Death Returns escrita por CamilaHalfBlood


Capítulo 3
Capítulo 3 - Darkness, Death and Blood On The Walls And Floor


Notas iniciais do capítulo

Oii gente!!! Eu sei que falei que ia tentar postar mais cedo, mas é que não deu mesmo, to tão atarefada que meu deus, vou ter madrugar hj kkk, mas ta aki o ultimo capitulo, me doeu escrever ele, serio doeu muito, ainda mais que não vai ter continuação, é difícil abrir mão kkk
Mas no Halloween vou escrever outra one-shot de terror, não com essa historia, na verdade não tenho a mínima idéia do que vou fazer, até lá eu dou um jeito.
Muito obrigada pelos comentários, serio vocês me fazem feliz com cada um deles :)
E só para terminar queria agradecer a minha Beta, que correu junto comigo para fazer esses três capítulos em três dias consecutivos, serio sem ela, os caps não sairiam, então muito Obg Julia, você é d+.
Bye Bye...



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(Escuridão, morte e sangue nas paredes e no chão)

Fechei os olhos esperado o impacto com chão, o vento que tinha soprado nos primeiros segundos foi parando, foi então que eu percebi, eu estava deitada em alguma coisa, mesmo assim não os abri, sabia que não estava mais caindo, mas estava com medo do que veria se abrisse os olhos, estava escutando vozes cantando a musica de Amy, mas não era ela, eram vozes diferentes, tão baixas que se não estivesse quieta não conseguiria ouvir, estavam sintonizadas, como um coral, todas diferentes das outras, mulheres, homens, crianças, mas havia sofrimento em suas vozes, como se fossem forçadas a cantar.

My blood was dripping.

Staining my only not lost dignity.

Darkness, death and blood on the walls and floor.

But the door was there,

With blood dripping.

Can't you see? You are destroying me little by little.

Stop or I will scream.

Stop or I will scream.

Stop or I will scream.

— Abra os olhos! – mandou Amy quando a musica começou a se repetir, sem eu querer abri os olhos.

Percebi com alívio que não estava mais naquela escuridão, era o quarto de Thalia, diferente dos outros cômodos, ele estava mobiliado, e com uma luminária iluminando o lugar, mas não era o suficiente para que todo o quarto fosse visível aos olhos.

Esse quarto também tinha sumido, junto com as memórias de todos.

Me levantei quando uma cadeira caiu sozinha, fazendo um estrondo.

— Eles não vão ir até você - disse Amy.

As "coisas" com garras, era disso que ela falava? Olhei em volta, mas não via ninguém, não que eu conseguisse ver.

Nem Amy estava ali, apenas a minha respiração acelerada e a canção era escutada.

— O que são eles?

— Eles são cascas mortas, amigos que já se foram.

"Os últimos não duraram muito".

— O que voce fez com eles? - perguntei assustada.

— Eu não fiz nada! - respondeu - eu só brinquei com eles, eles eram meus amigos.

— Amy, você os matou.

As vozes, tudo isso, eram pessoas, pessoas anteriores a nós, que Amy prendeu e ninguém voltou para busca-los, isso que teria acontecido com Piper, Thalia e todos os outros se Nico não tivesse nos trazido.

— Não! Eu não os matei! - gritou - Por que você sempre faz isso? Me acusa... Eu não faço nada! Eu não gosto de você! Quero que você vá embora, vá embora e deixe os outros aqui!

— Não vou deixar-los aqui, todos nós vamos sair daqui.

— Por que?

— Por que você faz isso com as pessoas! - falei apontando em volta - você as mata, as tortura, você não é uma boa amiga.

— EU SOU SIM!

Um vento começou a rugir de todos os lados, coisas pretas começaram a descer pelas paredes, todo o ar dos meus pulmões se foi assim que percebi o que eram.

Aranhas.

Corri até a porta, tentando desesperadamente abri-la, mas estava trancada, sentia as aranhas chegando cada vez mais perto, meu desespero aumentando.

 Me joguei contra a porta, fazendo-a estremecer, tentei novamente e finalmente ela se abriu, passei rapidamente a fechando logo em seguida, fiquei ofegando contra a porta, tentando inútilmente fazer minha respiração voltar ao normal.

— Percy... - sussurei para mim mesma enquanto as lágrimas nublavam a minha vista.

Pisquei obrigando-me a manter a calma.

A porta tinha dado para um corredor, aquele corredor, olhei para as paredes temerosa que as mesmas mãos esqueléticas da última vez aparecessem, passaram-se alguns segundos e nada aconteceu, o quarto onde tinha ficado trancada estava ali também, eu seria uma das que ficariam presas na casa se Percy não tivesse me puxado na hora certa.

