Sexta Temporada escrita por Zangado13


Capítulo 1
A Antiga Dama


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/696893/chapter/1

Eu estava perdida, mais uma vez fugindo. Sinto que passei a vida inteira me escondendo, não que seja mentira. Mas dessa vez preciso ser rápida, ele esta a minha procura, se eu bobear acabarei com uma estaca no meu coração. Só que desta vez não faço ideia de para onde ir, meus irmãos estão escondidos e não correrei o risco de leva-lo até eles, além de fugir passei a vida protegendo o Klaus, não será agora que desistirei.
Eu poderia procurar alguma amiga da minha mãe, mas duvido que me aceitem. Já estou nesse carro a horas, estou vendo uma placa a alguns metros.
Esta escrito "Mystic Falls", conheço essa cidade, por que será? Nada aqui me traz lembranças, até encontrar uma grande casa perto de algumas arvores. Paro o carro e fico em frente a minha porta.
— Aqui estou eu novamente.
Fazia mais de um século que não voltava nessa casa, não tenho certeza se eles ainda moram aqui. Chego até a porta e bato. Espero um tempo e ele aparece.
— Damon. Sempre atendendo a porta.
Antes de ouvir sua voz, minha mente voltou a cem anos atrás. A primeira vez que bati na porta dos Salvatore, na ironia da vida eu estava fugindo. Quem me atendeu foi o Damon, ele tinha por volta de uns dez anos, aceitou imediatamente que eu entrasse e me ofereceu chá, fui aceita na casa para me acomodar, quem não ajudaria uma dama que acabara de perder a família?
— Alice? Alice Rorato?
Sai do devaneio com o Damon tentando me reconhecer, agora muito mais alto que eu, aqueles olhos azuis percorriam meu rosto em busca de lembranças. Abaixei a cabeça e fingi segurar um vestido. Levantei os olhos logo em seguida
— Sentiu saudades?
O rosto de espanto se tornou um sorriso, ele estendeu os braços para mim e pegou minhas malas.
— Perdeu a família novamente?
Eu passei pela porta e tirei o casaco
— Eu sempre perco, vocês quase não mudaram nada. Preguiça ou falta de imaginação?
O Damon pegou meu casaco
— E você continua muito simpática.
Virei o corpo em um pé e sorri
— Eu me esforço. Onde esta o Stefan?
— Deve estar caçando um esquilo
Ri da imagem e ouvi uma voz vindo das escadas
— Sempre muito engraçado não é irmão?
Descendo as escadas, Stefan estava com as mãos no bolso da calça. Fazia tanto tempo que não o via, que não fazia ideia no homem lindo que havia se tornado. Damon também estava bonito, mas o Stefan incrível. Ele era uma criança quando o conheci e agora aparentava mais velho que eu.
— Um de nós precisa ser irmãozinho.
Stefan chegou perto de mim e abriu um grande sorriso, mesmo que as marcas em sua testa permanecesse, seu sorriso parecia lembrar os tempos antigos.
— Até que enfim voltou a aparecer
Ele se aproximou lentamente e passou os braços pela minha cintura. Coloquei os meus em volta de seu pescoço e senti seu aperto me erguer do chão, o cheiro de seu cabelo invadiu meu nariz, parecia ter acabado de sair do banho.
— Eu não consumo fazer visitas
Ele se afastou
— Você prometeu
E isso era verdade, eu havia prometido que iria voltar para vê-lo novamente, eu cuidava dele na época que fiquei em sua casa, mas depois de alguns anos precisei ir embora, pois minhas irmã precisava de mim, é claro que eles não sabiam disso. Eles não sabia quase nada de mim além do meu nome, até porque se soubessem, duvido que me aceitariam sob o mesmo teto.
— Estou aqui, não estou?
Ficamos em silencio nos olhando nos olhos
— Vamos acabar com essa melação ok?
Nós dois olhamos para o Damon, que estava enchendo alguns copos de Bourbon. Tirei as mãos do Stefan e me joguei no sofá, ao lado do Damon.
— Não precisa sentir ciúmes Dammy, eu também amo você.
Ele parou instantaneamente e me encarou com os olhos cerrados.
— Não me chame assim.
Stefan riu e eu levantei as mãos
— Ele nunca gostou desse apelido
— Sério? Achei que gostasse
Eu e o Stefan rimos e o Damon revirou os olhos, pegou os copos e nos entregou. Eu tomei um gole e respirei fundo, o Damon sentou ao meu lado e o Stefan no sofá a frente.
