Digimon Kizuna escrita por Black Hunter
Leviamon: Um bando de incompetentes! Eu estou cercado deles!
Mizuki: Não me compare à ralé. Eu sou muito superior.
Após saber da derrota de Astamon, Leviamon esbravejava sem parar. Os digiescolhidos estavam superando cada obstáculo, que ele colocava.
Leviamon: Você não fez nada, digno da sua posição aqui.
Mizuki: Eu estou sempre os vigiando. E quase dei conta deles, naquela vez.
Leviamon: Aqueles garotos são mais fortes do que eu pensava. Mesmo que seja uma resistência inútil, todo cuidado é pouco.
Leviamon admirava o altar dos sete ovos de Royal Knights.
Leviamon: Em breve, eles virão a este mundo. E renascerão como meus servos fiéis. Se de alguma maneira, os outros chegarem até aqui, tudo vai...
Mizuki: Por água abaixo? Você será derrotado?
Leviamon: Sua insolência é irritante. Acho, que você me subestima muito, garota...
Leviamon enrolou sua longa cauda, pelo corpo de Mizuki.
Tylinmon: Afaste-se dela!
Com apenas um golpe de sua cauda, Leviamon o arremessou para longe.
Mizuki: Tyllinmon!
Leviamon: Você acha que isso é um jogo, garota? Pois bem, isso não é um jogo. Acha que vou ser bonzinho com você? Entenda o seu lugar, aqui. Ou você acaba com eles, ou eu acabo com você!
Soltando sua cauda, Leviamon a liberta. Os batimentos de Mizuki, aumentam progressivamente.
Mizuki: Eles não vão chegar aqui! Jamais permitirei isso!
A garota visou Akira, e Ryota. Por que ela trabalhava para Leviamon? Por que tinha tanto desprezo pelos digiescolhidos? Ela era um verdadeiro enigma. Cabia aos outros, desvendar seus segredos, e trazê-la de volta, ao bom caminho.
Akira: Amanhã é o dia.
Agumon: Amigo, vem logo! Tá esfriando.
Depois do deserto, e depois da floresta tropical, Akira e seus amigos, chegam à uma região montanhosa, bem próxima ao Inferno Magmático. Faltava pouco para se encontrarem com o primeiro Kanzentai elementar, o usuário da terra e do fogo.
Kenichi: Você tá muito pensativo, hoje. Não esquenta.
Akira: Não esquenta? Isso é um trocadilho? Nós estamos numa região quente, então...
Hana: Yamada-kun, não seja bobo! Ele está dizendo para você não se preocupar, só isso.
Akira: Entendi. Bem, eu penso bastante. Estou analisando todas as situações e os cenários possíveis, para que haja o nosso sucesso na luta.
Todos olharam para ele. Akira corou.
Akira: E-Eu disse alguma coisa?
Kenichi: Não precisa assumir a responsabilidade sozinho.
Hana: Nós também estamos aqui, lembra?
Akira: Eu sei, mas...
Akira lembrou-se de Taichi, e Masaru. Os dois haviam depositado suas confianças, nele. De jeito nenhum, ele se daria ao luxo de fraquejar.
Hackmon: Por que está tão ansioso? Não percebe que estamos todos do mesmo lado?
Plotmon: Juntos, nós vamos conseguir!
Agumon: Amigão, a gente não tá sozinho. Por que você não come uma...
Akira: Eu sei, eu sei! Mas vocês têm que me entender! Eu sou o líder! Eu assumo a responsabilidade por todos, e preciso me tornar um adulto!
Kenichi: Por que isso de repente? Não quer decepcionar o papai, e o seu novo amigo? A gente tá te atrapalhando, é isso?!
Hana: Parem vocês dois!
Hana deu um grito, e os dois se calaram.
Hana: Quem der mais um pio, vai se ver comigo! Tão pensando que berimbau é gaita, é?
Os garotos começaram a ficar assustados. Quando Hana ficava irritada, ninguém podia contrariá-la.
