P.O.V. Hope.

Eu briguei com o Landon. Caroline está tentando ser amigável e me ajudar, mas só tá me irritando mais.

—Porque você não para de se importar?!

O que aconteceu depois foi... uma droga. Continuei gritando, reclamando até ela falar:

—Como você é chata. Não é atoa que o seu namorado te deu um pé.

Olhei pra ela, sem acreditar no que ela havia dito. Quando olhei para seus olhos quase tive um troço.

—Eu vou sair pra beber alguma coisa.

—Ai Meu Deus! Caroline...

Ela saiu.

Liguei para o meu pai.

—Pai, acho que eu fiz uma coisa horrível!

—O que?

—Acho que sem querer fiz a Caroline desligar a humanidade.

—Como assim?

—Foi sem querer. Nem sei como fiz aquilo. Eu só tava irritada.

—Bom, temos que encontrá-la antes que acabe matando alguém.

Nós a encontramos num bar.

—Quer uma marguerita?

—Caroline, você não está bem.

—Ah, vamos eu sempre fui a sentimental e você é o Klaus Mikaelson assassino de homens, mulheres e cachorrinhos. Você mandou meu ex-namorado híbrido me morder e depois, você mesmo mordeu e me largou pra morrer. Então, vamos beber á isso.

—Sinto muito Caroline.

Meu pai a agarrou e quebrou o pescoço dela. Ele teve que amarrá-la numa cadeira com cordas de verbena.

—Caroline, você precisa ligar sua humanidade de volta. Eu preciso de você, Josie, Lizzie precisam de você.

—Josie, Lizzie? Meus bebês. Ai Meu Deus! As gêmeas! Alguma coisa... aconteceu alguma coisa com as gêmeas?

—Não. Elas estão bem.

Caroline respirou aliviada.

—Então, porque eu desliguei?

—Foi minha culpa.

—Hope? Como assim, sua culpa?

—Acidentalmente te compeli a desligar.

—Como assim? Você pode compelir pessoas agora?

—Acho que posso. Eu obviamente posso.

—Ai. Tá queimando. Será que vocês podem me desamarrar? Essas cordas estão me ferindo.

—Certo.

Nós soltamos a minha madrasta e ela se alimentou para poder curar. 

—Me desculpe por fazer você desligar.

—Tudo bem, só... tenha cuidado com isso ai. A compulsão já é ruim, mas a compulsão á nível Original é... caramba!

—Compulsão á Nível Original? O que diabos é isso, Caroline?

—Bom, é simples. Vampiros normais como eu podem controlar apenas seres humanos, mas Vampiros Originais podem controlar não apenas humanos, mas outros vampiros também. Essa coisa é tóxica, venenosa. É o suficiente para levar qualquer pessoa para lugares obscuros.

—Lugares obscuros. Parece pregadora de Igreja Caroline.

—Só Deus sabe os erros que eu cometi. Os pecados que cometi. Compeli pessoas á fazerem... coisas horríveis. Á principio pensei que isso fosse uma coisa boa. Um dom. Mas, isso é uma maldição. Por isso, pra mim a compulsão é o último recurso.

—Tudo bem.

—Você tem que ensiná-la a controlar, Klaus. Para que ela não use pra coisas ruins ou acidentalmente force alguém a se matar.

P.O.V. Jace.

Uma tri-híbrida. Quem diria que isso seria possível?

—É. Pois é. Mas, é possível sim. Estou aqui.

—Acaba de ler a minha mente?

—Sim. Minha mutação me permite ler mentes, tenho habilidades telecinéticas, telecinese molecular. Sou a única mutante Classe Cinco, Nível Ômega que já encontraram. Minha telepatia é tão potente que chega a nível emocional.

—Como assim nível emocional?

—Empatia. Sentir o que o outro sente, literalmente. Posso controlar, manipular os sentimentos dos outros em um certo nível. Projeção, indução e manipulação mental, apagar e implantar memórias. Controlar o corpo de outros como se fosse o meu próprio. Transmutação, acessando o núcleo da matéria posso transformar uma árvore em puro ouro. Desintegrar o corpo de alguém. Pirocinése, hidrocenose, aerocinése, manipular as chamas cósmicas. A lista é tão longa que se eu for recitar todos os poderes que eu possuo não saímos daqui hoje. Não é de se admirar que os seus amigos da Clave me querem morta.

—Como pode achar que a Clave te quer morta?

—Como pode achar que não. Jace, sou uma Shadowhunter com sangue submundano. Sou a prova viva de que Shadowhunters e submundanos são a mesma coisa. De que tudo isso, essa divisão é história da carochinha.