Defenceless escrita por Lia Sky


Capítulo 47
Capítulo Quarenta e Sete


Notas iniciais do capítulo

Sugestão da autora: Abraçem um travesseiro porque esse é um capítulo de dar faniquito! ♥



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— Hunter? – ela o olhou surpresa.

Hans se ajeitou no sofá, sentindo todos os músculos do corpo enrijecer. Olhou para o lado, mas não conseguiu ver o amigo, já que Natalie não havia aberto a porta o suficiente.

— Andou chorando? – a marca de expressão entre as sobrancelhas do castanho surgiu enquanto ele a olhava fixamente e um pouco mais de perto.

— Não... – ela respirou fundo, tentando esboçar uma reação melhor. Deu um passo para trás devido à aproximação dele.

— Posso entrar? – Hunter pediu cautelosamente, olhando-a por cima e franzindo a testa. As mãos estavam escondidas nas costas.

Natalie mordeu o lábio inferior, um pouco receosa. Lembrou-se da última vez que Hunter flagrou Hans e ela juntos um dia atrás, e não havia sido nada saudável. Mesmo não tendo avançado no loiro, sabia que ele não havia gostado só pelo olhar. Respirou fundo, rezando internamente para que Hunter não fizesse nenhuma cena. Era a última coisa que ela precisava no momento.

Abriu a porta e deu alguns passos para o lado para que Hunter entrasse. O castanho entrou vagarosamente, olhando-a bem de perto enquanto passava por ela.

Os olhos dele estancaram no rosto de Hans no mesmo instante, porque foi a primeira coisa que conseguiu focar. Sentiu um nó se formar em sua garganta e fechou os punhos.

— Veio trazer algum livro, Hans? – embora a voz dele estivesse calma, era possível sentir a acidez em seu tom. Ele deu um sorriso forçado, claramente irritado.

— Não. – foi Natalie quem respondeu às suas costas. – Ele veio tentar me convencer a aceitar a proposta de vocês. – a castanha deu a volta, contornando-o para ficar entre ele e o sofá no qual Hans estava sentado.

— E...? – Hunter olhou para Hans.

— Nada. Ela não quer.

— Por que você provavelmente está fazendo da forma errada. – Hunter alfinetou calmamente, colocando as mãos nos bolsos.

Hans se irritou com o comportamento arredio do amigo.

— E eu suponho que você saiba muito bem como fazê-lo, não é? Tivemos uma ótima amostra ontem. – o loiro apoiou os braços na parte de trás do encosto do sofá. Os dois se fuzilaram.

Natalie passou as duas mãos pelos cabelos, jogando-os totalmente para trás e respirou pesadamente.

— Okay, chega vocês dois. Hoje eu realmente não tenho tempo nem cabeça pra essas cenas. – girou os calcanhares na direção do castanho. – O que você veio fazer aqui, Hunter?

Os olhos verde-claros de Hunter, que antes estavam estreitados e emanando raiva na direção de Hans, ficaram serenos e mais profundos ao encontrar o mel dos olhos de Natalie.

— Vim convencê-la a aceitar a nossa proposta. – ele disse de prontidão. – Acho que você vai se arrepender imensamente se rejeitar essa oportunidade.

Todos olharam para o corredor quando ouviram o barulho de uma porta se abrir. Logo Anna apareceu na sala.

— Reunião da Elite Four? Só faltou o Tom aparecer aqui hoje, gente. – Anna comentou, arrancando um risinho de Hans. Hunter deu uma piscadela, cumprimentando-a.

Natalie pressionou os lábios com força, fazendo-os desaparecer por completo por alguns segundos enquanto tentava manter a calma. Quando os fez aparecer novamente, tentou forçar um sorrisinho.

— Meninos... Olha. – ela deu uma olhada rápida a Hans, mas voltou-se para Hunter novamente. – Eu gostaria que vocês respeitassem a minha decisão.  Eu já disse que não. Vai. Rolar. – Natalie respondeu pausadamente. Aquilo irritou até mesmo Hans, mas ele se conteve. – Eu estou...

— Para de ser teimosa! – Hunter exclamou, provocando-a.

Natalie arregalou os olhos enquanto a ira se apossava deles.

— A última coisa que eu preciso é que você venha aqui na minha casa pra gritar comigo, Hunter! – ela exclamou de volta, e Hunter sorriu de lado por ver que havia conseguido irritá-la. – Eu estou com um PUTA problema da faculdade, estou SURTADA e sinceramente não estou com paciência alguma pra te aturar.

— É mesmo?

— É, é mesmo! – ficou irritada quando percebeu o tom sarcástico dele. – Não que você se importe, mas eu posso perder a minha bolsa, sabia?!

— Sabia. – ele assentiu sem deixar que o sorrisinho nos lábios abandonasse seu rosto, deixando as covinhas das bochechas um pouco em evidência. – E é por isso que eu estou aqui.

— Você é um idi... O quê?

Natalie o olhou surpresa. Já estava com o xingamento na ponta da língua, prevendo que ele a ofenderia de alguma forma e teve que interromper a si mesma quando percebeu que não foi o que aconteceu. Hans fez a mesma expressão que ela, olhando para Hunter. Anna arregalou os olhos.

