Angels By Chance - Amor sob Medida escrita por Juffss


Capítulo 27
Hospital




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- Ela vai ficar bem_ disse a todos assim que vi Edward e Rose desaparecerem dentro do jato.

- Vamos terminar com isso e vamos para o hospital_ Esme disse entrando pela porta.

Esme aparecendo do nada era uma coisa que não me agradava. Ela sempre me assustava, e quando não, chegava a momentos impróprios. Ela entrou no jardim seguida de Carlisle. Caminhei rapidamente para o lado de Jasper, ele, assim que me aproximei, passou seus braços ao meu redor como se falasse “Eu irei te proteger”, ele realmente sabia o que precisava em cada momento... Mas tinha uma coisa que não entrava na minha cabeça, e ele não poderia com um gesto respondê-la

- Por que eles queriam matar o presidente?_ perguntei olhando para meus pais.

 

 

Era uma boa pergunta da minha filha. “Por que eles queriam matar o presidente?” sua voz voltou a repetir dentro de minha cabeça.

- Criar uma guerra_ Mia respondeu enquanto passava uma algema nos braços de Caius.

- Eles são italianos_ Lee completou seu raciocino_ querem uma guerra entre a Europa e a América.

- Para monopólio do poder_ Jullie sorriu._ econômico, social e político.

- Mas não são somente eles_ falei olhando para elas_ é toda a Europa e toda a Ásia. As bombas atômicas da Coréia são apenas uma desculpa.

- Isso é um fato_ Eli falou colocando as últimas algemas.

 

 

Tudo bem eu já posso ir ver minha filha?Eu estou preocupada.

- Podemos ir para o hospital agora?_ perguntei

- Depois que colocarem os meninos_ Esme disse apontando para os vilões_ na prisão do avião teria a honra de deixá-los lá.

Sorri enquanto corria até Demetri e o puxei pelos cabelos. Ele tentou reagir mais dei um soco em suas costas e ele entendeu que não havia como escapar, não de mim, e não naquele momento. Idiotas, agora eu fiquei sem saber o porquê formos derrotadas da última vez, eles são tão idiotas. Odiei ter me lembrado daquele dia.

 

 

Subimos no jato rapidamente. Todos nós estávamos preocupados com a Bella, afinal, levar um tiro não é a melhor coisa que pode acontecer. E eu sei por experiência própria.

Tudo passou rápido. A viagem foi tranqüila, tirando a Renée e o Charlie que mais nervosos não dava.

Entramos no hospital, todos olhávamos para nós. Olhavam por dois motivos: 1- Estávamos todos com roupas pretas e justas, bem estilo daquele desenho de espiãs que esqueci o nome... 2- Estávamos em grupo, entramos praticamente em um arrastão, nós éramos 15, vestidos do mesmo jeito, com a mesma cor de roupa... Tínhamos que chamar a atenção.

Assim que Rose nos viu ela veio rapidamente e se aconchegou nos meus braços.

 

 

- Aconteceu alguma coisa?_ perguntei ao ver Rose correndo em direção a Mia com os olhos molhados de lágrimas.

- Não sabemos_ ela me respondeu com sua voz cortada pelo choro.

- Cadê o meu filho?_ perguntei nervosa.

- Está na sala de curativos_ ela me respondeu um pouco mais calma.

- O que aconteceu_ perguntei nervosa.

- Ele torceu o pé dois minutos depois de colocar a Bela na maca para ela ir pra sala de cirurgia_ ela disse de uma só vez, depois se afogou nos cabelos da mãe._ Ele está bem_ falou bem mais calma.

 

 

- Meu Deusinho, se a Bella sair dessa eu prometo não a fazer de boneca enquanto ela não ficar melhor, prometo não xingar ela por não ter estilo, não xingar ela quando ela decidir que não vai usar salto em uma festa, prometo não brigar com ela..._ Alice ia fazendo suas promessas quando foi interrompida pela voz do doutor.

- Senhorita Rosalie Swan?_ chamou o doutor.

