O lobo escrita por darling violetta


Capítulo 8
Dor


Notas iniciais do capítulo

Eu andei um pouco sumida.Eu gosto de deixar a idéia fluir, mas em alguns momentos realmente não estou boa para escrever. Bem, chega de lamentos. Aí está o capítulo oito...



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            Quando Solomon colocou os pés na casa de seu irmão, sabia que chegara tarde. Os olhares de lamento dos empregados guiaram-no até onde se encontrava Sebastian. Ele estava agachado, no andar superior, ao lado do quarto. A porta estava fechada. Cobria o rosto com as mãos, por isso não viu o irmão se aproximar.

            ─Sebastian... ─Solomon chamou-o baixo.

            Descobriu o rosto e, com dificuldade, pôs-se de pé. Era visível algumas manchas vermelhas em sua mão. Seu rosto, sempre tão duro, era de partir o coração. Os olhos vermelhos indicavam que ele chorava.

            ─O que houve?

            Sem palavras, Sebastian simplesmente abraçou o irmão, deixando o orgulho de tantos anos ir embora, juntamente com as lagrimas que escorriam. Solomon retribuiu o gesto, confortando o outro o melhor que podia.

            Pouco depois, a porta do quarto se abriu, revelando uma senhora já idosa. Suas vestes simples tinham manchas em vermelho, assim como suas mãos parcialmente sujas. Ela balançou a cabeça. Não conseguia erguer os olhos para os Wolfram.

            ─Sinto muito, senhor Wolfram. Fiz tudo que pude para salvar a criança. ─Fez uma pausa, esperando ouvir insultos e reclamações. Quando o silêncio se manifestou por tempo demais, continuou. ─Creio também, devido a meus anos de experiência, que uma nova tentativa de sua esposa de engravidar seria arriscado também para ela. Sinto muito.

            Sebastian engoliu em seco e assentiu. Dada seu recado, a velha, ainda de cabeça baixa, saiu. Não esperava receber pelo sofrimento de uma mãe. Não aquela mãe. Como se a força das palavras não tivesse o atingido, Sebastian correu parra o quarto. Solomon o seguiu.

            Encontraram Elizabeth na cama, entre lençóis e roupas agora limpos. Ela tinha o rosto virado para a parede, os braços cruzados sobre o peito. Não se moveu sequer para ver os homens que entravam em seu quarto.

            ─Elizabeth. ─Sebastian chamou, as lagrimas voltando a escorrer.

Devagar, ela virou o rosto para eles. Estava pálida, com manchas escuras sob seus olhos. O cansaço e a dor eram palpáveis.

─Eu sinto muito. ─Ele disse.

A mulher deu um leve aceno de cabeça e voltou a encarar a parede.

─Por favor, fale alguma coisa. ─Exigiu. ─Grite comigo, por favor, mas reaja!

─O que quer que eu diga? ─Sua voz saiu tão baixa, quase impossível de ouvi-la. ─Sou amaldiçoada, uma mulher seca. E eu queria tanto esta criança...

Eles sabiam que ela chorava. Solomon se voltou para o irmão. Ele também tinha lagrimas nos olhos. Pôs a mão em seu ombro, complacente.

─Fique com sua esposa, sim? Faça isso por vocês.

Sebastian assentiu.

─Obrigado, meu irmão. Fico feliz que esteja aqui.

Abraçaram-se. Sebastian sussurrou em seu ouvido.

─Nunca disse isso abertamente, mas senti sua falta ao longo dos anos. Sei que temos nossas diferenças, mas o sangue que corre em você é o mesmo que corre em mim.

Instantes depois já se separavam. Solomon se despediu e saiu silencioso, deixando marido e mulher juntos em seu sofrimento. Ele gostaria de ficar, contudo sabia que não tinha serventia ali. Apenas quando estava longe da mansão lembrou-se do punhal que encontrou. Tirou-o do esconderijo no paletó, mas guardou-o logo em seguida. Abaixou o chapéu sobre o rosto e começou a se afastar em passadas largas. Ao longe, a velha senhora que atendeu Elizabeth o vigiava. Benzendo-se, ela foi atrás dele. Tinha algo importante a lhe dizer.


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Notas finais do capítulo

É isso... obrigada a quem chegou até aqui comigo. Foi um capítulo curto, meio deprimente, mas prometo que o próximo trará revelações. Temos um mês até a próxima lua cheia. O que pode ocorrer nesse perído? eu digo, muita coisa



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