Pov.James.

Acordei com um ser batendo na minha porta às 6 da manhã! Quem bate na nossa porta as 6 da manhã?! E o pior, nenhum menino acordou, que raiva! Levanto devagar enrolado no meu lindo cobertor de pelo e abro a porta, não me arrependo tanto, uma loira gostosa, descabelada e com uma blusa até o joelho está do outro lado da porta, mas quando olho seu rosto e vejo as marcas de lágrimas recebo um aperto no meu coração.

—Domi, o que foi?!-Falo indo até ele é a abraçando.

—Precisamos conversar...-Ela sussurra. 

A levo até o Jardim da casa, sentamos embaixo de uma árvore e ofereço o cobertor para ela, que se acolhe ao meu lado apoiando sua cabeça em meu ombro.

—O que foi?!-Pergunto preocupado.

—Recebi dois convites quando sai de Hogwarts, estudar para ser medibruxa aqui, ou na França, já estava decidido, eu iria ficar, o curso daqui é mil vezes melhor do que lá e tal, só que Louis contou a mamãe e ao papai que estamos namorando, creio que não foi de propósito, mas eles são contras, disseram que eu preciso de alguém, rico, com uma boa classe, nada que você não seja, mas que seja bem visto pela sociedade, te ofenderam, me ofenderam e chegaram a conclusão que vão me mandar para França depois das férias, mas James eu não quero ir, não quero mais receber ordem deles! Eu quero ficar aqui, com você James.-Ela desabafa tudo de uma vez e vejo algumas lágrimas rolando pelos seus olhos.

—Domi, você já tem 18, pode tomar suas decisões, não precisa ir para a França.-Falo a olhando.

—São meus pais James, você pode achar que os conhece, mas não conhece! A minha mãe faz de tudo, de tudo para que seu nome continue reconhecido em nosso mundo! E uma pessoa que suje esse nome, ela finge não conhecer, eu sou essa pessoa James! E o pior, meu pai vai como um cachorrinho, sempre fazendo as vontades dela! E isso me dá tanto ódio! Eu não consigo viver a minha vida, ter a minha história! Meus pais não vão desistir dessa ideia!

—Dominique, quer viver sua própria história?! Viva, nós vamos enfrentar eles, juntos, e se eles não deixarem, nós fugimos, porque a única coisa que importa para mim é estar com você, não importa aonde, ou...sei lá, quando! Domi, eu estou aqui com você...-Digo sincero olhando dentro dos seus olhos e vejo os dela marejarem.

—Eu fugiria com você...-Ela disse e acabei rindo pelo nariz e a beijando.

—Domi...você, não fez besteira, fez?!-Pergunto e ela me olha nervosa.

—James, não é algo que vou parar de uma hora para outra, isso dói okay?! A rejeição dos meus pais dói! Dói mais que isso!-Ela tenta explicar e a abraço.

Ficamos em silêncio por umas duas horas apenas vendo o horizonte e curtindo a presença um do outro. Quando o pessoal começou a acordar, resolvemos entrar e tomarmos café todos juntos.

Pov.Annie.

Acordei com as meninas, percebi que Domi não estava na cama, mas na hora ignorei, trocamos de roupa e resolvemos descer, sentamos todas na mesa juntos aos meninos, e a Domi e começamos a nós servir.

Alvo se senta ao meu lado e passa o braço envolta do meu ombro.

—Que viadagem é essa Alvo?!-Pergunto e ele retira o braço. 

—É, viadagem, isso!-Ele fala gaguejando e rio da sua cara.-O que vamos fazer?!-Ele pergunta tentando mudar de assunto.

—Tava pensando em irmos para São Paulo, é uma cidade que fica tipo a 5 horas daqui, nos podemos ir hoje, pagar uma pousada e ficar lá por tipo, 2 dias e depois voltarmos, o que acham?!-Teddy pergunta e todos concordamos animados e extasiados com a notícia.

Eu e as meninas subimos logo em seguida para arrumar as coisas. Cantava enquanto arrumava a bagunça que estava na minha mala. Já estava na Quinta música do meu showzinho particular  quando engato um Jorge e Mateus, uma dupla de música trouxa que descobrimos quando viemos para cá. A música era Os anjos cantam nosso amor. Foi a única música que cantei sozinha sem ninguém me acompanhando, e no final fiquei meio envergonhada.

—Ui alguém esta apaixonada!-Grita Rose e dou meu dedo do meio para ela.

—Não sou eu que fico agarrando o irmão das amigas pela casa e segurando a forte tensão sexual! É foda!-Retruco e ela me taca um travesseiro na cara.

Com isso terminamos de arrumar as coisas e fomos para a garagem com os meninos separar os carros.

—Então, em um carro vamos eu, Vic, Louis, Lucy e Hugo, próximo vão James, Domi, Lorcan, Rox e Lily, outro Fred, Molly, Alice e Lys e no último Rose, Scorpius, Annie e Alvo, pessoas que vão nesse último, não deixem a Rose tocar no volante.-Teddy fala e tomos rimos.

—Vai tomar no meio do cu de vocês!-Rose responde estressada e entra no carro.

Logo depois todos partimos. No nosso carro Scorpius e Alvos íam revezar no volante, e à princípio íamos fazer 2 paradas até o destino final.

A primeira hora passou bem rápido, Alvo ligou o rádio e ficamos cantando igual malucos. Na segunda hora, eu dormi e só acordei com Rose e Scorpius discutindo sobre a estrada. Terceira hora eu passei para frente com o Alvo e os outros dois foram para trás. Quarta hora eu e Alvo ficamos jogando pedra, papel e tesoura e na Quinta hora fiquei olhando a estrada.

Assim que chegamos na cidade, aparentava ser legal, mas como estávamos um pouco cansados fomos direto para uma pousada, que pelo que entendi, seus donos eram bruxos, então poderíamos nos hospedar sem preocupações. 

Quando vimos tinha um grupo de Londres lá também e resolvemos ir para a sala de jantar para ver se os encontrariam.

Assim que entramos na sala de jantar sinto Rose segurando minha mãe com força e olhando para frente.

—Parkison...-Ela Fala errando os dentes e subo com ela, deixando o pessoal na sala de jantar.

Depois que ela dormiu, fui pegar algo para comer no pegue-pague e Alvo estava lá. 

—Viu meu irmão?!-Pergunto com receio de sua resposta.

—Com a Parkison.-Ela fala seco e o olho preocupado.

—Não deixe a Rose saber disso!-Peço e ele afirma com a cabeça me abraçando.

—Eles vão se acertar, para de se preocupar com eles é se preocupa um pouco com a gente.-Ele fala

—Com a gente?!-Pergunto e ele me beija e retribuo.

Depois do beijo, saio sem graça e vou para o quarto que estava dividindo com Rose ainda pensando no maldito beijo.