- Sim?_ Rose se afastou de sua mãe.

- Sua irmã acabou de sair da sala de cirurgia e está em repouso, mas ela está ótima, só que precisa descansar por um tempo, e sem receber visitas, pelo menos por um tempo._ ele disse e sorriu.

 

 

 

- Rosalie Swan?_ Scott perguntou assim que o médico saiu.

- É que temos uma identidade falsa para possíveis imprevistos como esse_ ela respondeu dando de ombros_ achei que se não fosse da família não iam me deixar registrá-la nesse hospital... Então, aqui e agora, eu sou Rosalie Swan.

- Muito bem, depois conversamos sobre as carteiras de identidade falsas_ Matthew disse me envolvendo em seus braços_ o importante agora é que a Bella está bem.

O resto da tarde foi assim, calma e muito silenciosa. Renée e Charlie se acalmaram, mas não trocavam palavras com ninguém. E à medida que o tempo ia passando o silêncio foi tomando os outros corpos até o silêncio total.

 

 

À medida que o silêncio ia se fazendo eu ia me aconchegando mais e mais nos braços do Emmett. Ele me fazia um bem intenso, uma paz interna. Procurei uma de suas mãos, encontrei, segurei firme ele me olhou, sorri para seu olhar. Meu polegar começou a brincar com a palma de sua mão enquanto elaborava uma pergunta.

- De onde meu pai te conhece?_ perguntei num tom de voz baixa, apenas para ele ouvir, e acho que assim se fez.

- Da semana de espiões. Eles deram algumas aulas... e eu ainda estava começando, mesmo assim eu derrotei, na aula dele, milhares de espiões mais velhos experientes não o fizeram..._ ele me respondeu em mesmo tom.

Ele me abriu um sorriso de covinhas e eu sorri pra ele, seus olhos eram calmos. Deitei minha cabeça em seu peito e ele apertou o seu braço ao eu redor.

 

 

Meu peito ainda doía, eu não sabia o que havia acontecido, mas sabia que toda aquela região doía intensamente. Tentei me levantar e fui impedida por uma mulher de branco. Uma enfermeira.

- Não pode levantar senhorita_ ela disse_ quer ver alguém?_ me perguntou.

Tentei me lembrar quem estava ali comigo. Lembrei do vento batendo em meu rosto, lembrei da dor em que senti ao me jogar frente ao Edward, do vento voltando a bater no meu rosto, lembrei dele gritando o nome da Rose, e me prometendo que tudo iria ficar bem.

- Edward_ falei voltando a repousar.

 

 

Estava ficando preocupado, desde daquela hora não havíamos recebido notícias da Bella, pelo menos eu sabia que ela estava bem, agora. Meu pé reclamou. Ele havia inchado um pouco depois que eu o torci, respirei fundo e esperei que a dor cessasse.

- Senhor Edward Masen?_ uma voz me chamou, olhei pra cima e vi uma enfermeira_ Poderia falar com o senhor?_ ela me perguntou.

Levantei e fui mancando até onde ela estava, ela me fez segui-la até um corredor branco.

- A senhorita Isabella quer falar com você_ ela disse abrindo uma porta.

Bella a me ver sorriu, sorri de volta pra ela e dei passos largos para me posicionar perto da cama.

 

 

Edward havia sumido, e a enfermeira que havia outrora o chamado já havia passado milhares de vezes na nossa frente. Algo estava completamente errado.

A mulher voltou a parar na nossa frente, deu um sorriso e voltou a falar:

- Rosalie Swan?_ perguntou.

Rose se pôs de pé em um instante.

- Acho que a senhorita já pode render Edward e ficar com a Isabella._ ela voltou a sorrir.

- Acho que a tia Renée ou o tio Charlie tem mais urgência em vê-la_ Rose sorriu e olhou em nossa direção.

- Os dois querem me acompanhar?_ ela perguntou e nós nos pomos de pé a segui-la.

