Sexta Temporada escrita por Zangado13


Capítulo 11
Ressurgindo Das Cinzas


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem!!!



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Foi isso que fizemos, corremos para o hospital. Caroline dirigiu em uma velocidade assustadora, enquanto ligava para os rapazes. Eu estava sentindo dor, muitas pontadas na barriga e o meu bebe já nao chutava mais, eu estava com medo e se tivesse acontecido algo com ele? Quando chegamos no hospital, Caroline fez com que eu fosse atendida no mesmo segundo, me colocaram em uma maca e ela segurava a minha mão.
— Estou tentando ligar para eles, daqui a pouco o Stefan chega
O Stefan, eu precisava do Stefan. Haviam muitos enfermeiros mexendo em mim, colocando agulhas e fios para cuidar do meu bebe, um doutor se aproximou de nós e se dirigiu a Caroline
— Teremos que fazer um parto precoce, ou nenhum dos dois pode sobreviver.
Caroline apenas assentiu, o hipnotizou para fazer o seu melhor e começaram a me empurrar para outra sala, ela foi proibida de ir junto. Eu a chamei porque precisava falar uma coisa
— Caroline, liga para o meu irmão...
Ela me olhou assustada
— Por favor, eu preciso dele aqui
O Niklaus e a Rebekah já queriam ter vindo me visitar a muito tempo, eu que os proibi, por respeito aos Salvatore. Sei que ninguém em Mystic Falls se da bem com os originais. Mas naquele momento eu precisava da minha família, toda ela. Me colocaram em uma sala diferente, a dor estava insuportável, muitas pessoas em volta de mim, mexendo em meu corpo ou nas roupas. Meu útero queimava, pontadas no meu corpo inteiro, mal conseguia ouvir o que eles diziam.
— Doutor posso aplicar a anestesia geral?
Sim, era isso que eu precisava
— Não. Nao vai dar tempo, temos que tirar o bebe agora ou ele vai sufocar
Como assim? Sem anestesia, aquilo era só o começo da dor. Uma enfermeira veio na minha frente e segurou a minha mão.
— Aguente firme senhora, tudo vai ficar bem
No momento em que ela disse essas palavras, senti algo cortar a minha pele. De fora a fora, a dor era indescritível, eu chorava, suava e sangrava. Virei o rosto ao gritar, e pelo vidro vi a Caroline chorando ao me assistir.
— Conseguimos encontrar ele
Estavam com as mãos dentro de mim, a dor estava diminuindo, talvez porque eu estivesse sumindo. Ao lado da Caroline apareceu o Stefan, perguntando noticias e ao me ver do outo lado do vidro, paralisou. Assim como eu quando ouvi o medico dizer mais alguma coisa
— O que há de errado com esse bebe?
Me virei para olhar, mas meu corpo nao tinha forças. Meus olhos fecharam e eu desmaiei, parei de sentir dor ou qualquer medo que eu estava. Aos poucos comecei ouvir um apito, frequente e irritante. Meus olhos estavam abrindo, a claridade da luz me incomodou, virei o rosto e encontrei alguém sentado no sofá, pisquei algumas vezes para ver melhor e era o Nik.
— Klaus...
Minha voz estava fraca, mas ele voou ao meu lado
— Como se sente Ali? Vim o mais rápido que pude
Eu estava feliz por vê-lo
— Graças a Caroline, conseguimos te encontrar
Virei a cabeça e era a Rebekah, ela se aproximou de mim e segurou a minha mao. No sofá estavam sentados a Caroline e o Damon.
— Estou feliz que conseguiram vir...
Eu tossi um pouco e continuei
— ... Vocês já viram o bebe? Como ele esta?
Todos os sorrisos sumiram, um clima pesado tomou conta do lugar, o que havia acontecido? Eu nao sentia direito o meu corpo, mas me forcei a levantar. O Nik segurou o meu braço.
— Você precisa descansar Alice
Eu sentei
— Eu quero ver o meu bebe, onde ele esta? Cadê o Stefan? O que vocês estão escondendo?
Eu comecei a entrar em desespero, o Damon correu para o meu lado e segurou a minha mão.
— Ei, calma. É o seguinte, nós nao queremos que você veja o bebe agora, para o seu bem...
