Boxe e Sumô, Café e Espaço escrita por Twecker


Capítulo 1
Tweek vs. Craig pt.1/2


Notas iniciais do capítulo

Tive que dividir em duas partes, porque ficou E-N-O-R-M-E!
Para entender bem esse capítulo, sugiro que assistam Tweek vs. Craig, obviamente, e Gnomos.
E desculpem pelas falas do Cartman, eu não pude mudá-las, ele mata meu português também, esse gordo escroto filho da puta. 33
And, aproveitem ♥33
Beijos de chá, não gosto muito de café ♥



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— Essa é a aula de marcenaria — começou o professor novo. — Meu nome é Sr. Adler e nas próximas semanas ao invés das aulas normais, iremos trabalhar com madeira.

Tweek não gostou nem um pouco da ideia. E se ele morresse cortado ao meio por uma serra? E se Monstros de Madeira o atacassem por ele estar machucando o Povo da Madeira? E se os Gnomos das Cuecas se juntassem aos Monstros de Madeira? Aquilo era muita pressão.

Já Craig não dava a mínima para isso. Provavelmente ele só não iria tantas vezes a sala do Sr. Mackey durante estas aulas.

— Alguém aqui sabe por que está nessa sala? —Perguntou Sr. Adler.

Stan, que estava sentado próximo de Tweek, levantou a mão e o professor lhe deu a palavra.

— Se não teríamos que fazer Economia Doméstica, e não somos maricas. — Respondeu o garoto.

Aquilo era verdade. Tanto Tweek quanto Craig ficaram em dúvida entre Economia Doméstica e Marcenaria, mas no fim, escolheram Marcenaria. Nenhum dos dois queria ter que aguentar as garotas em Economia Doméstica.

— Não! Estão aqui porque são o futuro da América! — Exclamou Sr. Adler— Um dia serão médicos, advogados, cientistas... A maioria vai trabalhar em fábricas ou postos de gasolina, por isso ensinamos Marcenaria.

— Aah...— Concordou Cartman, que estava na mesa ao lado de Tweek.

Tweek não pensava no que ele iria trabalhar no futuro ou que faculdade ele faria, era pressão demais pra ele. Mas o loiro sabia que não queria ser operário em uma fábrica, e muito menos queria encher tanques em postos de gasolina. E Craig queria ser astronauta desde seus quatro anos, então ele com certeza não fazia parte desses outros babacas.

— Agora quero deixar uma coisa bem clara: Eu não gosto de crianças bagunceiras. Se fizerem bagunça nessa aula podem perder uma mão, um olho... é isso aí. Eu tenho...eu tenho...

O professor pareceu entrar em uma espécie de transe enquanto olhava um quadro. Tweek e Craig estavam de frente para o professor, assim não conseguiam ver qual foto havia no quadro.

— Sr. Adler? — Chamou Kyle, que estava ao lado de Stan.

— Ãnh? Oh, oh... — Disse ele, saindo do seu transe e largando o quadro em cima da mesa. Agora os garotos conseguiam ver que a foto era de uma mulher jovem e bonita. Nenhum dos dois deu muita atenção para isso, no entanto.

— Eu quero saber quem é o maior bagunceiro desta classe aqui. — Disse o professor, como se o transe de antes nunca tivesse ocorrido.

— É o Tweek. — Falou Stan, apontando para o garoto.

— Argh! Não sou não! — Respondeu ele. Era verdade, dificilmente Tweek fazia algo errado ou arrumava alguma confusão.

— É sim, tá sempre arrumando encrenca. — Disse Kyle.

— Argh! — Tweek exclamou nervoso. Será que ele havia bagunçado alguma vez e não lembrava?

— Alo-ô — Cartman chamou do outro lado de Kyle. — Todo mundo sabe que o maior bagunceiro é o Craig.

Tweek conhecia o suficiente daqueles garotos para saber que Cartman só estava dizendo isso para ir contra as ideias de Stan e Kyle.

— É verdade Craig? Você é o bagunceiro? — Perguntou Sr. Adler apontando uma régua para o garoto.

— Não. — Respondeu ele.

Isso era verdade, mesmo que Craig fosse muitas vezes para o aconselhamento, dificilmente ele fazia bagunça.

— É bom que não seja, porque nessa aula...

Enquanto o professor falava, Craig mostrou o dedo do meio para ele.

— Ei! Você me mostrou o dedo! — Exclamou Sr. Adler.

