História 10 - ANJO escrita por Tsuruga Akira chan


Capítulo 16
Capítulo 16 - PLANO


Notas iniciais do capítulo

E mais um!

Enjoy, Minna-san!



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Já havia bastante tempo desde que o estado caótico de Hitsugaya havia começado. O globo, que antes circundava apenas o seu corpo, agora media um pouco mais do que 5m de raio e aumentava gradativamente à cada instante.

Uma abertura fora feita pela espada de Zaraki que estava banhada de reiatsu concentrada, criando um pequeno portal para o interior da barreira de vento que se fechou instantes após o ataque e revestiu todo o exterior com uma grossa camada de gelo tão resistente quanto translúcido, mas que não fora feita à tempo suficiente para impedir a entrada de uma garota com o vestido rosa-bebê manchado de sangue, além de rasgado e amarrado na altura das coxas.

Logo ao entrar, uma intensa rajada de ventos gélidos lançou a garota contra a gélida e sólida parede interna da esfera, fazendo-a colidir de forma bruta e grunhir de dor ao sentir todo o seu ar ser expulso à força de seus pulmões.

Determinada, apoiou-se sobre seus joelhos para levantar enquanto recuperava o máximo de fôlego que podia e analisava sua atual situação. Hitsugaya, ainda sem consciência do que fazia, se colocava em modo de ataque do outro lado da pequena arena que se tornara o interior do globo de gelo.

O ar tornava-se cada vez mais rarefeito e pesado, a pressão espiritual vinda do rapaz cada vez maior e mais densa, mas Karin podia sentir, conseguia sentir seu corpo absorvendo uma pequenina parcela de todas aquelas partículas espirituais que a rodeavam. A garota ocultara, mas apesar de possuir poder quincy, era o que ela menos tinha controle e o que mais lhe custava para usar.

— Ainda não é suficiente… - Murmurou para si mesma. A garota nunca lhe superestimava e sabia de suas debilidades e limites, sendo assim já tinha certa certeza de que precisaria tocar o rapaz para conseguir absorver o poder do hollow. Quanto menor a distância, mais poder conseguiria absorver, mas ainda tinha o fator de que não conseguia controlar a absorção, logo não podendo extrair apenas o poder do monstro. Karin teria que extrair também a reiatsu do grisalho, o que também era necessário já que o corpo do capitão estava à ponto de se autodestruir por não conseguir controlar toda a quantidade de poder que era liberada sem qualquer limitação. O caso era que a garota tão pouco suportaria conter toda aquela quantidade de poder espiritual em si e esse fora o ponto que preferiu não falar para Matsumoto. Karin não tinha controle sobre suas habilidades e estava arriscando sua vida, contudo, era o único risco que corria.

A batalha começava agora.

A morena começou seus ataques contra o capitão, desta vez, fazia uso de seus poderes de shinigami, os quais tornavam seu próprio corpo uma arma de ataque e defesa extremamente resistente. Hitsugaya dificultava sua luta com seus ataque de média e longa distância, como as rajadas de vento, as penas de gelo que mais pareciam arpões, o chicotear da calda de gelo e, claro, a própria armadura de gelo que tornava-se sua principal barreira.

Karin era arremessada pelos ventos que não conseguia desviar, vez ou outra era acertada de raspão por uma ou outra pena de gelo, a calda lhe chicoteada na primeira distração que tinha, mas a garota não se dava por vencida. Precisava vencer, precisava viver e salvar Toushirou. A cada queda, arremesso ou ferimento, a garota se levantava e pensava em alguma estratégia enquanto observava os ataques em busca de algum padrão ou aberturas. Durante tais ataques, vez ou outra conseguia encostar na pele ou nas roupas do rapaz, o que confirmou sua teoria sobre a absorção de reiatsu, porém, por acontecer por breves segundos, não fora uma quantidade considerável para enfraquecer ou mesmo ter acesso a reiatsu invasora, mas ao menos a morena conseguira identificar aonde esta estava escondida. Estava em meio à uma boa quantidade de poder, infiltrou-se e espalhou-se como uma espécie de veneno que é injetado por um animal peçonhento e se mistura com o sangue para matar de dentro para fora. Tempo demais...

Tempo demais havia se passado, boa parte do poder do capitão havia se infectado e foi durante tal análise que novamente a calda de gelo arremessou a morena para a parede do globo. A pancada foi forte e garota cuspiu um pouco de sangue. Seu corpo já estava bastante dolorido, arranhado, machucado; o cabelo já havia se soltado do acessório que se quebrara durante uma pancada qualquer; o vestido ganhava novos tons de vermelho proveniente dos cortes adquiridos pelos raspões de penas que foram desviadas e a respiração já havia se tornado difícil ha muito tempo.

Do lado de fora, alguns capitães e tenentes apenas podiam assistir o desfecho da história, outros estavam imensamente preocupados e tentavam pensar em qualquer coisa que pudesse ser feita para salvar os dois combatentes. Isshin, por outro lado, tentava se controlar ao mesmo tempo que tentava controlar seu filho mais velho, Ichigo, que finalmente havia despertado e se dado conta de que uma de suas irmãs mais novas, desamparada e bastante ferida, enfrentava o capitão descontrolado numa esfera de gelo inquebrável. O ruivo estacou confuso e surpreso repentinamente, pois Karin, após ser novamente atingida e arremessada pela cauda, sorrira confiante para o grisalho que lhe machucara. Um mau pressentimento lhe afligiu. Karin planejava algo.