Eu apertei a sua mão, eu nao me importava com o que queriam. Eu queria ver o meu bebe e tinha o direito a isso.
— Damon, eu quero ver ele.
Eu fitei seus olhos e mesmo hesitante ele assentiu
— Vou chamar um enfermeira
O Nik segurou o braço do Damon
— Não. Você nao vai sair dessa cama...
Eu tirei a mão do Niklaus do braço do Damon e fiz ele me olhar
— Essa nao é uma escolha sua irmão.
Eu dei um sinal para que o Damon chamasse a enfermeira, enquanto esperávamos a Caroline se aproximou de mim
— Não se esquece, nao importa o que aconteça, estaremos aqui para você!
Seu sorriso era de compaixão, eu sorri de volta, mas nao tinha nada de alegria dentro de mim. Estava preocupada, porque todo esse suspense? E onde diabos esta o Stefan? Será que esta com o nosso filho? Era o único lugar que conseguia imagina-lo já que nao estava aqui comigo. A enfermeira chegou, me tirou dos fios e me colocou em uma cadeira de rodas. Todos ficaram no quarto, apenas o Damon me acompanhou. Passamos por um longo corredor, pessoas andando, correndo, chorando, rindo e conversando, e eu nao conseguia pensar em outra coisa a não ser que daqui alguns minutos teria meu filho em meus braços. Chegamos em uma sala separada, nao parecia uma maternidade, em uma mesa de metal tinha um saco preto, a enfermeira me deixou na porta.
— O que estamos fazendo aqui?
O Damon nao me respondeu, na verdade nem me olhou. A enfermeira me ajudou a levantar
— Fiquem o tempo que quiserem
Ela saiu e o Damon me apoiou em seu braço, ele me aproximou da mesa e eu repeti a pergunta. Vi que estava triste, nao conseguia falar direito. Ele segurou as minhas mãos e me olhou nos olhos.
— Alice, antes de tudo, quero que saiba que eu sempre vou estar aqui, nao importa o que aconteça...
Meus olhos começaram a encher de lagrimas, eu estava perdida
— O que esta havendo Damon?
— Você chegou com uma hemorragia, seu útero estava apertando o bebe e por isso fizeram um parto de emergência...
Eu assenti e ele respirou fundo
— O parto deu certo, o seu bebe saiu sem problemas e conseguiram conter a hemorragia. Mas o seu filho...
Eu já estava chorando, o que eu estava pensando nao podia ser verdade
— Não Damon, não
Ele chorava tambem
— Eu sinto muito Alice, seu filho nasceu morto...
— Não, não, não...
Eu repetia diversas vezes em busca que fosse tudo uma mentira, que nao fosse real, apenas um horrível pesadelo e que eu iria acordar e ter o meu bebe nos braços.
— Ele estava ressecado, seu corpo humano nao sustentou ele...
— Eu nao deveria ter tomado a cura, foi culpa minha...
Eu estava desconsolada, chorando sem parar, nao via nada direito, apenas o Damon tentando me acalmar. Ele me abraçou e me falou baixinho
— Se você nao tivesse tomado a cura, nenhum dos dois sobreviveria... Não tinha como você saber pequena...
Eu afundei o rosto e sua camisa e tentei me acalmar, mas estava sem chão, sem saber o que fazer. Foi quando me toquei, aquele saco plástico, era meu filho. Me virei para a mesa
— É ele?
Falei com a voz tremula, Damon apenas assentiu. Minhas mãos tremiam, mas fui em direção ao zíper. Abri devagar e quando conheci reconhecer o que estava ali, meu desespero aumentou em cem vezes mais. Virei correndo para o Damon e tentei me esconder em seu abraço, tentei sumir, desaparecer desse mundo. Aquele bebe, cinza, gelado e totalmente seco, meu filho morto. Foi quando percebi que nao era Mikael que trazia a morte para perto de mim, era eu que amaldiçoava todos que me tocassem.
Saímos daquela sala abraçados, eu nao quis sentar de novo, precisava andar e ficar perto do Damon. Estávamos caminhando para o meu quarto, quando me veio a mente, se o Stefan nao estava ali, onde ele esta?
— Onde esta o Stefan?
Damon nao respondeu, deu um sorriso falso e me colocou no elevador
— Dá para você nao fingir que é surdo?
