Cosmos escrita por Sapphire


Capítulo 18
Capítulo Bônus - Acordando para a realidade


Notas iniciais do capítulo

FELIZ NATAL!!
MENINAS, MUITA PAZ, AMOR, DINHEIRO NO BOLSO, SAUDE E ACIMA DE TUDO ISSO QUE DEUS SEJA O CENTRO DA VIDA DE VOCÊS!!

Como prometido, capítulo bônus como presente. Vocês concordaram e estou cá postando haha.

Pq decidi postar hoje? Pq eu num sou muito fã da festa de fim de ano, acho triste. Então não sei se isso passa com vocês também, então trazer um pouco de alegria com um capítulo surpresa.
Se voces não entenderem eu explico nas notas finais o que é esse cap.

P.S: Cris... obrigada pela recomendação.. eu amei... Espero que goste e sintam-se livres para fazer perguntas :)



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Vozes.

Vozes familiares e distantes falavam em tom baixo, mas suficientemente audível para seus ouvidos. Pôde fazer distinções entre as vozes do seu filho e nora. Mas algumas eram novas.

Era um pouco incomodo sentir pessoas falarem a sua volta e não conseguir ter forças para levantar, como se tivesse uma tonelada em cada braço e pernas e sensação de que mãos puxavam seu corpo de encontro a cama.

Conseguira mexer as pálpebras fazendo um grande esforço para abrir os olhos. Parecia que areias tomavam conta deles. Sua boca nada pronunciara além de um gemido incomodo. Parecia que despertava de um longo sono.

— Ela está acordando – Uma voz feminina e doce falara. Não fazia ideia de quem poderia ser.

— Fica quieta, Alice! – A segunda voz era masculina, grave, mas jovem.

Paola mexeu as pálpebras e elas se abriram por alguns segundos, não pôde ver absolutamente nada, os olhos buscavam se acostumar a claridade, mas parecia uma atividade extremamente difícil.

Quando se adaptou, o que levou bons minutos, conseguira enxergar as silhuetas a sua frente. Três rostos desconhecidos, embora tivesse algo familiar a encaravam. Um homem jovem de cabelos e olhos castanhos e duas mulheres tão jovens. A mais alta tinha cabelos castanhos escuros e olhos profundamente azuis de oceano, era muito familiar. Idênticos aos do marido e do filho. E havia a outra moça um pouco mais baixa que a primeira, a diferença que seus olhos e cabelos eram castanhos escuros. Eram lindos e sorriam para ela.

Sua cabeça virou para o lado e viu uma silhueta masculina de terno virar o rosto no exato momento que ela olhou. Ele saiu pela porta sem lhe dar tempo de ver quem era. Parecia seu marido Richard. Podia ser, era alto e cabelo negros com alguns grisalhos.

 Uma mulher o seguiu.

Ninguém dissera nada, nem mesmo ela. Parecia que sua língua esquecera de como falar. A jovem de olhos azuis sentou ao seu lado fazendo carinho no braço. Dizia que tudo ia ficar bem, e estaria ali para o que precisasse.

Paola nunca a tinha visto antes, mas uma sensação familiar ainda a incomodava.

Olhou para os lados e viu que estava em um quarto em uma mansão diferente. Não era da sua casa. Mas era aconchegante, com uma lareira a frente, poltrona e lençóis macios. Um lustre digno, portas que deveriam levar ao toalete e closet e também cheio de aparelhos médicos adaptados. A tecnologia era bem diferente do que conhecia.

Deixaram uma fresta aberta da cortina para que o sol entrasse.

Alguns minutos se passaram até uma enfermeira e um médico entrar.

Mas o que estava acontecendo? Onde estava? Porque aqueles três estranhos a olhava e sorria? Porque estava recebendo perguntas se estava se sentindo bem?

Os jovens não disseram nada além de beijar sua mão e estavam nitidamente emocionados.

Pediram que ela ficasse bem e que voltariam assim que o médico dissesse que ela tivesse condições suficientes para suportar uma nova visita e conversar.

Um desespero tomou conta do seu corpo.

