O Melhor que Podemos Fazer - Interativa escrita por blackicefox


Capítulo 8
Manicômio


Notas iniciais do capítulo

esse cap não foi tão grande (eu acho), mas apresentei uma nova personagem.



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Visão: Ender

—nós... estamos em um manicômio.

Era como os manicômios de filmes de terror, papeis jogados pelos cantos, sujeira pra porra, aquela maldita cadeira de rodas que sempre que aparece pode morder o travesseiro que vai dar merda e por ai vai. O Lucas chegou próximo de mim e perguntou:

—você acha que seu grupo está por aqui?

Eu respondi com um certo arrependimento na voz:

—não, mas tem muito zumbi lá fora. Se sairmos agora, não preciso nem falar a quantidade de “fudeu” que vamos gritar enquanto corremos.

Nós decidimos ficar no manicômio até a chapa esfriar lá fora. Fomos vasculhando o local a procura de alguma coisa útil, mas não tinha muito o que fazer em um manicômio.

Subimos um andar, ai a coisa começou a ficar cabulosa: tinha desenhos feitos com sangue pelos lados, sala vazias com camisas de força, frascos de remédios vazios, comprimidos espalhados pelos cantos e aquela maldita cadeira de rodas de novo. E pra completar, estava tudo empoeirado e tinha luz entrando por uma janela minúscula que parecia mais uma boca de lobo.

Tinha algumas portas de cela abertas, eu entrei na primeira e apenas achei uma cadeira, por isso eu falei:

—uma cadeira em um quarto.

Na próxima cela, tinha apenas um quadro em um tripé, com tintas e pinces espalhados por todo canto. No quadro tinha um cara olhando pra mim com o rosto todo desfigurado e o peito também, eu sai do quarto dizendo:

—malditas referencias.

Em mais uma sala que eu entrei, eu encontrei um gato de pelúcia jogado no chão, encostado na junção de duas paredes. Quando eu me aproximei do gato, vi que estava inscrito no seu peito “motherf*cker”, eu sai do quarto já cansado de tanta palhaçada de uma vez.

O grupo tinha se separado pra procurar mais rápido, e eu fiquei sozinho. Eles passaram direto pro segundo andar enquanto eu fiquei cuidando desse aqui.

Eu estava começando a desistir até que eu escutei uma voz feminina cantarolando alguma coisa, eu fui seguindo até que eu encontrei uma garota que parecia uma boneca. Com metade dos cabelos pretos e a outra metade roxos, baixinha e magra. E pra finalizar, usava um vestido de princesa.

Assim que eu apareci, ela se alegrou e falou:

—oi! Quer brincar comigo? Estou tão sozinha...

Eu fiquei calado, eu não sei se tirava ela de lá ou se ignorava e voltava andando de costas, mas eu automaticamente respondi:

—mas que porra é essa?

Ela respondeu com um pouco de sarcasmo:

—não sou uma porra, sou uma garota bem fofinha que está presa em uma cela!

Eu quase que deixei escapar a seguinte frase “se você é fofinha, o Chuck é kawaii a nível milenar”, mas... não. eu voltei, puxei a cadeira de rodas e sentei de frente pra garota, depois perguntei:

—qual o seu nome?

Ela respondeu sorrindo:

—Julliana Monnie mas meus consultores me chamam de Jully!

Eu olhei pros lados por mania mesmo, depois perguntei:

—você gosta de crianças?

Ela ficou empolgada e respondeu:

—crianças? Eu adoro crianças! São tão fofinhas! Dá vontade de apertar e morder e mastigar e... desculpa! Eu me empolguei um pouco! Hehehehe.

*face palm*

—por que eu fui meter em um problema desses?

Eu retomei minha determinação e perguntei:

—você sabe o que está acontecendo pelo mundo?

Ela respondeu:

—sim! Pessoas estão virando zumbis feios não é? Eu escutei isso quando um dos meus consultores estava conversando com uma outra pessoa... como eles são?

Eu respondi com sarcasmo:

—exatamente como você disse, feios pra poha.

Ela deu risada, quando acabou de rir, perguntou:

—então? Vai me soltar ou não? eu não quero virar um zumbi feio também!

Eu levantei e respondi:

—vou te salvar sim. Mesmo que tenha um parafuso a menos, ainda é uma vida humana.

Ela ergueu as mãos e levantou em um pulo dizendo com mais alegria de antes:

—eebaaa!

Ela puxou um taco de baseball de madeira do meio daquela quantidade inimaginável de bichos de pelúcia e bonecas que tinha na cela dela. Enquanto isso eu ia até a recepção procurar pela chave da cela dela.

Assim que eu encontrei, eu voltei e abri a cela dela. Assim que eu abri a porta, ela pulou em cima de mim e me abraçou, depois me soltou, colocou as mãos atrás das costas ainda com o taco na mão e perguntou:

—e agora? Vamos passear aonde?

Eu respondi indo em direção as escadas:

—vamos pro segundo andar.

Eu caminhava normalmente, ela saltitava e continuava cantarolando uma musica. Subimos as escadas e encontramos a Liz e o Lucas no corredor, assim que eu os vi, eu tapei a boca da Jully e entrei em uma sala com ela no maior silencio do mundo. Tinha dois homens adultos armados rendendo eles.

