Meu querido diário escrita por JéChaud


Capítulo 11
Há tempos


Notas iniciais do capítulo

Olááá amoresssss o/ ♥ Como estão?
Olha eu aqui com um capítulo cheinho de amorrr para vocês ♥
Espero que gostemmmm *-* ♥
Quero agradecerr muitoooo por todos os comentários lindos e maravilhosos, pela atenção, pelo carinho, pelos favoritos ♥ ♥ ♥



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— Sua irmã está bem? – Cebola perguntou rindo da minha apresentação rápida.

— Ah, ela é estranha as vezes, liga não – Titi respondeu voltando sua atenção ao futebol.

— Nossa, não sabia que ela tinha crescido tanto assim – Xaveco reparou comendo sua pipoca.

— Pois é, a pirralha ta crescendo mesmo, ta com 17 anos já – Titi contou checando novamente a porta estranhando a demora do papai.

— Nossa, lembro dela bem pequenininha brincando aqui na sala – Cascão comentou rindo.

— Pois é, ta virando um mulherão – Xaveco brincou piscando de lado.

— Qual é Xaveco, ta tirando? Tem medo de apanhar não? – Titi o empurrou com uma das mãos.

— Calmaaa, to só brincando, nem consegui a ver direito – Xaveco se defendeu.

— Bom mesmo, não quero você de gracinha com minha irmã não, ela é menor, e não é pro seu bico – Titi concluiu vendo por fim o papai entrar.

—-                                                                                                              

Pé ante pé caminhei silenciosamente para dentro do quarto e respirei fundo. Ok! De todas as loucuras que eu já tinha feito na vida, essa com certeza estava na lista das mais insanas, qual a chance de eu segurar esse segredo por muito mais tempo? Repassei na mente um milhão de informações ao mesmo tempo, tentando pensar na melhor forma de acabar com tudo isso.

Agora mais que nunca sabia que o Titi piraria de vez se me visse com algum amigo dele, o Cebola nunca mais iria olhar na minha cara quando descobrisse que menti e o meu pai me trancaria na torre mais alta, quem sabe eu não seria a Rapunzel da modernidade?!

Nessas horas sempre recorria a Denise, ela conseguia me acalmar falando que daria tudo certo, ou mirabolando planos comigo para sairmos juntas dessa, mas como ia pedir pra ela vir aqui em casa agora com o Xaveco na sala?! Sem chance! E por telefone não me arriscaria, vai que meu pai ou o Titi escutassem?! Mensagem ela sequer olha, sem contar que iria querer vir pra ca correndo de qualquer jeito quando soubesse de tudo.

Olhei para meu diário recém jogado em cima da cama, e o abri com pressa, fui escrevendo tudo o que vinha na minha cabeça, desabafando todo a tensão que passei segundos atras, sem dar tempo da minha adrenalina baixar, só parei quando meu pai entrou no quarto fazendo minha taquicardia voltar, lembrando de na próxima vez trancar a porta.

— Que susto pai – Gritei colocando a mão no peito.

— Eita, desculpa filha, é que você está trancada aqui a mais de uma hora, não vai pra sala com a gente? Pedimos pizza – Ele me contou sorrindo ao ver o Monicão fugir por entre suas pernas. – Acho que ele também estava sufocado.

— Nossa, faz mais de uma hora já? Os amigos do Titi ainda estão na sala? – Perguntei checando o relógio pensando que seria uma ótima hora para comer.

— Sim e sim, eles vão jantar com a gente, vamos pra lá, eles são legais – Meu pai pediu fazendo meu estomago embrulhar – Pedi a sua preferida de quatro queijos.

Meu coração partiu no meio quando ouvi essas palavras, estava com fome, minha pizza preferida na sala junto do sorriso mais lindo que vi naquela noite da festa e eu simplesmente não podia participar disso.

— Ah papi, estou meio cansada da viagem, vou tomar um banho e dormir, guarda um pedaço da pizza pra mim, por favor? – Pedi bocejando.