— Então, o que faz aqui?
— Ué, eu não posso ter vindo visitar meus amigos?
Os dois se entreolharam e voltaram a beber. Damon me encarou
— Alice, nós te amamos, mas você nunca aparece em algum lugar sem motivo.
Eu iria precisar inventar mais uma mentira, por incrível que pareça eu odiava fazer isso, principalmente com eles. Sempre fui uma amiga para eles, sabia de todos os seus segredos. A primeira paixonite do Damon quando criança, um vaso que o Stefan quebrou e eu tomei a culpa. Apenas eu nunca me abri realmente para eles.
— Estou fugindo, acabei irritando algumas bruxas. Preciso ficar longe por um tempo.
Não foi uma mentira completa, apenas não disse de quem realmente estava fugindo.
— Então continua a mesma garota.
— Mais ou menos, cortei o cabelo
Nós rimos e alguém abriu a porta da casa. Uma moça baixa e morena se aproximou de nós, o sorriso diminuiu um pouco ao me ver, atrás dela estava um rapaz, parecia que eu já havia o conhecido.
— Oi, vim ver o que estavam aprontando.
O Damon me apresentou e eu me levantei e estendi a mão para os dois. O rapaz cerrou os olhos.
— Alice?
— Sim.
— Eu sou o Enzo, lembra-se?
Permaneci em silencio, aquele nome não me era estranho.
— Em 84, dividimos uma garrafa de Bourbon em um bar.
A imagem veio a minha cabeça, eu tinha acabado de entrar em regras básicas de sobrevivência, dieta sem sangue e tudo o mais. Estava quase enlouquecendo, e não parecia ser um ano bom para o Enzo também. Conversamos por horas e bebemos juntos, mas noutro dia não se falamos mais. Fomos um escape para o outro e apenas isso.
— Nossa, faz muito tempo.
Abri os braços e ele me abraçou, apesar de não termos feito uma amizade, lembro-me de contar-lhe segredos e o mesmo fez comigo.
— Hoje o dia está muito bom, revendo velhos amigos, fazendo novos. Agora só preciso saber quem anda cuidando de vocês, moços.
Apontei para os Salvatore, sempre me preocupei com eles, mesmo longe, vivia a pensar nos dois e como estavam. Quando descobri que se transformaram eu não tinha certeza se havia ficado feliz ou triste por eles.
— Aqui nós cuidamos uns dos outros Alice.
A Bonnie sentou ao lado do Enzo e sorriu.
— Temos uma pequena família. Tem mais alguns que você precisa conhecer.
Sentei na sua frente
— Então vamos chama-los, quero conhecer todos.
O Damon pegou em meus ombros
— Segura a onda anfitriã, vamos ver como esta primeiro.
Meu sorriso se desmanchou, eu sabia do que ele estava falando. Assim como eu ouvi falar dos tempos de estripador do Stefan, eu tive as minhas décadas ruins também, claro que eu era 100 vezes pior que qualquer outro vampiro fora de controle, mas mesmo assim. Pensei que teriam em mente que nunca colocaria em risco a vida deles e nem de quem amam.
— Eu estou bem Damon...
— Eu sei que esta, mas vamos esperar um tempo. As filhas/bruxinhas da Caroline são humanas, e não vamos correr o risco...
Acabei levantando a voz mais do que queria
— O risco de que? De eu cortar suas gargantas? De eu arrancar seus corações? Porque não ficaram com medo da Bonnie estar aqui? Ela é humana, ouço seu coração bater e mesmo assim vocês não tem medo que eu tire seu sangue?
Todos estavam com os olhos vidrados em mim, a Bonnie estava concentrada em mim, eu sabia o que estava fazendo. De longe senti seu poder, mas não podia mostrar que sabia, apenas bruxas detectam outras bruxas. O Stefan parecia o único que não estava assustado, veio ao meu lado e apertou a ponta de meus dedos. Ao olhar para ele lembrei do motivo de fazer isso, quando ele era menor e eu chegava em casa irritada ou com sangue em minhas roupas, eu estava fora de controle, possivelmente mataria todos naquele lugar se em todas as vezes, o pequeno Stefan não viesse a mim, apertasse as pontas dos meus dedos e dissesse que tudo ficaria bem.
— Não temos medo de nada, sabemos que não vai fazer nada.
Abaixei a cabeça e a voz
— Não é o que parece.