Ele engoliu em seco
— Não se preocupe, ele foi apenas tomar um ar
Tudo bem, isso era razoável, se ele viu o que vi, provavelmente estava desolado, assim como eu. É claro que gostaria dele aqui perto de mim, mas cada um lida com o seu luto de forma diferente.
— Vamos, vou te levar pra cama, você precisa comer alguma coisa
— Não estou com fome...
— Tomar uma agua pelo menos
Eu nao respondi, eu nao queria nada, apenas deitar e esperar, esperar que esse inferno passasse. Que a vida melhorasse ou que acabasse de uma vez. Cheguei no meu quarto, mas ninguém falou nada. Apenas me olharam daquele jeito de compaixão que eu tanto odeio e ficaram esperando eu dizer alguma coisa. Eu apenas deitei, virei as costas e fechei os olhos. Eu queria estar sozinha, apenas eu e meus pensamentos, na verdade nem eles, apenas eu e um vazio imenso, o buraco que tinha dentro de mim. Eu acabei dormindo, quando abri os olhos o único que estava no quarto era o Damon, ele estava dormindo no sofá. Eu precisava andar, aquele quarto estava me fazendo mal. Saí de fininho pela porta, o hospital estava mais silencioso, a maioria das pessoas dormindo. Fui andando em direção a sala de necrotério, eu queria voltar la, talvez vê-lo de novo. Quando virei o corredor em direção a porta, avistei alguém na frente do vidro, olhando para alguns bebes dormindo. Dei mais alguns passos e reconheci o Stefan.
— Stefan?
O que ele estava fazendo aqui? E ainda nao tinha ido me ver? Ele nao se mexeu ao meu chamado
— Stefan?
Ele se virou, era ele. Eu parei no corredor esperando que viesse em minha direção, mas ele ficou parado me encarando, eu nao conseguia ver muito bem a sua feição, dei alguns passos
— Porque você nao foi me ver?
Ele deu passos para atrás, e a luz bateu em seu rosto, e eu preferiria nao ter visto aquilo, um rosto gélido e sem feição. Eu tentei me aproximar, mas eu andava devagar, ainda sentia dores. O Stefan virou as costas e saiu andando
— Onde você vai?
Ele me ignorou e sumiu no corredor, eu fiquei pasma. O que estava acontecendo? Porque ele estava me evitando? Bem agora, no momento em que mais precisava dele. O choro voltou, eu estava com medo e sozinha. Andei alguns corredores, mas cansei. Parei em algum lugar e sentei no chão, eu soluçava de tanto chorar. Uma enfermeira se aproximou e me tocou
— O que você esta fazendo fora do seu quarto?
Eu empurrei a sua mao
— Me deixa
Voltei a abaixar a cabeça e chorar
A tal enfermeira chamou outros homens para me levantar, quando me seguraram pelo braço eu comecei a gritar e me espernear, eu queria ficar ali, chorando e sozinha. Porque nao me deixavam em paz?
— DEIXEM ELA!
Todos paralisaram, eu achei que o Stefan tinha voltado para me salvar, mas nao era ele, e sim o Damon. Ele veio até mim e empurrou todos eles para longe de mim, me abraçou e me guiou até o quarto
— Porque você saiu sozinha?
Eu fiquei em silencio, eu nao tinha motivo por ter saído sozinha, apenas quis e fui
— Como você se sente?
Eu levantei os olhos para olha-lo, o choro já havia parado, a tristeza estava se tornando raiva, graças ao desprezo do Stefan
— Eu me sinto sozinha Damon. É assim que eu me sinto, meu filho morreu e eu nem tive a chance de abraça-lo pelo menos uma vez, e o Stefan, sumiu, me ignorou e foi embora...
— Ele te ignorou?
Eu assenti
— Parece que ele nao quer conversar comigo
— Você tem certeza que ele te viu?
— Ele me encarou Damon, ouviu eu falar com e virou as costas. O Stefan me desprezou
Algumas lagrimas começaram a cair e o Damon me abraçou de novo
— Eu sinto muito...
Ele pegou meu rosto com as duas mãos e secou as lagrimas
— ... Mas tenha uma coisa em mente, você NUNCA vai estar sozinha...
Eu o interrompi
— Ele tambem dizia que estaria aqui por mim...