— Não.

— Mostrou sim!

Geralmente Craig fazia isso por puro reflexo, já que era uma cultura da sua família. E ele também dificilmente reparava que fazia isso para os professores.

— Eu falei— Disse Cartman, achando que aquilo provava sua teoria de que Craig era o maior bagunceiro, mesmo que o outro garoto não se importasse.

— Saco, devíamos ter ido pra Economia Doméstica— reclamou Kyle para Stan. Tanto Tweek quanto Craig concordavam que aquela aula estava um saco, mas não o suficiente para sentir vontade de ir para Economia Doméstica.

— De jeito nenhum, isso é pra meninas! —Respondeu Stan.

Depois desse comentário de Stan, a aula começou. Craig foi mexer em uma caixa com retalhos de madeira para passar o tempo, fingindo que estava fazendo algo. Tweek por sua vez pegou uma lixadeira e a ligou. Ela tremeu em suas mãos, o que assustou o garoto e o fez gritar. Logo após esse grito, ele viu Stan e Kyle se aproximando dele.

— Oi Tweek. — Disse Stan.

— Argh! — Respondeu o loiro.

— Cara, o Craig te escolheu, ele quer brigar. — Disse Stan apontando para Tweek.

— E-ele quer? — Perguntou Tweek nervoso.

— É, ele tá puto — respondeu Stan. — Vai topar?

Tweek não conhecia Craig muito bem, na verdade, não sabia nada sobre ele. Tudo que ele sabia era que o garoto gostava de mostrar o dedo do meio para as pessoas, então não entendia um motivo para ele querer brigar.

— Por quê? — Perguntou Tweek, um pouco confuso.

— Sem essa de por quê, você tem que encarar essa. — Desafiou Kyle — Vai topar?

Tweek olhou para Craig. Ele estava mexendo em uma caixa com pedaços de madeira no canto da sala. Craig parecia calmo e até um pouco interessante para Tweek, já que pessoas assim sempre lhe chamavam a atenção.

— Argh! Não parece que ele quer brigar comigo. — Deduziu Tweek.

Naquele momento, do outro lado da sala, Craig observava que alguém estava chegando até ele. Era Cartman.

— Ô Craig, eu posso te fala uma coisinha? — Falou ele ao se aproximar o suficiente de Craig.

Craig não ia muito com a cara de Cartman. Aquele garoto gordo vivia falando coisas idiotas no meio das aulas e a transformava em um inferno. Por isso, ele apenas mostrou o dedo do meio para evitar possíveis problemas.

— Peraí, peraí um pouquinho — mesmo que Craig não quisesse se envolver em nenhuma das maluquices de Cartman, não parecia que o gordo desistiria fácil. Ele o conduziu para longe da caixa que Craig estava mexendo.

— Ô Craig, eu não sou do tipo que se mete nas coisas, sabe... — começou ele — mas eu tava parado perto do Tweek, e ele te chamou de bichinha.

— É mesmo? — Perguntou Craig. Ele não conhecia Tweek muito bem, então não sabia se aquilo era algo que aquele garoto faria.

— É, e ele falou que você come merda, que seu bafo cheira a bosta e você gosta! — Respondeu Cartman. Craig ficou irritado, de onde Tweek havia tirado aquilo?

— Por que ele falou isso? — Perguntou Craig, com uma ponta de raiva na voz.

— Eu não sei Craig, não sei— respondeu Cartman. — Mas ele tá falando que você é gay e que vai acabar com você.

Aquilo deixou Craig furioso. Quem esse garoto pensava que era para chamá-lo daquelas coisas, sendo que nem o conhecia direito?

— Bom, eu vou lá e... — Craig já estava perdendo a cabeça, mas foi parado por Cartman que se colocou em sua frente e ele era um obstáculo e tanto.

— Não pode brigar aqui, o Sr. Adler não vai deixar. — Contrapôs Cartman — Eu vou dizer que você topou e marcar de-depois da aula, tá bom?

— Tá bom. — Concordou Craig. Ele não tinha nada a perder de qualquer maneira.

Assim que Cartman terminou de falar, Craig procurou Tweek pela sala com o olhar e o viu atrás de Stan e Kyle. Quando o encontrou, mostrou o dedo do meio para ele. Tweek, do outro lado da sala, observou o gesto de Craig. Aquilo o deixou nervoso, o garoto estivera quieto alguns segundos atrás, o que será que havia acontecido?