 

 

Eli me abraçou e vi que ela havia relaxado. Olhei de volta pra ela e depositei um beijo em sua testa. Sorri e ela sorriu novamente para mim.

- Obrigada_ ela disse com a voz sussurrada.

- Por quê?_ perguntei.

- Por estar aqui_ ela sorriu_ nesse momento.

- Eu não vou te deixar de novo_ minha voz saiu rouca.

Ainda me doía ter a deixado no passado, mas foi preciso, eu temia que ela pudesse se machucar lutando ao meu lado. Esmeralda sempre disse, na época que a AG era unificada, tanto para homens quanto para mulheres, que o amor entre espiões nos enfraquecia. Ainda me surpreendia nunca tê-las visto na agência, depois que eles se mudaram para essa cidade. Mas hoje, eu tinha mais do que certeza, que o amor só nos fortaleceu.

 

 

O clima no hospital estava se fazendo mais tranqüilo a cada minuto. Renée e Charlie chegaram sorridentes à sala de espera.

- Bella teve alta_ anunciaram.

- Ela vai passar a noite no hospital, mas amanhã ela poderá ir para casa_ comemorou_ ela quer ver as meninas._ avisou.

Rose e Allie levantaram graciosamente e caminharam até o quarto em que Bella estava agora. Não pude deixar de reparar que Allie havia puxado a forma de andar, que mais parecia que ela flutuava ou dançava, da mãe. Olhei para Olivia e depositei um beijo rápido em sua boca.

 

 

- Jullie_ a chamei.

- Sim, bebê_ ela concedeu que eu falasse.

- Eu sei que parece bobo, e que não é o momento ideal, mas..._ olhei para ela, tirei uma mecha de cabelo que estava sobre o seu rosto, sorri_ quer ir ao cinema comigo?_ perguntei.

- Eu vou fingi que você não disse que isso parecia bobo._ ela falou_ eu adoraria voltar a ir ao cinema com você_ sorriu_ você sabe muito bem que eu amo ver filme, e, principalmente, se você estiver comigo tudo fica mais gostoso de fazer._ ela parou olhou nos meus olhos e acrescentou um “Eu te amo”.

- Eu também_ falei beijando seus doces lábios.

 

 

Que coisa chata, ninguém fala mais que 10 palavras. Ninguém conversa com ninguém. Eu já estava cansado desse clima quieto. Decidi soltar uma das minhas piadinhas de loiras, pelo menos todos nós iríamos rir.

- Ei_ chamei a atenção de todos_ Em um estado americano onde tem pena de morte, a Mia_ me lembrei de dar um sorriso sínico pra ela_ a Renée e a Olivia foram condenadas a pena de morte. No dia da execução, prestes a serem fuziladas, a Renée cochicha pras outras duas: “Esses guardas são muito tontos. Quer ver uma coisa? Vou gritar e dar um jeito de sair daqui” Logo mais o capitão grita: “Preparar, Apontar...” Nisso a Renée grita: “Terremoto!” O carrasco se assusta e a ela dá no pé. Em seguida, chega a vez da Olivia e o capitão diz: “Preparar, apontar...” Olivia, que viu o que a Renée fez, grita: “Chuva” e sai correndo. Finalmente, chega a vez da Mia. O capitão, novamente, avisa: “Preparar, Apontar...” E ela grita: “Fogo!”...

Pelo menos o meu plano deu certo, agora todos riam, inclusive a Mia.

 

 

Todos estavam rindo da piada idiota do Ethan... Isso porque todos realmente estavam precisando descontrair, o clima estava bom, estávamos calados, mas agora realmente acho que iam surgir assuntos para se falar.

- Piadas de loiras já eram_ Jazz comentou_ piada de loucos são mais engraçadas.