Me afastei e fui até as minhas malas
— Vou me acomodar
Subi as escadas e entrei em um dos quartos, fechei a porta e coloquei as malas no canto e me joguei na cama. Me concentrei e ouvi o Stefan discutindo com todos lá embaixo, aquilo me fez sorrir. Ouvi passos na escada, alguém estava vindo em minha direção. Uma batida abafada na porta e ela se mexeu, a cabeça do Stefan apareceu.
— Posso?
Assenti com a cabeça e ele se aproximou, sentou-se ao meu lado.
— Eu sinto muito por eles Al. Nós passamos por muita coisa ultimamente, os vampiros que aparecem aqui nunca são para ajudar.
Eu não disse nada, nem sabia o que falar. Dei um sorriso torto e fui a minha bolsa.
— Eu vou ligar para Caroline trazer as meninas e o Ric para te conhecer...
Eu assenti e abri a bolsa. Comecei a tirar meus diários e a colocar dentro do baú a minha frente.
— Ainda escreve?
— Claro, fui eu quem te ensinou
Ouvi um inicio de riso, e o silencio pairou no quarto. Não percebi ele se aproximar, aos poucos colocamos tudo dentro do baú. Quando pensei em levantar o Stefan segurou minha mão.
— Eu te entendo, o pode ter certeza que vou ficar sempre por perto. Ok?
Eu sorri e beijei sua testa.
— Sempre tentando me proteger pequeno Stefan.
— Hoje sou mais alto, posso até conseguir.
Ficamos horas conversando e arrumando minhas coisas, o tempo passou voando enquanto ele me colocava dentro das "novidades" daquela cidade. Me contou sobre os Hereges terem vindo a Mystic Falls, sobre a Elena e o feitiço, o que deu mais sentido ao Damon estar tão arredio. Falou sobre a gravidez mística da Caroline e os últimos ataques que tiveram do meu irmão, Klaus. O qual não fazem ideia que somos irmãos. Nos anos que eles vieram para cá, eu estava treinando bruxas para um guerra, a qual desisti, não valeria a pena...
— Eu vou descer, já esta tarde. Vou ligar para Caroline
Ele me tirou do devaneio, assenti com a cabeça e depois daquele sorriso encantador, ele se levantou e foi até a porta. Antes de ele sair o chamei
— Stefan
— Sim?
— Obrigada...
Ele sorriu de novo e fechou a porta. Fiquei uns minutos fissurada na imagem de sua face, quando sai dos pensamentos. O que estou fazendo? É o Stefan, eu cuidei dele, precisava parar de admira-lo.
Me levantei e bloqueei o quarto
— Terra Mora, Invoca Silentio, Singulari Virtude!
Assim ninguém poderia ouvir o som do meu quarto, eu tambem nao poderia ouvir eles falando lá na sala, mas depois eu quebraria o feitiço, peguei o celular e liguei para Rebekah.
—- Onde está? -- -- Porque pergunta? Sabe que nao direi! -- -- Klaus esta te procurando, bruxas estão fazendo feitiços, até alguns vampiros estão procurando nas cidades -- -- Estou com selo de localização, ele nao vai me encontrar e é para continuar assim. Vamos esperar nosso pai se perder, assim volto para vocês -- -- Nós podemos fugir juntos! -- -- Rebekah, me escuta. Meu único objetivo nesse mundo é protege-los e morrerei o fazendo. Se me amas, dirá ao Klaus para parar a procura. Diga que ligarei para ele amanha. -- silêncio -- Rebekah? -- -- Como quiser, mas tome cuidado. -- -- Eu sempre tomo --
Desliguei o telefone
— Terra Mora, Vis Normalis, Fractione Silentii!
Eu sentia tanta falta dos meus irmãos, em tantos séculos nunca conseguíamos ficar juntos por muito tempo. Tudo acabava assim que nosso pai, Mikael recebia pistas de nosso paradeiro, assim como Klaus, eu era o foco de sua raiva, mas mesmo assim eu permanecia no mesmo lugar para dar tempo dos outros fugirem, até porque eu era a única que conseguia suportar sua força por mais tempo, antes de ele me matar. Diferente dos meus irmãos, eu nao sou uma original como todos pensam, sou apenas uma vampira normal, transformada pelo Klaus.
Me assustei com uma batida na porta, era o Damon. Ele sorriu e entrou
— Claro, pode entrar
— Eu sei
Ele sentou ao meu lado e de um jeito confuso tentou dizer algumas palavras
— Acho que o Stefan já te contou tudo o que aconteceu a nós, é complicado e até assustador. Claro que passamos por tudo, e ninguém que veio se compara a você. Porque nós tivemos um passado...
