I Need Your Love escrita por Srta Taques


Capítulo 2
Capítulo 2




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POV Manuela.

Nem sei por qual motivo me abri com a Isabela. No fundo, não queria que ninguém soubesse de nada, continuaria deitada na cama olhando para o nada e esperar uma gotinha de disposição entrar em meu corpo e ao menos me levantar por vontade própria, e não por que minha mãe implorava.

Ouvi minha mãe levar a psicológica para o lado de fora e ouvi algumas palavras da mulher. Acho que ela volta na semana que vem. Fechei a janela cautelosamente e abri o guarda roupa e escolhi uma roupa florida. Desde que voltei, só tenho usado pijamas e uniformes.

Antes de abrir a porta, ouvi algumas fungadas e abri a frestinha. Minha mãe estava sentada no sofá chorando. Minha tia Helena chegou por trás e a abraçou.

— O que houve Rê?! — Minha tia tentava acalmá-la. — Que pergunta a minha, é por causa da Manu.

— Eu não sei o que fazer Helena. É como se a Manuela não gostasse mais de mim, sabe?

— Talvez você esteja vendo a situação de uma forma errada... A Manuela e a Isabela gostam muito de você!

— Me dói muito ver a Manuela nesse estado, se eu pudesse fazer algo para evitar.

— A psicóloga disse alguma coisa?

— Disse que é uma fase. Ela viveu enclausurada em um quarto por cinco anos, falava com pouquíssimas pessoas e o baque que sofreu com aquele menino foi terrível. Agora ela está aqui, com muitas pessoas em volta, acaba por ser estranho. — Fechei a porta e deitei na cama.

 Lágrimas começaram a descer de meus olhos. Era tanta tristeza! Por quê? O que eu fiz para merecer tudo isso? Coloquei uma almofada em meu peito e envolvi meus braços neles, fechei os olhos e tive lembranças. Lembranças horríveis.

FLASHBACK ON.

Três anos antes.

Estava em uma rodinha com A Júlia, o Felipe, e o André. Joaquim tinha saído, mas não me disse onde.

— A Isabela disse alguma coisa? — Era a pergunta de Júlia. — Ela vai conseguir desmascarar a Regina?!

— Não tão cedo... Enquanto ela não perceber que a minha mãe não tem nada a ver com essa história, ela vai focar em se vingar dela. A Isa não me escuta! Minha mãe tá sofrendo também, poxa.

— Manuela, vem comigo, eu quero te dizer uma coisa. — Joaquim entrou na sala, se aproximou de nós, pegou em meu braço e cochichou em meu ouvido. — A gente já volta ta galera?

— Tá... — Responderam em coro e saímos.

— O que você quer dizer? — Perguntei quando ele me soltou, estávamos em um corredor vazio. Lá ninguém nos atrapalharia.

— Foi um equívoco!

— Equívoco? O que foi um equívoco, Joaquim?

— A gente. O nosso lance. O nosso namoro. Eu me declarar pra você foi um erro!

— Co-como assim? Eu não to entendendo.

— Eu não gosto de você, Manuela! — Ele gritou, visivelmente estressado e olhou para os lados. — Não como você pensa.

— O que...

— Isso mesmo que você ouviu! Eu não amo você e peço desculpas por toda essa situação, mas... — Ele parou por um momento, e com lágrimas nos olhos disse. — Sempre gostei foi da Priscila! E você não pode fazer nada contra isso.

Aquelas palavras vieram como tiros no meu peito. Mal conseguia raciocinar direito, mas me levantei e encarei.

— Espero que você seja feliz com ela. — Não sei como aquilo saiu da minha boca, estava gritando por dentro e disse isso?

— Obrigado.

— Se puder também, não me chame mais de Manuela.

— Mas esse não é seu nome?

— É! Mas eu não quero que me chame assim. Me chame pelo nome da minha irmã!

— Manuela, não fique assim por minha causa, você tem que entender.

— Entender? Ontem mesmo dizia que me amava, e agora diz que foi tudo um equívoco? P**** Joaquim, na moral, ME ESQUECE. Eu odeio você! — Saí tentando segurar as lágrimas, mas elas desabaram antes de eu pensar em sair dali. Tranquei-me no banheiro e chorei o máximo que eu podia. Como doeu ouvir aquilo. Não só por amá-lo. Mas eu me sentia muito protegida ao lado dele e ele me abandona... Eu sou só uma contra cinco adultos que só querem meu mal. Será que Joaquim também queria meu mal? E se todos estavam me enganando? Fingindo que gostam de mim?

FLASHBACK OFF.

Pov Isabela.