Então ela sofrera um acidente? Ficou doente? Porque não lembrava de nada? O que será que tinha acontecido? Onde estava o marido e o filho?

Quando estava prestes a passar mal, e ter um ataque, o médico lhe segurava pedindo calma que tudo seria esclarecido e que sua família estava do lado de fora esperando que fosse examinada antes para saber que a sua visita não lhes faria mal.

Aquilo não lhe tranquilizava. Tentava se mexer e sair daquela cama o mais depressa possível. Mas de repente tudo ficou escuro de novo, tirando a sua consciência.

Alguns dias haviam se passado até que o médico dissesse que Paola estava bem o suficiente para conversar e estava autorizada a ver a família. Seu coração quase pulou quando escutara aquilo.

Foram 7 dias vivendo sob tortura medica. Estava preste a mandar o médico tomar naquele lugar em espanhol mesmo, quando ele lhe deu a notícia boa que veria seu filho e seus netos.

Paola ainda não havia se visto no espelho, e nem sabia como estava. Pela primeira vez mal se dera conta dos anos que haviam se passado. Somente o que o doutor dissera: “Você esteve em coma por muito tempo.”

Mas o que seria esse tempo? Algumas semanas ou até meses?

— Onde meu filho e meu marido estão? – Mal terminara de perguntar e os três jovens do outro dia entraram.

Agora poderia perguntar porque estava ali e quem eram, mas por algum motivo em seu íntimo, ela sabia quem eram, mas não fazia sentido algum. Se fossem as pessoas que imaginara, isso significava que havia ficado muitos anos em coma.

Aquilo era impossível. Só era uma grande coincidência.

— Vou deixá-los a sós – O médico se retirou fechando a porta.

— A senhora está melhor? – Perguntou a mais alta de olhos azuis. Parecia ser a mais amável e preocupada.

— Quem são vocês? – Perguntou curiosa.

O rapaz gargalhou da cara da irmã. Paola ergueu uma sobrancelha sem entender a graça por trás da pergunta. Quase o fuzilou, deixando o sem graça.

— Vocês se esqueceram de se apresentarem, ou acham que ela vai saber quem são? – Disse o rapaz.

— E nem lembrar de você – A menor respondeu querendo estrangula-lo com o olhar.

Paola olhou bem para os rostos a sua frente. Se não fossem seus netos, quem poderia ser? A baixinha e o rapaz eram copias da sua nora Camille, e a moça de olhos azuis não lhe deixava dúvidas que era uma parente do Richard e Rick, os olhos e o queixo não negavam.

Acabou por arriscar o primeiro palpite.

— Alice, Thomas e Annie?

O trio sorriu para que não lhe restasse a menor dúvida, eram seus netos.

— Oi, vovó – As meninas abraçaram ao mesmo tempo o corpo frágil da velha senhora.

Então era verdade, esteve mesmo em coma por muitos anos, o médico não mentiu ao relatar que houve um acidente.

Paola chorou, as lagrimas rolavam solta, não conseguira esconder os sentimentos, parecia mais sensível e nem entendia o porquê. Sempre foi dura na queda. Jamais chorava na frente de ninguém. Exceto quando seu filho nasceu. Naquele dia seus sentimentos vieram à tona na frente de todos.

— Me deixa olhar para vocês – Ela se afastou do abraço olhando suas netas – Estão lindas, duas mulheres maravilhosas.

Ela olhou em direção ao neto que se aproximara.

Thomas abraçou a avó, emocionado também, mas escondendo que queria chorar. Nisso ele era igual a avó.

— Você já está um homem. – Sorriu. – O que aconteceu comigo? O médico não quis dizer. Onde está o pai e avô de vocês?

Ninguém conseguiu dizer nada. Paola estava ansiosa em ver os Richards da sua vida.

— Vó, vai com calma, a senhora está muito ansiosa, mamãe disse que papai virá vê-la hoje à noite. – A neta mais baixa, Annie respondeu.

— Por quanto tempo fiquei em coma?

— Durante 16 anos – Alice respondeu.

Deus.

Dormira durante 16 longos anos.