Hana: Yamada-kun. Pare de querer bancar o bonzão. Nós podemos ser tão úteis quanto você. E o fato de seu pai ser um dos heróis, não muda isso! Pense em nós como uma equipe, e não como seus ajudantes!
Akira: Tudo bem!
Hana: Ken-kun, pare de querer bancar o vice-líder! Sabemos do seu desejo de superar Akira-san, mas não deve rebaixar o seu vocabulário! Postura sempre!
Kenichi: Entendido!
Hana: Ótimo! Alguém tem alguma dúvida?
Ninguém respondeu.
Hana: Então, vamos dormir! (gritando)
Agumon: Ela pode ser mais forte que meu amigo...
Plotmon: Poder feminino, meu caro. Poder feminino.
Nenhum deles disse mais nada. Todos foram descansar para o dia de amanhã. Mas no meio da madrugada...
Agumon: Amigo, por você tá acordado? (sonolento)
Akira: Agumon? Droga, você não deveria estar aqui. Volta pra lá!
Sem conseguir dormir, Akira levantou-se e dirigiu-se ao lago, mais próximo.
Akira: Como você quer que eu durma, com tanta coisa acontecendo?
???: E ficar se preocupando desse jeito, vai ajudá-lo?
Akira: Não, mas... Quê?! Mestre Jijimon!
Que surpresa. Akira encontrou-se com Jijimon, o qual não via, há semanas.
Akira: O que o senhor faz aqui?
Jijimon: Eu? Apenas passeando, e casualmente, acabei vindo parar aqui, com você?
Akira: Casualmente, é? Sei...
Agumon: Meu amigo está pensando na nossa luta de amanhã, e não consegue dormir.
Akira: Não tô nada! Eu só estou com insônia. É bobagem!
Jijimon: É normal se sentir assim, sabe? Com medo. Inseguro. Questionar sua própria capacidade...
Akira: O senhor fala como se soubesse. Não devia, pois já é um digimon mega.
Jijimon: Ser um mega, é apenas enfeite. Já não sou mais, o que era, há muito tempo...
Agumon: Está velho demais, para o tranco? Ai!
Jijimon bateu em Agumon, na cabeça.
Jijimon: Durante minha última batalha, fiquei gravemente ferido. Embora tenha sobrevivido, ganhei esta cicatriz.
Akira: Essa não!
A cicatriz era grande e profunda. Akira ficou horrorizado, com sua marca.
Jijimon: E depois deste belo presente, meu poder foi reduzido para menos da metade. Eu desapontei todos aqueles que tinham expectativas em mim.
Akira: Não pode ser! O senhor era forte! Eu o vi, quando lutou contra IceDevimon! O senhor protegeu à mim e aos meus amigos!
Jijimon: Não foi o bastante. Ele conseguiu me pegar, depois de tudo. Eu fui um inútil.
Agumon: Não é verdade!
Akira: O senhor que tem experiência de batalha, quase morreu em campo. Significa que meus amigos, e eu... Vamos todos...
Jijimon: Idiota!
Jijimon bateu na cabeça de Akira.
Akira: Por que o senhor sempre faz isso?
Jijimon: Nós o treinamos, justamente para que não pudessem fracassar.
Akira: Treinaram? Está falando do meu pai?
Jijimon: Isso. Seu pai já foi um bravo guerreiro deste mundo, e nunca perdeu a coragem de continuar lutando. Se ele o visse nessa situação, certamente, ele o repreenderia.
Akira: Como o senhor quer que eu não me assuste? Eu tenho medo de morrer! Eu tenho medo de não conseguir fazer nada! Eu tenho medo de perder meus amigos!
Akira socou o chão, com os olhos em lágrimas
Akira: No começo, eu achava que isto era só um jogo. E fiz muitas merdas, logo no começo.
Agumon: Não precisa ficar lembrando daquilo, amigo...
Akira: Precisa sim! Eu fui arrogante, e prepotente. Eu o destratei, e por minha culpa, você quase morreu. Sem falar no Ken, e na Maeda, que me ajudaram. Todos estão me ajudando! E não estou fazendo nada, para recompensar isso.
