I Need Your Love escrita por Srta Taques


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Outra FIC sim, socorro hsjnsnsj
Sim, tive ideia da FIC por causa da música...

Esse capítulo é narrado pela Isabela, só pra iniciar a história. Espero que gostem da história. Boa leitura amores.



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POV Isabela.

— Desde quando ela está assim? — Uma mulher jovem, de cabelos loiros com uma bolsa no braço e segurando uma prancheta observava Manuela deitada na cama de olhos abertos olhando para a parede.

— Duas semanas. — Minha mãe respondeu, passando a mão pelos cabelos da minha irmã. — Desde que ela voltou ela está assim, não come, não conversa com ninguém...

— Voltou? De onde? — Ela parou de anotar e olhou para minha mãe, que trocou olhares comigo. — Não me escondam nada, por favor.

— Sendo assim... Vamos até a sala, por favor.

Minha mãe deu um beijo em Manuela e saiu com a psicóloga. Fiquei sozinha com a Manu no quarto, me aproximei dela e sentei na ponta da cama, fazendo a mesma coisa que a minha mãe.

— Manuela, a mamãe já foi embora! — Ouvi um suspiro. — Me diz o que está sentindo?

— Saudades.

— Saudades? De quem?! — Perguntei curiosa.

— Do Joaquim.

Eu não sabia o que dizer e o que perguntar... Estava conseguindo conversar com a Manuela depois de duas semanas, pensei em chamar a mamãe, mas isso podia estragar tudo do jeito que ela está nervosa pela situação. Pensei mais um pouco.

— Ele fez alguma coisa pra você? — Me arrependi de ter feito a pergunta, mas milagrosamente ela virou-se pra mim e levantou. — Se não quiser responder eu entendo.

— Ele está namorando a Priscila. — Ela disse tentando conter o choro. — Ele terminou comigo para ficar com ela...

— É só isso? — Perguntei. ­­— Coloca tudo para fora Manu, eu prometo não falar nada a mamãe.

— Promete?

— Claro!

Manuela levantou e tirou a blusa que usava. Ela passou a mão pela barriga, e revelou alguns cortes.

— Esses foram os últimos. — Disse levantando a cabeça. — Regina mandava o Navarro me beijar, como eu nunca correspondia ele me cortava pra me causar dor. — Meus olhos estavam cheios de lágrimas. — Os únicos momentos que eu fui feliz... Foi na época que o Joaquim namorou comigo.

— Manu... Você precisa mostrar pra mamãe! Pelo menos para ela comprar uma pomada e tratar, pode infeccionar.

— Tá...

— Manu, eu sei que você está triste mas precisa reagir. A mamãe acabou de saber que teve gêmeas, ela está sofrendo demais por te ver assim. Até trouxe uma psicóloga! — Pus a mão em seu queixo, levantando sua cabeça. — Ela te ama muito!

— Eu estou dando trabalho?! — Perguntou assustada.

— Não, claro que não. Mas todos estão preocupados com você e desde que voltou não come direito nem fala com ninguém.

— Desculpa, mas não sou eu... É meu corpo. Não sei explicar.

— Entendi... — Dei um beijo em seu rosto. — Troque de roupa e vai até a sala, você precisa ver gente o mais rápido possível!

Ela assentiu e eu saí do quarto. Minha mãe estava conversando com a psicóloga.

— Mãe, eu acabei de conversar com a Manuela e...

— Como você conseguiu?! — Minha mãe levantou e nem me deixou terminar de falar.

— Sei lá mãe, eu fiz umas perguntas e ela foi respondendo... — Sorri de lado, e observei as duas. — Mas prometi que não contaria nada, ela mesma vai te contar com o tempo.

— Isabela, se você descobriu alguma coisa que pode nos ajudar, por favor, conte. — A psicóloga olhou pra mim.

— Bom, como eu disse eu não posso contar O QUE ela falou, mas tem a ver com um menino da banda que ela cantava, ela gosta muito dele.

— Isabela, esse menino pode ajudar muito a recuperação da Manuela, por favor, vá atrás dele!

— Mas...

— Vai Isabela! — Minha mãe pegou em minha mão. — Pela sua irmã.

— Não é questão disso, mas... — Pensei em falar, mas desisti. — Tá, eu vou!

Saí de casa com pouco mais de cinquenta reais que minha mãe me deu. Entrei dentro do carro e Ofélio deu partida. No caminho, fiquei lembrando diversas vezes as marcas no corpo da Manuela. Eu tinha deixado a situação ir longe demais, eu tenho culpa nisso tudo!