Damon engoliu em seco, mas falou com firmeza
— Eu ESTOU aqui!
Assenti e o puxei, me afundei em seu abraço e tentei esquecer tudo, mas aquilo era impossível de desver. Depois de alguns dias voltei para casa do Damon, o Stefan havia buscado suas coisas e foi embora, todos tentaram ligar para ele, mas acho que ele estava ocupado demais para atender a sua namorada, na verdade ex namorada. Todos os dias o Damon ficava ao meu lado, 24 horas por dia. Sem parar, sem cansar e sempre procurando cuidar de mim, o Nik e a Rebekah estavam discutindo a minha "guarda". Eles queriam me levar para New Orleans e o Damon queria que eu ficasse com ele.
— Você nao acha que a sua família já machucou o suficiente a nossa irmã?
— Rebekah, eu nunca machucaria a Alice, e eu sei cuidar dela, ela gosta de estar comigo. Não tem porque vocês a levarem
Niklaus parecia ser o mais calmo
— Talvez para que ela fique com a família, Elijah esta com saudades, ficou cuidando da Hope pra mim...
Ele se virou para mim
— E isso tambem, precisa conhecer a sua sobrinha, parece você
Eu dei um meio sorriso e a discussão voltou, eu nao sabia mais quanto tempo isso iria rolar, nenhum dos dois teimosos iria abrir mao de ficar comigo.
— Eu posso dar a minha opinião? Ou nao conta?
Eles ficaram em silencio e o Damon veio ao meu lado
— Sua opinião é a que mais importa
Aquilo me fez rir, principalmente com a Rebekah revirando os olhos, nós três sabíamos que ele estava puxando o meu saco para que eu ficasse aqui.
— Eu ainda nao estou bem o suficiente para viajar, então porque vocês dois nao voltam para casa e eu me recupero aqui, sei la, por um mês. E depois vou para casa?
Todos ficaram pensativos, mas concordaram, o Damon nao gostou do prazo mas aceitou, era isso ou ir agora com os meus irmãos. Me despedi do Nik e da Bekah e voltei a deitar, nao fazia muita coisa além disso. Aquele mês seria bom, apenas eu e o Damon, de vez em quando a Caroline trazia as meninas para me divertir, elas me faziam rir e me faziam bem, eu gostava da companhia delas. A Bonnie e o Enzo vinham toda a semana, a Bonnie contava histórias engraçadas e o Enzo tocava para mim. Eles estavam sendo a minha família, cuidando de mim e me fazendo feliz. Eu nao conversava muito, na maioria das vezes ria e concordava, o único que conseguia tirar algumas palavras de mim, era o Damon, com alguma piada idiota ou história absurda. Nós conversávamos a noite toda, tentamos nao falar no Stefan em momento algum, mas em uma noite eu ouvi o Damon falando no celular, e fiquei na porta tentando ouvir.
— Você nao falou para onde ia, o que ia fazer, apenas sumiu... Você deixou a sua namorada sozinha, no momento que ela mais precisava de você. Eu nao sei quem é você, mas não é o meu irmão... Vê se acorda, e volta para resolver os seus erros.
Ele desligou e eu entrei na sala
— Falando com o Stefan?
Damon se assustou comigo, balançou o celular e depois o jogou no sofá
— Deixando mais um recado
Sentei no sofá
— Porque você insiste?
Ele sentou na minha frente
— Porque eu nao entendo...
Assenti, eu sabia do que ele estava falando, tambem nao entendia.
— É, muito menos eu...
Nós ficamos em silencio, até que decidi continuar o assunto, em algum momento teríamos que falar sobre isso
— Você acha que ele me culpa? Pela morte...
Eu nao consegui completar a frase, deu um nó na garganta e um embrulho no estomago. Damon negou com a cabeça
— Se for analisar com a cabeça do Stefan, ele provavelmente acha que você nao gostaria de vê-lo... Por lembrar a criança, sei la...
— Isso nao faz sentido...