Senti a porta se mexer atrás de mim, quando olhei em volta, mais aranhas apareceriam das frestas, comecei a me afastar lentamente, os olhos vermelhos das aranhas pareciam olhar diretamente para mim, enquanto as longas pernas pretas se contorciam para passar por debaixo da porta.

Tentei abrir a porta mais perto de mim, mas quando consegui, outra massa de aranhas apareceram, subindo umas nas outras para chegar mais perto de mim.

Corri o mais rápido que consegui para longe das aranhas, mas ironicamente, o corredor era muito curto, não tinha para onde ir, só haviam mais e mais portas que não me atrevi a abrir.

Me encostei na parede, fechando os olhos, enquanto esperava que elas chegassem até mim.

Escutei ao longe Amy rindo, trazendo o mínimo de razão a minha mente, ela brinca com as pessoas, aquilo tinha que ser ilusão.

É apenas uma ilusão, apenas uma ilusão - repetia em minha mente - Apenas uma ilusão.

"Eu... não quero brincar com ela... nunca quis, mas ela fez isso com os meus olhos, como punição, por ser uma má amiga"

Piper não queria brincar com ela, tinha descoberto que eram ilusões, ilusões não podem fazer mal, apenas enganam a mente, só pode nos ferir se acreditamos ser real.

Punição, por ter descoberto, por não ter medo, então sendo lá o que ela tenha feito com os olhos de Piper ela agora via os outras pessoas presas das outras casas, em outro tempo que já tinham morrido, aquelas "coisas" com garras eram reais, assim ela teria medo.

Era disso que Amy se alimentava, dos medo das pessoas, do desespero e da dor, por isso ela estava mais forte, mais nítida, ela teve três meses para se alimentar dos meus amigos.

— É uma ilusão! Não tenho medo do que não é real! - falei abrindo os olhos, as aranhas não tinham sumido totalmente, eram como fantasmas agora, não se mexiam, eram nítidas apenas quando as olhava fixamente.

— ELA TE DISSE ISSO! EU A PUNI E VOU PUNIR VOCÊ TAMBÉM, VOCÊ NÃO PODE NÃO TER MEDO! - Gritou Amy, aparecendo a minha frente.

— Você é uma criança, Amy, não tenho medo de você - falei calmamente - você é fraca.

— NÃO SOU FRACA! NÃO ENQUANTO SEUS AMIGOS SENTEM MEDO! - virei devagar, ficando assim de costas para ela - NÃO ME DÊ AS COSTAS!

— Nós vamos embora, você queira ou não - disse simplesmente, fechando a porta assim que passei.

Desci as escadas rapidamente, mesmo não tendo medo, não podia não deixar de me preocupar com eles, eles não sabiam, temia o que Amy estava fazendo com eles.

Assim que cheguei no térreo, paralisei vendo a cena a minha frente.

O cômodo parecia estar sendo consumindo por chamas, por um momento as vi como deveria ser para todos naquele quarto menos para Piper e eu, as chamas subindo, o calor tão forte que machucava a pele, som do fogo queimando a madeira do chão, a falta de oxigênio no ar.

Mas logo depois, vi como deveria ser, a falta de nitidez, não estava queimando, para mim elas já não se moviam mais, eram como fotos, não podiam machucar, mas para os outros podiam, Amy podia fazer parecer que seu corpo estava sendo consumido por todas aquelas chamas, podia fazer parecer que seu oxigênio acabou, você morreria sem respirar, mas ela não faria isso, não enquanto eles a fizessem forte.

Vi Frank e Hazel junto com Nico e Thalia e Percy em um canto tentando fugir do fogo inexistente, no outro Calipso, Leo Jason fazendo a mesma coisa, apenas Piper estava sozinha, em um canto totalmente diferente dos outros em meio as chamas, mas ela não olhava para elas, seus olhos passavam por todos os cantos olhando aterrorizada para alguma coisa que só ela via, foi então eu percebi que Jason gritava repetidamente para Piper com lágrimas nos olhos , provavelmente achando que ela tinha sido pega pelo fogo.

Tentei gritar para eles que aquilo era ilusão, mas minha voz não saiu, comecei a tossir, impedida de falar por alguma coisa. Coloquei a mão em minha garganta, sentia uma pressão ali cada vez mais forte, como se me enforcassem.

Tinha plena certeza que era Amy fazendo aquilo, eu não tinha medo dela, era descartável.

Ela tinha punido Piper, e agora iria me matar por termos descoberto a verdade.

— ANNABETH! – gritaram Percy e Piper ao mesmo tempo, Piper olhava de mim para alguma coisa a minha frente enquanto Percy olhava para o fogo em volta.

