Meu querido diário escrita por JéChaud


Capítulo 26
Sob a luz da Lua


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, como estão?!!! Meu niver tá chegando, e eu amoooooo aniversários *-* ♥ ♥ ♥
Aqui vai mais um capítulo cheinho de amor direto do forno para vocês ♥ ♥ ♥
Vocês são incríveis *-* ♥ Muito obrigada pelos comentários, favoritos, pelo carinho ♥ ♥ ♥
Espero que gostem :)



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— Tira ele daqui, por favor – Pedi de cabeça baixa, meu coração queria sair do peito e a vontade que eu tinha era de descontar toda raiva presente.

— Não preciso que me tirem daqui não, eu saio sozinho - Titi me olhou de cara fechada mais uma vez, e foi embora chutando uma cadeira para longe.

— Que foi? Nunca viram não? – Perguntei para as pessoas que ainda olhavam um tanto quanto assustadas. Cascão ia pronunciar alguma coisa, mas não deixei, limpei um pouco de sangue que saiu do local onde recebi o murro, e caminhei nervoso para o carro.

—-

Minha cabeça estava a mil por hora e a única coisa que eu conseguia pensar era em o quanto tinha sido enganado. Somente naquela hora começou a fazer sentido tudo que vinha acontecendo, ela esconder nome, família, redes sociais, e nunca me deixar levá-la em casa. Ela sabia de tudo desde o começo.

Entrei no carro, tranquei as portas e encostei a cabeça no volante, forcei a mente para lembrar quantas vezes já tinha visto a irmã do Titi e na minha memória só passaram relances dela de perfil, nunca tinha conversado, nem a visto de frente. Lembrei de repente de uma noite na casa dele quando ela chegou pela porta, e parando para pensar, agora que eu sabia de tudo, realmente era a Monica.

A cada minuto que passava minha raiva ficava pior e só de pensar que em todas as vezes que estávamos na casa do Titi, ela se escondeu de mim, já me tirava do sério.

Olhei meu reflexo no retrovisor e limpei com a blusa o sangue que escorreu do meu nariz, ele ainda estava dolorido mas nada comparado a dor no peito que eu sentia.

Abri o porta luvas do carro e tirei uma caixinha de lá decidido, olhei friamente para ela e a coloquei no bolso, dei um murro no volante, e tornei a dirigir um tanto quanto nervoso.

—-

POV Monica

Demorei um pouco mais do que o normal para acreditar no que tinha acontecido, saber que ele também sentia minha falta deixava a situação um pouco mais fácil, tornei a sentar-me na mesa onde antes estava e me permiti fechar os olhos por alguns segundos imaginando como seria aquele beijo que não aconteceu. Viajei por entre as lembranças e um arrepio frio tomou conta do meu corpo.

Resolvi ligar para a Magali, meu animo tinha aumentado um pouco e a possibilidade dele sumir de vez, de repente não fazia mais sentido. Eu tinha visto o jeito que ele me olhava, ele ainda me amava eu tinha certeza disso agora.

— Oi Mo, tudo bem amiga? – Magali perguntou com a voz preocupada.

— Tudo Maga, liguei para te atualizar – Respondi tomando minha limonada, a que ele tinha me dado.

— Opa, fiquei feliz, sua voz está um pouco melhorzinha mesmo – Ela comemorou, pois a ultima vez em que tínhamos nos falado eu estava chorando horrores, tinha acabado de ser descoberta.

— Estou um pouco mais animada amiga, hoje ele veio conversar comigo, e quase nos beijamos... Assim não foi a melhor conversa que já tivemos, mas vi nos olhos dele que ainda sente saudade – Contei me encolhendo no sofá.

— Nossa que ótimo Mo, mas se entenderam, deu pra você explicar as coisas? – Ela questionou atenciosa.

— Ah Maga, ainda não, mas pelo menos já melhorou bastante a comunicação, sei que na cabeça dele deve estar tudo confuso, ainda mais pelas responsabilidades que envolvem toda a situação, mas ele me ama amiga, e hoje consegui ver isso mais uma vez em seus olhos – Suspirei me lembrando do quase beijo.

— Ah Mo, fico feliz de verdade, vai dar tudo certo, tenho certeza! Agora o quanto antes, conta pra ele sobre seu irmão e pede para ele conversar com seu pai, porque alem de seu professor você é menor e é melhor com todos os adultos cientes – Magali me aconselhou, sempre sábia essa minha amiga.

— Sim, farei isso o mais rápido que eu conseguir, o difícil vai ser contar para o Titi, porém já está decidido, não quero correr risco nenhum – Comentei bocejando – Acho que vou pra casa agora, já está ficando tarde, meu pai me mata e meu irmão me enche o saco quando chego depois do horário.

— O Titi ainda pega no seu pé? – Magali perguntou rindo.

— Muito, aff! Não me deixa em Paz, ninguém merece! – Conclui virando os olhos – Mas e você amiga como está?

