A Nova Influência escrita por British


Capítulo 33
A sentença de Ino


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Tudo bem?
Este capítulo foi agendado, então ainda estou viajando. Então, não se grilem caso eu demore a responder comentários ou fazer os próximos posts. Enfim, espero que apreciem a leitura e comentem ok?



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Ino pensava que sairia impune. Quando pediu socorro a Sasori, jurava que o cunhado fosse acobertá-la. Afinal, era por causa dele que ela havia se metido em tamanha encrenca. No entanto, o cenário era diferente do que Ino havia imaginado. Quando chegaram a Suna, Sasori I mandou prendê-la. Já na cela, a duquesa estava uma fera.

— Como assim você vai me prender? – Indignou-se Ino.

— Você se atrapalhou com seu plano, por pouco não me prejudicou e acha mesmo que eu vou te ajudar? – Disse Sasori.

— Sou esposa do seu irmão! Se eu for presa, levarei o nome da sua família para a lama! – Disse Ino revoltada.

— Por isso mesmo, eu mandei anular seu casamento com meu irmão. – Disse Sasori tranquilamente.

— VOCÊ NÃO TEM ESSE DIREITO! – Irritou-se Ino.

— Tenho! Aqui sou quase Deus! Contei para meu irmão de tudo que você fez, disse a ele que tentou matar Sakura por ciúmes de Sasuke. Gaara ficou desolado. – Garantiu Sasori.

— VOCÊ É UM MENTIROSO! UM FILHO DA PUTA! UM CRETINO!

— Pode me xingar! Agora você é apenas Ino Yamanaka. Uma pobre coitada como antes! – Disse Sasori.

— EU QUERO FALAR COM MEU MARIDO! – Gritou Ino.

— Sua sorte é que Gaara quer se despedir de você. Não é mesmo que meu tolo irmão se apaixonou de verdade por você? Jogou um futuro promissor no lixo, Ino! – Disse Sasori e se retirou.

Ino passou aquela tarde chorando. Sua vida estava acabada. Perdera Gaara, seu título de duquesa, seu filho, tudo. Não lhe restava nada. Ino teve vontade de morrer. Quando Gaara apareceu, o rosto de Ino se iluminou. Sentia falta dele.

— Meu amor, você veio! – Exclamou Ino esperançosa, mas o rosto de Gaara estava encoberto por uma máscara de mágoa.

— Não me chame de amor. – Disse Gaara.

— Sei que Sasori inventou coisas terríves sobre mim! Não acredite nele, está bem?

— Ino, eu te perdoei quando sequestrou seu filho. Eu ajeitei as coisas, te dei uma segunda chance e para que mesmo? Você pegou tudo e jogou no lixo!

— Eu sei que eu errei, mas é que Sasori estava me ameaçando! Ele disse que me prenderia se eu não o ajudasse a recuperar Sakura, então eu a sequestrei como fiz com Inojin para entregá-la a ele. – Confessou.

— Ino, você não vê a gravidade das barbaridades que fez? Sasori me disse que você tentou matar Sakura! Ela está grávida! Caramba! Você atirou num garoto também que está hospitalizado!

— Você vai me abandonar aqui também? Eu to sozinha Gaara! Eu só tenho você! – Disse Ino fragilizada.

— Por que você não pensou nisso tudo antes? Achou que iria sair impune né?

— Meu amor, eu só queria ficar com você!

— E você poderia ter ficado se não tivesse errado tanto, mas agora eu não sou mais casado com você. Sasori anulou nosso matrimônio. Você é apenas Ino Yamanaka. Uma mulher amarga que perdeu o amor de todos e que morrerá aqui nessa prisão sozinha. – Decretou Gaara mesmo deixando algumas lágrimas escaparem.

— Não, Gaara! Não me abandona, por favor! Eu te suplico! – Implorou Ino ajoelhada.

— Como eu fui capaz de me apaixonar por um monstro? Me dói te deixar aqui, mas eu não posso fazer nada. Você se enterrou sozinha, Ino.

— Gaara, não vê que seu irmão é tão monstruoso quanto eu?

— Ino, sei que meu irmão não é nenhum santo. Ele te usou, eu sei. No entanto, você foi fraca! Em nenhum momento ele te mandou sequestrar Sakura ou atirar num jovem de 18 anos! Você desonrou o nome de minha família. Estou extremamente envergonhado por tudo que fez! 

— Gaara...

— Ino, isso é um adeus!

Gaara virou as costas e partiu sem olhar para trás. Ino gritava por ele a cada passo que dava. Gaara chorou o caminho inteiro tentado não fraquejar. Como membro da família real, não podia defendê-la. Isso sujaria seu seu nome, sua dinastia e isso era tudo que Gaara tinha novamente.

