Meu querido diário escrita por JéChaud


Capítulo 16
Limonada rosa


Notas iniciais do capítulo

Olá meus amores, como estão?!
Aqui vai mais um capítulo cheinho de amor direto do forno para vocês ♥ ♥ ♥
Quero agradecer pelo carinho imenso amores ♥ Vocês são sensacionais de verdade, muito obrigada pelos comentários e favoritos ♥ ♥ ♥
Pessoallllllll, se os boatos forem verdade sobre a 96 eu to é BEGEEEEEEEE :S Sem spoillers mas fiquei com medo, ainda não encontrei por aqui e vocês já leram?



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Pov Cebola 

Despertei dos estudos quando ouvi meu celular tocar, abri um sorriso quando a foto dela estampou a tela, sorri mais ainda quando vi a proposta para nos vermos no dia seguinte, estava morrendo de saudade.

Andava achando-a estranha, as vezes parecia que fugia de algumas respostas. Certa vez a perguntei sobre sua família, e ela se embolou inteira e por fim mudou de assunto, não me aprofundei, pois não sabia o motivo real dela não querer entrar na conversa, mas o mesmo aconteceu quando a perguntei sobre suas redes sociais, porque queria adiciona - lá.

Na verdade isso não me importava tanto, finalmente eu tinha encontrado alguém que me fazia bem, gostava dela de verdade e quando estávamos juntos esquecia dos problemas, o sorriso dela conseguia me desmontar inteiro.

A pureza das palavras, a simplicidade do olhar, a inteligência na qual ela conversava e entendia das coisas, simplesmente me encantavam, e esse era um dos segredos que tornava tudo ainda mais especial.

Só desejava que ela sentisse o mesmo, e que em breve pudéssemos ingressar em algo mais sério!

—-

Pov Cebola

Demorei a dormir naquele dia, confesso que focar em outra coisa foi difícil, aquele torpor que precede o sono não vinha de jeito nenhum, virei mais um pouco na cama, e por fim resolvi pegar meu celular para repassar algumas coisas do meu novo estágio, estava quase tudo preparado. Afinal as férias estavam acabando e eu tinha que voltar a todo vapor, conforme fosse meu desempenho, em um ano ou menos já estaria efetivado.

Li mais algumas coisas sobre Projetos Sociais e Gestão na Educação Física, anotei outras em um caderno que puxei do criado mudo, e por fim resolvi parar. Antes de bloquear a tela abri o whats e admirei mais um pouco o rosto semi escondido que a foto da Mel revelava, ela era uma caixinha de surpresas que eu estava doido para desvendar. Já nem me importava mais sobre isso ser ou não normal para mim, sabia que um dia me interessaria por alguém de verdade, e esse dia decididamente tinha chegado.

Em meio a meus pensamentos, ouvi um barulho alto no quarto ao lado do meu e dei um pulo da cama, sai o mais rápido que consegui para não alardar meus pais, e encontrei exatamente o que imaginei que seria. Maria, vinha pé ante pé com o par do salto que acabara de cair no chão, na mão.

Ela rapidamente implorou silencio com o olhar, fiz um sinal para ela entrar no quarto, e entrei logo após fechando a porta a nossas costas.

— Posso saber o que significa isso? – Sussurrei cruzando os braços segurando a risada.

— AI QUE SUSTO Cebola, cadê a privacidade não tem mais não???!!! Estava na confraternização da Aprel, você sabe como sou fã dos livros deles, teve um social depois – Ela me respondeu pulando na cama abraçando o travesseiro.

— Aprel? Verdade, você vive falando dos livros dessa editora, mas isso é hora de voltar Maria? – Perguntei ainda sussurrando.

— Ai, que saco, parece que nunca foi adolescente. Tenho 17 anos já viu, a mamãe deixou, e ainda são onze horas, e não que seja da sua conta, mas voltei com os pais de uma amiga, fui com eles alias – Ela debochou massageando os pés.

— Brinca com a sorte, você é muito nova pra ficar voltando tarde – Adverti rindo.

— Cebola, pode parar com essa pose de menino responsável, porque você era terrível com a minha idade – Ela brincou se jogando na cama novamente.

— Experimenta voltar tarde de novo pra ver se não te coloco pra arrumar meu quarto por um mês pirralha – Conclui rindo e saindo do quarto a tempo de a ouvir jogar o que parecia ser uma almofada na porta.

—-

Pov Monica

Acordei com uma pontada de ansiedade e melancolia, as saudades se misturavam em meu corpo, uma parte queria voar e correr para ver o Cebola, a outra queria choramingar o dia todo pensando na mamãe.

Sai da cama calmamente, admirando pela fresta aberta da janela o dia lá fora, corri para o banho, me troquei o mais rápido possível e coloquei umas coisas na bolsa, dentre elas meu notebook e algumas anotações.

Da outra vez, o Cebola que me levou a um lugar importante, então dessa vez eu que o levaria, marquei com ele na praça e pelos meus cálculos eu já estava atrasada, passei avoada pelo meu pai e meu irmão, peguei uma maçã e fechei a porta logo que sai para o Sol.

Estava um dia quente, típico de verão, o Sol radiava todos seus raios pelo céu, fazendo com que o vestidinho curto que eu usava parecesse feito de lã.

Corri um pouco para chegar primeiro que ele, mas não consegui, assim que pisei no local ele já estava sentado no banco por entre as árvores. Sendo assim caminhei tranquilamente até lá, e com um típico clichê romântico tampei seus olhos.