— Estou bem Mo, as últimas novidades são aquelas que te contei por mensagem. Estou com saudades amiga, precisamos marcar de nos ver – Ela propôs.

— Claro, vamos sim, vou ver se um dos dois me leva ai no final de semana – Respondi animada.

— Isso, vem sim, temos que atualizar nossa série, agora vou dormir, beijinhos – Ela se despediu.

— E eu vou para casa, beijos Maga – Desliguei o telefone me levantando.

Como a conta já estava paga, peguei minhas coisas e caminhei em direção a saída cantarolando acenando para os funcionários que ainda estavam por lá, mal tinha colocado o pé pra fora, quando vi um carro vindo em minha direção com o farol ligado impedindo que eu continuasse a andar. Pronto, tinha certeza que seria assaltada, joguei o celular em um reflexo para dentro da calça, mas quando forcei minha visão, tentando enxergar sob o farol alto, reconheci claramente quem saia do veículo.

— Cebola? – Perguntei levando a mão ao peito, me acalmando do susto, será que ele tinha voltado para completar aquele beijo?

— Monica... – Ele começou a falar e na hora percebi que carinho e beijos seriam umas das últimas coisas que ele faria me olhando com aquela cara.

— Que cara é essa? – Balbuciei assustada – Por que tem sangue na sua blusa? Aconteceu alguma coisa?

— Nunca mais, está me ouvindo? Nunca mais vou deixar você brincar comigo,  Eu não sou o teu capacho! – Ele vociferou se aproximando, me forçando a dar um passo para trás.

— Como assim? O que você está falando? – Perguntei assustada com seu tom de voz.

— Não se faz de idiota, porque de idiota você não tem nada! Você sabia não é? O tempo todo que eu era da sala do seu irmão, que quando eu fosse à sua casa era pra você se esconder pro trouxa aqui não perceber – Ele riu sarcasticamente - Deixou eu me apaixonar por você em torno de toda essa mentira, colocando em risco meus sonhos, você não tinha esse direito – Ele gritou me fazendo perder o ar.

— Não... Você entendeu errado, não me deu tempo de falar, me deixa explicar – Tentei contornar, minha cabeça estava a mil por hora processando todas as informações.

— Não entendi errado não Monica, você que não me compreende, nunca deixei de ser sincero, sempre dei abertura para contarmos um ao outro o que estávamos passando, compartilhei com você coisas pessoais, e eu ao menos sabia seu nome de verdade. Acreditei no seu sonho, que alias eu nem sei se era verdadeiro, e confiei em você... – Ele gritou com os olhos lacrimejados.

— Não chora. Por favor, eu... Me desculpa, não era pra ter sido assim, isso no seu nariz, o que foi? Você brigou com o Titi? Deixa eu ver? – Tentei me aproximar em pânico.

— Não encosta em mim – Ele tirou minha mão de perto do seu rosto – Acabou Monica, A-C-A-B-O-U! Na verdade não sei nem se realmente tinha começado.

— Claro que tinha, você não me deixa falar, imagina minha situação... Eu queria te contar tudo quando te conheci, mas você era melhor amigo do meu irmão, o Titi é super ciumento, me enche o saco, eu sou menor de idade, e agora você é meu professor – Gritei em resposta limpando as lágrimas que caiam desconexas.

— Nossa... Parece muito difícil pra você né?! Quanto problema na sua vida... Enquanto isso eu estava sendo enganado, pela irmã de um dos meus melhores amigos. Acreditando num nome falso, numa identidade falsa, numa personalidade que não existe... Quer saber? Isso já não me importa mais, me apaixonei por uma mentira, eu amava a Mel, mas agora isso já não faz mais sentido – Ele concluiu um pouco mais calmo tirando algo de dentro do bolso.

Olhei apreensiva para o que ele estava fazendo, buscando freneticamente na cabeça o que falar, quando senti minha voz voltando, ele jogou uma caixinha de veludo preta na minha mão, me encarou nos olhos mais uma vez, como se quisesse guardar na memória aquele momento, entrou no carro e sumiu por entre a escuridão da noite.

Minhas mãos suavam e tremiam, abri com dificuldade o objeto e meu estomago despencou para o chão quando vi o seu interior, o par de alianças prateadas brilhava sob a luz da Lua. As lágrimas voltaram a escorrer descoordenadas, peguei com cautela a maior delas que a ele pertenceria e vi claramente, mesmo em meio ao choro, o nome Mel escrito em letras cursivas dentro da aliança, ao seu lado a data da festa, data do dia em que nos conhecemos. 


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Notas finais do capítulo

Bom pessoal, espero que tenham gostado ♥ ♥ ♥
As coisas estão um pouco tensas para o ex-casal :S Como será que a Monica vai lidar com tudo isso?!
Se puderem deixem seus comentários, são super bem vindos, e lidos com muito carinho ♥
Beijãooo e até o próximo capítulo ♥



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