"esse garoto demora tanto assim para comer?" -- Pensa Meg, sentada na calçada escutando Sonho de Ícaro - a fazia rir muito com as referencias.
Tira os fones a contragosto, e levanta. As portas se abrem, e muitas pessoas saem correndo.
"O que será?? Garoto, você já se meteu em uma confusão??" -- Guardou os fones no bolso e entrou correndo.
A cena que encontrou não foi uma das melhores,  Alex estava numa enrascada,  o monstro estava segurando seu pescoço, com seu corpo suspenso, a diferença de tamanho é visível.
—- Me ajuda aqui -- Falou Alex, com muita dificuldade com o rosto vermelho.
De que forma ela ajudaria ele? Nunca fora boa em artes marciais,  o máximo que conseguia, era lutar com uma adaga, que por ironia das parcas, não estava no seu bolso como costume.
—- Eh... O monstro gigante morcegão das cavernas,  olha pra mim! -- O monstro apertou ainda mais o pescoço de Alex -- Ei, não me deixe no vácuo, porcaria! -- jogou um prato na cabeça dele -- Ops.
O monstro morcego largou Alex de qualquer jeito, e avançou contra Meg.
—- Ei, cara, foi só brincadeira, você é um morcego muito legal, supera o batman, na verdade ele te copiou.
—- Você acha mesmo? -- Perguntou parando. "Cara, você é burrão"  - Meg. -- Mas vou matar você do mesmo jeito -- Avançou 3 passos, Meg andou 4 passos para trás.  O Morcego se jogou em Meg.
—- Arma! -- Gritou com os braços defendendo seu rosto. Em sua mão apareceu uma arma pequena, sem pensar duas vezes, atira no monstro e fecha os olhos em seguida, esperando alguma ação.
O monstro se transformou em pó avermelhado.
—- Pode abrir os olhos -- Falou Alex, já em pé -- Só restou pó.
—- Obrigado pai, só o senhor pode me dar vácuo -- Meg cai de joelhos.
—- Como você fez isso aqui, aparecer? -- Pergunta curioso avaliando a arma, uma pistola (não peguem em uma e saíam atirando, crianças :V)
—- Foi você,  não eu. Até que foi útil, esperava espadas e etc, nunca fui boa em pontaria, Ainda bem que não foi um arco e flecha -- Falou Meg tranquilamente, a arma evaporou. Alex a olhou torto, tudo parecia fantasioso demais, apesar de real demais.
—- O que é você?
—- Alex... Olha -- Falou Meg escolhendo cuidadosamente as palavras -- Isso tudo que aconteceu, é o mundo do qual você faz parte, por isso queria falar com sua mãe, e por isso que eu disse para não falar com ninguém mesmo que fosse conhecido. -- Respira fundo, decepcionada  consigo mesma, não conseguira evitar os perigos que o cercava.

—- Eu sou tão esquisito assim, que faço parte de outro mundo? -- Questiona Alex.

—- Garoto, você é um semideus, não é outro mundo, é só modo de dizer. Não é tão ruim assim, é normal, bom e ruim.

—- Eu sou filho de um deus? O que mais você tem a me dizer? Que você é uma alma? -- Retrucou irônico.
—- Não,  eu não sou uma alma. Alex, é melhor que eu conte no meio do caminho, outros como aquele podem vir -- Sugeriu Meg com o olhar baixo, ignorando parte do comentário irônico.

—- Eu vou levar você até a minha casa -- Meg levanta o olhar, sorrindo -- Mas não por que acredito em você -- Meg rolou os olhos -- Mas por que de algum jeito, você me salvou, de um monstro estranho. Acho que é o suficiente, para confiar em você, apesar dessas loucuras -- Alex sorriu amigavelmente, Meg o acompanha, ao menos uma coisa conseguira, o resto mãe dele o convenceria por ela. Pegou os fones e colocou novamente, dando play na música e acompanhando Alex.