- Eu sei uma_ Ethan gritou como uma criança, logo ele foi silenciado por alguns “shiiiiu” _ Um ônibus que transportava loucos de um hospício para o outro sofreu um acidente e virou. O médico que estava acompanhando o trajeto saiu de seu carro e correu até o ônibus. Dos destroços saiu um louco e esse médico pediu ajuda para separar os sobreviventes dos mortos_ todos prestavam atenção a sua piada_ então ele fala para o louco “Quando eu disser que está morto você joga no buraco, se eu disser que está vivo você deita ele no chão.”. O médico então começa a examinar os loucos: “Morto” ele disse quando terminou de examinar o primeiro. “Vivo” ele disse depois de examinar o segundo. E como o médico havia pedido os mortos ele jogava no buraco e os vivos ele deitava no chão. Após examinar mais alguns ele falou “Morto” para um louco que estava ensangüentado. O louco que o ajudava pegou o morto em seus braços e já ia caminhando até o buraco: “Me ajude, me ajude, eu ainda estou vivo...” o louco ensangüentado disse, e o louco que o segurava responde: “Deixa de conversa! Quer saber mais que o doutor?”

 

 

Ethan contava piadas sem graça, mas que ajudavam a descontrair o local. Iríamos passar a noite ali naquela sala de espera, esperando que Bella tivesse alta. Ia ser um longo tempo, mas é legal, já que nós todos estamos reunidos...

Rose chegou e começou a remexer em sua bolsa. Ela tirava milhares de coisas lá de dentro, e nada parecia ter fim.

- O que está procurando?_ Scott perguntou atordoado com a quantidade de coisas.

- O celular, a carteira da Alice, o baralho, o celular da Alice, a minha carteira e a careira da Bella_ ela falou sem tirar os olhos da imensa bolsa.

- E pra que você quer tudo isso?_Ben perguntou_ eu pensei que só a Allie era tão exagerada_ ela falou ao ver Rose tirar alguns produtos de maquiagem da bolsa.

 

 

- Amanhã é dia de compras, mas como a Bella está nesse estado, decidimos trocar com o dia de filmes, e hoje vamos fazer o dia de jogos, que seria o quer faríamos quinta de noite._ a ursinha explicou.

- Não era pra Bella estar descansando?_ Charlie perguntou.

- Era_ Rose sorriu_ a Bella é a segunda pessoa que conheço que não consegue ficar quieta nem quando está no hospital. A primeira é a Alice, nesse tempo que estamos no quarto ela já o redecorou todo_ ela riu_ Ninguém segura elas_ sua expressão se suavizou, como se ela fosse um anjinho.

Mas ela era o anjinho... O meu anjo. Olhei para ela caminhando em direção ao quarto enquanto voltávamos para o nosso passatempo. Espero que ela se divirta. Antes dela desaparecer no corredor, ela me olhou e mandou um beijo. Sorri para ela e voltei a prestar atenção em mais uma piada sem graça do meu pai.

 

 

 

Continua...


 

๋• Angels by Chance - Destino Traçado

 

A vida continua cada vez mais forte que no último dia, cada vez mais difícil e sentimental, mas não dá para desistir porque eles são anjos por acaso e é o trabalho deles salvar vidas, principalmente as suas. Porque medos podem ser superados... Ou não. Mas, o mais importante é que eles estão unidos... Por enquanto.

Tudo pode mudar com uma chegada, mas será que só eles sofrerão com isso? Não, pois, antes de tudo, eles agem como uma família unida e forte. E talvez eles sejam isso mesmo. Porque o destino foi traçado e agora só os resta cumpri-lo. A continuação de “Angels by Chance - Amor sob Medida”

 

Angels by Chance – Destino Traçado

 

Porque o jogo está nas mãos deles. Te vejo lá!

 

 

 

AGRADECIMENTOS

Eu queria dizer que AMO todos vocês que leram minha fic. Que comentaram ou não comentaram... Que gostaram ou não gostaram. Eu simplesmente AMO.

Enfim, é isso. 


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Notas finais do capítulo

Gente esse foi o ultimo cap. da primeira temp.

quando a segunda estiver estreiando eu prometo mandar um recado para cada pessoa que me deixou um review...

eu sei que esse cap. nao está 100% bom, mas vou melhorar na proxima temp.

beijoos...

Juuh



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