— Amy... – sussurrei com dificuldade, desesperada enquanto pontos negros dançavam na minha frente – O Mal está aqui?

Instantaneamente o quer que estava me segurando, me soltou, cai no chão arfando em busca de ar,  percebi que o fogo sumiu também.

— Não, ele não está – falou Amy, ela estava em minha frente novamente, mas toda a sua raiva tinha passado, ela parecia mais em tranze.

— Quem é o Mal? – perguntei , me levantando  - Quem é o Mal, Amy?

— Não! Já disse ele não está aqui!

— Quem é o Mal? Quem é ele?

— NÃO! – gritou, mas dessa vez ela não estava com raiva, sua voz ironicamente sempre doce, mesmo em momentos de raiva, agora estava tremula, como se estivesse com medo.

— QUEM É O MAL? – gritei fazendo-a cair de joelhos no chão, enquanto ela me implorava para parar, pela primeira vez senti pena dela, ela era uma criança, só tinha nove anos de idade, mas uma criança que devia ter ido para o céu ou para onde os mortos vão quando morrem a muito tempo – DIGA, QUEM ELE É?

— Meu pai – ouvi ela sussurrar, então uma voz de homem começou a ecoar pelo local, raivosa, sempre gritando, tive que tampar os ouvidos com as mão, para abafar, mas ainda escutava nitidamente tudo o que ele dizia

“Você não é minha filha! É igual a sua mãe! Não devia ter nascido!”

“Você acabou com a minha vida!”

“Eu odeio você!”

Então gritos, Amy estava como nós, tampando os ouvidos , mas diferente de nós ela gritava, ela estava sem o véu, mostrando sua não-face, percebi que quanto mais ela gritava, mais seu rosto mudava, sua pele começou a se abrir onde deveria ser a boca, buracos se abriram onde deveria ser os olhos, quando acabou, ela tinha um rosto, repleto de dor.

— PAREM! PAREM! – Gritou ela enquanto chorava, ouvia agora as vozes novamente cantando a música, mas agora era como se gritassem.

I tried to hold on, I swear.

But, the door was there.

Ready to watch walk throught it.

And I did

My blood was dripping.

Staining my only not lost dignity

Darkness, death and blood on the walls and floor.

But the door was there,

With blood dripping.

Can't you see? You are destroying me little by little.

Stop or I will scream.

Stop or I will scream.

Stop or I will scream.

Assim que a música começou a se repetir mãos esqueléticas saíram das paredes, mas bem atrás de Amy, pegaram em seus braços a puxando para a parede.

— EU NÃO QUERO IR! NÃO QUERO IR! – Amy começou a se debater tentando sair do aperto das mãos. – POR FAVOR!

Assim que ela desapareceu, tudo ficou quieto, apenas nossas respirações eram ouvidas.

Tinha acabado.

7 Anos depois...

O dia estava nublado, Percy e eu estávamos no Cemitério nacional de Nova York, andávamos de mão dadas enquanto procurávamos o túmulo certo.

Paramos na frente de um tumulo, entalhado com flores, não muito grande com os dizeres:

Amelia Whalters

1931 – 1940

Filha Amada

Tinham construído esse túmulo 2 anos depois daquele dia, depois de terem descoberto toda a verdade por trás de Amy.

O pai de Amy era um monstro, odiava a filha e a mulher que tinha morrido no parto, ninguém sabe muito bem o que ocorreu para que aquilo acontecesse, mas em uma noite Amy vestiu a roupa de casamento da mãe e matou o pai a facadas, depois se matou.

Como tinha sido suicídio, não enterraram o corpo dela, as pessoas dizem que o corpo simplesmente sumiu.

Andei até o tumulo depositando ali uma rosa branca, ela podia ter feito aquilo tudo conosco e com todas as pessoas, mas ela não tinha culpa afinal de contas, como ela dizia ela só queria brincar, era uma criança que não queria ficar sozinha.

— Olá Amy... – sussurrei.

Ficamos um tempo ali, só Percy e eu, hoje era dia trinta e um, mas eu não tinha mais medo.

— Vamos para casa, Annie. – disse Percy quando já começava a escurecer, levando minha mão aos lábios, beijando bem em cima do meu anel de casamento – vamos voltar para a nossa família.


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Notas finais do capítulo

Atualização:
Gente as pessoas pediram para mim fazer cap bonus, mas eu nn consigo postar aki no nyah, então vou deixar o link do spirit aki para quem quiser ler...

https://spiritfanfics.com/fanfics/historia/fanfiction-os-herois-do-olimpo-death-returns-5799702/capitulo4



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