A Flight For Love escrita por Becca Solace
Notas iniciais do capítulo
Here I am again! Tudo bem, pessoal? Então, a música desse capítulo é Don't do meu ruivo, Ed Sheeran :3
Anyway, enjoy
Tris
— Você não vai. – Caleb disse, assim que contei a ele que Quatro havia me convidado para ir a uma festa. Eu havia voltado para a casa e não esperava que Quatro me ligasse no mesmo dia em que o dei meu telefone. Mas ele o fez, o que me surpreendeu muito.
— Quem disse? – perguntei a Caleb, o olhando com desprezo.
— Eu disse. – ele respondeu, me encarando de forma desafiadora.
— Grande bosta, você não é meu pai. – revirei os olhos e dei as costas para ele.
— Mas sou seu irmão mais velho e digo que você não vai. – ele insistiu.
— Posso saber por quê? – perguntei, virando para ele, cruzando os braços abaixo de meus seios e arqueando a sobrancelha esquerda.
— Porque não confio nesse cara. – afirmou ele.
— E daí? Eu que tenho que confiar. – retruquei, e me dirigi para o meu quarto, dando a discussão por encerrada. Ele me seguiu, mas fechei a porta em sua cara.
— Você não vai, Beatrice! – ele gritou atrás da porta. Coitado. Ele que pensa.
Vesti um daqueles vestidos de renda para praia com o biquíni em baixo, é claro, calcei chinelos brancos e fiz uma maquiagem bem básica. Logo que estava pronta, já estava saindo de casa pela janela. Se Caleb achou que ia me impedir de ir à festa, estava muito enganado. Peguei um táxi e logo já estava em frente á casa do amigo de Quatro. Antes mesmo de o carro parar já era possível ouvir o som alto da música e risadas de adolescentes com os hormônios à flor da pele.
A festa era na praia, então somente fui para a parte de trás da casa. No centro da festa havia uma grande fogueira e pessoas amontoadas envolta dela. Eu não demorei muito para avistar Quatro, que estava ao lado do DJ com um grupo de pessoas, logo o alcancei. Ele estava incrivelmente lindo. Usava um calção de banho, por conta da praia, é claro, uma regata branca e chinelos.
— Tris, você veio! – ele falou surpreso e me deu outro daqueles beijos demorados na bochecha que me fazem perder a noção.
— É claro que vim, você me chamou, não é mesmo? – eu disse e ele sorriu. Virou-se para o grupo de pessoas que estava com ele e me apresentou.
– Gente, esta é Tris.
— Olá, Tris, sou o Uriah. – o garoto moreno se apresentou, dando uma piscadela e um grande sorriso. Ele usava apenas um calção de banho, sua camisa estava dependurada em seu ombro. Ele me parecia um garoto legal, um bom amigo que se pode contar, e decidi que gostaria de Uriah.
— Sou Zeke, o irmão desse imbecil. – Zeke apontou para Uriah, que revirou os olhos. Este estava vestido de forma semelhante a Tobias. Ele parecia ser o tipo de cara engraçado e fiel. Decidi que também gostaria de Zeke.
— Oi, sou Marlene, é um prazer conhecê-la. – a garota sorriu docemente, e eu sorri de volta. Marlene usava apenas o biquíni com uma canga colorida amarrada na cintura. Seus cabelos estavam trançados de lado, o que a deixava muito bonita. Ela me parecia muito doce e meiga, e até agora não tinha nada contra ela, pois a mesma foi simpática.
— Sou Lynn. – a outra garota disse. Esta estava de shorts jeans, usando uma regata vermelha, e ela tinha cabelos curtos cortados como os de um homem. Ela não me parecia muito feminina e nem muito simpática, mas pode ser apenas que ela não é muito boa com novatos, então decidi não julgá-la precipitadamente.
— Shauna. – a terceira garota falou, olhando-me com certo desprezo. Ela estava vestida quase igual a mim, tirando o fato de que não era um vestido de renda e sim uma blusa um pouco longa, ela havia vestido um short jeans por cima da parte de baixo do biquíni e seus longos cabelos castanhos caíam pelos ombros. Shauna não foi muito simpática e nem se esforçou para disfarçar o desprezo que sentia por mim, mas, assim como foi com Lynn, decidi não julgá-la antes de conhecê-la.
