Digimon Kizuna escrita por Black Hunter


Capítulo 32
Conselhos de quem entende




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Leviamon: Um bando de incompetentes! Eu estou cercado deles!

Mizuki: Não me compare à ralé. Eu sou muito superior.

Após saber da derrota de Astamon, Leviamon esbravejava sem parar. Os digiescolhidos estavam superando cada obstáculo, que ele colocava.

Leviamon: Você não fez nada, digno da sua posição aqui.

Mizuki: Eu estou sempre os vigiando. E quase dei conta deles, naquela vez.

Leviamon: Aqueles garotos são mais fortes do que eu pensava. Mesmo que seja uma resistência inútil, todo cuidado é pouco.

Leviamon admirava o altar dos sete ovos de Royal Knights.

Leviamon: Em breve, eles virão a este mundo. E renascerão como meus servos fiéis. Se de alguma maneira, os outros chegarem até aqui, tudo vai...

Mizuki: Por água abaixo? Você será derrotado?

Leviamon: Sua insolência é irritante. Acho, que você me subestima muito, garota...

Leviamon enrolou sua longa cauda, pelo corpo de Mizuki.

Tylinmon: Afaste-se dela!

Com apenas um golpe de sua cauda, Leviamon o arremessou para longe.

Mizuki: Tyllinmon!

Leviamon: Você acha que isso é um jogo, garota? Pois bem, isso não é um jogo. Acha que vou ser bonzinho com você? Entenda o seu lugar, aqui. Ou você acaba com eles, ou eu acabo com você!

Soltando sua cauda, Leviamon a liberta. Os batimentos de Mizuki, aumentam progressivamente.

Mizuki: Eles não vão chegar aqui! Jamais permitirei isso!

A garota visou Akira, e Ryota. Por que ela trabalhava para Leviamon? Por que tinha tanto desprezo pelos digiescolhidos? Ela era um verdadeiro enigma. Cabia aos outros, desvendar seus segredos, e trazê-la de volta, ao bom caminho.

Akira: Amanhã é o dia.

Agumon: Amigo, vem logo! Tá esfriando.

Depois do deserto, e depois da floresta tropical, Akira e seus amigos, chegam à uma região montanhosa, bem próxima ao Inferno Magmático. Faltava pouco para se encontrarem com o primeiro Kanzentai elementar, o usuário da terra e do fogo.

Kenichi: Você tá muito pensativo, hoje. Não esquenta.

Akira: Não esquenta? Isso é um trocadilho? Nós estamos numa região quente, então...

Hana: Yamada-kun, não seja bobo! Ele está dizendo para você não se preocupar, só isso.

Akira: Entendi. Bem, eu penso bastante. Estou analisando todas as situações e os cenários possíveis, para que haja o nosso sucesso na luta.

Todos olharam para ele. Akira corou.

Akira: E-Eu disse alguma coisa?

Kenichi: Não precisa assumir a responsabilidade sozinho.

Hana: Nós também estamos aqui, lembra?

Akira: Eu sei, mas...

Akira lembrou-se de Taichi, e Masaru. Os dois haviam depositado suas confianças, nele. De jeito nenhum, ele se daria ao luxo de fraquejar.

Hackmon: Por que está tão ansioso? Não percebe que estamos todos do mesmo lado?

Plotmon: Juntos, nós vamos conseguir!

Agumon: Amigão, a gente não tá sozinho. Por que você não come uma...

Akira: Eu sei, eu sei! Mas vocês têm que me entender! Eu sou o líder! Eu assumo a responsabilidade por todos, e preciso me tornar um adulto!

Kenichi: Por que isso de repente? Não quer decepcionar o papai, e o seu novo amigo? A gente tá te atrapalhando, é isso?!

Hana: Parem vocês dois!

Hana deu um grito, e os dois se calaram.

Hana: Quem der mais um pio, vai se ver comigo! Tão pensando que berimbau é gaita, é?

Os garotos começaram a ficar assustados. Quando Hana ficava irritada, ninguém podia contrariá-la.