Eu o interrompi
— Eu aceito suas desculpas
Ele suspirou e sorriu
— Obrigado...
— Tudo pra fazer você ficar quieto
— Vai precisar mais do que isso
— Eu conheço uns truques
— Me deixar de castigo nao funciona mais!
Nós rimos
— A Caroline esta vindo, disse que esta louca para te conhecer. Tadinha, vai ficar decepcionada
Eu o empurrei, rimos e depois o silencio pairou, depois de alguns longos minutos me olhando ele se levantou.
— Enfim, se arrume. Vamos ir ao Grill.
— Pode deixar.
Ele piscou e foi até a porta, antes de sair olhou para mim.
— Esse quarto já estava vazio a tempo demais.
— Isso é o seu jeito de dizer que esta feliz por eu estar aqui?
— Quem sabe
Ele fechou a porta com um sorriso sarcástico e eu fui ao chuveiro, tomei uma ducha rápido e fui colocar uma roupa. Abri uma das gavetas e ao tentar puxar uma blusa ela prendeu em alguma coisa, coloquei a mão dentro da gaveta e senti algo. Ao puxar reconheci um porta-retrato, alguém havia esquecido ali. Fui ver se tinha alguma foto, e era o Damon, beijando a bochecha de uma moça, muito linda. De cabelos lisos castanhos, imaginei que essa seria a famosa Elena. Aquele quarto provavelmente havia sido dela. Coloquei um casaco e desci as escadas, todos estavam no sofá esperando, menos o Stefan.
— Vamos?
A Bonnie levantou para colocar o casaco
— Sim, a Caroline vai direto para lá.
Virei para o Damon
— Cadê o Stefan?
Uma voz apareceu atrás de mim
— Aqui
Era ele, o cheiro de sabonete exalava do seu corpo. Estava com uma camiseta branca que marcava muito o seu corpo, quando percebi que estava fazendo de novo, virei o pescoço e fui até o Damon.
— Então vamos
Enganchei o braço no Damon e saímos de casa, como era perto dali fomos a pé. Já era por volta de umas dez horas da noite, a cidade estava bem iluminada, aquele horário fazia com que lembrasse séculos atrás, as moças com vestidos grandes e decorados, o jazz, sorrisos e danças durante a noite toda. Agora aquele lugar parecia um tanto quanto deserto. Chegamos ao Grill e escolhemos uma mesa, começamos a beber e conversar, todos tiveram como foco contar da vida deles para mim, acho que para eu me sentir um pouco mais interagida com o grupo.
Depois de uma meia hora eu vi uma mulher loira com uma menina em cada mão procurando alguém, quando nos avistou veio em nossa direção, atrás dela estava um homem que aparentava muito mais velho. Provavelmente Caroline e Alaric.
— Aqui estão vocês
Todos se levantaram e começaram a se cumprimentar, talvez por eles nao morarem tão perto todos sentiam saudades. O Damon os cumprimentou e me apresentou
— Caroline, Ric, essa é Alice Rorato, uma antiga amiga minha e do meu irmãozinho.
Estendi a mão para o Ric e a Caroline me abraçou instantaneamente, me assustei, mas achei uma graça seu carinho.
— É um prazer. Essas são minhas filhas, Jo e Liz
Eu me abaixei para cumprimenta-las, peguei em suas mãos e elas sorriram.
— Muito prazer meninas, meu nome é Alice.
A pequena Jo olhou nos meus olhos
— A senhora tambem é bruxa?
Eu gelei e soltei suas mãos, havia esquecido que as duas poderiam sentir meu poder. A Caroline se abaixou para entender melhor
— Não filha, ela uma vampira. Igual a mamãe.
Eu tentei convence-la
— Sim, sim. O poder que você deve ter sentido é igual o da sua mãe.
Ela nos olhou, olhou para sua irmã e dessa vez foi ela quem falou.
— Não é. Sentimos a mesma coisa quando encostamos na tia Bonnie.
Os únicos que haviam ouvido aquilo era a Caroline e infelizmente o Damon, ele puxou o meu braço.
— Do que ela esta falando?
Caroline colocou as meninas nas cadeiras e veio até nós.
— Quieto vocês dois...
Ela cochichou e continuou agora dizendo para os que estavam na mesa
— Vamos pegar alguns sucos para as meninas
A Caroline nos puxou até o bar
— Eu nao sei o que esta acontecendo aqui, mas nada de escândalo com as meninas aqui. O Stefan disse que seria tudo bem trazer elas.