— Viu? Ele tá tirando mó sarro! — Apontou Kyle mostrando Craig.

— Argh! Que cara idiota! — Disse Tweek.

— Ele falou mal de você.— disse Stan.

— O quê? O que eu fiz pra ele?? — Tweek estava um pouco incrédulo e irritado agora. Craig não parecia querer brigar, mesmo depois de ter mostrado o dedo do meio para ele.

— Então, topa a briga depois da aula? — Perguntou Kyle.

— Acho que sim— Respondeu Tweek. Ele não teria nada a perder se brigasse com Craig de qualquer forma.

— Legal, te vejo lá. — Disse Stan e saiu andando com Kyle ao seu lado.

Depois desse lapso de raiva que os dois garotos tiveram, ambos começaram a refletir sobre essa coisa de brigarem um com o outro. Tweek percebeu que não queria brigar com Craig, mesmo que o garoto moreno tivesse falado mal dele, e Craig percebeu que se ficasse depois da aula para brigar, ele perderia o episódio de Red Racer, que era seu desenho favorito e ele não perdia um episódio por nada.

Não demorou muito para que o sinal tocasse e Sr. Adler anunciasse o fim da aula. Tweek foi embora pelos fundos e Craig pela porta da frente.

No caminho, Craig encontrou seus amigos Token e Clyde. Assim que os garotos o viram, foram falar com ele.

— E aí, Craig! — Cumprimentou Clyde.

— Oi cara! — Falou Token.

Craig mostrou o dedo do meio para os dois, sua melhor saudação.

— Então, por que está indo pra casa tão cedo? Arrumou uma gatinha e não contou pra gente? — Perguntou Clyde, em tom de deboche enquanto cutucava Craig com o cotovelo.

— Claro que não, meninas são nojentas. — Respondeu Craig. — Querem que eu brigue com um garoto da nossa classe, mas não tô afim.

— Vai amarelar, hein? — Perguntou Clyde, ainda debochando. Só que dessa vez, isso lhe rendeu um soco vindo de Token.

— Não, só não quero perder Red Racer. — respondeu Craig. — Agora vou indo.

Craig mostrou o dedo do meio para os dois em despedida e saiu andando.

Não demorou muito para que Token e Clyde encontrassem com Tweek no caminho. O garoto loiro estava segurando sua pasta junto ao corpo, pois tinha medo que os gnomos a roubassem.

— Oi, Tweek! — Chamou Token, ao lado Clyde acenava para ele.

— Argh!

— Calma, cara, não queremos te assustar. — Falou Clyde —Então, por que você tá indo pra casa tão cedo?

— Querem que eu brigue com um garoto... Argh! Mas não quero brigar com ele. — Respondeu Tweek.

— Entendo. — Disse Token. — A gente se vê depois então?

— Acho que sim. Argh! — Respondeu ele.

Tweek se despediu dos dois e seguiu seu caminho.

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Ao chegar em casa, Craig largou suas coisas, deu comida para o seu porquinho-da-índia e ligou a TV para assistir seu amado Red Racer.

Durante os comerciais, Craig ouviu batidas na porta, o que era estranho, já que ninguém aparecia lá por essas horas. Ele abriu a porta e se deparou com Cartman e Kenny, as últimas pessoas que ele queria ver na Terra.

— Ô Craig, que porra você tá fazendo aí? Devia tá brigando com Tweek!— Intimou Cartman.

— Tô assistindo Red Racer — Falou direto Craig.

— Ô covarde, você pode assistir isso outro dia. — Xingou Cartman.

Eu assisto todos os dias. — Respondeu Craig, sinceramente.

— Tá bom, mas acho que você não vai querer saber o que o Tweek falou da sua mãe, não é? — provocou Cartman.

— Não. — Disse Craig, fechando a porta na cara dos dois garotos. Ele não queria saber mais daquela briga estúpida e logo Red Racer voltaria dos comerciais, então não tinha tempo para essas besteiras. Mas quando Craig estava quase chegando à sala, ouviu mais batidas na porta.

Assim que Craig abriu a porta, teve vontade de fechá-la de novo, já que quem estava do outro lado ainda eram Cartman e Kenny, novamente. O garoto já estava quase fechando a porta, quando Cartman falou algo que o interessou.

— Ei, você não quer saber o que ele falou do seu porquinho-da-índia, hein?

