Make Your Choice escrita por Elvish Song, SraFantasma


Capítulo 14
Desejo


Notas iniciais do capítulo

Bem, aqui está o momento que estávamos esperando (desde o filme/musical O Fantasma da Ópera, cá entre nós, rsrsrs). TIrem as crianças da sala e boa leitura!



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A expressão de Erik mudou de carinhosa para atônita: ele ouvira mesmo o que ela dissera?

— O que disse? – perguntou, incrédulo.

— Disse que quero fazer amor com você. – respondeu ela, ruborizada, encarando-o com amor – confio em você, Erik, não tenho medo. Não de você, pelo menos... – ela baixou os olhos, tímida – ah, me desculpe... Eu não devia... – mas o Fantasma ergueu seu rosto, e nos olhos dele havia uma mistura inebriante amor, carinho e... Desejo.

— Você... Quer mesmo... Fazer amor comigo? Mesmo... – ele não iria mencionar os fatos ocorridos com a moça, mas não podia desconsiderá-los. – Christine, você não precisa...

— Eu não preciso, Erik: eu quero. Quero saber como é ser tocada por alguém a quem se ama, e por vontade própria. Quero sentir seu corpo, seu calor, seu toque... – ela mordeu os lábios – sei que vou ficar um pouco assustada, mas o que mais quero é estar com você, de verdade. Raoul me tomou muitas coisas, mas não vou deixar que me tome a felicidade de ser sua mulher, em todos os sentidos. – ela disse aquilo de um fôlego só, pois não teria coragem de dizê-lo de outro modo. Aquelas palavras falaram profundamente ao coração de Erik, que se enterneceu: o que Christine acabara de dizer fora que queria estar com ele para toda uma vida! Que confiava nele para ensinar a ela sobre o prazer, em vez da dor... E aquela confiança tão cega, tão pura, o encheu de inominável alegria!

Fazendo o possível para se controlar, mas incapaz de reter o tornado de maravilhosas emoções dentro de si, ele beijou Christine apaixonadamente! Ela retribuiu, entregue, abandonada, disposta a confiar completamente naquele homem, sabendo que ele jamais a machucaria. Poderia parecer insano entregar-se assim a alguém que já cometera as loucuras dele, mas ela se lembrava bem como, mesmo em seus momentos de maior fúria, Erik JAMAIS erguera a mão contra ela, e sabia que machuca-la seria a última coisa que ele faria na vida. Ele a amava. E agora, mais madura e conhecedora da vida, compreendia que também o amava... Que sempre o amara. E por isso já não queria mais esperar: por que deveria, afinal, sofrer eternamente pelas dores do passado, impedindo-se de ter um presente e um futuro com seu Anjo? Não era como se ela pensasse que seria fácil: estava com medo, as lembranças de dor eram vívidas, mas não poderia fugir disso para sempre. Queria estar com Erik. Precisava estar com ele, assim como sabia que ele ansiava desesperadamente pelo dia em que se uniriam como homem e mulher. Então, que fosse naquele dia, naquela hora.

O beijo se tornou mais intenso, mais agressivo, ela o agarrou pelos ombros e, de repente, ele entrou na banheira, de roupas e tudo, colocando-se sobre ela e beijando-a avidamente. O movimento brusco a assustou, e instintivamente ela deu um tapa em seu Anjo. Ele se afastou um pouco, surpreso, e ela se desmanchou em desculpas:

— Anjo, perdoe-me, eu...

— Não diga nada. – cortou ele, voltando a beijá-la, agarrando-a pela cintura e colocando-se entre as pernas dela, que o envolviam pela cintura.

Christine estava extremamente assustada com aquilo, mas extremamente excitada: o beijo de seu Fantasma era acompanhado pelo atrito entre seus corpos, separados apenas pelas roupas dele, enquanto as mãos grandes e fortes apertavam suas pernas, sua cintura, deslizavam por suas costas...

— Erik... – suspirou ela, mas no momento seguinte esqueceu o que ia dizer, pois ele começou a beijar seu colo, seus seios, tocando-os, apertando-os de leve, a outra mão segurando-a pela cintura, mantendo-a no lugar, e isso a excitava, arrastava-a para um turbilhão de sensações que espantava todo e qualquer pensamento. Sem sequer perceber que o fazia, ela abriu a camisa de seu Anjo, deixando-o de torso nu. Seus dedos encontraram a carne nua e rija das costas do Anjo, sentindo as cicatrizes que ali havia, e o calor que emanava dele aumentou o desejo dela.