 

[...]

 

Uma semana depois...

Ino estava contando os dias para o seu julgamento. Sabia que seria condenada a prisão perpétua. Estava amarga, triste e queria vingança. O ódio no olhar, fez despertar o interesse de do priseiro na cela vizinha a sua, Hidan.

— Por que a duquesa veio parar num lugar como este? – Perguntou Hidan ao ver Ino chorando de raiva.

— Sequestrei duas pessoas e atirei numa terceira. E você? – Perguntou Ino.

— Roubei dinheiro da conta do Rei. Sasori I não costuma ser clemente. – Comentou Hidan.

— Você parece muito calmo para quem está prestes a ser condenado. – Comentou Ino secando as lágrimas.

— É que não vou ficar para o julgamento. – Sorriu de canto.

— Você vai fugir? Como? – Espantou-se Ino.

— Quer que eu te coloque no meu esquema? – Perguntou Hidan.

— Quero! – Disse determinada.

— E o que eu ganharia com isso? – Perguntou.

— Tenho uma conta num paraíso fiscal com muito, mas muito dinheiro... Se me soltar, o dinheiro todo é seu! – Prometeu Ino.

— Começou a falar a minha língua, duquesa! Acho que poderíamos fazer uma bela dupla... – Disse umedecendo os lábios com um olhar malicioso direcionado a Ino.

— Não quero fazer dupla com você. Após sair daqui, meu único objetivo é foder a vida de Sasori I. – Contou Ino.

— Sabe, duquesa, isso muito me interessa também. Acabar com a vida daquele riquinho mimado que acha que pode mandar e desmandar! – Afirmou Hidan.

— Você me ajuda a acabar com ele? – Questionou Ino.

— Nada me daria maior prazer. – Sorriu Hidan.

— Ótimo!

Na noite do dia seguinte, Hidan pôs seu plano de fuga em prática e foi retirado da prisão junto com Ino por seus aliados. O ladrão de bancos Hidan tinha fama de roubar de todos os símbolos de poder de Suna. Já tinha roubado Gaara uma vez, mas pecou ao roubar de Sasori. O Rei fez de tudo para prendê-lo. Assim como Ino, o bandido queria muito ver Sasori I derrotado. Então, ele a ajudou. Ino saiu da prisão mais louca do que entrara. Não tinha mais nada a perder. Essas pessoas costumam ser as mais perigosas.

Três dias após a fuga, Ino já estava preparada para se vingar do Rei. Ino sabia muito bem como era a agenda de compromissos de Sasori, seus passos, sua equipe, seus seguranças. Ela sabia como agir e não hesitaria, não teria pena. O ódio cintilava em seu olhar. Sasori pagaria caro por ter tirado a última coisa que importava para ela e ele pagaria com seu próprio sangue.

Naquela manhã, Sasori I tinha que comparecer a uma reunião em um distrito mais afastado de Suna. Por isso, ele precisaria pegar um helicóptero para chegar ao compromisso sem atrasos. Sabendo disso, Hidan ajudou Ino a entrar no mesmo helicóptero que seu inimigo. Lá dentro, Ino esperou pacientemente por Sasori, já que o piloto era um dos capangas de Hidan.

Sasori entrou naquela aeronave acreditando que faria apenas mais uma viagem de negócios. Ele se surpreendeu ao ver Ino lá dentro e tentou sair do helicóptero, mas as portas já estavam travadas. Ali, percebeu que estava perdido.

— Agora somos só você e eu, Sasori. – Disse Ino ao ver Sasori encará-la.

— O que está fazendo vagabunda? – Perguntou irritado.

— Chegou a hora do nosso acerto de contas, alteza. – Respondeu Ino apontando uma arma para Sasori.

— Vai me matar? É isso?

— Bingo!

— Se acha que vai sair impune...

— Ei, quem disse que eu vou sair daqui? Eu aceito pagar pelos meus pecados, mas não vou sozinha para o inferno. – Disse Ino.

— O que pretende fazer vagabunda?

— Primeiro, isso.

Ino terminou a frase e puxou o gatilho sem pestanejar. Acertou Sasori no tórax e sorriu ao vê-lo sangrar. Sasori viu suas mãos suas de sangue ao pressionarem o local baleado e xingou baixo.

— Sabia que atingi Boruto no mesmo lugar? Isso é pra você sentir algo parecido, afinal, foi por sua causa que tudo isso ocorreu. – Acusou Ino.

— Engraçado. Você atira no garoto e culpa é minha? – Riu Sasori.

— Se você não tivesse me pressionado a pegar a Sakura para você, isso jamais aconteceria!

— Ah, claro! – Revirou os olhos.