Eu bolei a estratégia mais rápida que saiu da minha cabeça, eu encostei a Jully na parede e fiz um sinal de silencio, depois sussurrei pra ela:

—Jully, você vai precisar fazer exatamente o que eu vou dizer, ok?

Ela concordou com a cabeça.

Depois de explicar o plano, eu usei um espelho pra ver aonde os homens estavam, e por sorte, estavam levando a Liz e o Lucas pra uma outra sala. Eu peguei uma pedrinha e joguei na parede da mesma sala que eu estava, depois me escondi atrás da porta enquanto tinha deixado a Jully sentada na parede com o taco embaixo do vestido. Um dos homens entrou na sala e eu realizei a primeira parte com sucesso: peguei a arma da mão dele com a mão direita enquanto tapava a boca do bastardo com a mão esquerda ao mesmo tempo que eu tinha pisado na dobra do joelho dele. Não fez barulho algum, e assim que ele caiu de joelhos no chão, a Jully tirou o taco escondido e em menos de um segundo levanto e acertou a cabeça do cara. Ele desmaiou e eu segurei o corpo pra não fazer barulho, encostei ele com cuidado no chão e peguei a arma. Era um revolver parecido com o meu, com poucas diferenças.

Eu olhei o tambor e tinha uma bala, segurei firme e sai de dentro da sela. Fui andando abaixado e com cuidado pra não ser ouvido, usei a mesma tática do espelho apontando pro lado e vi que o outro homem jogou o Lucas dentro de uma cela, e logo em seguida fechou ela, ficando sozinho com a Liz.

Eu não conseguia pensar coisa boa daquilo, mas se saísse iria dar merda de certeza. Ele jogou a Liz dentro de outra cela e foi andando pra dentro enquanto tirava o cinto, assim que ele começou a entrar, foi a minha oportunidade de agir.

Eu fui correndo mesmo, o cara me viu e sacou o revolver, mas a Liz empurrou ele e o jogou no chão, fazendo o tiro passar de raspão na minha bochecha. Eu dei um carrinho e acertei meus dois pés na cara do infeliz que foi linda, mas ele não tinha apagado com aquilo.

Nós dois levantamos ao mesmo tempo, ele foi mirar em mim com a pistola usando a mão direita, mas eu a segurei antes que ele chega-se a levantar, logo apontei a minha na testa dele e puxei o gatilho.

Ele incrivelmente desviou, porém o barulho da arma deixou ele surdo no ouvido direito, que ficou bem claro quando ele começou a sangrar.

O revolver estava sem balas, e por isso joguei nele e avancei enquanto sacava o meu. Ele tentou mirar em mim de novo, mas eu dei um chute que mandou a pistola dele longe, depois dei um gancho esquerdo que o mandou de cara na parede, e antes que ele voltasse, eu dei um chute na mandíbula do cara que foi K.O.

Depois dessa treta, eu cai sentado no chão e respirando forte, tinha adrenalina fluindo até nas sobrancelhas. Eu olhei pra Liz e perguntei com sarcasmo:

—e ai? curtiu o espetáculo?

Ela me abraçou e gritou meu nome enquanto apertava minha cabeça contra o seu busto. Eu não estava respirando, mas meu oxigênio pouco importava em uma situação daquelas, ele estava sendo tomado por um bem maior!

Pode não parecer, mas eu sempre fui um pouco tarado. Voltando ao assunto: quando a Liz me soltou, eu levantei e fui ver como que estava a situação do lucas estava, e bem, ele estava preso.

Sorte que eu não tive que usar a minha arma pessoal, eu ainda não me sinto confiante o suficiente pra mostrar ela pro Lucas ou pra Liz.

Eu peguei a pistola do cara que eu nocauteei e falei:

—Lucas, sai de perto da porta. Vou fazer isso a moda antiga.

Ele se afastou e eu dei dois tiros em cada ligação da porta, depois meti um chute que mandou a porta pro chão, o Lucas saiu e percebeu que o cara que eu nocauteei estava começando a recobrar parte dos sentidos, por isso deu mais um chute nele.

Antes de irmos encontrar a Jully, eu falei:

—olha, eu encontrei uma garota que estava presa aqui nesse manicômio. Ela está em uma sala com o outro cara que conseguimos apagar. Ela tem uns dois ou três parafusos a menos, então tenham paciência com ela.

Quando chegamos na sala, ela sentada nas pernas com o cara que ela acertou com o taco repousando a cabeça no colo dela. Eu, a Liz e o Lucas ficamos observando aquela cena, o cara acordou, mas não estava entendendo nada, então perguntou pra Jully:

—você é um anjo?

Ela respondeu com uma voz gentil:

—claro que não seu bobinho, sou seu pior pesadelo.

Eu fui até lá, peguei o cara pela argola da camisa, deixei ele sentado e dei um chute no rosto dele, depois sai pela porta e perguntei com um pouco de sarcasmo:

—bora?


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Notas finais do capítulo

me digam ai... qualquer coisa ;-;



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