O sangue de Craig ferveu. Ninguém falava mal do seu amado animal de estimação e saía ileso. Ninguém.

— O quê? O que ele falou do Stripe? — Questionou Craig irritado.

— Ah, nada não... só que você esfrega ele no rabo antes de dormir. — Entregou Cartman tranquilamente.

Agora Craig estava verdadeiramente irritado.

— Eu vou matar aquele filho da puta! — Prometeu Craig com raiva na voz.

— Eu também tô puto com ele. E que tal a briga amanhã hein? — Perguntou o gordo.

— Depois do Red Racer. — Ponderou Craig. Agora ele queria mesmo brigar.

— Depois do Red Racer, claro. — Concordou Cartman.

Craig fechou a porta na cara dos dois sem se despedir e voltou para o sofá, bem na hora que Red Racer estava voltando do comercial.

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Tweek também já tinha chegado em casa. Assim que ele entrou, foi verificar se os gnomos não haviam levado nada, depois pegou uma térmica com café que seu pai fizera e levou para o seu quarto. Quando chegou em seu quarto, abriu uma de suas muitas caixas de lego e começou a montar várias torres, a fim de construir uma cidade. Desde que Tweek ganhou sua primeira caixa de legos, ele adorava montar coisas.

Quando Tweek estava na sua quinta xícara de café e construía sua quarta cidade de lego, ouviu vozes o chamando do andar de baixo.

— Tweek! — Chamou a primeira voz.

— Tweek! — Chamou a segunda voz.

De quem eram aquelas vozes? E se fossem fantasmas de gnomos das cuecas que vieram o assombrar? Aquilo era muita pressão.

Tweek foi até a janela e viu as duas últimas pessoas que ele queria ver naquele momento (perdendo apenas para os gnomos das cuecas). As vozes pertenciam a Stan e Kyle.

— Argh! O que vocês querem? — Gritou Tweek, tomando cuidado para não cair da janela.

— Por que você não apareceu para brigar, Tweek? — Indagou Stan.

— Eu e o Craig não temos motivos para brigar. — Respondeu o garoto.

— Mas o Craig apareceu. — Disse Kyle

— Verdade? — Questionou Tweek. Aquilo era estranho, ele podia jurar que tinha visto Craig indo embora pela porta da frente.

— É, ele ficou te esperando e dizia “O Tweek é um babaca” e eu dizia “Ele não é, Craig” e ele disse “É, ele não apareceu, aquele cara é um babaca... e é um dentuço” — disse Stan interpretando. Tweek se perguntou se o garoto do gorro com a bola vermelha não estava tomando café do seu pai para falar daquele jeito.

— Não sou dentuço, cara. — Esclareceu Tweek, um pouco nervoso com tudo que Craig supostamente dissera.

— É, o Craig tava falando “Ah, o Tweek tá cagando de medo, é um puta covarde” e ficou te imitando te chamando de galinha e todo mundo viu, cara. — Contou Kyle. Agora Tweek tinha certeza que aqueles dois estavam tomando doses imensas do café de seu pai, já que Kyle estava até batendo asas imaginárias.

— Todo mundo? Argh! – Disse ele, saindo da janela.

— É, foi o fim. — Tweek ouviu Stan falar do andar de baixo.

— Eu não sou covarde. — Apontou o loiro, enquanto se servia de um pouco de café para se acalmar.

— É, mas todo mundo acha que é. — Dessa vez a voz era de Kyle. —Tchauzinho.

Tweek tomou sua xícara de café e pensou.

Ele não queria parecer covarde para seus colegas, então voltou para a janela e chamou Stan e Kyle.

— Espera! Eu vou lá.

— Amanhã? — Solicitou Stan. Tweek pensou um pouco.

— Okay. — Tweek aceitou por fim

Stan e Kyle sorriram um para o outro e foram embora, deixando Tweek sozinho.

E agora? Ele teria que brigar com Craig, mas... e se ele virasse um monstro no meio da luta? E se ele chamasse gnomos para ajudá-lo? E se ele virasse um monstro e também chamasse gnomos para ajudá-lo? Aquilo era muita pressão.

No resto da tarde, Tweek continuou brincando com seus legos. Ele construiu cerca de trinta cidades e tomou quarenta xícaras de café.