Hana: Yamada-kun. Pare de querer bancar o bonzão. Nós podemos ser tão úteis quanto você. E o fato de seu pai ser um dos heróis, não muda isso! Pense em nós como uma equipe, e não como seus ajudantes!

Akira: Tudo bem!

Hana: Ken-kun, pare de querer bancar o vice-líder! Sabemos do seu desejo de superar Akira-san, mas não deve rebaixar o seu vocabulário! Postura sempre!

Kenichi: Entendido!

Hana: Ótimo! Alguém tem alguma dúvida?

Ninguém respondeu.

 Hana: Então, vamos dormir! (gritando)

Agumon: Ela pode ser mais forte que meu amigo...

Plotmon: Poder feminino, meu caro. Poder feminino.

Nenhum deles disse mais nada. Todos foram descansar para o dia de amanhã. Mas no meio da madrugada...

Agumon: Amigo, por você tá acordado? (sonolento)

Akira: Agumon? Droga, você não deveria estar aqui. Volta pra lá!

Sem conseguir dormir, Akira levantou-se e dirigiu-se ao lago, mais próximo.

Akira: Como você quer que eu durma, com tanta coisa acontecendo?

???: E ficar se preocupando desse jeito, vai ajudá-lo?

Akira: Não, mas... Quê?! Mestre Jijimon!

Que surpresa. Akira encontrou-se com Jijimon, o qual não via, há semanas.

Akira: O que o senhor faz aqui?

Jijimon: Eu? Apenas passeando, e casualmente, acabei vindo parar aqui, com você?

Akira: Casualmente, é? Sei...

Agumon: Meu amigo está pensando na nossa luta de amanhã, e não consegue dormir.

Akira: Não tô nada! Eu só estou com insônia. É bobagem!

Jijimon: É normal se sentir assim, sabe? Com medo. Inseguro. Questionar sua própria capacidade...

Akira: O senhor fala como se soubesse. Não devia, pois já é um digimon mega.

Jijimon: Ser um mega, é apenas enfeite. Já não sou mais, o que era, há muito tempo...

Agumon: Está velho demais, para o tranco? Ai!

Jijimon bateu em Agumon, na cabeça.

Jijimon: Durante minha última batalha, fiquei gravemente ferido. Embora tenha sobrevivido, ganhei esta cicatriz.

Akira: Essa não!

A cicatriz era grande e profunda. Akira ficou horrorizado, com sua marca.

Jijimon: E depois deste belo presente, meu poder foi reduzido para menos da metade. Eu desapontei todos aqueles que tinham expectativas em mim.

Akira: Não pode ser! O senhor era forte! Eu o vi, quando lutou contra IceDevimon! O senhor protegeu à mim e aos meus amigos!

Jijimon: Não foi o bastante. Ele conseguiu me pegar, depois de tudo. Eu fui um inútil.

Agumon: Não é verdade!

Akira: O senhor que tem experiência de batalha, quase morreu em campo. Significa que meus amigos, e eu... Vamos todos...

Jijimon: Idiota!

Jijimon bateu na cabeça de Akira.

Akira: Por que o senhor sempre faz isso?

Jijimon: Nós o treinamos, justamente para que não pudessem fracassar.

Akira: Treinaram? Está falando do meu pai?

Jijimon: Isso. Seu pai já foi um bravo guerreiro deste mundo, e nunca perdeu a coragem de continuar lutando. Se ele o visse nessa situação, certamente, ele o repreenderia.

Akira: Como o senhor quer que eu não me assuste? Eu tenho medo de morrer! Eu tenho medo de não conseguir fazer nada! Eu tenho medo de perder meus amigos!

Akira socou o chão, com os olhos em lágrimas

Akira: No começo, eu achava que isto era só um jogo. E fiz muitas merdas, logo no começo.

Agumon: Não precisa ficar lembrando daquilo, amigo...

Akira: Precisa sim! Eu fui arrogante, e prepotente. Eu o destratei, e por minha culpa, você quase morreu. Sem falar no Ken, e na Maeda, que me ajudaram. Todos estão me ajudando! E não estou fazendo nada, para recompensar isso.

