ficar presa a mim e não pode de forma alguma desistir de seus sonhos apenas porque se esqueceu deles! Por favor Lou, você precisa ir para a universidade e eu estarei esperando por você. - Will tinha a voz tão veemente que parecia difícil discordar.

—Há coisas aqui que não posso deixar para trás - Explicou Louisa com a voz doce.

Will estava prestes a começar uma discussão, prestes a dizer todas as coisas que Lou já sabia e então decidiu ficar em silêncio porque de alguma forma estranha compreendia que ela temia deixa-lo, temia que ele recorresse ao suicídio assistido e temia começar uma nova vida desprovida de tudo aquilo que ela conhece. Honestamente, Will não queria ser egoísta e foi por isso que ele se calou e por mais seis meses pensou em como procederia, em como faria Lou recuperar as esperanças perdidas e como a faria fazer não desistir dos próprios sonhos.

A primeira coisa que Will fez foi secretamente inscrever Lou em algumas universidades com a ajuda de Katrina para que talvez - com a possibilidade concreta de conseguir algo novo e realmente distante - as coisas se realizassem. O segundo passo para o egoísta e ao mesmo tempo ambicioso plano de Will incluía algo que ele nunca pensou que faria e que ele não sabia ao certo, ainda, se seria de grande ajuda ou de absoluto desserviço para Lou.

Naquela noite iriam jantar em um sofisticado restaurante da pequena cidade. Lou se trocou colocando um vestido amarelo rodado enquanto Will se restringia apenas ao seu terno habitual, chegaram ao restaurante que parecia pouco cheio.

—Temos uma reserva no nome Traynor - Explicou Lou em voz baixa recebendo um profissional aceno por parte da mulher.

Foram guiados até a mesa e Lou se sentou ao lado de Will. Normalmente eles não saíam para jantar principalmente porque os olhos curiosos de pessoas desconhecidas incomodavam ainda mais Will quando Lou precisava alimenta-lo. Aquela noite era como todas as outras: as pessoas observavam, mas a garota de cabelos castanhos nunca ligou e o jantar em particular parecia muito bom para Will. Bom o bastante para que ele apenas guiasse a conversa rumo a um destino animado e amigável, como se estivessem sozinhos. Finalmente era a hora da sobremesa, Will não quis nada, contudo Lou havia feito seu pedido. A bandeja circular chegou coberta por uma superfície de prata como todas as outras, foi exatamente com essa naturalidade que Lou retirou a tampa de prata para revelar o conteúdo da bandeja e foi exatamente com nenhuma naturalidade que ela encarou a caixa vermelha aberta e o anel dentro dele.

 —Isso..isso - Lou estava prestes a acenar para o garçom dizendo que haviam entregado para a garota errada, mas então ela se voltou ainda boquiaberta para Will que sorria. - Deus!

 —Louisa Clark, deseja se casar comigo?

 Will disse as palavras com aparente confiança e um sorriso, mas dentro de si tudo era um turbilhão de dúvidas, perguntas e culpa. Ele não sabia o que esperar como resposta.

 


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Devo continuar? Por favor me digam se devo ou não continuar a fic, se gostaram e o que esperam no futuro. Falem comigo por favor. Beijos.