Já Craig ficou brincando com suas figure actions de Red Racer, lendo revistas de fofoca e artigos sobre espaço. O espaço era algo que fascinava muito o garoto, seu sonho desde sempre foi ir para um planeta sem babacas, sem seus pais e professores para ditar regras, sem garotos que falam mal de seus animais de estimação, apenas ele e Stripe.

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Por volta das oito horas, os pais de Tweek chegaram e assim que chegaram, foram jantar.

— Como foi na escola, filho? — Perguntou Sr. Tweak.

— Argh! — Respondeu o garoto.

— Que bom. — Disse Sr. Tweak.

As conversas de Tweek com seu pai eram sempre assim. Ele não sabia se seu pai não se importava, ou se encontrava algum sentido em seus gritos histéricos.

— Pai, se um amigo da escola quiser brigar, o que eu faço? — Pediu Tweek.

Mesmo que as explicações e conselhos dos seus pais nunca funcionassem, não custava tentar solicitar algum. Os pais de Tweek se entreolharam.

— Filhinho, vou te contar te contar uma história de quando eu e sua mãe nos conhecemos. — Começou Sr. Tweak, se levantando e ficando ao lado de Sra. Tweak. Tweek não gostava das histórias que seus pais contavam, pois geralmente não iam a lugar nenhum.

— Sabe, antigamente, havia muitos jovens interessados em sua mãe. Ela era muito bonita. — Contou Sr. Tweak.

— É verdade, eu era. — Concordou a Sra. Tweak.

— Bem, quando eu comecei a sair com sua mãe... — Continou Sr. Tweak. — Havia um jogador de futebol grandão e musculoso chamado Quib que não me via com bons olhos. Ele queria ficar com sua mãe, então um dia, me desafiou para uma briga.

Sr. Tweak se sentou em sua cadeira e voltou a comer. Tweek ficou esperando ele continuar a história, mas como depois de um bom tempo o silêncio cresceu e ele não falou nada, o garoto loiro resolveu perguntar.

— E então? — Quis saber Tweek.

— Então o que, querido? — Disse Sra. Tweak.

—Argh! O que aconteceu?

—Ah, não me lembro, ele se mudou, sei lá. — Falou direto Sr. Tweak.

— Acho que foi isso. — Concordou a Sra. Tweak

Como sempre esperado, as histórias dos pais de Tweek não levaram em nada. O garoto já se acostumara, mas mesmo assim isso o irritava demais.

—Argh! Puxa, vocês nunca me ajudam! Suas histórias nunca têm fim! Que raiva, to fora, to fora! — Gritou Tweek contrariado enquanto batia a cabeça na mesa. Os pais de Tweek já estavam acostumados com esses ataques, então, não deram muita atenção. E isso deixava Tweek mais irritado ainda.

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Ao mesmo tempo, na casa dos Tuckers, Craig estava jantando com sua família. Seus pais haviam chegado por volta das oito. A mãe de Craig não trabalhava, mas Ruby havia a ocupado a tarde toda.

— Pai, acho que vou ter uma briga amanhã. — Falou Craig. Seu pai geralmente se orgulhava quando Craig arrumava alguma confusão na escola, mesmo que não dissesse isso para o filho.

— Com quem? — Perguntou Sr. Tucker.

— Um colega. — Disse Craig.

— Oh. —Respondeu Sr. Tucker desinteressado.

— Não diga “oh” pra ele, Thomas! — Xingou Sra. Tucker.

— É, não diga “oh” pra mim! — Concordou Craig.

— Eu digo “oh” pra quem eu quiser. — Esbravejou Sr. Tucker.

Sra. Tucker mostrou o dedo do meio e logo toda a família fez o mesmo. Sempre era assim na hora do jantar, do almoço, do café-da-manhã, entre outras reuniões familiares. Craig gostaria que Sr. Mackey soubesse disso antes de castigá-lo.

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Logo após o jantar, tanto Tweek quanto Craig foram dormir, já que eles teriam uma briga no dia seguinte. Nenhum dos dois sabia o que esperar do dia seguinte.

Como sempre, Tweek não dormiu muito e teve que ficar cuidando os gnomos, mas mesmo assim descansou bem.


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Notas finais do capítulo

Continua

Então, gostaram? Comentem, se não o Craig vai mandar os porquinhos-da-índia gigantes pra cidade de vocês. cc:

Vou tentar postar uma vez por semana, talvez atrase um pouco mas prometo que isso não vai ser normal.
Tchau e beijinhos de chá pq eu não gosto de café ^.^