A filha de Esme e Charles - versão 1 escrita por Angel Carol Platt Cullen


Capítulo 14
Capítulo 14




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Charles foi preso por cinco anos devido a tentativa de homicídio contra sua esposa e filha. Presumem que ele matou por fim a esposa mas na verdade Esme fugiu dele. Quando alguém ameaça sua vida você tem o direito de fazer o que precisar para se salvar. Esme fez o que era direito seu.

Isso o deixou ainda mais irado contra seus subordinados na polícia. Earnest e Ângelo vão pagar muito caro por isso. A culpa disso que está acontecendo é dele mas ele responsabiliza outros.

...Anos passam...

 

Janeiro de 1928

Depois que sai da cadeia, Charles se lembra que teve uma filha com Esme. Ela já deve estar quase uma moça. Ele vai até a casa da sogra buscar a menina.

Toc toc toc

— Já vai – Caroline responde para quem está do outro lado da porta.

Assim que ela abre a porta vê o marido de sua filha.

— Onde está minha filha? – pergunta exigente e furioso.

Uma menina vem correndo até a sala e abraça a cintura da avó:

— Quem é, vovó?

— Seu pai, Angeline.

A menina olha para o homem, da cabeça aos pés, com a inocência infantil. Ela nunca o viu antes.

— Você é meu pai? - A menina pede.

— Você e Esme disseram a ela que eu estava morto? - Charles diz olhando para Caroline acusatório.

— Nós só achamos melhor dizer que você tinha morrido na guerra que dizer para ela que você a rejeitava – disse a viúva.

Charles esperava que a filha estivesse mais crescida. Ele não lembra quando foi que ela nasceu. Nunca fez questão de lembrar. Mas tudo bem então.

— O que você quer?

— Vim buscar a menina para morar comigo – diz resoluto. – Ela é a única coisa que Esme me deixou. Se a conheço bem, Esme jamais abandonaria a filha, ela não é desse tipo. E se a deixou deve ser porque morreu, sabe-se lá onde ela foi. É meu dever cuidar de minha filha.

A 'tá' que ele liga muito para seu dever de criar a filha. A avó estava cuidando muito bem dela até agora. Ele nunca quis saber da menina antes. Claro que Caroline sabe que ele estava preso e não podia mesmo vir visitá-la. Mas nem antes ele veio. Nunca.

— Ela não vai a lugar nenhum! – responde Caroline colocando a menina atrás de si, protetoramente.

Charles dá um tapa na velha senhora que a derruba no chão.

— Vovó! – exclama Angeline.

Charles afasta a garota e abaixa para apertar o pescoço de Caroline. Percebe que ela já está sem pulso. Teve um infarto fulminante.

Na verdade, Caroline não foi a primeira pessoa que Charles matou. Ele pacientemente esperou a oportunidade de se vingar de seu colega Earnest, e fez com que ele fosse alvejado em um tiroteio em um assalto. Num tiro que era para atingi-lo, não Earnest. Mas ele morreu sem saber que era a vingança de Charles pelo que ele havia feito quando Angeline nasceu.

Charles então pega a menina pela mão e a puxa:

— Vamos!

— Papai, precisamos levar a vovó para o hospital – diz Angeline inocentemente.

Charles vira para trás e dá um tapa no rosto da filha, dizendo:

— Nunca mais me chame de pai novamente, Charlotte. Vamos deixar a sua avó aí. E não se fala mais nisso.

— Meu nome é Angeline.

Charles dá outro tabefe nela.

— Eu te chamo como eu quiser. Angeline foi o nome que sua mãe deu pra você, ela nem falou comigo. Pra mim seu nome é Charlotte, o nome que era da minha mãe. Eu vou te chamar assim e ai se você não vier quando eu te chamar.

— Pa...

Charles dá outro tapa na filha:

— Eu já disse para não me chamar assim.

— Charles, para, por favor - a menina parece ter bem mais idade.

Por um instante, ele lembra-se de Esme implorando as mesmas palavras. Ele dá uma gargalhada sinistra.

— Logo você vai aprender quem eu sou de verdade.

Ela já está começando a perceber. Ele não é o pai que ela queria. Ela preferia que ele tivesse mesmo morrido na guerra como a mãe e a avó disseram.

...XXX...


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