Viveme Sin Miedo escrita por Marília Ruffo Évora


Capítulo 3
Capítulo 03- Me perdoa!


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês! Espero que gostem ♥



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"Fazenda Olhos D'água"
Inês e Loreto haviam acabado de chegar. Emiliano estava dormido. Rubens havia se retido para os aposentos dos peões. Inês estava
subindo a escada na frente de Loreto.
Inês: Então, onde é meu quarto.
Loreto: Não se preocupe. Meu quarto possui dois aposentos dentro, igual na nossa antiga casa.
Inês olha para Loreto com um olhar sarcástico.
Inês: Muito gentil de sua parte.
Inês entra no quarto de Loreto e se dirige à porta do outro quarto que ficava dentro dele. Mas ao tentar entrar, a porta estava trancada.
Loreto entra logo atrás e tranca a outra porta.
Inês: Loreto, a porta do meu quarto ta trancada. Você sabe onde está a chave?
Loreto: Claro que sim!
Inês: E onde está?
Loreto: Comigo!
Inês vai ao encontro de Loreto com a mão estendida.
Inês: Já pode me dar então.
Loreto: Só se você me der um beijo!
Loreto aproxima o rosto para o de Inês mas ela desvia.
Inês: Loreto, para com essa cena. Me dê logo essa cha...
Loreto puxa Inês pela cintura e a beija com brutalidade. Inês tenta sair dos braços de Loreto, mas ele é mais forte e a segura.
Inês: Você ficou maluco? Me solta agora! Ta me machucando.
Loreto: O que foi? É só um beijo e te dou a chave...
Ele a puxa novamente só que antes de beija-la, Inês da um tapa em sua cara.
Inês: Não vai ter beijo nenhum. Agora me dê essa chave.
Loreto: Quem você pensa que é pra me desprezar assim Inês? Sou um homem e mereço ser respeitado...
Inês: Respeitado? Ah, por favor! Estamos só nós dois aqui, então tire as máscaras. Tudo o que você menos merece é respeito. Só
o que sinto por você é nojo. A cada segundo desses vintes anos sendo obrigada a morar com você, só consigo sentir desprezo e
cada vez mais nojo.
Loreto é tomado pelo ódio! Joga Inês na cama a força e começa a rasgar as roupas dela. Inês tentava fugir mas Loreto era bem
mais forte e a segurava firme.
Inês: Me solta ou se não eu...
Loreto: Você o que? Vai gritar pro nosso filho escutar e ficar constrangido por ter uma mãe tão escandalosa?
Loreto ria com maldade do desespero em que Inês se encontrava.
Loreto: Ou melhor, vai gritar pedindo ajuda aquele lixo de Victoriano?
Inês no impulso, cospe no rosto de Loreto. Loreto a aperta forte no pescoço a deixando sem ar. Depois de alguns segundos a solta
e aperta seus braços com força, os deixando com marcas.
Loreto: São vinte anos que convivo junto à você e esperando que um dia você me dê uma chance... Me satisfazendo com outras
mulheres para não ter que forçar a barra com você. Esperando que você se entregue a mim por vontade própria...
Inês: NUNCA! Jamais me entregarei à você. Só me entreguei a um homem em minha vida. O único homem que amei e você sabe que não
é você. Você não passa de um covarde que nem se quer consegue fazer uma mulher sentir interesse por você. Também... que mulher
em sã consciência se interessaria por um homem tão desprezível como você...
Loreto: CALA A SUA BOCA!
Loreto a bate no rosto de Inês com muita força e várias vezes.
Inês: SOCORROO!
Loreto: Para de gritar ou vai ser pior pra você. Inês estava fraca e quase desmaiando, mas ainda sentia o peso do corpo de Loreto
em cima do seu. Antes de desmaiar, Inês consegue sussurar, de forma de Loreto escute.
Inês: Você só tem uma mulher contigo ou pela força ou pelo dinheiro... Te odeio, Loreto Guzmán!
...
A manhã não foi muito agradável na fazenda Olhos D'água. Depois que conseguiu a chave, Inês passou a manhã toda em seu quarto.