— Bom, se prefere assim tudo bem, guardo sim, boa noite filhinha – Ele pousou um beijo em minha testa e saiu do quarto fechando a porta.

Voei pra minha cama, peguei o celular para digitar alguma coisa para a Maga e quando vi uma mensagem estampando a minha tela, abri um sorriso incerto.

“ – Boa noite Mel, amanhã te busco onde?” – Cebola tinha me enviado há cinco minutos atrás.

Na hora corri pra minha galeria e troquei a foto do perfil para uma em preto e branco que aparecia somente a sombra do meu rosto, se ele sonhasse em mostrar a foto pra qualquer um ali da sala, não seria naquele dia que me reconheceriam.

“- Oi Ce, me busca as 16h00 na praça do Sol, te espero lá, pode ser?” – Respondi o lugar que mais conhecia pelas redondezas e joguei o celular na cama passando as mãos sobre meus cabelos, soltando dolorosamente o penteado.

“- Ok, combinado” – Ele respondeu imediatamente.

Engraçado, não é? Ele estava na sala da minha casa, falando comigo, mas nem sonhava que eu era eu. A irmã do grande amigo dele, a mentirosa que não fazia faculdade nenhuma, não era maior de idade, e muito menos morava na mesma cidade que ele. Socorro, balancei a cabeça rapidamente tentando tirar tudo que me pertubava da mente, abri o chuveiro e entrei no banho quente.

O que se seguiu foi me trocar e cair na cama, o jeito seria dormir cedo de porta trancada para não correr mais nenhum risco, minha cota de emoções do dia já estavam esgotadas. Até que para uma vida tranqüila a minha estava bem agitada ultimamente.

Peguei no sono ansiosa pelas possibilidades do próximo dia. Acordei anestesiada, como se tudo não tivesse passado de um sonho, o que me lembrou da vida real foi meu estomago que roncou o mais alto que conseguiu, alertando que não comia nada há um bom tempo.

Sai do quarto sentindo a liberdade tomar conta de mim, nunca tinha sentido tanta falta de por o pé para fora, o medo da noite anterior tinha ido embora e agora minha única preocupação seria a roupa do encontro mais tarde.

Com um sorriso cumprimentei meu pai e meu irmão que tomavam café da manhã conversando sobre esportes na mesa.

— E ai malas preparadas para a viagem? – Perguntei enquanto me sentava e já pulava em cima do meu pedaço de pizza amanhecido.

— Prontissimas – Meu pai respondeu sorridente.

— Ta quase, por falar nisso, temos que ficar uma semana inteira lá pai? Vou voltar em cima do jogo da final nem vou conseguir treinar direito – Titi se queixou como sempre.

— Podemos voltar um pouco antes, na sexta por exemplo, ai você treina no final de semana o que acha? – Ele propôs para minha alegria, teria mais um final de semana para ver o Cebola.

— Claro, demorou – Ele saiu da mesa contente.

—-

Depois do almoço, juntei tudo que precisava e corri para casa da Denise conforme combinado com ela anteriormente, tive que reforçar mil vezes para o papai que voltaria cedo para viajarmos no outro dia.

Enquanto ela me maquiava tentei contar aos chutes, porque atrapalhei bastante a maquiagem, como foi a sensação de ontem, e como imaginei, ela veio com mil idéias sobre como isso poderia dar ou não certo, infelizmente concordei com quase todas.

Me olhei no espelho perto das 15h30, estava ótimo, um vestidinho branco levemente rodado, um sapatinho alpagartas e um arco sob os cabelos soltos. Me despedi dela, respirei fundo e caminhei em direção a praça.

—-

Não demorou muito para ele chegar, e meu coração pular para a boca. Dessa vez nada de salto o que me deixava bem mais baixa.

O Olhei, tentando mostrar o mais tranqüilo dos sorrisos, e ele saiu do carro vindo em minha direção com o melhor dos perfumes que já senti na vida.

— Olá senhorita Mel, que bom te ver novamente – Ele cumprimentou me envolvendo naqueles braços confortáveis.

— Oi Cebola, digo o mesmo – Respondi feliz.