— Mel, nem adianta, o cheiro da sua pele é inconfundível – Ok! Isso era golpe baixo, ele sabia como me ganhar.

— Ai como você é lindo – Respondi passando para frente e lhe dando um beijo. Ele me abraçou fazendo com que desequilibrasse e sentasse em seu colo.

— Estava com saudade linda – Me disse, olhando em meus olhos, acariciando meus cabelos.

— Eu também, e muita – Respondi largando minha bolsa no banco e o beijando intensamente.

Demoramos um pouco, matando a saudade e quando por fim nos soltamos ele quebrou o silencio.

— Onde vamos? E por que todo esse suspense hein? – Ele perguntou se levantando e ajeitando os cabelos. Vestia uma bermuda de cor crua, com uma camiseta despojada e um sapatênis, o óculos de Sol brilhava sob a luz solar, e seus cabelos... Ah seus cabelos, continuavam rebeldes dando aquele charme que só ele tinha.

— Vamos para um dos lugares que mais freqüento aqui em São Paulo – Respondi, tentando ao máximo esconder os acontecidos do dia anterior e pensando no pub que usava como “local de escrita” todas as vezes que ia para a casa do meu pai.

— Hummm, e é perto?! – Ele perguntou rindo olhando para o carro.

— Sim Ce, nem precisa do carro, é um pub super aconchegante, tem uma parte só para descontração e a comida é ótima – Respondi o afastando do veículo, ele tinha uma mania incontrolável de ir de carro para todo lugar.

— Ok – Ele respondeu sorrindo e me dando outro beijo.

Cerca de um pouco mais que quinze minutos andando, chegamos em frente ao meu pub preferido de toda a vida, ele ficava ha duas quadras da praça. Sempre que passava as férias no papai, tirava um tempo destinado ao local, levava meu caderno e escrevia sem parar buscando inspiração nos detalhes. Seu interior era tranqüilo, a luz ambiente trazia calma, diversos sofás ficavam espalhados pelo espaço e mesas baixas contornavam os assentos para apoio dos alimentos e notebooks. Escolhi uma das últimas mesinhas, onde o som encontrava-se bem mais baixo permitindo uma conversa mais agradável, nos sentamos e minutos depois ele sorriu em aprovação.

— Gostei, aqui é legal, meio diferente – Me falou tirando o óculos e chamando a garçonete.

— Então eu te apresento meu escritório, aqui que eu crio muitas das coisas que escrevo – Contei sorrindo e abrindo os braços.

— Ah, que honra conhecer seu ambiente de inspiração – Ele me disse entendendo imediatamente o motivo pelo qual o levei ali, se ele tinha me apresentado um lugar importante eu também o apresentaria. – Mas você está bem? Te senti meio triste.

— Ah, não é nada demais, deixa pra lá Ce – Respondi tentando não entrar no assunto.

— Mel, não estamos juntos para dividir só momentos bons, quero estar do seu lado em todos que estiver passando – Ele respondeu me fazendo chorar por dentro, como ele era incrível.

— Eu também Ce, sempre – Concordei aceitando o abraço que ele propôs abrindo os braços.

— Então me conta o que está preocupando essa cabeça linda - Ele pediu pousando um beijo sobre minha testa.

— Minha mãe, ela viajou, acho que por um ano talvez, a trabalho sabe, e eu nunca fiquei longe dela, tive que readaptar algumas coisas, não sei lidar muito bem com saudade – Resolvi contar, mesmo que por cima o que estava acontecendo.

— Nossa Mel, sinto muito, pensa que um ano passa rápido, logo logo poderá ficar com sua mãe novamente – Falou carinhando meus cabelos.

— Obrigada Ce, por me ouvir, nem precisava sério – Falei me sentindo confortável.

Ele apenas me abraçou mais forte, e respeitou o momento que se seguiu de silencio.

— Mas não te trouxe aqui só para ouvir minhas lamúrias, na verdade te trouxe para cadastrarmos minha história juntos no site que você falou, eu não sei como funciona muito bem e pensei que poderia ir me explicando conforme vou fazendo – Choraminguei pegando em suas mãos.

— Opa, isso que eu chamo de notícia ótima, te ajudo com o maior prazer – Respondeu animado.

Enquanto eu ligava meu notebook, reparei de canto de olho, ele pedindo uma porção de coisas do cardápio, coisas nas quais eu não escutei direito, mas posso dizer que quando o pedido chegou em nossa mesa, abri um sorriso enorme, ele tinha acertado em cheio, poderia até dizer que eu mesma que tinha escolhido, e muito mais que isso, isso significava que ele tinha prestado atenção em tudo que bebi e comi da última vez que saímos. Minha limonada rosa, e todas as coisas de mussarela que continham no pub faziam parte da nossa mesa agora.

Assim que me servi do primeiro petisco, ouvi o celular dele tocar incessantemente em cima da mesa, de começo ele se recusou a interromper nossa conversa, só o fez quando insisti muito que não teria problema algum em atender.

— Fala Titi – Ele atendeu virando os olhos. Me fazendo cuspir metade do suco que tinha acabado de ingerir.


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Notas finais do capítulo

Bom pessoal, espero que tenham gostado ♥ ♥ ♥
Se puderem deixem seus comentários, são super bem vindos, e lidos com muito carinho ♥
Beijãooo e até o próximo capítulo ♥



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