Emiliano resolveu ir à cidade. E Loreto estava com ódio pois teria que viajar à sua antiga casa novamente pois teria que buscar
uns documentos que se esqueceu...
Loreto: Rubens, eu espero que eu tenha sido claro. Não se esqueça de nada.
Rubens: Pode deixar patrão.
Inês havia descido do quarto, mas ficou parada escutando o que eles estavam conversando.
Loreto: Então sobre Inês, espero que não tenha ficado dúvidas.
Rubens: Está tudo certo! A senhora Huerta não poderá deixar a fazenda enquanto o senhor não retornar. É para mim ficar guardando
a chave do carro dela.
Loreto: Vejo que és muito competente.
Loreto se dirige ao portão, Rubens já tinha deixado seu carro preparado para ele. Loreto então, parte rumo a sua antiga casa.
Logo após a saída de Loreto, Inês foi ao estábulo à procura de Rubens.
Inês: Rubens? Está aí?
Rubens: Pois não, senhora Inês.
Inês finge que não escutou toda sua conversa com Loreto.
Inês: Por favor, prepare meu carro. Quero ir dar uma volta pela cidade.
Rubens: Desculpe senhora, mas tenho ordens do senhor Loreto, para que nao permita que a senhora se retire da fazenda.
Inês: Pois muito bem... Você sabe quando Loreto irá retornar?
Rubens: Ele foi só buscar uns papéis mas disse que vai aproveitar para resolver uns problemas... Creio que amanhã à noite ele
já estará de volta. Não se preocupe!
Inês o olha com desdém
Inês: A última coisa que faria seria me preocupar... Bom, voltarei a meu aposento, já que estou presa nessa fazenda.
Inês se retira para o quarto e fica lá até anoitecer e ela poder dar início ao seu plano...
"Fazenda Plantanal"
Rosa: Por favor, Victoriano! Não vá ao bar de Vicente hoje. Já é quase meia noite e você querendo sair de casa.
Victoriano: Desculpe, Rosa, mas o dia hoje foi muito difícil desde o início e eu preciso relaxar de alguma forma.
Victoriano pega seu chapéu e entra em seu carro. Antes de sair manda um beijo para Rosa, que está para à porta preocupada.
"Fazenda Olhos D'água"
Inês ainda estava em seu quarto, e apesar de estar tarde, ela não havia nem cochilado. Estava esperando todos os peões irem
dormir e quando a última luz foi apagada, ela soube que estava na hora de agir.
...
Inês se encontrava sozinha no estábulo, já tinha passado o plano várias vezes em sua cabeça e estava disposta a ir até o fim.
Inês: Não posso sair pela frente da fazenda com meu carro, mas ninguém disse nada sobre sair pelos fundos à cavalo...
"Bar do Vicente"
Vicente: Victoriano, por Deus! Já basta!
Victoriano: O que é isso Vicente? Só a última dose.
Vicente: Já perdi as contas de quantas "últimas doses" você já tomou. Posso ser o dono desse bar, mas também sou seu amigo
e portanto não lhe darei mais nenhuma dose por hoje. Olha o seu estado!
Victoriano: Eu estou ótimo! Só bebendo que eu esqueço um pouco das minhas dores e você ta me mandando embora. Quer saber, vou
pra outro bar! Esse seu bar anda muito careta pro meu gosto...
Victoriano sai em seu carro pensando em ir à outro bar, mas antes, decide ir à Praça das Tulipas.
Chegando na praça, Victoriano decide caminhar um pouco por ela e começa a se lembrar de todo seu passado com Inês e daquele
reencontro inesperado depois de tanto tempo. Estava perdido em pensamentos, quando chega ao ponto da praça em que havia uma pequena
cachoeira. Ele decide ir se sentar um pouco à beira d'água mas se assusta ao perceber que já havia alguém sentado lá...
Victoriano: Ei, você aí!
A pessoa que estava sentada se assusta por ter mais alguém ali e se vira bruscamente para ver quem era. Ambos não acreditam no
que veêm.
Victoriano: Você?
Inês: Victoriano? O que faz aqui uma hora dessas?
Victoriano: Eu que te pergunto... Aliás, onde está Loreto?

