Elecmon: Mestre! Os digiescolhidos estão vindo para cá! O que vamos fazer?

Otosamon: Eu sei, e isso é ótimo. E da maneira, como planejei, devem ter se encontrado com aquela garota.

Otosamon aguardava pacientemente a chegada de Akira, e seus amigos, enquanto o pequeno servo, era só nervos.

Elecmon: Não temos mais nenhum dos nossos guardas. Eles entrarão, aqui, facilmente.

Otosamon: Engano, seu. Eu ainda tenho um trunfo. Entre, por favor.

???: Sim, mestre? O que deseja?

Elecmon: N-Não! Ele não! O senhor não pode estar...

Otosamon: Eu falo, sério. Fique lá fora, e guarde a entrada. Não deixe ninguém entrar.

???: Como quiser.

Quem seria o novo guarda do castelo? Seria forte o suficiente para deter, os escolhidos.

Akira: Vamos parar por aqui.

Agumon: Mas por quê, amigão? Eu ainda posso andar.

Akira: Não discuta, comigo! Apenas, me obedeça!

O sol estava prestes a se pôr. Akira decidiu que eles deveriam acampar, e continuar com a jornada até o castelo, no dia seguinte.

Kenichi: Tem certeza disso, Akira-san?

Hana: Ainda é cedo! Nós podemos...

Akira: NÃO!

Akira elevou sua voz, para os amigos. Percebendo o erro, que cometeu, acalmou-se.

Akira: Quero dizer, não. Vamos descansar, por hoje. Podemos continuar, pela manhã.

Kenichi: Está bem. Mas se tiver alguma coisa te perturbando...

Hana: Conta pra gente, tá? Somos um time!

Akira: Ok.

Anoiteceu. Fogueira foi acesa, e todos reuniram-se em volta. A mente de Akira, ainda estava instável. O menino não conseguia parar de pensar em Mizuki, e no seu estado, depois que lutou com Otosamon. Ele não queria, que tal coisa, acontecesse com os amigos.

Hana: Yamada-kun!

Akira: O quê?! O que foi?

Hackmon: Você não estava prestando atenção em nós.

Akira: Me desculpa. Eu só estou distraído.

Kenichi: Tem certeza, que é só isso?

Plotmon: Você não está nada bem!

Akira: Qual é o problema de vocês! Me deixem em paz, eu tô bem! Que saco!

Agumon: Amigão, me espera!

Akira voltou para dentro da floresta, junto com Agumon. Seus amigos, estavam preocupados.

Akira: Quem eles pensam que são? Acham que podem controlar a minha vida? Era só o que me faltava!

Agumon: Não fala assim, amigo!

Akira: Não me enche, droga!

Akira voltou-se contra Agumon, assustando o próprio parceiro. Ao ver o que fez, ele desabafou.

Akira: Me desculpa, tá? Eu não tô bem. Eu estou inseguro. Estou com medo! Eu sou o líder. Sou o responsável, por eles! Isso não estava nos meus planos. Eu só queria ser o herói, que salva todo mundo. Mas agora, tudo mudou. Eu não posso ser tão ousado, a ponto de expô-los, ao perigo. Se algo acontecer com eles, não vou me perdoar.

O vento soprava. Os galhos das árvores balançavam, e os vaga-lumes brilhavam.

Akira: Estar com eles. Estar perto deles, me faz sentir estranho. É uma sensação de bem-estar, e conforto. E eu não quero perder isso.

Agumon: Vai dar tudo certo, amigo. Vamos lutar juntos. Não precisa ter medo!

Agumon estendeu a mão. Akira sorriu.

Akira: Medo? Eu não tenho medo de...

???: Olá, como vão?

Akira: AAAAHHHH! Socorro, uma bruxa!

???: Ei, esperem!

Agumon: Deixa comigo! BABY FLAME!

???: Parem, por favor!

Minutos depois. O Digimon revelou-se. Era o Sorcerymon, que vagava pela floresta.

Akira: Me desculpe. Agumon, e eu, achamos que era um inimigo.

Sorcerymon: Todos costumam cometer esse engano. Afinal, com a aparência que tenho...

Agumon: O que estava fazendo por aí, a essa hora?

