Incondicional escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 8
Família em crise


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/ClST4c100lA- Jean fazendo compras.



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P.O.V. Elijah.

Meu Deus! Eu tenho uma filha. Perdi completamente minha noção temporal encarando aquele pedaço de papel que era a prova escrita de que Jean era mesmo sangue do meu sangue.

—Elijah!

A voz de Hayley está começando a me tirar do sério.

—Pois não?

—Você está bem?

—Não. Preciso pensar.

—Tudo bem.

Como pode a menina ter cabelo ruivo? Olhos verdes? Bom, com uma mãe duplicata e um pai Original... imagino que isso cause alguma interferência. A aparência duma duplicata já é predeterminada, é o que as torna sobrenaturais.

Como nunca descobri a existência dessa criança? Quando Hayley ficou grávida de Niklaus ela nem chegou no primeiro estágio da gestação e já foi detectada e capturada pelas bruxas. Então, como ninguém nunca descobriu sobre minha filha?

—Freya!

Minha irmã veio correndo.

—O que houve? Estamos sendo atacados?

—Não estamos sendo atacados. Você conhece alguma maneira de se esconder uma criança?

—Como assim esconder uma criança?

—Pense á respeito, Jean tem dezesseis anos e nunca ninguém jamais soube de sua existência.

—Existem feitiços de ocultação, mas... bom, talvez a mãe tenha arrumado uma maneira de ocultar o poder dela. Como a pulseira que Hope usava quando era criança. Impedia que sua magia fosse detectada.

—É uma possibilidade.

—O que quer que ela tenha arrumado, é com certeza algo extremamente potente. 

—Porque acha isso?

—Não acho. Eu sei. Não viu o que ela fez com a residência de Nova Orleans? A transformou em poeira sem mover um dedo. Ninguém pode fazer aquilo.

—Aparentemente, ela pode.

—Ela é mais poderosa do que Hope.

—Isso tá na cara.

Então minha irmã deu risada. Uma risada um tanto incrédula, sarcástica.

—O que?

—Só nessa família mesmo.

—O que?

—Duas primogênitas numa mesma geração.

—Hope é a primogênita.

—E Jean também.

—Não...

—Elijah, pensa. Klaus é filho da nossa mãe, mas não do nosso pai e isso é o que o torna um híbrido. O que o torna lobisomem. Só que eu, Rebekah, Kol, Finn e você. Nós somos filhos de Mikael. Portanto, sim Hope é uma primogênita pelo lado de Esther, mas Jean...

—É a primeira neta de Mikael. Ela é a primeira criança a nascer da nossa linhagem em mil anos. É uma primogênita.

—Como eu disse. Só nessa família mesmo.

—Nossa mãe era uma bruxa, mas nosso pai não.

—A mãe é uma Petrova. As Petrova vem de uma longa linhagem interrupta de viajantes e ela ainda é neta da Esther.

—Mm.

P.O.V. Jean.

Não acredito que o babaca do meu pai biológico tentou matar a minha mãe.

—Ei! Porque você não sai com a Mel para fazer compras?

—Não dá. A Mel foi ao encontro, lembra?

—Claro. Esqueci completamente. Porque você não vai fazer compras? Um tempinho pra só para você vai fazer bem. Tire o dia para fazer o que quiser. Só não use drogas.

—Não vou usar drogas.

Eu sai, peguei meu carro e dirigi até o spa onde tinha um horário marcado. Depois do ocorrido com os Mikaelson, de ter sido hospitalizada e tudo aquilo, preciso relaxar ou vou explodir.

Uma massagem relaxante, pedras quentes, depilação, esfoliação, máscara facial e finalmente uma aparadinha nas pontas do cabelo, uma hidratação profunda e manicure e pedicure.

Paguei, sai do salão e fui direto para a quinta avenida.

P.O.V. Jace.

Tem um demônio metamorfo solto num dos bairros mais nobres da cidade de Nova York. O Upper East Side.

—Essa gente rica é o ó.

—Ah, para Alec. Você queria era ter a vida deles.

Estávamos caminhando entre os mundanos granfinos quando atrás duma vitrine de loja, desfilando com um vestido muito curto numa passarela estava...

—Clary?

—O que?

Apontei com a cabeça para a loja.

—Caramba!

—Demônios são baixos irmãozinho.

Nós entramos na loja, mas ele estava entretido dando voltinhas diante de duas garotas que bebiam champanhe.

—Falta pano nesse vestido.

