Rebeldes Sem Causa: Nova Geração escrita por autorasantiis


Capítulo 46
Country house




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/695905/chapter/46

Skyler Rinaldi

Caminho pelo jardim e me sento dispersa, nem notando o outro se aproximar e sentar atrás de mim. Me fazendo fechar os olhos e me escorar nele, posso estar brava, mas eu amo a forma como a gente se combina tão bem.

— Desculpe – murmuro, sem deixar de demonstrar minha frustração.

— Você não está bem, eu entendo, eu... eu também tenho uma boa parte da culpa – ele apoia o queixo no meu ombro, depois de deixar um beijo.

Levo a mão até sua bochecha e aliso como posso, o fazendo suspirar audivelmente.

— Não entendo porque a Kayla está tentando derrubar a KKT, e não entendo o porquê te usar para me atingir – suspiro frustrada e deixo um gemido doloroso sair, é como se me corpo inteiro fosse apenas cansaço, físico, mental, emocional.

— Vai dar tudo certo, eu prometo – ele beija meu pescoço e eu fecho os olhos, sentindo a caricia que ele deixava por meus braços com suas mãos.

Nós nos mantivemos em silêncio, até ele rir e eu olhar minimamente para ele, com o cenho franzido.

— O que foi? – pergunto confusa e ele contém o sorriso, falhando miseravelmente.

— Desculpe, o momento não é o propicio, mas... eu to com saudade – ele diz acanhado e eu lhe dou um beijinho no nariz – posso me aproveitar de você só um pouquinho? – ele sussurra algo no meu ouvido, me fazendo rir e assentir.

[...]

Acordo com alguém me sacodindo, me fazendo abrir os olhos confusa.

— O que é agora Ly? – resmungo chateada.

— Temos um problema – ela sussurra e eu olho para o lado, para onde ela havia desviado o olhar e assim que o sigo, vejo o Jack adormecido, deitado de bruços, com as costas nuas e apenas o cobertor cobrindo sua parte inferior.

— Se for mais uma das meninas da Lambda, apenas deixa pra lá – me viro para ela e pendo a cabeça de lado.

— Elas pintaram nossa calçada, nosso gramado está rosa, coberto de penas formando nossa sigla.

Esfrego as têmporas cansada e assinto.

— Desço em um minuto – murmuro e ela entende o que eu quis dizer, logo deixando o quarto.

Olho para o Jack e apenas tomo cuidado ao me levantar, calço minhas pantufas, ponho um robe de seda por cima do baby-doll e desço.

— O que nós faremos? – Vanessa pergunta assim que chego na sala.

— Vamos lavar o gramado e limpar a calçada – digo simples.

— Nós vamos revidar, não vamos? – Julie pergunta incrédula, era a primeira vez que eu deixava alguém aprontar tanto com a KKT, sem revidar.

Penso um instante, eu realmente não queria tomar atitude alguma quanto aquilo, mas elas esperavam por isso, porque no fundo, elas estão tão revoltadas quanto eu.

— Lydia – chamo e ela me olha interessada – deixa a caixa pronta.

Ela sorri travessa e assente, saindo com três garotas ao seu lado.

— Elas estão provocando demais, temos que fazer algo – Ariela fala e eu assinto concordando com ela.

— Guarde um truque na manga, antes de começar a brigar com o inimigo – dou de ombros – comecem a limpar, eu volto já.

Volto para o meu quarto e me deito atrás do moreno, deixando um beijo no meio de suas costas e recebendo um resmungo fofo.

— O que houve que lhe tirou da cama enquanto seu namorado está seminu só para você? – ele pergunta com a voz rouca e eu rio incrédula, esse garoto as vezes tem um ego muito cheio.

— Nada que deva a importância – digo deixando mais beijos em suas costas, fazendo os pelinhos dele se arrepiar.

— Assim vou querer uma rapidinha antes de ir para casa – ele diz se virando para mim e me segurando em seus braços – porque a KKT ainda não revidou?

— Eu não queria sujar minhas mãos com a Kayla, ela não vale o esforço – digo fazendo uma careta – mas acho que já passou dos limites.

— Eu acho que vocês deveriam se livrar delas logo.

— Porque tanta presa? – o olho de baixo e ele semicerra os olhos – ah, aquilo – reviro os olhos e ele suspira frustrado. Ficamos um tempo em silencio, até ele se remexer e gemer inconsciente, me fazendo rir – está tão necessitado assim?

— Só com desejo – ele me beija, foi um beijo breve, mas que logo ele pediu passagem com a língua, e eu apenas cedi – se você não quiser, a gente não precisa fazer.

— Eu sempre quero – volto a beija-lo, dessa vez com presa.

 

Cameron Albuquerque

— Estamos quase chegando – Jack fala do banco do motorista e sinto a Lydia se remexer incomodada.

— Ainda bem, não aguentava mais – Kayla fala do banco de trás.

Decidimos que seria uma ótima ideia viajar de van para todos irmos e voltarmos juntos. Jack estava no volante, a Sky no carona, em silencio como eu nunca vi. Eu, Lydia, Christian e Clover ficamos atrás deles e Hayes, Madison e Kayla no fundo. As meninas ficaram em silencio e Hayes deu um muxoxo.

— Eu agradeço se não transarem ao meu lado – Madison murmura com nojo e todos nós nos viramos para olhar o casal ao fundo, exceto o Jack, que apenas deu uma olhada pelo retrovisor e negou.

— Isso é inveja porque vai ficar sozinha? – Kayla pergunta com escarnio.