Joaquim andava de um lado para o outro. Já estava sem paciência. O trânsito da cidade é horrível, se demorasse mais iria demorar demais para chegarmos ao Vilarejo!

— Vai continuar andando de um lado para o outro?! Eu não tenho o tempo todo do mundo não fio.

— É melhor eu não ir. Machuquei sua irmã demais, eu não posso.

— AH PODE SIM! Pode não, deve! Vai se fazer de covarde agora, é?!

— Não é isso, Isabela. A Manuela só te falou por cima, mas na verdade foi muito pior, ela até tentou suicídio. Mas eu consegui entrar na mansão, conversei com ela e depois agiu normalmente. Daí voltou pro Vilarejo, e aconteceu isso que você tá me dizendo.

— Eu não sou idiota não, tá? Tá na cara que você é apaixonado pela Manuela.

— Sou sim! Mas não quero machucar ela outra vez.

— Regina morreu, tá enterrada, foi comprovada a morte, não tem como ela ressuscitar, Geraldo eu não sei onde se enfiou, e os três capangas estão mofando na cadeia. Não tem ninguém para te ameaçar, e aquela loira oxigenada também não tem porque te ameaçar. Ah, e daqui uns meses você atinge a maioridade e pode arrumar um trabalho para alimentar seus irmãos. Digo, sem o dinheiro dos outros... Vamos Joaquim, eu não vim aqui a toa.

— Se a Manuela me expulsar, ou piorar a culpa é sua, deixo isso bem claro!

— Tá, eu me responsabilizo por todos os danos que sua visita possa causar. Agora vem! — E o puxei pelo braço.

Saímos do prédio e entramos no carro do Ofélio, que em seguida deu partida. Uma hora e meia depois, estávamos em frente a minha casa. Minha mãe estava no portão, encarando nós dois.

— Isabela, são quase seis horas da tarde! Onde é que você andava? — Revirei os olhos e olhei para Joaquim.

— Não brigue com ela dona Rebeca, a culpa foi toda minha. Me desculpa. — Eu ameacei começar a falar, mas Joaquim foi mais rápido. — Não sei se sabe quem eu sou, meu nome é Joaquim.

— Ah, então é você!

— Sim...

— Pode ir lá, boa sorte! — E deu um beijo no rosto de Joaquim e veio até mim e me abraçou.

POV Manuela.

Dormir não estava sendo mais tão fácil. Virava de um lado para o outro, e por mais que me esforçasse só os momentos ruins que eu lembrava.

Levantei da cama e me olhei no espelho. Parecia um zumbi de tão mal cuidada que estava. Afinal, a única coisa que eu fazia nos últimos dias era tomar remédios e dormir...

Abri meu guarda-roupa e procurei um calçado para usar. Ouvi a porta abrir, provavelmente é minha mãe me observando.

— Mãe? Isa? Não vão falar nada?! — Perguntei, sem olhar para a porta, mas não fui respondida. Deve ter sido impressão.

— A gente pode conversar boneca? — Nem prestei atenção em quem tinha feito a pergunta. “Boneca”.

FLASHBACK ON.

— Você é uma bonequinha, sabia? — Joaquim pegou em minha mão e a beijou. — Uma boneca, olha que bonitinha!

— Ai Joaquim, não fala assim... Fico com vergonha!

— Você fica ainda mais bonitinha quando está vermelhinha.

— Vai falar tudo no diminutivo agora?! — Então sorri. Falava da mesma forma no Vilarejo, mas nunca percebi que é um pouco irritante.

— É que fica mais bonitin... Digo bonito.

— Tudo bem, eu também falava assim no Vilarejo.

— Te amo muito boneca.

— Também te amo! — Joaquim pôs sua mão sobre minha nuca e nos beijamos.

FLASHBACK OFF.

— Manuela? — Me chamou. Eu levantei e fechei a porta do guarda-roupa, e olhei para ele.

— Joaquim! — Comecei a chorar, mas dessa vez de felicidade. — Abracei Joaquim o mais forte que eu podia. Eu chegava apenas em seu peitoral, ele havia crescido bastante. Então senti os seus braços encostarem-se a meu corpo. Não estava acreditando que Joaquim estava no meu quarto, e me abraçando daquela forma depois de tanto tempo. Sentia tanta falta dele... Pena que devia ser um sonho, isso estava maravilhoso demais para ser verdade.


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Notas finais do capítulo

Muito obrigada a quem comentou, está acompanhando e favoritou a fic. Quem puder e quiser me ajudar com inspirações, fale comigo no privado, ajuda nunca é demais haha. Até o próximo capítulo, e não esqueçam de comentar, pois não sei se estão gostando ou não! Beijooos.



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