—Eu acho que ficou lindo.

—Só que eu me sinto uma prostituta. E qual é a dessa música? Parece um acidente de bonde.

—Você já viu um acidente de bonde?

—Eu estive envolvida em um. O freio de mão do meu carro não funcionou, ele desceu ladeira abaixo, colidiu com o bondinho que colidiu com outro bondinho.

As outras duas deram risada.

—Você é uma peça.

—Foi um dia de azar. Eu vou procurar um vestido melhor.

P.O.V. Jean.

Estava olhando as araras da loja quando vejo o reflexo dele pelo espelho. Está armado. Como tem um cara armado na loja e ninguém chamou a polícia?

—Chame a polícia ele está armado!

—O que? Quem?

O garoto veio pra cima de mim, mas eu me desviei dele.

—Melissa chame a polícia! Ele tem um arco e flechas enorme e está tentando acertar em mim!

Acho que ela viu também.

—Alô é do departamento de polícia? Tem um maluco tentando matar a minha prima! Ele é todo cheio das tatuagens e tem um arco e flechas enorme e brilhante.

P.O.V. Izzi.

Os olhos do demônio mudaram, mas não eram olhos de nenhum outro demônio que eu já tivesse visto. As íris eram vermelhas e tinham veias  escuras horrorosas saindo das escleras e ele tinha...

—Presas?

Ela lutou contra Alec. Desceu o sarrafo nele. Então enfiou os dentes no pescoço do meu irmão.

—Jean! Oh, Jean larga dele! Você vai matar o cara! 

A outra começou a puxar a ruiva.

—Hope! Oh, Hope!

—O que... Ai Meu Deus!

—Me ajude a tirar ela de cima dele antes que o babaca morra!

—Dessalta!

Voou um pra cada lado.

—Agarra ela Melissa!

Melissa segurou a sei lá quem que se debatia desesperada e fortemente nos seus braços.

—Fica calma. Respira. Mantenha o controle.

Então, Hope virou um tapa na cara da ruiva. E o rosto dela voltou ao normal.

—Eu não senti nada, mas valeu. O que diabos é você? Você não tem gosto de humano. É melhor. Eu quero mais.

O rosto mudou de volta.

—Não. Eu chamei a polícia.

—E lá vem os home. Respira fundo e pareça humana.

Vieram várias viaturas e entre os policias estava Luke Garroway.

—Clary?!

—Não sou Clary. Eu sou Jean Cullen, a vítima que foi atacada por esse meliante maluco! Porque você não tá algemando ele?

Luke ficou surpreso acho que por ela estar nos vendo.

—Pode me acompanhar por favor?

—Tá. Deixa eu colocar a minha roupa de volta, primeiro, pode ser?

—Claro.

Ela foi até o provador, saiu vestindo uma saia plissada colorida e blusa branca com decote de coração. Luke a levou pra fora.

E eu ativei minha runa de audição. Todos os outros fizeram o mesmo.

—Do que você se lembra?

—Do moreno, o loiro e a garota entrando na loja. O moreno com aquele arco e flecha nas costas, o loiro com a espada e a garota só... meio que tava lá. Eles todos tem as mesmas tatuagens. Pode ser algum tipo de gangue ou culto. O mais louco é que... é como se ninguém mais tivesse vendo eles só eu e as minhas primas. Porque você não algemou ele?! Ele me atacou!

—Quem?

—O Robin Hood! Ele tentou dar flechadas em mim! Alguém tem que fazer alguma coisa!

Jace ajudou o Alec com a runa da cura enquanto a doppelgganger diabólica e patricinha da Clary xilicava lá fora.

—Não tá funcionando. Ele não tá curando.

P.O.V. Luke.

Quando ela se identificou quase tive um faniquito.

—E qual é o seu nome?

—Jean Cullen Mikaelson.

 Meus olhos quase saltaram pra fora das órbitas.

—Tudo bem. Todo mundo reage assim. Você vai prender ele não é?

—Olha... Jean é...

—Sabia! Você é corrupto! Vai deixar ele e os coleguinhas dele se safarem!

—Fale baixo. Não sou corrupto.

—Eu vou contar pra minha mãe e pro meu pai. Apesar não termos uma relação, duvido que ele vá deixar aquele merdinha se safar depois dele ter tentado me matar. Aquele Robin Hood de araque vai ver só. Meu pai vai arrancar o coração dele e eu vou assistir.

Ele a as outras meninas entraram no carro e foram embora.


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