Erik também estava tomado por intenso desejo: tantas vezes imaginara aquele momento... Tantas vezes sonhara com Christine e ele, juntos, do modo como estavam prestes a ficar... Todo o seu corpo ardia. Ele estava queimando de desejo: sua boca ansiava pela dela como um homem no deserto anseia pela água. Sua pele ardia em chamas que só o toque do corpo macio podia aliviar. Era uma ansiedade, uma necessidade, uma dor intensa que ao mesmo tempo o deleitava! Ficando de joelhos, puxou-a para seu colo, e o movimento fez com que a jovem sentisse a ereção potente entre suas coxas. Aquilo, porém, foi mais do que ela conseguia suportar, e ela praticamente deu um salto para trás, implorando:

— Não, por favor! – ela tremia, de medo e de desejo, e agarrou-se à borda da banheira, virando-se de costas para Erik, tentando esconder as lágrimas. Mas ele a conhecia bem, e sentiu-se um monstro por ter-se deixado dominar daquele modo pelo desejo. Oras, não importavam as chamas que o queimavam, pois suas chamas eram de desejo. Como ele pudera se deixar agir como um animal, e assustar sua adorada Christine, que ardera nas próprias chamas do inferno?

Meneando a cabeça, ele se aproximou dela e pousou as mãos em seus ombros; ela não o fitou, para não revelar as lágrimas que tentavam cair, mas sua voz soou embargada ao dizer:

— Desculpe-me... Eu ... Não consigo ir tão rápido... Perdoe-me...

— Sem culpas, meu amor... Lembra-se do que prometi? – ele sussurrou aquilo rente à nuca dela, intercalando as palavras com pequenos beijos e mordidas leves – Em seu ritmo. – O braço dele a circundou pela cintura, e ele se sentou no fundo da banheira, puxando-a consigo. A mão livre acariciava o rosto dela, e devagar ele subiu ambas as mãos até os ombros delicados, massageando-os, sentindo-a relaxar em suas mãos – Assim: sem medo. – Aquilo era torturante; ele a sentia tão perto, e mesmo assim, não era perto  bastante. Ante os arquejos de prazer dela, com os beijos em seus ombros e pescoço, ele deslizou os dedos pelos braços macios, indo até o ventre, subindo por seu corpo até capturar os seios redondos, sentindo-os enrijecer ao toque. Um suspiro de prazer e surpresa escapou aos lábios da menina, ante a sensação nova que a tomava. Aos poucos, as chamas se reacendiam...

— Eu te amo, Erik Destler – sussurrou ela, deitando a cabeça no ombro forte. Delicadamente, começou a acariciar o rosto do homem, mas quando tentou se virar, ele a manteve no lugar:

— Deixe-me terminar de banhá-la, senhorita. – e assim dizendo, continuou percorrendo as mãos pelo corpo esguio, descobrindo com prazer cada curva, cada detalhe, sentindo o calor, a rigidez e maciez simultâneas do corpo de uma bailarina, o perfume de rosas que ela exalava. Christine se desmanchava nas mãos dele, sentia-se derreter, como se blocos de gelo dentro dela fossem extintos pelo calor dele. Erik era todo força e paixão, mas uma força sutil, não um poder bruto, como o da maioria dos homens, mas um poder sedutor, hipnótico, uma força irresistível que envolvia e dominava a pessoa, hipnotizando-a, rendendo-a. E essa mesma força, agora, espantava os medos de Christine, enquanto ele a envolvia em seu fogo interno.

As mãos dele outra vez deslizavam por suas pernas, indo para o lado interno das coxas; ela gemeu e mordeu o lábio, arqueando-se numa ansiedade que não compreendia bem. À medida que os dedos dele se aproximavam de sua intimidade, ela arfava e sentia aquela urgência aumentar, seu coração acelerando... Ela se contorceu, mas ele a manteve no lugar com um braço ao redor de sua cintura, subindo as carícias, então, para o ponto mais delicado do corpo feminino. Ela deixou escapar um grito abafado de surpresa e prazer ao ser tocada de forma tão íntima, e suas mãos agarraram o antebraço de Erik, ao redor de sua cintura. Os dedos dele brincavam em seu centro de prazer, e ela só conseguia gemer e se retorcer de tanto deleite, experimentando aquelas carícias inusitadas e despudoradamente invasivas.