“Richard deve ter se desesperado”.

Foi o primeiro pensamento que passou pela cabeça.

Quando resolvera abrir a boca para perguntar sobre como o marido havia ficado durante esse tempo, a porta do quarto foi aberta e duas crianças entraram por ela correndo indo em direção a Alice, que sorriu puxando os para sentar em seu colo.

Paola olhava com curiosidade, um menino e uma menina da mesma estatura, ambos muito pequenos, não passavam dos três anos de idade.

Eles a olhavam com aqueles olhares curiosos infantis. Os olhos azuis muito vivos, e cabelos castanho claro.

— Vó, esses são meus filhos – Alice dissera.

Paola arregalou os olhos. Dormira tanto assim? A ponto de ter virado bisavó?

— Quero que conheça o Christopher e a Sappheire. – Apresentou – São os meus gêmeos. Essa é a bisavó Paola meninos.

Por alguns instantes chegara a pensar que aquilo era uma brincadeira de mal gosto, mas o rostinho não negava. Christopher era a cópia perfeita do seu filho Rick naquela idade, até mesmo os dentinhos de leite separados lembravam Rick na infância com a diferença que o menino sorria como se tivesse acabado de aprontar alguma. Um verdadeiro pestinha, Paola pensou. E a menina com certeza era a cara da sua neta Alice, uma bailarina princesa.

Ela suspirou fechando os olhos e soltando o ar pela boca lentamente.

— Você é velha – O menino disse com uma enorme sinceridade.

— Christopher! – Alice ralhou o repreendendo.

Paola tomou aquilo como uma ofensa. Em hipótese alguma gostara de lembrar que já estava idosa, mesmo que fosse seu bisneto de três anos era imperdoável aquele tipo de comentário. Ela não havia se visto em nenhum no espelho. As vezes esquecia que se passara anos.

Fez um grande esforço para levantar da cama o que foi impedida.

— O médico não lhe deu autorização, vó. – Tom a segurou. – O que a senhora quer? Eu faço.

— Eu quero um espelho, preciso me ver.

Sappheire ficou olhando para a Paola tocando na sua mão curiosa, a velha senhora olhou para a garotinha e sorriu.

Annie se adiantou, pegando um espelho de mão entregando a avó que de imediato levou ao rosto.

Paola mal reconheceu a senhora idosa a sua frente. Como pudera envelhecer tanto? Um desespero tomou conta de cada fibra do seu corpo

Como que se adivinhasse o pensamento da sua avó, Alice tirou o objeto das suas mãos tremulas.

— A senhora ainda continua linda. – Olhou Paola nos olhos – E o importante que está aqui, com a gente.

—É vó, não sabe como sentimos sua falta. – Annie disse com os olhos marejados.

Tom apenas colocou as mãos nos bolsos olhando para o chão. Paola ainda lembrava que o neto podia ser difícil em mostrar seus sentimentos e falar em voz alta. Ela mesmo era assim, mas sabia que ele também se preocupava com ela.

Após algumas conversas e risadas com as crianças brincando por perto, os cinco se foram para que ela pudesse descansar e dormir. Ainda estava sob medicamentos e observação. Seu corpo não se recuperara tão fácil.

Alguns dias se passaram e nenhum sinal do Richard ou Rick, como Paola tanto queria. Os netos a visitava e a mimava. Porém não era o que ela queria. Sentia saudades do marido e do filho e já estava quase entrando em parafusos.

E mais ainda depois de descobrir que não estavam mais na Inglaterra, e sim nos Estados Unidos, o país que um dia saiu para fugir dos problemas. Os netos lhe contaram que foram para a América ainda criança, mas os detalhes do porquê ainda era um mistério para ela. Ninguém quisera dizer mais nada quando perguntou, o olhar dos três parecia melancólicos.

Quando levantou da cama pronta para dizer que não aguentava mais esperar a porta do quarto se abriu.