Ficamos nos olhando como se ambos não tivessemos certeza do que fazer, mas essa incerteza não durou muito, como se combinássemos nos aproximamos rapidamente e ele me puxou por um braço me envolvendo em um beijo carinhoso, passou a mão sobre meus cabelos e me abraçou mais forte, eu senti que podia flutuar. Correspondi colocando a mão sobre seu pescoço e aos poucos fomos calmamente parando.

— Estava com saudade disso – Ele falou sorrindo – Você está linda.

— Obrigada, eu... Eu também senti falta – Comentei perdendo um pouco a fala, queria agarra-lo novamente, mas me contive.

— Vamos? – Ele pegou na minha mão.

— Pra onde vamos? – Perguntei curiosa o seguindo.

— Vamos comer alguma coisa em um barzinho – Ele propôs abrindo a porta do carro para eu entrar. Oi? Ele abriu a porta mesmo?! Lembrei de escrever isso no diário com caneta rosa que indicavam os pontos positivos. Não que eu ligasse muito para essas cordialidades, mas quem não gosta de educação?!

— Bora – Respondi colocando o cinto. Eu só podia ser louca por estar entrando nessa.

 Não demorou muito para chegarmos e pelo que percebi ele já conhecia o local, cumprimentou uns dois barmens e escolheu uma mesa ótima. Tudo que eu consegui fazer para desviar o assunto de mim, eu fiz, claro tive que explicar sobre a faculdade e os conhecimentos do curso, bem como meu amor pela escrita, uma vez que ele afirmou amar a área, mas essa parte não foi difícil para mim, tirava de letra qualquer coisa relacionada a língua portuguesa.

Juro que não percebi as horas passarem, e não me importei nem um pouco quando o azul claro do céu foi substituído pelo escuro da noite. Já tinha perdido a conta de quantas vezes tinha aberto um sorriso para ele, e de o quanto ele fazia a cada palavra que falava, eu me apaixonar mais.

Era muito mais inteligente do que eu sabia, entendia de arte, de esporte, amava me ouvir falar sobre a escrita. Ouvia atento e opinava nos momentos certos me deixando com vontade de conhecê-lo cada vez mais.

Comemos bem, rimos, e conseguimos na medida do possível nos conhecermos um pouco mais, descobri que ele tinha uma irmã mais nova e um cachorro, que quando era pequeno teve dislalia e que fazia pouco tempo que tinha começado a falar os erres novamente.

Comentei que também tinha um irmão porem mais velho, falei do Monicão, e de quando eu tinha descoberto meu amor pela escrita. Contei até da separação dos meus pais, tudo com muito cuidado para em momento algum deixar uma falha na história.

Era incrível em como eu conseguia confiar nele como se o conhecesse há tempos.

Na hora de irmos embora me levou até o carro, e uma vez la dentro seguimos rumo a casa da Denise, dei o local como referencia de minha casa, não podia mostrar onde morava, ele conhecia muito bem aquele destino.

Faltavam cinco para as 22h00 quando paramos em frente a casa dela, eu não queria ir embora, mas não podia atrasar, qualquer falhinha e meu pai me mataria, não podia dar brechas.

O olhei atenciosa, e ele soltou o sinto segurando em uma de minhas mãos.

— Pena que teve que voltar cedo – Ele falou ajeitando os cabelos rebeldes que insistiam em cair sobre seus olhos.

— Desculpa, bem que eu queria ficar, mas amanhã tenho compromisso, podemos nos ver semana que vem o que acha?– Perguntei já avisando que seria a única data em que poderia.

— Acho ótimo, mas gostaria que não demorasse tanto – Ele respondeu me puxando pra perto dele e tascando outro beijo daqueles que me faltavam o ar.


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Notas finais do capítulo

Bom pessoal, espero que tenham gostado ♥ ♥ ♥
Se puderem deixem seus comentários, são super bem vindos, e lidos com muito carinho ♥
Tem alguém caidinha de amores por aiiii?!! ♥ ♥ ♥
Beijãooo e até o próximo capítulo ♥



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