Akira continuava a despejar lágrimas. Agumon não sabia o que dizer.

Akira: Quando meu pai disse que Agumon poderia evoluir para Omegamon, fiquei muito feliz. Era a minha chance de fazer tudo certo, e trazer a vitória para todos nós. Mas aí veio o Karatenmon, e nos derrtou. E quase teríamos morrido, se não fosse o Masaru-senpai. Ele era muito forte, e então desejei ter o mesmo poder que ele. ShineGreymon era incrível, e a possibilidade obter o Modo Explosivo, também era demais. Mas o que estou dizendo? Eu nunca serei como eles! Só faço besteiras, e estou muito longe de ser um líder. Não vou negar que quero ser um herói, assim como eles, mas a distância é absurda! É impossível quebrá-la em pouco tempo!

Jijimon: Uma vez, um garoto qualquer, desejou superar seu mestre. Ele era meio retardado e meio agitado, mas não desistiu. Ele pegou emprestado os óculos do seu mestre, e partiu, dizendo que queria ser um super-astro.

Agumon: E o que aconteceu com ele?

Jijimon: Ele salvou o mundo todo.

Akira ficou fascinado com o que ouviu. Um garoto simples, se tornou um herói? Que fantástico!

Akira: Mas, mas, olha o que eu fiz.

Jijimon: Sim, eu vi o que fez. Você errou, mas corrigiu todos os erros. Pediu desculpas, e foi perdoado. Seus amigos, que passaram por dificuldades, você os auxiliou. Até o mais distante, acabou ficando perto de você.

Akira: Ken, Maeda... Ryota.

Jijimon: E o seu pai? Ele também viu do que você é capaz, não é?

Akira: Difícil de acreditar, que ele armou tudo aqui pra mim.

Jijimon: Não tenha mais dúvidas de quem você é, ou do que deve fazer. É um Digiescolhido. É o líder destas crianças. Cumpra o seu papel amanhã, e nos deixe satisfeitos, com sua performance.

Akira encheu-se de orgulho, e não ficou mais inseguro. O amanhã desconhecido; sentiu vontade de explorá-lo. As possibilidades se abriam. E a certeza de triunfar, tornou-se crescente.

Jijimon: Naquele dia, seu pai ia lhe entregar isso, e acabou esquecendo. Tome. Use com bravura.

Akira: Isso é...

Um par de óculos de aviador. Não eram os mesmos que Taichi usou. Mas sim, óculos feitos especialmente para Akira.

Akira: Eu adorei! Puxa vida, sempre foi o meu sonho!

Agumon: Amigo, deixa eu ver!

Agumon puxa a camisa de Akira, e o garoto dá as costas ao velhote.

Akira: Ficou bem em você, haha! O que acha mestre Jiji...

Quando olhou de novo, ele havia desaparecido.

Akira: Agora, eu não tenho mais medo!

Kenichi: Falando sozinho, maluco?

Hana: Yamada-kun, ainda é de madrugada! Por favor...

Akira: É claro! Um herói também precisa de descanso!

Não muito longe, Jijimon pegou uma asa-delta, e se jogou de um penhasco. Voou por toda a região quente, e desceu para ver uma velha amiga.

Babamon: Está atrasado, velhote!

Jijimon: Meu garoto deu muito trabalho. E o seu?

Babamon: Nem me fale. Ryota está muito inquieto. Ele quer achar Yuji, a qualquer custo.

Jijimon: Isso não é um problema. É bom ver, que le tem um motivo nobre para lutar.

Babamon: Eu sei que isso é bom. Mas eu temo que sua sede de poder, não o consuma por dentro.

Jijimon: O que quer dizer?

Babamon: Em breve, Ryota e Akira se encontrarão. E eu temo pela vida dos dois.

Jijimon: Está exagerando, minha velha. Vamos embora, nosso trabalho acabou.

Babamon: Também espero, que seja apenas fruto da minha imaginação.

Os caminhos de Akira, e Ryota logo se cruzariam. Mas por que, Babamon teme esse encontro?


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