Inês: Ele não está aqui, estou sozinha.

Victoriano: Como sozinha? Você ficou louca? Já percebeu a hora? É perigoso, principalmente pra uma mulher.

Inês: Eu sei me cuidar, Victoriano. Agora não sei você!

Inês chega perto de Victoriano e sente o cheiro de bebida.

Inês: Você bebeu, Victoriano?

Victoriano: Só um pou... pouco.

Inês: Um pouco? Olha só pra você, está custando a falar. O que deu em você? Não lembro de você beber tanto assim.

Victoriano, que já estava um pouco alterado pela bebida, começa a desabafar impulsivamente e muito alterado.

Victoriano: Não se lembra de eu beber tanto assim? Irei de explicar o motivo. Simplesmente porque eu comecei a
beber desse jeito faz vinte anos. Comecei a beber pra tentar esquecer que a mulher que eu mais amei em minha vida me deixou.
Foi embora com um homem que se dizia meu amigo.

Victoriano estava com os olhos cheios d'água e Inês já estava chorando.

Victoriano: Mas to cansado porque não adianta. À noite eu esqueço por algumas horas, mas toda manhã o meu primeiro pensamento ainda é você.

Victoriano começa a chorar e com as duas mãos segura o rosto de Inês com ternura.

Victoriano: O que eu te fiz Inês? Você dizia que me amava. A gente fazia tantos planos... pensávamos em ter filhos, casar... porque me ver sofrer tanto? Rosa,
empregada da fazenda, diz que me vê como um filho e que me ama. Ela é a única pessoa que me ama de verdade. As vezes penso que seria melhor eu sumir pra sempre...
não irei fazer falta pra ninguém. Seria melhor que Loreto tivesse me mata...

Inês: Jamais repita isso. Nunca mais... Se acontecesse alguma coisa com você eu nunca mais poderia ser...

Victoriano: Ser o quê? Como se você se importasse comigo. Pra dizer a verdade não sei o que estou fazendo aqui...

Victoriano se vira para ir embora mas Inês o puxa pelo braço e ficam com os rostos colados.

Inês: Porque se algo de ruim te acontecesse, eu nunca mais poderia ser feliz.

Victoriano: O que está dizendo? Não brinca mais comigo.

Inês acaricia o rosto de Victoriano carinhosamente. Estava com o coração partido depois do desabafo de Victoriano.

Inês: Victoriano Santos, é verdade... eu não te amei.

Victoriano: Não machuque mais... Eu sei. Não irei mais encher sua cabeça com minhas tolas lamentações...

Inês: Shiiiii!

Inês faz sinal para que Victoriano fizesse silêncio e aproxima ainda mais seus rostos de forma que os dois se olhassem olho no olho e só pudessem escutar a respiração
agitada e o aumento do ritmo cardíaco de ambos... Inês olha no fundo dos olhos e sussurra de forma que só ele possa escutar.

Inês: Digo que não te amei... simplesmente porque esse não é um sentimento passado.

Victoriano: O que quer dizer com isso?

Inês sorri de forma terna com o semblante de confusão de Victoriano.

