A Vida Por Tras Da Vida Real escrita por Amanda Katherine


Capítulo 7
Meu Passado.


Notas iniciais do capítulo

ESPERO QUE GOSTEM MORANGURTS.



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Era o cara do meu “sonho que não foi sonho”, ele não estava com correntes nem nada, apenas com uma espada, ele vinha raspando ela no chão, tirando faíscas do asfalto. O que vem agora? Ele matar meus amigos?

   Estou com medo, confesso, mas eu tenho que ser forte, pra entender o que esta acontecendo e poder proteger meus amigos e a mim. A cada dia tudo fica mais confuso, parece que eu estou sonhando e que estou dentro de uma maquina, onde eles controlam minha mente, fazer eu ver o que eles querem que eu veja, e se eu estiver em um laboratório presa e esteja amarrada numa maca com vários fios na minha cabeça, e se tudo isso aqui for só ilusão e eu estiver lá na realidade, servindo de experimentos? Tantas perguntas e nenhuma resposta.

   Continuamos a correr, estávamos passando na frente de uma festinha, havia adolescentes da nossa idade bebendo e usando drogas.

— Corram, corram. – começou a gritar Neji paras as pessoas. Eles nos olharam.

— Corram, o monstro. – disse Naruto. – Esta bem ali olhem. – disse apontando para o monstro.

    As pessoas começaram a rir e olhar para onde Naruto apontou. Olhei para trás e eles ainda vinham, a mulher aranha estava andando mais rápido, e o bater de dentes das cabeças de bonecas estavam cada vez mais alto e angustiante. Notei que na gritaria de todos, as pessoas olhavam em direção aos monstros e riam de nós, ou seja: eles não podem vê-los, mas será que aquilo podem machuca-los?

— Corram, eles não podem ver. – gritei para meu grupo que deixou as pessoas para trás.

   Olhei e a situação estava um pouco mais critica, agora, o monstro de cone ele sumia e aparecia cada vez mais perto. Sua imagem falhava e cada falha, ele estava mais e mais perto. Ele esticou sua espada e balançou o braço, a espada veio em direção a minhas costas, pegou de raspão, mas eu sentia o sangue quente correr em minhas costas. Apertei o passo. Como eu poderia lutar com eles? Uma hora eu iria ter que lutar, não podia ficar só correndo, eu sem querer desencadeei a passagem deles para esse mundo, agora eles vão me perseguir sempre, terei que lutar, mas como? Será que meus golpes o acertariam ou eles sairiam ilesos?

      Uma coisa que não sai da minha cabeça, como eles conseguiram ver? Será que eles são iguais a mim? Eu só quero acabar com tudo isso, mas sem coloca-los no meio, mas se eles conseguiram ver, eles estão envolvidos de um jeito ou de outro. Não sei o que fazer.

    A mulher aranha deu um pulo e num instante ela quase cai em cima de nós, os pés dela racharam o chão com o impacto de seu pouso. Ela estava bem perto, as cabeças de bonecas começaram a se esticar e dar botes tentando nos pegar com a boca, elas estava batendo a boca mais rápido. Mas será que é real? Ou estou sonhando? Queria que nada disso fosse real, queria acordar e tudo estar normal. Olhei para trás e as imagens deles falhavam. Eles pareciam desesperados. Por que? Se eles fossem reais, todos na festa lá atrás teriam visto eles, mas ninguém viu, será que há um enigma entre eu e meus amigos, ou é apenas minha imaginação? Olhei para trás e a imagem deles ainda falhavam, mas sim, eles eram reais, infelizmente eram reais. A imagem deles ficou clara de novo, totalmente normal. Notei que, toda vez que eu dizia ser imaginação, eles ficavam fracos, mas quando tinha certeza que era real, eles se fortificavam.

—  Não é real, não é real. – dizia ofegante para eles. – Não é real, é apenas nossa imaginação.

     Olhei de novo e a imagem deles estavam quase transparente, mas o som que eles fazia e o bater de boca das bonecas estava totalmente audível, o com a espada deu um grito agudo de puro ódio, achei que iria ficar louca. Ele veio em minha direção agora correndo, eu estava correndo olhando para trás. Tropecei e cai, eu me arrastava para tras, estava sentada no chão. Ele parou em minha frente, ergueu sua espada.

— NÃO É REAL. – gritei e sua imagem explodiu em fumaça, a aranha começou a se desfazer como pó, o grito das cabeças de bonecas eram angustiantes. Eles se foram. Senti lagrimas cair em meu rosto.