— Erik... O que é...? – Ele sorriu ante a inocência dela, e sussurrou, ainda prendendo-a firmemente com o braço, continuando a dar-lhe prazer:

— Isso é o prazer, Christine. Não lute apenas sinta. Renda-se. – e como ela poderia fazer diferente? Seu corpo já não lhe pertencia, enquanto seu Anjo (ou seria seu demônio?) acendia dentro dela a chama da luxúria! Céus, aquilo certamente era um pecado! Mas a tal loucura ele a levava com tudo isso, que ela não se importava. Queria mergulhar naquelas brasas, desceria ao inferno, então, desde que fosse com Erik! Sua mente não conseguia formar pensamentos coerentes, e de repente sentiu como se seu corpo estivesse prestes a explodir: espasmos intensos a agitaram e gemidos altos, incontroláveis, escaparam de sua garganta. Seu sangue fervia nas veias, e seus sentidos se nublaram e enevoaram: havia apenas aquele deleite indescritível, que a levou ao paraíso e ao inferno, antes que ela retornasse a si, ofegante e trêmula com a experiência completamente nova.

— Anjo – ofegou ela, virando-se para Erik. Ele sorriu e tomou-lhe os lábios, invadindo a boca delicada com a língua, um beijo intenso, mas gentil, que parecia dizer “estou aqui, e você é minha mulher”. Um beijo que os conectava, que os ligava de um modo íntimo e único. De repente, ela se viu erguida nos braços de Erik, o qual a tirou da banheira, sentando-a na cadeira e secando seu corpo. Ela pensou em protestar, mas os olhos azuis dele a silenciaram: era como se cada gesto fosse parte de um ritual – um ritual que visava enlouquece-la de desejo, talvez? – e ele se recusava a abrir mão de qualquer parte que fosse.

Com ela já seca e sorrindo para ele, Erik passou os braços por sob as pernas e as costas de Christine, e a carregou até a cama; o quarto estava na penumbra, com as cortinas fechadas, criando um ambiente acolhedor. Ele a acomodou entre os lençóis, delicadamente, sem tirar os olhos dos dela. A jovem se sentou e, olhando para seu amado, acariciou o abdômen rijo e coberto de uma fina penugem negra; criando coragem, deslizou a mão pela barriga firme, até alcançar o cós da calça; devagar, sem querer parecer atrevida demais, abriu as calças dele, que as deixou cair junto com as roupas de baixo, ficando nu diante dela. A garota corou ao vê-lo despido – nunca vira um homem nu, pois nem mesmo Raoul se havia despido diante dela – e, um pouco constrangida, desviou o olhar.

Vendo o embaraço dela, o Anjo deu um breve sorriso e curvou-se, beijando Christine, acariciando seu rosto para deixa-la mais confortável; ela relaxou e deixou-se deitar na cama, estremecendo de leve quando o corpo de seu Fantasma cobriu o seu. Ver Erik despido a deixara um pouco nervosa... Especialmente algo pouco abaixo do ventre, que a deixava bastante apreensiva quanto ao que fariam. Ele era... Grande... Certamente não seria indolor, para ela...

— Com medo? – perguntou o músico, fazendo-a corar mais ainda. Engasgando, a moça tentou negar, mas ele insistiu – O que foi?

— Bem, é que... Eu... – ela virou o rosto, sentindo as faces queimarem – nunca tinha visto um homem nu, e... Estou com medo de que seu corpo me machuque. – Isso fez Erik se conter para não rir, mas um sorriso escapou quando ele começou a beijá-la novamente:

— Não tenha medo. Esta noite é sua, e não sentirá nada além do mais avassalador prazer, meu pequeno Anjo. – As mãos dele voltaram a percorrer o corpo da menina, que se arrepiou de prazer, esquecendo-se do receio de momentos antes. Perdida em sensações maravilhosas, ela retribuía ao toque dele com beijos, carícias, palavras sussurradas ao ouvido... Correu as mãos pelo peito dele, sentindo-lhe a força... Seguiu para os ombros, as costas, arranhando de leve. Isso arrancou alguns gemidinhos desesperados de Erik, que entrelaçou os dedos aos da soprano e segurou as mãos dela contra a cama, sussurrando então:

— Se continuar com isso, não vou conseguir me controlar, meu amor. – Ele se deitou sobre ela, deixando parte de seu peso apoiado nos cotovelos, o peito comprimindo os seios da moça, que arfava. Ela ergueu a cabeça para mais um beijo, sentindo todo o seu corpo ardendo em chamas invisíveis, uma sensação estranha se formando em seu ventre, uma necessidade de... Ela não sabia de quê, mas era urgente, intensa, feroz...