— Como você sabe? – ela franziu o cenho, completamente perdida.

— Um passarinho me contou que você tem um programa ao vivo pra gravar amanhã e a sua entrevistada furou. – ele falou contendo o sorriso que queria crescer em seus lábios.

— Luke... – Natalie falou o nome do moreno entredentes, amaldiçoando-o. Anna fez um bico com a boca, disfarçando.

— E eu acho que tenho uma solução perfeita que beneficiaria ambos os lados. – Hunter completou.

— O que quer dizer com “ambos os lados”? – ela entortou a cabeça, estreitando os olhos. Hans ficou em silêncio, pressionando os lábios.

— Bom... Se eu bem me lembro, você é muito fã de um dos meus amigos mais próximos... – ele começou com um tom divertido, deixando o sorrisinho finalmente escapar e cruzando os braços na altura do tórax. – E por acaso, esse meu amigo está na cidade. – Natalie sentiu seu rosto perder a cor. Ele não estaria falando do... – E quando o Luke me contou sobre o seu problema, eu pensei: “Nossa, seria bem legal se o Ellijah aceitasse gravar com a Nats. Tenho certeza que ele adoraria ajudar.”— Hunter fez uma atuação de si mesmo, como se pensasse alto. – Eu seria um bom amigo... Maaas eu me lembrei que você não tem lá sido uma boa amiga pra gente. – Hans não conseguiu conter o sorriso. Passou a mão na boca, tentando disfarçar. Anna estava se segurando para não começar a pular que nem uma louca ali mesmo. Sabia o quanto Natalie era fã de Ellijah Scott. – E como parece que o lance da amizade não tá rolando entre a gente aqui... Decidi melhorar a proposta. – o castanho continuou com os braços cruzados, mas passou a apoiar o rosto em uma das mãos, segurando o queixo. – Se você aceitar trabalhar com a gente, eu posso muito bem pegar o meu celular aqui, agora...  E ligar para o meu amigo Ellijah Scott... Ele pode, com certeza, ir ao seu programa! E ainda vai adorar te conhecer... Já até comentei sobre você, sabia? (GIF)

Por alguns segundos, Natalie havia se esquecido de respirar. Estava com os pés estancados no chão, mas tinha certeza de que se tentasse se mover um único centímetro, suas pernas cederiam. Sentiu seu coração acelerar de uma maneira que nunca achou ser possível. Seus olhos estavam arregalados, encarando Hunter, que estava se segurando para não começar a gargalhar ali mesmo. Ela tentou compassar a respiração, puxando o ar lentamente.

— E aí, o que me diz? – ele falou novamente, chamando-a para a Terra.

Anna deixou escapar uma expressão imponente e vitoriosa. Hans olhou para Natalie com um sorriso difícil de esconder. Hunter voltou a colocar as mãos para trás, sério, tentando manter a pose. Natalie olhou para a amiga, depois do loiro para o castanho repetidas vezes. (GIF)

— V-Você não tá falando sério. – Natalie gaguejou explicitamente atônita.

— Você não acredita em mim? – Hunter inclinou o corpo minimamente para frente, olhando-a nos olhos.

— Hunter, não brinca comigo. – os pés dela dançaram, indo para frente e para trás. – Eu não estou nada boa hoje, e eu não vou pensar duas vezes em socar essa sua cara se...

O castanho puxou o iPhone do bolso de trás da calça.

— Você quer que eu ligue pra ele aqui na sua frente? – chacoalhou o celular no ar.

Hans se levantou em um pulo. Estava todo animado. Tinha vontade de abraçar Natalie com força, mas se conteve. Imaginou Hunter pulando em seu pescoço e riu baixo.

— Natalie, pelo amor de santo Cristo. – Anna tentou conter a excitação na voz, mas estava quase impossível. Juntou uma mão na outra na altura dos seios, como se rezasse.

— Por que você tá fazendo isso? – Natalie apoiou a cintura no encosto do sofá onde Hans estava sentado antes.

— Eu só quero ajudar você, love. – a voz dele havia ficado rouca, e Natalie deu graças a Deus por ter se apoiado no sofá quase que instantaneamente, pois sentiu um arrepio percorrer toda a sua espinha ao ouvi-lo chamá-la de “love”. Até mesmo Hans ficou surpreso com a maneira que o amigo havia falado. – E também quero te impedir de fazer a idiotice de negar o trabalho.

— Se você negar, agora sim, Natalie... Você vai ser a mais imbecil de todas. – Anna falou, começando a se irritar. Estava agoniada e animada pela melhor amiga. – Pelo o amor de Deus, guria!

Natalie respirou fundo e cruzou os braços para que ninguém conseguisse notar o quanto suas mãos tremiam. Mordeu o interior da boca, mantendo a pose.

— Liga pra ele.

— Hm? – Hunter levantou as sobrancelhas, sentindo o coração acelerar. Pensou ter ouvido errado.

— Quero ver você ligando na minha frente. E no viva-voz.

Anna começou a pular que nem uma maluca. Conhecia Natalie o suficiente para saber que aquele havia sido o “sim” dela.


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Notas finais do capítulo

Vocês podem falar o que quiserem do Hunter... Mas não podem negar que ele é um fofo! *----------* quando quer :B



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