— Sakura, você esta bem? – perguntou Ino me levantando do chão.

— Sim, vocês estão bem? Vamos sair daqui. – disse começando a andar rápido.

— O. Que. Foi. Aquilo? – perguntou Gaara pausadamente.

— Eu não sei. – disse.

— Ai meu Deus Sakura.- disse Ino me parando.

— O que foi? – perguntei assustada.

— Suas costas, esta sangrando. – disse ela.

— Droga.- disse passando a mão na ferida. – Foi a espada dele. – disse.

— Vamos ter que te levar no hospital. – disse ela.

— Claro que não, nem esta doendo, só ardendo, nem foi fundo. – disse.

— Sakura, eu acho muito bom você ter uma boa explicação para isso. – disse Shikamaru.

— Tudo bem, mas não agora okay?! – disse.

    Fomos para o colégio, pulamos o muro de volta e fomos todos para o nosso dormitório. Cheguei e Ino me sentou na cama, ela pegou a caixinha de primeiros socorros. Tirei a blusa para ela limpar, não fiquei com vergonha dos meninos, afinal, numa situação como aquela, ninguém teria cabeça para segundas intenções.

  Ino passou álcool e limpou com gazes, depois passou uma pomada para não infeccionar, coloquei a blusa de volta.

— O nome dele era Salazar. – disse Sai.

— Como sabe? – perguntei confusa.

— Já o vi antes, num sonho que não foi sonho. – disse ele. Arregalei meus olhos. Será que ele teve o mesmo “sonho” que eu? Impossível! Ou não.

— Preciso falar com vocês, contar tudo desde o inicio. – disse.

— Já estava na hora né. – disse Tenten.

— Tudo começou quando eu tinha treze anos. Eu tinha sonhos estranhos, via coisas, achava que era normal uma criança sentir isso, afinal, eu era só uma criança, achava que era coisa da minha cabeça. Nunca conseguia dormir a noite e isso durou por dois anos seguidos. Com quinze, eu ouvia vozes na minha mente, dizendo que eu estava pronta, que havia chegado a hora, decidi contar a minha mãe e a mesma me levou ao psicólogo. Eu ia frequentemente nele, eu comecei a ficar agressiva. Xingava as vezes meu psicólogo e ele mandou minha mãe me internar por um tempinho, eles iriam fazer exames para saber se eu tinha algum problema mental. Fui internada durante um mês. Fizeram os exames, mas não deu em nada. Voltei para casa e ficou tudo estranho, sempre me sentia mal dentro da minha própria casa, meus pais ficavam me vigiando, para eles eu era uma louca. Quando eu estava na escola, eu dormi, não havia dormido a noite, dormi na sala, mas eu acordei chorando, pois eu havia tido um pesadelo. Meu professor me perguntou o que havia comigo, contei a ele o sonho. Ele me olhou como se eu fosse uma aberração também. Ele pediu para a diretora chamar minha mãe, até hoje eu não sei o que ele falou com minha ela, ele me disse que eu era especial e que conhecia mais pessoas como eu, inclusive Deborah. Esse professor era o Orochimaru, ele se aproximou da minha mãe, do meu pai, da minha família, disse que sabia o que havia comigo, convenceu minha mãe a me levar no laboratório dele, e ficamos por lá, ele me prendeu na maca e me injetou algo para dormir, quando acordei, eu estava num lugar estranho, nunca vira na minha vida, eu estava no chão, era tipo uma ferrovia antiga, mas havia celas lá, e eu estava em uma delas, na minha havia uma TV, ela ligou do nada e apareceu a imagem da minha mãe amarrada toda machucada, começou a aparecer letras embaixo, como legendas e uma voz grossa modificada dizendo coisas. Tais como “Se não fazer o que eu mandar, acabo com ela, seja uma boa aluna como sempre foi, e essa pulseira em seu braço, ela mudara de cor junto ao seu humor, vermelho é porque você esta com muito medo, azul é que esta mais ou menos, e amarela, você não esta com medo. Não tente tira-la, ela não sai, cada vez que você fazer algo que não me agrade, vai levar um belo de um choque e se tentar cortar o braço, ela explodira você em mil pedaços” e a tela ficou escuro de novo. A grade da sela se abriu, sai de lá e comecei a andar pelo corredor, ouço uma voz mais a frente dizendo “socorro, abram aqui, eu quero sair”, era a voz de uma menina. Corri até onde ela estava, ela estava sacudindo a grade dela e xingando.