— Não, é que eu não quero ficar traumatizada tão cedo com essa sua bunda flácida sacodindo – Madison fala com mais nojo, arrancando risada de todos nós, que logo voltamos a prestar atenção na estrada.

Kayla saiu do colo do Hayes e se sentou em seu assento, nos permitindo passar o resto da viagem calados.

[...]

Descarregamos nossas malas e admiramos a casa de campo dos Colucci, era simplesmente linda, um chalé muito bem organizado no meio de uma reserva florestal. Havia outras casas afastadas, e um lindo lago onde era permitido nadar.

— Lembra de quando vínhamos aqui quando crianças e nos escondíamos no porão? – pergunto nostálgico.

— Melhor não entrar lá, ou vai ficar lá mesmo quando começar a gritar – Lydia ri e entra atrás das amigas que também riam.

— Foi só uma vez – resmungo indo atrás delas, que riram mais alto.

— Como vamos dividir os quartos? – Chris pergunta, assim que chega na sala, com o Jack ao seu lado.

— Casais? – pergunto incerto.

— Nós vamos ficar juntas – Clover fala, indicando ela e as amigas.

— Não precisam ficar comigo – Mad faz uma careta e rimos.

— De jeito nenhum – Skyler resmunga – o Jack ronca.

— Ronco nada – o moreno se defende e a namorada dele faz um sinal de silencio, fazendo o mesmo fazer um bico.

— Eu me recuso a dormir no mesmo quarto que o Christian – resmungo – nem morto.

— Elas podem ficar juntas, nós cada um em um quarto – sugiro e os que participavam da conversa assentem.

— Eu vou dormir com o Hayes – Kayla se gruda no meu irmão que revira os olhos, me fazendo quase rosnar, porque o Hayes ainda insiste nisso.

— Vamos levar as malas – eu pego a minha e a da Lydia para deixar no andar de cima.

[...]

— Toc, toc – a loira fala sorridente e eu aceno para que ela entre – vamos todos para o lago.

— Vamos? – pergunto confuso.

— Vamos – ela faz um biquinho fofo e se joga na minha cama – ou podemos ficar aqui e fazer algo mais divertido.

— Olha que eu acabo ficando mesmo – apoio os braços na ponta da cama e a encaro, ouvindo ela murmurar um “pervertido” e me empurrar de volta para minha mala.

— Dorme comigo hoje – faço manha e ela franze o nariz fofa.

— Não quero deixa a Mad sozinha – dá de ombros e eu assinto – temos até quarta, eu prometo que teremos nossas noites – ela pula nas minhas costas, enlaçando a perna no meu quadril, enquanto eu encarava o guarda-roupa quase todo arrumado – te vejo em dez minutos?

— Sim – assinto e ela deixa um beijo no meu ombro, logo saindo correndo.

[...]

Ouço a buzina na porta de casa, antes de sairmos, e logo sete garotas e um garoto invade o chalé, muito animados.

— Crystal? – Jack franze o cenho e abraça a irmã animado.

— Achei que viriam amanhã – Lydia diz animada, abraçando as amigas.

— Me disseram que precisavam de reforço – uma loira de cabelos curtos fala sugestiva – Cam.

— Oi Angel – sorrio e ela me deixa um beijo na bochecha.

— Sinto cheiro de vadia gostosa – Skyler grita da escada, atraindo a atenção da irmã, Angel sorri e passa a mão no corpo, dando uma tapa na bunda.

— E eu sinto cheiro de quatro gostosas e uma vagabunda falsificada – Angel grita e eu vejo o Jack negar e esfregar as têmporas, não era novidade que sua cunhada é um terror.

Elas riem e se abraçam forte, começando um falatório sem fim.

— Muito sufoco? – pergunto para o Louis que parecia aliviado por ver homens.

— Você não tem noção – ele ri e sai em direção ao Christian.

— Camy – ouço chamarem e a Bruna estende um sorriso brilhante, me abraçando forte e sendo retribuída – sempre um prazer lhe ver.

— Que bom que veio Bruninha – lhe dou um beijo na testa e ela sai para algum outro lugar.

— Para onde foi a Panda? – Stacy grita no meio da casa.

— Na cozinha com a Sky, Angel e Mad.

— Hayes – Bruna grita ao ver o mesmo aparecer na sala com a namorada.

Bruna sem se importar pula nos braços dele e deixa um monte de beijo em seu rosto, o fazendo rir.

— Quem é essa? – Kayla pergunta, petulante como sempre.

— Kayla – Hayes fala meio sem graça, enquanto a Bruna olhava a loira de cima a baixo – essa é minha quase prima, Bruna.

— É um prazer – Bruna diz, mas Kayla não responde, apenas revira os olhos e empina o nariz.

— Alguém aqui vai precisar de uma aula de bons modos – Clara surge com a Kiara ao seu lado.

— Peguem leve – Clover diz em um quase sussurro – nós entramos na fila antes.

— Não deveria ser “peguem leve, ela é namorada do Hayes?” — sugiro.

— Ninguém liga – Kiara dá de ombros – o esquadrão das bad bitches chegou – Kiara olha Kayla de cima a baixo – sugiro que saiba onde definitivamente é o seu lugar.

Kayla quase rosnou, mas não o fez. As meninas não estavam ali para brincadeiras. Kayla tinha suas irmãs Lambda’s na universidade, mas aqui, era o território das rebeldes e se ela não dançasse conforme a música manda, bem, ela teria muitos problemas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rebeldes Sem Causa: Nova Geração" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.