— É o Stefan, nao me peça para explicar
Eu entendi o que ele quis dizer, o Stefan sempre foi difícil de entender, sua cabeça sempre trabalhou diferente, mas eu nunca pensei que ele fosse do tipo que largava um mãe com o filho morto. O Damon mudou de assunto, me levou para comer e tentamos levar aquela ultima semana na boa. Sem conversas pesadas e assuntos chatos, rimos e bebemos a semana toda. Graças a ele, eu ainda conseguia ver uma luz no fim do túnel, se nao fosse o Damon ao meu lado nesses dias, eu acho que já teria me matado. No ultimo dia na casa dele, arrumamos as minhas coisas bem rápido, ele passou todo o tempo dizendo que eu podia ficar se quisesse. Que nao teria porque ir embora. Mas mesmo que com ele estivesse tudo bem, aquela casa me lembrava o Stefan, aquela cama me lembrava o Stefan, tudo aqui me lembrava o Stefan. E eu ainda nao tinha ficado com os meus irmãos, pela primeira vez teríamos paz ao estarmos juntos e eu ainda nao havia aproveitado isso.
— Você sabe que preciso ir, quero conhecer a minha sobrinha e ficar um pouco com a minha família. Sinto falta deles.
Eu o abracei mais um vez, estávamos na porta a um bom tempo, tentando nos despedir. Bekah já estava impaciente no carro.
— Promete que vem me visitar?
A Rebekah falou de dentro do carro
— Eu trago ela para te visitar, se você deixar ela ir
Eu ri e segurei suas mãos
— Eu prometo, eu vou voltar
Ele assentiu e eu entrei no carro, a Rebekah começou a dirigir e em um momento estávamos longe de Mystic Falls, e acredite, eu nao queria voltar tão cedo.
— Nik tem uma surpresa para você
— Espero que seja uma banheira bem grande, me acostumei com os banheiros dos Salvatore
Eu ri e ela fez cara de esnobe
— É muito melhor que isso
Fiquei curiosa, mas meu desânimos nem permitia sentir ansiedade. Fomos o caminho todo falando sobre como estava a vida dos meus irmãos na nova cidade, a pequena lobinha que estava sendo criada por eles e eu queria conhece-la, como a Rebekah ainda insistia em se apaixonar e o Nik acabar com suas ilusões, e como Elijah continuava a salvar todo mundo, eu e ele sempre dividíamos esse papel. Chegamos a casa do Nik, eu já havia vindo aqui, a muito tempo quando moramos aqui uma vez, mas eu fui embora antes mesmo de toda a bagunça começar. Quando passamos pelo portão, avistei muitos vampiros que eu nao conhecia, como humana agora eu me sentia desprotegida, principalmente porque a minha magia estava desligada, trancada em algum lugar que eu nao conseguia acessar. Chegamos até o tumulto e dele apareceu o Nik e o Elijah, corri para abraça-los. Elijah beijou a minha testa e nao me largou por um tempo
— Até que enfim voltou para nós, desde que Mikael morreu, você já deveria ter voltado para nós
Assenti, ele tinha toda a razão, se eu tivesse feito isso, ainda estaria vampira e provavelmente sem tantas feridas. Nik pegou na minha mão
— Venha, quero que conheça alguém especial
Ele me levou até uma menina, sentada de mãos dadas com uma mulher.
— Essa é a Hope
A menina se levantou e veio me cumprimentar
— Eu sou Alice, mais uma tia
Ela me abraçou sorrindo, e o Niklaus me apresentou a mulher, que seria a mãe da Hope
— Essa é a Hayley
Ela tambem se levantou e estendeu a mão
— Alice, prazer
— Muito prazer
Eu estava bem, tudo estava bem. Estava de volta a minha família, mas porque eu ainda me sentia triste, magoada? Eu sei os motivos, mas eu nao queria me sentia assim. Eu queria poder desligar nesse momento, e foi o que eu pensei, porque nao me transformar de novo em vampira? Mesmo com a cura, o feitiço de vampirismo ultrapassaria. Klaus mandou todos embora, ficaram apenas a família.
— Então Alice, eu estava planejando dar uma festa, para comemorar a sua volta
Eu nao estava muito animada para isso, mas nao queria parecer ingrata
— Claro, seria bom
Rebekah veio ao meu lado
— Nós sabemos que você nao esta bem...
Elijah continuou, pareciam ter ensaiado aquelas palavras para quando eu chegasse aqui
— E durante esse mês que esperamos a sua volta, preparamos uma surpresa
— Ok, agora vocês realmente estão me deixando curiosa
Nik veio na minha frente e segurou as minhas mãos
— Você será uma de nós agora
Eles estavam sorrindo e eu nao entendia nada
— Vocês vão me transformar em vampira de novo? Tudo bem, eu iria pedir isso mesmo...
