Hello Seattle, I am an albatross

on the docks and your boats

I sail above your inlets and interstates

Through the rain and open wind

"Meu tempo está acabando", esse foi um pensamento aleatório que tive um dia, quando olhava o belo céu azul de São Paulo, por vezes me aparecem certas coisas na mente, principalmente, quando ela está vazia.

Chorei, não com o fato da iminência da morte, que pode chegar cedo ou tarde, nem pela minha possível inexistência, mas sim, por saudades. Saudades de quem? você me pergunta, não, não é de alguém, é do que.

Amo tanto esse lugar, essa cidade com suas perfeições escondidas, gosto de observá-la. 

Por vezes consigo capturar pelos meus olhos, de relance, quando ando de carro, alguma imagem maravilhosa  que guardo diretamente em meu coração. 

Esses dias vi casais, e sabe aquela felicidade alheia que te faz sorrir? É isso que senti.

Fico triste porque ninguém percebe certas belezas escondidas: a abelha que consegui avistar perto da árvore, os cachorros de rua, as flores e árvores de cores tão vívidas, o céu e os pássaros que trazem esperança as pessoas necessitadas, além de muitas outras coisas. 

No fim, chorei de saudades. Saudades dessas pequenas coisas do qual, parece-me, que ninguém aprecia. 

As vezes, devemos treinar nosso olhar para ver de modo certo. 

Uma coisa que posso dizer é que se fosse embora... sentiria saudades. 

Tinha dias que queria fugir mas não sabia para onde, até perceber como eu amo esse lugar chamado Terra mais do que tudo. 

Nem que existam outras dimensões, esse será sempre meu planeta favorito. 

E, refletindo sobre isso, finalmente, me alegro.