— Vou pegar uma bebida para você. – Quatro disse, e logo se afastou.
— Então, Tris, nunca a vi por aqui. Você se mudou? – Marlene perguntou simpática, e pude reparar que Shauna se afastou do grupo. Não dei bola e voltei a prestar atenção em Marlene.
— Sim, vim de Chicago. – respondi e depois expliquei o motivo.
— Ah, então ficará poucos meses conosco. – ela notou. – É uma pena. Tenho certeza de que Quatro gostou muito de você.
— Tem? – perguntei, arqueando as sobrancelhas.
— Está brincando? Ele não para de falar de você. – Zeke fez careta e Uriah bateu em seu ombro, censurando-o.
Oh-oh. Aquilo era novidade. Meus planos para esse tempo que ficaria aqui era apenas fazer amizades e esperar o tempo passar. Meus planos não incluíam nenhum novo romance.
— Me deem licença um segundo. – eu falei e me afastei me espremendo pela multidão de gente se esfregando, eu ainda conseguindo os ouvir discutindo.
— Seus babacas, assustaram a menina. – Lynn disse para Zeke e Marlene.
De fato, me assustaram. Estava tão distraída que não reparei quando bati de frente com uma garota morena que carregava bebidas. Felizmente, a mesma ainda não as tinha aberto.
— Desculpe! – eu disse, ajudando-a. – Minha culpa, eu estava distraída.
— Não, tudo bem. – a garota disse me analisando e depois sorriu e ofereceu-me sua mão para apertar. Ela era mais alta do que eu, me fazendo sentir uma anã, e usava um conjunto de biquíni preto, com uma canga vermelha amarrada na cintura. – Sou Christina.
— Tris. – falei, sorrindo e apertando sua mão.
— Você é nova aqui? – ela perguntou.
— Sim, vim de Chicago. – respondi. Já estava cansada de falar a mesma coisa a todos eles, mas, o que fazer, não é?
— Que legal, eu também sou nova aqui. Vim de Nova York. – ela disse sorrindo.
— Tris? – ouvi uma voz atrás de mim. Virei-me e era Quatro. – Pode vir comigo um minuto?
Assenti e virei-me de novo para Christina.
— Foi um prazer conhecê-la, espero encontrá-la nas aulas. - eu disse e ela sorriu se despedindo.
Segui Quatro até uma parte calma da praia. Sentamo-nos em duas cadeiras de madeira que tinham ali e eu observei as ondas.
— Por que me chamou até aqui? – perguntei, o observando. Ele estava calmo, e com os olhos fechados. Seu curto cabelo era balançado para trás por conta do vento.
— Nada, queria apenas conversar com você. – ele disse, abrindo os olhos e me encarando. – Estava meio abafado lá dentro e queria poder conversar com você sem ter que gritar.
Eu sorri e ele pegou minha mão, fazendo-me arrepiar com o ato repentino.
— Então, você... – porém o toque irritante de um celular o atrapalhou, e suspirei ao ver que era o dele. Ele visualizou o nome e me disse que era importante e que teria de atender.
— Alô, mãe? – ele perguntou. Não consegui ouvir muito do que a mulher falava, mas parecia importante, Quatro estava aflito. – Meu pai? Ele fez o quê? Espere que eu já estou indo para aí.
Ele desligou o celular e logo já estava de pé. Olhou-me com tristeza e me deu um beijo na bochecha.
— Sinto muito, mas tenho que ir. – ele disse. – Umas coisas de família, não quero que minha mãe se machuque. Prometo que depois lhe explico tudo.
— Eu vou com você. – falei e ele me olhou com surpresa.
- O que disse? – perguntou, arqueando as sobrancelhas.
— Eu vou junto. – falei. – Pode não querer que eu vá, mas eu o seguirei. Eu quero te ajudar, Quatro.
Ele me encarou por alguns segundos e depois sorriu fraco.
— Seria uma honra ser seguido por você, mas, por ora, fico feliz se dividirmos o mesmo carro. – disse e me ofereceu sua mão que aceitei de bom grado.
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