— Pode pular!  - Ino ordenou e o piloto saiu do helicóptero. -  Só quem vai morrer aqui é você e eu.

— Ino, você é louca! Eu sou o Rei! Você não pode me matar!

— Tanto posso que é isso que eu to fazendo! Se não morrer pelo ferimento, você vai morrer afogado ou se isso aqui explodir! Não tem pra onde correr majestade! – Disse debochada.

— POR QUE ESTÁ FAZENDO ISSO?

— Por que? Primeiro, vingança. Acabar com a sua raça. Ah, e Hidan mandou lembranças!

— Aquele filho da puta! Como o conheceu?

— Fiz amizade na cadeia! Sou muito sociável, sabe?

— VAGABUNDA! EU TE ODEIO! MALDITO DIA QUE MEU IRMÃO SE CASOU COM VOCÊ!

— Gaara é muito melhor que você! E é por ele que eu to fazendo isso... Vou livrá-lo de um Rei mesquinho que acaba com a felicidade dos outros em nome da própria!

Não demorou muito e o helicóptero caiu no mar e explodiu. Antes de morrer Ino só pensava que estava fazendo justiça por ela, por Gaara, por Shinki e até por Sakura. Livrar o mundo de uma pessoa como Sasori talvez ajudasse a pagar por seus próprios pecados. Sabia que tinha errado, mas não queria a prisão. Sem amor, Ino preferiu morrer. E, assim, foi em paz.

 

[...]  

 

A notícia da queda e explosão do helicóptero arrasou Suna. Quando Gaara descobriu que Sasori tinha morrido, o duque ficou desesperado. Ninguém sabia a causa do acidente, apenas que o Rei estava lá dentro a caminho de uma reunião. O país decretou luto em memória do Rei Sasori I. Nagato e Yahiko choraram a perda do pai. Estavam completamente órfãos e a guarda deles foi para Gaara, único parente vivo.

Como Nagato, primogênito de Sasori I, só tem 15 anos, Gaara foi coroado Rei de Suna até que o herdeiro de Sasori complete a sua maioridade. O peso da coroa em sua cabeça multiplicou as responsabilidades de Gaara. Por conta disso, o duque voltou a morar em Suna para comandar o país e terminar de criar seus sobrinhos.

— Pai, como serão as coisas daqui pra frente? – Perguntou Shinki ao pai na sala do trono.

— Ainda estou digerindo tudo, meu filho. Precisamos aguardar o resultado da perícia para saber se a morte de Sasori foi acidental ou não. Se não for acidente, devemos procurar pelo culpado e puní-lo. – Explicou Gaara.

— E os meus primos?

— Shinki, seus primos terão de ser muito fortes. Primeiro perderam a mãe, agora o pai. A cabeça deles deve estar muito confusa.  Vou precisar de sua ajuda aqui.

— Conte comigo, meu pai.

— Eu não havia lhe dito antes, mas Sasori estava acertando para que se case com Hanabi Hyuuga.

— Por que está me dizendo isso agora?

— Porque vou pedir a mão de Hanabi para Nagato agora e não para você.

— E por que está fazendo isso?

— Filho, eu me importo com você, com a sua felicidade. Sei que não permiti seu relacionamento com Sarada Uchiha, mas, se ainda tiver interesse, estou deixando o caminho livre para que lute por esse amor. Ou quem sabe Yodo? Sei que a amou e abriu mão apenas porque era um pedido de Sasori.

— Encontrei com Yodo em Konoha antes da tragédia toda. Ela está bem e apaixonada por Boruto, o menino que Ino feriu. Sei que gostaria que eu me casasse com uma nobre, mas eu amo Sarada. Se não puder ficar com ela, ficarei sozinho. Melhor do que me afundar em um casamento sem amor e enlouquecer como o tio Sasori.

— Viver sem amor é realmente perigoso. – Comentou Gaara.

— Teve notícias de Ino? Desde que ela fugiu da prisão, você espera que ela apareça. – Disse Shinki.

— Pensei que ela fosse me procurar, mas me enganei. A última notícia que tive foi que o dinheiro da conta dela foi transferido.

— Já sabe para qual conta o dinheiro foi transferido?

— Não, filho. Quando souber, terei o paradeiro dela.

— Quando achá-la? Vai botá-la na cadeia de novo?

— Vou. Eu ainda amo aquela mulher, mas ela fez coisas muito erradas. Eu só queria saber se ela estava bem.

— Deve estar. Eu preferia que ela estivesse presa pagando pelo mal que nos fez, mas se ela conseguiu fugir...

— Toda noite me pergunto como ela fugiu. Queria ter essa resposta.


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Notas finais do capítulo

Bem, é isso... Como será a reação de todos quando souberem que Ino fugiu?