Sorcerymon: Estava apenas vagando, sem rumo, e casualmente, ouvi a voz de vocês.

Akira: ‘’Casualmente’’ é?

Sorcerymon: Perdão, o que disse?

Akira: Não, nada.

Sorcerymon: A propósito, vocês gostariam de jogar um jogo?

Akira: Jogo?

Agumon: Amigo, o que é um jogo?

Akira: É um tipo de passatempo.

Sorcerymon: Correto. É muito simples, vou lhes explicar.

Sorcerymon começou a se multiplicar, criando vários clones de si. Os mesmos, estavam cercando Akira, e Agumon.

Akira: Que brincadeira é essa? Não tô gostando!

Sorcerymon: Adivinhem, qual de meus clones, é o meu verdadeiro ‘’eu’’. Se acertarem, poderão ir embora.

Agumon: E se a gente errar?

Sorcerymon: Nesse caso, não viverão para contar a história!

Akira: Seu maldito! Você vai ver só!

Sorcerymon, mostrou sua verdadeira face. Um vilão. Akira e Agumon estavam encurralados, e indefesos.

Agumon: BABY FLAME!

A chama atravessou um dos clones falsos. Se continuasse, poderiam descobrir o verdadeiro.

Akira: É isso aí, Agumon! Desse jeito, vamos conseguir!

Sorcerymon: Sinto informar, que não será tão simples!

Agumon: AAAIIII!

Sorcerymon estava usando seus clones, para atacá-los, com fragmentos de gelo. Os ataques poderiam vir de todos os lugares. Além disso, o clone apagado pela chama, foi substituído.

Akira: Isso é sujeira!

Sorcerymon: Meu jogo! Minhas regras! CRYSTAL CLOUD!

Agumon: BABY FLAME!

Sorcerymon: CRYSTAL CLOUD!

Agumon: AAAHHHH!

Agumon destruiu um dos cristais, mas levou outro ataque, pelas costas.

Akira: Agumon, reaja! Você tá bem?

Sorcerymon: É inútil! Veja suas costas!

Akira: Não!

O fragmento havia perfurado as costas de Agumon. Seus dados começaram a ficar instáveis.

Akira: Por que você está fazendo isso com a gente?

Sorcerymon: Vocês mataram, o meu mestre. IceDevimon!

Akira: E o que você quer? Vingança? Isso é ridículo! Ele era do mal!

Sorcerymon: Quem são vocês, para julgarem isso? Vão se arrepender! BLIZZARD!

Sorcerymon invocou uma poderosa nevasca, deixando o lugar, coberto por neve. E Agumon, continuava sem forças.

Akira: Ei, reaja! Não me deixe na mão!

Sorcerymon: Com a minha nevasca, e os meus cristais, vocês são um alvo fácil!

Akira abraçou forte, o amigo. E fechou seus olhos. Não havia mais nada, que poderiam fazer.

???: AMBUSH CRUSH!!!

De repente, algo rápido como um raio, passou correndo. Sorcerymon, e sua nevasca, haviam desaparecido.

Agumon: Ami...gão?

Akira: Que bom, que você tá bem! Eu achei que...

Agumon: Olha lá.

Akira olhou para trás, e viu aquele que o salvou. Raptordramon, estava calmamente, destruindo os dados de Sorcerymon, com seus dentes.

Akira: Raptordramon! Isso significa que...

Ryota: Devia se envergonhar.

Akira: Ryota! Como foi que chegou aqui?

Ryota: Raptordramon, e eu, estávamos andando pela floresta. Então, ele sentiu uma presença hostil, e me levou até aqui. E infelizmente, presenciamos esta cena lamentável, que protagonizou. Francamente...

Ryota virou as costas para Akira.

Ryota: Vamos, Raptordramon!

Akira: Obrigado, Ryota!

Ryota: Não me entenda errado. Se você morresse, aqui, nós jamais teríamos a nossa luta.

O badboy foi embora. Kenichi, e Hana, chegaram no local.

Hana: Yamada-kun, você está bem?

Akira: Chegaram tarde demais...

Kenichi: Aquele era o Ryota? O que veio fazer aqui?

Akira: Vai saber...

Depois do susto, Akira conseguiu sorrir, aliviado. Seria possível? Formar um laço com aquele cara?