     Ela me pediu para abrir, mas eu não fazia a mínima ideia de onde estaria a chave, alias, não parecia precisar de chaves, havia um tipo de laser, um verde e um vermelho, o vermelho estava acesso, parecia ser aberto por comando. Coloquei minhas mãos na grade e ela fez um barulho, eu levei um leve choque no pulso, o portão se abriu. Percebi que foi a pulseira que abriu o portão. Fomos andando  até nós entrarmos em uma sala e lá estava mais seis pessoas, havia quatro meninos e uma menina, eles  nos olharam, havia uma caixa na frente deles, notei que era armas. Perguntei por que de haver armas ali. Um rapaz de cabelo preto chamado Nollan, riu da minha cara, disse que eu era inocente demais e que não sabia o que estava por vir, me jogou uma arma grande e duas pequenas que coloquei na cintura, me entregou uma bolsinha com munições e mais balas que coloquei na perna. Ele disse que estava ali já fazia quase dois anos. Ele mandou nós segui-lo e assim fizemos, nos contou sobre os “zumbis” que no começo, alguns riram da cara dele, nós entramos em uma sala onde havia uma pessoa sentada na cadeira, era uma mulher, ela estava de cabeça baixa e sangrando, quando chegamos perto dela, iriamos ajuda-la, mas Nollan nos avisou para não chegar perto demais, não demos ouvidos, ela ergueu sua cabeça num súbito e mostrou os dentes, ela tentava desesperadamente se soltar da cadeira, nos afastamos dela, ela gritava, Nollan atirou na cabeça dela e disse que esse era o único lugar que os matariam. Explicou que havia muito mais deles lá fora, explicou o que tínhamos que fazer em detalhes se quiséssemos sobreviver, assim foi todo meu ano, presa lá. Eu já estava muito boa, Orochimaru me pegou e me desmaiou, foi ai que ele deve de ter injetado algo em mim, como disse Tsunade e eu já não era mais “normal”, os dias foram passando e eu era a melhor de lá, todos eles decidiram enfrentar os zumbis para me dar uma abertura para sair dali. Eu já havia criado um vinculo muito forte com todos, mas eles disseram que eu era a que mais tinha chance de sair dali viva e conseguir acabar com tudo aquilo. Eles entraram na batalha comigo, era horrível ver meus amigos morrerem na minha frente e um bicho tomar seu corpo o tornando um deles e não poder fazer nada, Orichimaru enviou seus homens para nos parar, mas eu já estava quase conseguindo, eles mataram o restante dos meus amigos, eu sai de lá o mais rápido possível já contando os segundos para minha volta, eu iria vingar todos os meus amigos, mas eu não tive coragem para voltar, fui covarde. Com dezessete anos conheci vocês e agora com dezoito, estou com vocês ainda, e não queria que soubessem ou se intrometessem nisso porque já perdi amigos demais nessa palhaçada, eu fiquei todo esse tempo treinando não só meus movimentos corporais como minha mente também, eu vou voltar lá, mas eu querendo ou não, vocês estão ligados nisso, só não sei como. E sobre ontem, eu não sei o que houve, mas eu tive a certeza de que não é apenas zumbis que estão ligados nisso, há algo muito pior no meio disso tudo, e eu acho que abri alguma passagem para eles no meu pesadelo, porque agora eles me seguem, como acabaram de seguir. Esse é "Meu Passado". – disse respirando fundo e suspirando.

— Ual. – disse Naruto. – Acho que não entendi nada.

— Eu também. – concordou Konan.

— O que temos que fazer agora é não nos desesperar, mas não se preocupem eu vou treinar todos vocês e vou explicar tudo. Quero vocês preparados. – disse.

   Eles assentiram, os meninos foram para o quarto deles e Konan e Karin também.

— Sakura, eu estou com medo. – disse Hinata.

— Não tenha Hina, não vou deixar nada acontecer com vocês. Não de novo. – a abracei.

— Sakura, o que eu não etendi foi a da pulseira, se ela não saia, porque você não a esta usando agora? – perguntou Tenten. Que observadora.

— Porque quando eu sai de lá, ela simplesmente caiu do meu pulso, parecia que só funcionava lá dentro, como se lá houvesse algum campo magnético. – respondi. Ela assentiu.

   Nós ficamos conversando mais um pouco, até elas dormirem, eu não consegui dormir, ouvi o barulho da chuva e os trovoes de que acabara de começar a chover, o som da chuva era anestesiante, dormi apreciando esse som, por mais de todo esse alvoroço, eu conseguia relaxar pelo menos na hora de dormir. 


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Notas finais do capítulo

ATÉ O PRÓXIMO, BEIJOS.



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