— Chegamos Isabela. — Ofélio estacionou o carro em frente a um condomínio de cores neutras. — Sua mãe me ligou e pediu que eu te esperasse.

— Tá... — Saí meio avoada e entrei no condomínio.

Tinha um moço na portaria escutando uma as músicas do Cúmplices. Seu nome era Dinho, já tinha visto ele algumas vezes há alguns anos. Ele está mudado, mais forte, enfim...

— Dinho? — Balançava a cabeça de um lado para o outro. — DINHO! — Berrei e ele abriu o portão assustado.

— Manuela? Isabela? — Ele coçou a cabeça.

— Isabela... Eu vim falar com o Joaquim, pode me dizer o número do apartamento? Eu esqueci.

— Ele saiu com uma menina, daqui a pouco deve estar de volta. Mas pode ir subindo, os irmãos dele estão no apartamento!

— Ok. — Me deu o número e eu subi.

Cheguei ao andar. Antes de bater na porta, pude ouvir os gritos de Júlia, provavelmente sendo para Felipe. Esperei os gritos pararem — cinco minutos mais ou menos — e bati. Júlia abriu como se quisesse quebrar a porta e a me ver bufou.

— É você?! — Revirou os olhos. — Achei que fosse a mala da Priscila.

— Vim conversar com o seu irmão sobre a minha irmã.

— Ah, como a Manuela está? — Perguntou mais calma.

— Com depressão.

— E você fala isso com essa calma?

— O que você queria que eu fizesse Júlia? Gritar que a minha irmã está com depressão?! É uma coisa passageira, não precisa desse alarde todo... Apesar de estar me destruindo.

— Isabela Junqueira preocupada com a irmãzinha... Essa é nova!

— Não vim falar sobre isso. Queria que me falasse uma coisa.

— Fale.

— Quando eu cheguei você achou que era a “mala” da Priscila... Por que disse isso?

— Desde que a Regina morreu, os capangas foram presos e a Manuela voltou pro Vilarejo, o Joaquim terminou com a Priscila. — Fiquei surpresa. — No mesmo dia inclusive... E desde então a Priscila não para de vir para cá... E não é para conversar sobre eles voltarem, nem nada disso... Tá mais pra amizade. Mas nunca fui com a cara dela, por isso chamei a Priscila de mala.

— Estranho... O Joaquim fala sobre a Manuela?

— Por que quer saber?! — Joaquim entrou no apartamento, interrompendo nossa conversa.

— Vou deixá-lo á sós. — Disse Júlia, entrando em seu quarto.

— Não vai responder, Isabela? — Pude perceber um tanto de álcool em seu tom de voz.

— Você bebeu?

— Só um pouco. — Disse deitando no sofá. — Anda Isabela! Responde!

— Esquece o que eu falei. — Sentei em uma poltrona. — Pode me dizer o que aconteceu entre você e a Manuela?

— A gente namorou um tempo e...

— E?

— Eu fui obrigado a terminar com ela e iniciar um romance com a Priscila.

— Foi a Regina?

— Ela descobriu que eu e meus irmãos morávamos sozinhos e nos ameaçou. Se eu não terminasse com a Manuela e me declarasse para a Priscila NA FRENTE da Manu, ela iria nos denunciar para o Juizado de menores.

— Você está falando a verdade?

— Claro, ué.

—É que você está meio bêbado...

— Não acredita?! — Tirou o celular do bolso. — Liga aí pra Priscila e pergunta.

— Tá, não vou duvidar da sua palavra. — Devolvi o celular a ele. — Você imagina o quanto fez a Manuela sofrer?

— Imagino... Ela deve estar com ódio de mim, nem querendo olhar na minha cara... — Levantou-se e foi até a geladeira. — Se arrependimento matasse... Mas eu não me perdoaria jamais se eu e meus irmãos fossemos para um orfanato e separados, não suportaria a ideia de um de nós sermos adotados sozinhos... — Colocou a água em um copo e fechou a porta da geladeira e tomou a água.

— Joaquim, a Manuela está com depressão. — Assim que ouviu largou o copo na pia e olhou pra mim assustado. — Desde que voltou ao Vilarejo não conversa com ninguém nem come direito. Isso faz duas semanas já... Hoje, milagrosamente ela se abriu comigo.

— O-o q-que ela falou? — Ele gaguejava de tão nervoso.

— Que está com saudades de você...

— Sério?! — Abriu um largo sorriso. — Eu achei que...

— Joaquim, na verdade eu vim aqui para te levar até ela. Só você pode ajudá-la! Então, o que me diz?


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, não esqueçam de comentar por favor!



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