— Achei! - Murmurou a morena estampando um sorriso satisfeito e determinado em seu rosto.

A luta já durava algum tempo, seu corpo, assim como o do rapaz - embora este não estivesse muito machucado -, não duraria muito tempo mais naquela luta parcialmente sem resultado. Parcialmente, pois, o grisalho não lutava conscientemente, logo era simples reflexo de proteção e Karin, embora lutasse por sua própria escolha, o fazia não na tentativa de vencê-lo - até porque ela não queria machucá-lo seriamente -, mas na possibilidade de conseguir se aproximar, localizar a reiatsu invasora e removê-la do mesmo. As duas primeiras etapas acabavam de ser concluídas, o que deixava a garota satisfeita, pois finalmente entraria no processo final de seu plano. Salvaria Toushirou definitivamente.

O tempo que o rapaz gastava com a morena no mundo real desde que se conheceram permitiu a ela que visse e conhecesse profundamente a forma de lutar do grisalho, pois querendo ou não, nenhum dia sequer que passaram algum tempo juntos deixou de atrair hollows e outros inimigos e assim, Hitsugaya lutava para eliminar as ameaças e proteger sua amiga. Graças a isso, a garota sabia bem que todo o tempo em que o rapaz lutara consigo no globo não passava de puro reflexo. Os ataques eram padrões e simples, não haviam estratégias ou análises por parte de seu adversário, o que dava à morena uma bela vantagem.

Agora, com tudo já arquitetado em sua mente, Karin usaria tal vantagem à seu favor. Seu último ataque.

Determinada e preparada, a morena iniciou seu plano.

Karin novamente estava de pé e acelerava em direção à Toushirou. A primeira defesa do grisalho se fez presente, a rajada de ventos, mas a garota desviou habilmente com o shumpo,pois já havia descoberto o percurso que a rajada sempre fazia, aparecendo mais à esquerda.

Percebendo instintivamente que seu suposto inimigo ainda seguia para si, o grisalho lançou o próximo ataque, chicoteando a calda de forma à dar-lhe uma pancada forte na lateral do corpo da garota e arremessa-la novamente para longe, mas ela não só conseguiu parar a calda, como também à usara como trampolim para pular na altura no jovem alado.

Sua estratégia estava quase no final. Agora receberia o último ataque, o qual seria a chave de seu plano. As penas de gelo.

Ao ainda detectar seu “inimigo”, as asas de gelo fecharam-se na frente do rapaz, liberando estacas de gelo pontiagudas desde o seu fechar, pois assim seu inimigo se afastaria para não ser atingido e o grisalho poderia iniciar seu ataque contra o mesmo. Sua tentativa falhou.

Ao abrir as asas novamente, a garota agarrara seus pulsos. As penas realmente haviam lhe acertado e ela ainda as tinha cravadas em seu corpo, mas não fora o suficiente. A garota continuou o ataque já sabendo que seria perfurada e essa era a oportunidade que ela esperava, pois ao fechar as asas, o rapaz perdia totalmente seu campo de visão e tornava-se vulnerável no instante em que as abria. A absorção começou imediatamente, e o grisalho finalmente pareceu entender que seu poder estava sendo sugado.

Repentinamente, as garras do braço rapaz se alongaram e congelaram os braços da garota a deixando pendurada à alguns centímetros do seu corpo, mas sem que pudesse encostar diretamente em si ainda. Karin não se dera por vencida, e balançou as pernas juntas para trás, para tomar impulso e acertar o estomago do capitão, o que lhe daria a chance de deixá-lo atordoado e continuar a absorção que ainda acontecia, porém de forma mais lenta comparado à quando lhe tocava. Hitsugaya não permitiu que acontecesse e enrolou a sua calda prendendo as pernas da garota. A morena estava de pernas e mãos atadas.

— Mas que droga, Toushirou! - Reclamou ela em alto e bom som. Estava cansada, machucada e não tinha mais tempo à perder. Embora soubesse que o rapaz não tinha consciência de nada que acontecia, a garota ainda pensava que como ele não podia se ajudar, poderia ao menos não atrapalhá-la. Ao menos era o que queria.

Aquela distância, os movimentos do capitão também estavam limitados, o que só lhe dava uma opção de ataque, congelá-la e era o que já podia sentir acontecendo à partir de seus pés. Karin, por outro lado, sabia que ainda possuía uma arma para continuar o seu plano e não hesitou em usá-la, porém, antes, usava toda sua concentração para conseguir usar o máximo de seu poder quincy. A garota abriu os olhos novamente e encarou o albino uma ultima vez antes de iniciar sua última aposta. Hitsugaya permanecia sem expressão. A adolescente deu um sorriso de canto conformado.


— "Quando acordar, lembre-se que a culpa é sua". - Disse ela em um aviso despreocupado.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! =D

Até o próximo capítulo!

Sayounara, Minna-san! o/



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