Seu coração na mesma hora bateu depressa e com força, como se quisesse sair pela boca. E por ela entrou Rick. Paola pôde observar em como seu único filho envelhecera. O cabelo negro agora se tornara cabelos grisalhos, algumas rugas no canto dos olhos e a barba com alguns pontos brancos. Não havia como negar que os anos se passara mesmo.

Ainda assim era lindo. Estava igual o pai.

Ela sorriu.

Mas ao contrário dela, ele não havia esboçado nenhum sorriso, os anos dela internada não mudava em nada para ele. A magoa ainda estava bem viva dentro do Rick. Aquilo lhe doía por dentro. Mas faria como em todas as vezes que isso acontecia. Ignorava.

— Filho.... Eu estou feliz que finalmente veio me ver.  – Falou com os olhos acompanhando ele andar em direção a pé da sua cama.

A boca do Rick repuxou num sorriso irônico e os olhos estavam mais frios do que nunca, como se ela tivesse cometido um crime horrendo ter acordado do coma. Parecia que nem mesmo era o seu filho ali diante dela. Alguma coisa estava diferente.

— Como está se sentindo? – A pergunta era vazia, sem realmente preocupação genuína por trás das palavras, e aquilo lhe doía.

Mas ela se lembrava que não podia exigir nada dele. Ela nunca perguntou como ele se sentira quando foi hospitalizado em todas as vezes que parava no hospital, quando tomou seu presente de natal e quando perdeu seu amigo. Não podia exigir amor, quando nunca deu nos momentos mais precisos.

— Bem. Na verdade, ainda não sei porque seu pai não veio me ver ainda, ele sempre foi tão preocupado e desesperado. – Sua visão foi parar em um ponto fixo no quarto com o olhar viajando para longe, sem entender ainda. – Chegava até ser irritante. Mas parece que ele nem liga, gostaria de saber se ele ainda está com raiva de mim. Acho que a última vez que nos falamos nós estávamos brigando.

Rick se sentou na poltrona ao lado da cama e ficou em silencio. Aquilo incomodou sua mãe. E por um segundo ela notou o olhar triste dele, mas pensou ser impressão sua.

— Então? – Insistiu para que ele lhe respondesse.

Ali, Paola pôde notar que os olhos do filho ficaram embaçados pelas lagrimas. E não era ilusão. Estavam prestes a escorrer pela face e ele teimava lutar contra aquilo. Rick jamais chorava na frente dela, não depois que ele ficara adulto. Sempre buscava esconder qualquer sentimento.

Um tremor junto a um choque tomou conta do corpo. Alguma coisa estava errada. Richard podia ter defeitos, mas um deles não era de abandonar ninguém. Algo havia acontecido.

— Papai morreu na noite que você entrou em coma. – Richard respondeu com a voz levemente embargada.

A notícia caíra como uma bomba. Ela simplesmente petrificou. Em sua mente passou diversos pensamentos, mas jamais aquele.

Richard morto?

Não, aquilo não era verdade, seu marido havia morrido?

Uma notícia como aquela era difícil de ser aceita, pois quando se recebe, sua ficha não cai de imediato. Era assim que Paola estava se sentindo.

Um flashback veio à mente. Parecia que a notícia havia forçado sua cabeça a voltar ao passado e lembrar dos fatos.

Ela lembrou na noite anterior deles terem brigado porque Richard queria fazer amor, ela havia acabado de voltar da casa do amante e estava cansada. Havia bebido demais também e só queria dormir, ela o empurrou para fora do quarto e Richard dormiu no de hospedes como era de costume quando discutiam. Na manhã seguinte ele tentava reconciliar com ela que o ignorou. Como sempre ela o humilhava.

Quando desciam as escadas discutindo, ouviram barulhos de tiros do lado de fora da casa e a porta principal fora escancarada e um homem mascarado entrou com uma arma na mão. Só podiam ver seus olhos.

Na hora, não prestara atenção em nada o homem apontou a arma para ambos e como puro instinto e proteção, Richard se colocou a frente dela recebendo o impacto dos tiros. Uma das balas o acertou direto no coração e atravessara acertando na Paola. O impacto fizera se desiquilibrar batendo a cabeça na escada que não havia terminado de descer quando discutiam fazendo-a perder os sentidos.