— Erik, eu preciso de você – implorou ela. Isso trouxe uma doce surpresa ao rosto do Anjo, mas ele não estava disposto a terminar tudo tão depressa. Ia leva-la ao céu e ao inferno muitas vezes, antes de dar a ela o que a jovem queria. Com expressão quase maliciosa, mas permeada de admiração e desejo, ele começou a beijar todo o corpo perfeito da moça, detendo-se em cada ponto sensível, em cada curva, em cada detalhe, cobrindo-a com beijos ora suaves, ora intensos. Foi descendo, passando pelos seios, pela barriga lisa, deu leves mordidas na cintura fina, e cada ato dele arrancava gemidos e suspiros dela. Quando Erik desceu mais, e afastou suas coxas, ela se sentou abruptamente, extremamente envergonhada – o que está fazendo?

— Confie em mim – sussurrou ele, num tom tão sedutor que era impossível resistir. Ela se deixou deitar outra vez, e Erik a fez segurar a cabeceira da cama, ordenando – não solte.

— Não vou. – disse ela, embora tremesse de expectativa e constrangimento. O que ele ia fazer?

O músico afastou suavemente as pernas da garota, que tremia de excitação e ansiedade; começou acariciando e beijando a parte interna das coxas firmes, o que provocou gritinhos da parte dela: um estranho formigamento subia por suas pernas e ia até abaixo da cintura, fazendo-a querer implorar por algo que não sabia o que era. Porém, quando sentiu a boca do Anjo no cerne de sua feminilidade, todo o seu corpo foi agitado por um violento choque, e ela mordeu os lábios para abafar os gritos que tentavam sair de sua garganta. As, céus, O QUE ERA AQUILO? Que carícias intimas e – ela tinha certeza – pecaminosas eram aquelas, que arrancavam totalmente sua lucidez e dissipavam qualquer vontade ou força de resistir?! Tudo o que conseguia era agarrar-se à cabeceira com toda a sua força, enquanto ele continuava a explorá-la naquele beijo íntimo.

Lágrimas de prazer turvaram a visão da moça quando, como uma onda avassaladora, seu pequeno corpo foi agitado por outro clímax intenso! Por alguns segundos não teria sido capaz de dizer sequer o próprio nome, mas quando voltou a si, Erik estava sobre ela novamente. Seu olhar era triunfante, mas gentil, e a menina não pôde deixar de sussurrar:

— Don Juan...

— Sim – concordou ele, quase ronronando aos ouvidos dela – Sou seu Don Juan, minha Christine. – ele a tocou gentilmente entre as coxas, sentindo-a úmida e pronta, e isso quase o enlouqueceu de desejo – está pronta?

Ela anuiu, cheia de desejo demais para conseguir ter medo, e abraçou seu amado; sentiu o corpo forte posicionando-se sobre o seu, e o membro rijo contra sua feminilidade. Por alguns instantes, as lembranças de dor a assaltaram, mas no momento seguinte, a sensação do corpo dele penetrando o seu invadiu-a com tamanho prazer, que o passado não era mais sequer uma lembrança. Não houve dor, não houve medo, apenas prazer, entrega, aquela união íntima, intensa, perfeita! E quando ele começou a se moer sobre ela, Christine o acompanhou, encontrando juntos uma cadência própria que os conduzia mais e mais pelas trilhas do prazer! Era perfeito, e mais que perfeito: era o dueto de suas vidas, o ápice nunca encenado de Don Juan Triumphant! Seus corpos se moviam ao ritmo da música que apenas eles dois podiam ouvir, seus gemidos, suspiros e sussurros eram o contracanto da mais bela ária de amor. Se havia ou houvera, algum dia, um mundo lá fora, uma vida além dos lençóis rubros que os envolviam – fogo e sangue que reproduziam as labaredas dentro de ambos – já não importava. Pois ali, juntos, finalmente pertencendo um ao outro, estavam finalmente no lugar ao qual pertenciam: estavam em seu lar, no coração um do outro.


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Notas finais do capítulo

Então, meninas... Sra Fantasma? Sra Fantasma? Gente, ela tá meio fora do ar com o cap, mas nem vou julgá-la, rsrsrsrs. Só esperamos que tenham gostado, e que deixem seus comentários falando o que sentiram, pensaram, ok?
kisses!



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