A Rebekah me interrompeu
— Você vai se tornar uma Original
O que?
— O que?
Elijah tentou parecer mais calmo do que seu nervosismo e ansiedade demonstravam
— Nós encontramos o feitiço que a mamãe usou para nos transformar...
Bekah continuou
— E achamos bruxas que podem fazer isso...
Niklaus segurou o meu rosto
— E ainda lhe deixar com toda a magia que existe dentro de você
— Isso é impossível, esse tipo de magia nao existe
Elijah segurou a minha mão
— Tudo existe, bastava a gente ter procurado
Rebekah me puxou para perto dela
— Esta pronta para ser uma original?
Eu encarei seu rosto, a animação de todos era visível e eu fui contagiada por aquilo, mesmo que uma parte de mim duvidasse ser possível, eu estava contente por eles terem procurado e se esforçado para me transformar em uma deles.
— Sim!
Eu abracei a Rebekah e os rapazes vieram nos abraçar tambem. Nik queria fazer tudo o quanto antes, para comemorarmos a minha volta e a transformação, a noite já chamaram as bruxas e tudo estava pronto. Para o feitiço na primeira vez foi necessário apenas a minha mãe, agora foi preciso cinco bruxas, e como Bekah disse "As melhores". Tudo estava pronto, elas sabiam o que fazer, eu estava preparada e ansiosa. Pedi para que o Elijah quebrasse o meu pescoço, eu sei que ele seria o único a ter coragem a fazer isso. Mesmo o Klaus sendo malvado conosco as vezes, quando estávamos bem e felizes, ele nao conseguia nos machucar. Antes do feitiço começar, senti o celular vibrar. Era uma mensagem do Damon "Oi, como esta?". Eu desliguei o celular e entreguei a Rebekah, não era momento de nenhum Salvatore se meter agora. Eu estava prestes a mudar tudo na minha vida. O feitiço começou, as bruxas recitavam as palavras que eu nao conhecia e derramaram o meu sangue, tudo estava indo bem, o feitiço já estava em mim, agora era preciso morrer, para completar o ritual. Elijah foi chamado na minha frente e rapidamente virou o meu pescoço, tudo ficou escuro. Eu estava calma, mas sentia algo queimar em mim. Quando acordei, estava deitada em uma cama, a Rebekah apareceu no meu quarto com uma mulher com o pescoço sangrando, eu precisava beber para terminar o ritual. Levantei e fui até a moça, comecei a tomar o seu sangue e para minha surpresa, eu nao me importava em parar naquele momento ou continuar, nao havia nada de extraordinário em apenas larga-la ali, e foi o que eu fiz, nenhum monstro dentro de mim tentou me controlar.
— Esta pronta?
— Muito mais que pronta
Rebekah me deu um vestido novo e descemos do quarto, estava acontecendo uma festa, para mim. Assim que nos avistaram, Nik pediu silencio para me apresentar. Levantou uma taça e a minha mão
— Hoje estamos comemorando a volta da minha irmã para casa e a sua transformação.
Todos bateram palmas e ele me abraçou. Peguei uma taça e comecei a aproveitar a festa, minha audição estava de volta, a força dentro de mim estava pulsando, nunca me senti tão viva. Sentei na mesa ao lado da Bekah.
— Como você esta se sentindo?
Eu pensei um pouco para responder, me virei para ela e sorri
— Feliz, bem e assustadoramente viva
Ela riu
— O que pretende fazer agora como nova original?
— Agora?
Ela assentiu
— Apenas aproveitar a festa e vocês...
Ela tomou um gole do champanhe e eu continuei
— Mas daqui um tempo...
— O que?
Além de feliz, eu estava livre, a tristeza haviam sumido, o desprezo, a carência, tudo que me fazia ser uma menininha perdida, tinha sumido. Agora eu era outra pessoa, eu voltei décadas atrás, a minha personalidade estava livre de novo, e mostraria isso a todos, o monstro que todos temeram um dia...
— Vou fazer o costume da família Mikaelson...
Eu estava de volta!
— Vou fazer vingança!


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem!!



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