— E vai ser, nao precisa se preocupar
— Não sou eu quem devo me preocupar Alice...
Sua feição havia mudado completamente, ela se afastou e foi até a mesa, pensei em ir junto mas o Damon entrou na minha frente.
— Pode explicar agora?
— Explicar o que?
— Não se faça de desentendida Alice. O que aconteceu ali?
— As meninas devem ter se confundido
Ele ficou em silencio por um tempo, e depois continuou, mas sem olhar para mim.
— Pensei que nao mentíamos um para o outro.
Ele se afastou, voltou para a mesa. Eu fui até o bar e peguei dois sucos. Voltei a mesa e entreguei as meninas que sorriram para mim. Ninguém percebeu a tensão que estava pairando no ar, apenas batiam papo e contavam sobre histórias antigas ou o que anda acontecendo na vida de cada um. Mesmo percebendo o olhar reprovador do Damon, eu mantinha o sorriso, prestava atenção em cada palavra. O bar estava prestes a fechar, começamos a nos levantar para ir para casa. A Caroline e família iriam dormir na casa da Bonnie. Enquanto todos se despediam na frente do Grill, Caroline veio falar comigo.
— Alice, eu sinto muito se fui grossa com você naquele momento. Eu nao a conheço, e quando algo envolve as minhas filhas, eu me torno outra pessoa.
— Não precisa se desculpar. Eu entendendo completamente.
Ela me abraçou
— Eu sei que nao tenho nada haver com isso, mas eu acho que você nao deveria mentir para o Damon, muito menos para o Stefan. Você parece realmente muito importante para eles.
Eu nao sabia o que dizer, dei um sorriso amarelo e ela se afastou. No caminho de volta, nós três estávamos em silencio. Quando estávamos quase chegando o Stefan nos tirou da tensão
— O que aconteceu com vocês? Estão quietos demais.
O Damon nao disse nada, eu peguei em seu braço e fiz carinho
— Nada, só estamos cansados. Não é Damon?
Ele nao nos olhou
— Claro.
Chegamos em casa em silencio, o Stefan me deu um beijo no rosto e foi para seu quarto dormir. Sem perceber o Damon já havia sumido do nosso lado, subi lentamente e fui até a porta do quarto dele. Não sabia o que fazer, a porta estava encostada, não ouvia nenhum barulho lá dentro.
— Damon
O chamei baixo e empurrei a porta. Quando consegui olhar dentro do quarto, ele estava parado na frente da janela. Olhando para escuridão lá fora.
— Damon?
Ele não se mexeu, não disse nada. Pensei em sair, mas eu precisava falar com ele. Cheguei mais perto da cama. Quando fui chama-lo de novo, ele disse
— Eu sempre sofri com confiar nas pessoas, e você sabia disso. Demorou muito tempo até que eu te ouvisse e aceitasse que você queria ser a minha amiga.
— Para uma crianças de dez anos, você sempre foi muito esperto.
Ele deu um risada abafada
— Eu não era esperto Alice
Ele se virou e continuou
— Eu tinha medo, medo de ser enganado. De mentirem pra mim, assim como meu pai sempre fazia comigo e com o Stefan. Como a minha doce mãe fez conosco a pouco tempo. E eu confiei em você, e pelo percebi hoje, você não é nem a pessoa que eu conheci a anos atrás.
Eu dei mais alguns passos em sua direção
— Eu sou sim Damon, tem coisas que eu escondi. Mas que foram para a segurança de vocês, porque eu queria protege-los.
Ele veio na minha frente
— Mentindo para nós?
Meu celular começou a tocar, eu queria atender, mas estava no meio de uma discussão. O Damon deu um passo para atrás e assentiu, para que eu atendesse. O numero era desconhecido.
—- Alô? -- -- Não esta com tanto medo assim -- -- Quem fala? -- -- Não reconhece mais a voz do seu pai -- -- O que você quer? -- -- Não seria melhor você perguntar "onde estou"? Vamos continuar Alice, já disse para não parar. Não quero facilidade. --
O telefone desligou, eu estava apavorada. Ele sabia onde eu estava, só podia. Como ele havia conseguido meu numero? O Damon tinha ouvido a conversa, ele pegou em meus braços pensando que eu estava passando mal.
— Alice? Alice? Seu pai? Quem é seu pai?
Eu olhei para ele e percebi sua preocupação, assim como ele poderia ver o pavor em meus olhos. Desisti de guardar isso só pra mim, eu iria precisar de ajuda.
— É o Mikael Mikaelson


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que gostem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sexta Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.