Akira continuava a despejar lágrimas. Agumon não sabia o que dizer.
Akira: Quando meu pai disse que Agumon poderia evoluir para Omegamon, fiquei muito feliz. Era a minha chance de fazer tudo certo, e trazer a vitória para todos nós. Mas aí veio o Karatenmon, e nos derrtou. E quase teríamos morrido, se não fosse o Masaru-senpai. Ele era muito forte, e então desejei ter o mesmo poder que ele. ShineGreymon era incrível, e a possibilidade obter o Modo Explosivo, também era demais. Mas o que estou dizendo? Eu nunca serei como eles! Só faço besteiras, e estou muito longe de ser um líder. Não vou negar que quero ser um herói, assim como eles, mas a distância é absurda! É impossível quebrá-la em pouco tempo!
Jijimon: Uma vez, um garoto qualquer, desejou superar seu mestre. Ele era meio retardado e meio agitado, mas não desistiu. Ele pegou emprestado os óculos do seu mestre, e partiu, dizendo que queria ser um super-astro.
Agumon: E o que aconteceu com ele?
Jijimon: Ele salvou o mundo todo.
Akira ficou fascinado com o que ouviu. Um garoto simples, se tornou um herói? Que fantástico!
Akira: Mas, mas, olha o que eu fiz.
Jijimon: Sim, eu vi o que fez. Você errou, mas corrigiu todos os erros. Pediu desculpas, e foi perdoado. Seus amigos, que passaram por dificuldades, você os auxiliou. Até o mais distante, acabou ficando perto de você.
Akira: Ken, Maeda... Ryota.
Jijimon: E o seu pai? Ele também viu do que você é capaz, não é?
Akira: Difícil de acreditar, que ele armou tudo aqui pra mim.
Jijimon: Não tenha mais dúvidas de quem você é, ou do que deve fazer. É um Digiescolhido. É o líder destas crianças. Cumpra o seu papel amanhã, e nos deixe satisfeitos, com sua performance.
Akira encheu-se de orgulho, e não ficou mais inseguro. O amanhã desconhecido; sentiu vontade de explorá-lo. As possibilidades se abriam. E a certeza de triunfar, tornou-se crescente.
Jijimon: Naquele dia, seu pai ia lhe entregar isso, e acabou esquecendo. Tome. Use com bravura.
Akira: Isso é...
Um par de óculos de aviador. Não eram os mesmos que Taichi usou. Mas sim, óculos feitos especialmente para Akira.
Akira: Eu adorei! Puxa vida, sempre foi o meu sonho!
Agumon: Amigo, deixa eu ver!
Agumon puxa a camisa de Akira, e o garoto dá as costas ao velhote.
Akira: Ficou bem em você, haha! O que acha mestre Jiji...
Quando olhou de novo, ele havia desaparecido.
Akira: Agora, eu não tenho mais medo!
Kenichi: Falando sozinho, maluco?
Hana: Yamada-kun, ainda é de madrugada! Por favor...
Akira: É claro! Um herói também precisa de descanso!
Não muito longe, Jijimon pegou uma asa-delta, e se jogou de um penhasco. Voou por toda a região quente, e desceu para ver uma velha amiga.
Babamon: Está atrasado, velhote!
Jijimon: Meu garoto deu muito trabalho. E o seu?
Babamon: Nem me fale. Ryota está muito inquieto. Ele quer achar Yuji, a qualquer custo.
Jijimon: Isso não é um problema. É bom ver, que le tem um motivo nobre para lutar.
Babamon: Eu sei que isso é bom. Mas eu temo que sua sede de poder, não o consuma por dentro.
Jijimon: O que quer dizer?
Babamon: Em breve, Ryota e Akira se encontrarão. E eu temo pela vida dos dois.
Jijimon: Está exagerando, minha velha. Vamos embora, nosso trabalho acabou.
Babamon: Também espero, que seja apenas fruto da minha imaginação.
Os caminhos de Akira, e Ryota logo se cruzariam. Mas por que, Babamon teme esse encontro?
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