Tudo havia sido rápido, mas agora relembrando...

Paola não havia se dado conta que estava chorando. O peito doía, algo pesado caia sobre ela, talvez fosse culpa.

Rick não demonstrava nenhum pingo de compaixão. Ficou em silencio por um momento deixando a chorar para enfiar uma faca no seu peito através das palavras proferidas de um jeito frio.

— Seu amante... – Ele voltou a falar. – Seu amante matou meu pai.

Paola que até então estava de cabeça baixa chorando, levantou na hora encarando o filho com o rosto estático.

— Do que está falando? – Perguntou entre soluços.

— Seu amante, Lorenzo foi culpado pela morte do meu pai. Ele atirou em vocês naquele dia. Como foi culpado por cortar os freios do meu carro que levou a morte do SJ, meu melhor amigo.

— Você está dizendo isso porque me odeia, porque quer me fazer sentir culpada pelas coisas que aconteceram e...

Rick não deixou a terminar de falar.

— Não falo isso porque te odeio. Que sim, nutro esse sentimento por você. Mas é verdade. Como foi culpado pelo incêndio na cabana que me deixou em coma e quase matou meu pai da primeira vez.

Ele levantou e foi até a janela olhando a chuva de verão cair.

— Depois do que Lorenzo fez, eu investiguei a fundo, como que entrou em casa, quem foi, porque fez aquilo.... – Rick mexeu no anel da aliança que estava em seu dedo anelar na mão esquerda.

— Aquele desgraçado – Paola apertou os lençóis entre as mãos batendo na cama. – Quando eu o encontrar, eu vou...

— Não se dê o trabalho. – Sua voz saíra gelada como um cubo de gelo – Eu mesmo o matei com minhas próprias mãos. – Ele virou para a mãe que o olhava totalmente atordoada para o filho. – Sim, eu matei aquele homem, e devo dizer que foi a melhor vingança que já tive. O torturei por muito dias antes de mata-lo. Fiz isso por todo sofrimento que causou ao meu pai durante vários anos. E a mim.

— Richard...

Paola estava em choque. Jamais Rick foi cruel, não era sua natureza humana. Mas por sua culpa tornou o filho naquilo, assassino a sangue frio.

— Bom.... Era isso. Já sabe porque meu pai não lhe procurou.

Como se ele tivesse vindo para lhe dar uma simples notícia, do tipo “o jantar está pronto”. Ele se levantou como se fosse a coisa mais normal do mundo fazer a Paola sofrer.

A vontade era de faze-la sofrer.

— Você está falando dessa maneira para se vingar de mim? – Os olhos dela estavam vermelhos e molhados. Encarava seu filho.

—Oh, não Paola. Eu não tenho nada para me vingar da sua pessoa. Você mesmo encontrou seu sofrimento.

E sem remorso algum saiu batendo a porta deixando a sua mãe sozinha para chorar.

— Richard.... – Ela soluçou chorando.

Seu marido, estava morto. Nunca mais veria o novamente, nunca mais brigariam, nunca mais o beijaria ou ouviria sua voz.

Rick havia sido tão cruel ao dizer daquela maneira. Mas não podia gritar com seu filho. Ela havia sido muito pior e quando ele ainda era apenas um menino. Ele a culpava pela morte do seu pai. Rick era muito apegado ao Richard.

Doía mais nele do que nela, com certeza. Mas era triste em ver como as coisas tomaram aquele rumo.

Paola deitou encolhida na cama e abraçou o travesseiro e chorou a noite inteira até cair no sono.


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Notas finais do capítulo

Vocês se lembram do primeiro cap? O prologo? Paola acordou de um sonho do qual ela viu o destino do marido pelas escolhas erradas dela da vida.

A verdade que essa realidade de fato aconteceu, mas ela teve uma segunda chance de consertar as bobagens da vida.

Pois bem, esse cap´foi uma provinha para vcs verem como foi essa vida dela sem Richard.

Foi triste eu sei... Mas queria q vcs soubessem :D

Feliz natal!

Comentarios? :D



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