Inês: Você pergunta demais meu amor. Digo que não te amei, porque o sentimento não passou... Ainda te amo! Te amo, Victoriano Santos! Te amo como no primeiro dia.
Te amo e continuo amado todos os dias, desses vinte anos.
Victoriano: Por que está dizendo isso? Faz parte do seu plano com Loreto para me destruir?
Inês: Por favor, meu amor... Nunca faria nada para te destruir. Tudo o que nos aconteceu até hoje foi por amor, só amor.
Victoriano ri sarcasticamente e com grande tristeza no olhar.
Victoriano: Então foi por amor que você me deixou? Foi por amor que você me deixou esperando por você durante vinte anos? Foi por amor que você teve um filho
de Loreto? Foi por amor? Claro, só se for por amor a Loreto...
Inês: Nunca! Nunca amei Loreto! Na minha vida eu só amei um homem! Um homem que está na minha frente agora.
Victoriano: Por favor, Inês! Por piedade... não me torture mais.
Inês: Me perdoa. Por tudo! Me perdoa por te amar tanto assim.
Inês solta Victoriano e se vira para ir embora quando é surpreendida por Victoriano, que a puxa pela cintura e cola seu corpo ao dela.
Victoriano: Eu te amo...
Inês: Te amo...
Não aguentando mais a angústia do momento, Victoriano e Inês se entregam a um longo beijo, um beijo de saudade, beijo de mágoas,
beijo de desejo, beijo de amor... Só se dava para escutar a respiração ofegante de amor, quando de repente o celular de Inês toca e interrompe
o momento. Os dois se afastam um pouco, mas permanecem de modo que seus corpos ainda se toquem.
Inês: Estranho. Número desconhecido.
Victoriano:Olha a hora! São quase uma da manhã. Não atende.
Inês: Estou com uma sensação estranha. Acho que melhor eu atender... Alô?... Loreto? O que quer à uma hora dessas?
Victoriano desfaz o sorriso que estava até o momento ao ouvir o nome de Loreto.
Loreto: Boa noite pra você também, meu amor! Como está?
Inês: Estou ótima! Posso saber o que você quer comigo?
Loreto: Calma, minha vida! Só quero saber onde você está?
Inês se sente um pouco aflita.
Inês: Onde eu poderia estar? Estou na Olhos D'água, em meu quarto deitada na minha cama.
Victoriano se espanta por ver Inês mentindo para Loreto.
Inês: Não sei porque a pergunta. Onde mais eu poderia estar.
Loreto: Na olhos D'água, em seu quarto! Hum! Sabe, meu amor, acho que estou ficando com sérios problemas na visão.
Inês: Como assim?
Loreto: Só isso explicaria o fato de eu estar na Olhos D'água, no seu quarto, sentado na cama em que você diz estar deitada, mas mesmo
assim não consigo te encontrar.
Inês congela ao ouvir as palavras de Loreto. Não sabia o que fazer e sentia sua visão escurecer.
Loreto: Meu amor? Está aí?
Victoriano se preocupa com o estado em que Inês ficou.
Victoriano: Inês, o que houve? Você está pálida! Me responda, Inês.
Loreto percebe a voz que estava ao fundo e continua a falar no telefone com Inês.
Loreto: Vejam só! Acho que a senhora Inês Huerta está acompanhada. E acho que conheço muito bem essa voz.
Inês se desespera ao imaginar o que Loreto poderia fazer.
Inês: Loreto, por favor...
Loreto: Sinto muito acabar com seu encontro, Inês. Mas acho que para o seu próprio bem, é melhor você voltar imediatamente para a fazenda.
Ah! E já ia me esquecendo, olha bem para o rosto de seu acompanhante.
Inês olha para Victoriano, que a olhava aflito.
Inês: O que está insinuando?
Loreto: Não estou insinuando nada, meu amor! É só que, nunca se sabe quando podemos ver as pessoas pela última vez.
Loreto desliga o telefone e deixa Inês chorando em completo desespero.
Victoriano: Por Deus! Me diga o que houve!!!
Inês: Victoriano, o que eu fiz? Me perdoa...
Victoriano: Te perdoar?
Inês sai correndo rumo ao lugar onde tinha deixado o cavalo. Victoriano corre atrás.
Victoriano: Inês, o que aconteceu? Espera!
Inês: Vai embora! Cometi um erro terrível... Como fui tola.
Victoriano: Não vou te deixar ir enquanto não me dizer o que aconteceu.
Victoriano a alcança e a segura pelo ombro.
Victoriano: Você não vai embora enquanto não me dizer o que aconteceu.
Inês fica desesperada por ver que Victoriano não a ia soltar e mesmo sabendo que iria sofrer amargamente, ela toma uma decisão para que Victoriano a soltasse.
Inês: Você quer saber mesmo o por que estou indo embora? Porque me dei conta da estupidez que acabei de cometer. Ter beijado você.
Victoriano: Como estupidez? Inês você acabou de dizer que me ama.
Inês: E você acreditou mesmo? Sinceramente, eu pensava que você era menos idiota.
Inês finge uma risada.
Inês: Você acha mesmo que eu poderia amar você, tendo um homem como Loreto ao meu lado?
Victoriano não consegue mais conter as lágrimas.
Victoriano: Por que faz isso?
Inês: Está chorando? Poupe-me dessa ceninha por favor! A verdade é que eu não sabia que você viria aqui esta noite, mas quando te vi chegando e te vi
naquela situação... não pude me controlar e tive que comprovar se era verdade que você ainda me amava. Vejo que sim. Até aceitei um beijo, por pena
que fiquei de você... mas não aguento mais fingir. Você me da nojo.
Victoriano estava completamente destroçado com as palavras de Inês. Num momento pensou que estava no paraíso ao ouvir de Inês que ela ainda o amava,
mas agora se via novamente em um inferno e dessa vez mais cruel.
Victoriano: ... mas eu te amo...
Inês: Me ama? Se você me ama mesmo, me faça um grande favor, me esqueça. Esqueça essa noite, esqueça tudo o que te disse hoje, esqueça que um dia eu já
existi!
Victoriano não suporta mais o peso das palavras e cai de joelhos completamente sem chão.
Inês: Espero que estejamos conversados.
Victoriano: Se você quer assim... Adeus, Inês Huerta Guzmán.
Inês: Adeus, Victoriano Santos.
Inês monta no cavalo e parte rumo a fazenda. Mal conseguia enxergar o caminho por causa das lágrimas que banhavam seus olhos. Estava completamente
destroçada por ter inventado aquilo. No meio do caminho falava sozinha.
Inês: Victoriano, que um dia você possa me perdoar. Eu te amarei para sempre.
Victoriano ainda estava caido de joelhos na praça pedindo a Deus para que aquilo fosse apenas um pesadelo.
Victoriano: O que eu fiz para merecer isso, Deus? Mas vou fazer a vontade de Inês e deixa-la em paz para sempre. De hoje em diante nunca mais serei o mesmo... Eu juro.
"Fazenda Olhos D'água"
In~es havia acabado de chegar e de dirigiu diretamente ao seu quarto. Não sabia o que estava esperando mas naquele momento pensou que nada seria pior do que ela
havia feito com Victoriano. Inês chega ao quarto e em um primeiro instante acha que está tudo normal, até que escuta a posta sendo trancada atrás dela.
Loreto: Boa noite, meu amor!
Inês se vira e vê Loreto completamente tomado pelo ódio.
Loreto: Acho que precisamos ter uma conversinha...

 


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Notas finais do capítulo

Qual será a conversinha que Loreto terá com Inês?