Entrei em casa com os meus livros em mãos, meus pais estavam na sala junto com um homem que sei o seu nome. Rodolfo. Quem não saberia seu nome, todos tememos sua face fria e rígida.

Coloquei meus livros em cima do piano e fui até minha mãe sem entender nada.

— Srta. Elena. Disse Rodolfo beijando minha mão.

— Sr. Rodolfo. Sorri. - Que prazer tê-lo aqui em casa. Sorri novamente.

Meu pai veio até mim e me tirou de perto da minha mãe.

— Filha acho que está na hora de conversarmos. Disse meu pai me levado ao seu escritório.

— Claro meu pai. Sorri.

Entramos dentro do escritório. Me sentei na cadeira em frente a sua mesa.

— Filha Rodolfo está aqui para eu lhe entregar sua mão a ele. Disse meu pai sem rodeios. - Você foi prometida a ele dez de quando nasceu. Disse ele.

Não acreditei.

— Como? Perguntei tentando digerir.

— O pai de Rodolfo, me ajudou a erguer essa fazenda emprestando esse dinheiro e como sua mão acabará de ter você naquela época ele fez um trato comigo, não precisava dar dinheiro em troca você se casaria com com filho dele quando fizesse 18 anos exatos. Disse ele. 

Me levantei brava.

— Mais pai eu não quero me casar com ele, você me prometeu que eu poderei casar com quem eu amasse.

Ele veio até mim.

— Você ama alguém?

— Não, mais pretendia um dia só que agora não vou mais. Disse me afastando dele.

— Filha entenda por favor, Rodolfo não é um homem ruim.

— Não, mais vive no bordem da Luzia e com uma face fria, não quero me casar com ele.

Meu pai ficou bravo.

— Mais vai ter, foi o trato.

Malditos tratos que pais fazem por causa de dinheiro. Agora estou aqui com muita raiva por ter que me casar com um homem que eu quero distante de mim.

— Não tem mais jeito, isso trato foi feito a anos e vai ter que cumprir, e além do mais você vai ser bem tratada nas ruas, bem criada na casa dele, como todas as mulheres querem. Disse meu pai.

Não acredito que escutei aquilo. Ele sabe que eu sou bem tratada nas ruas e que sou bem tratada aqui, não passamos fome.

Não disse mais nada só estava com raiva dele, no momento.

Fomos para a sala e fiquei frente a frente com Rodolfo. Meus pais nos deixou a sós e eu fui logo dizendo.

— Não quero me casar com o Sr. Disse seria.

Ele estava serio agora.

— Muito menos eu com a Srta. Eu quero continuar solteiro, mais não tem jeito.

— Pode me renegar dizendo que não nos damos bem. Sorri esperançosa.

— E deixar todo mundo sabendo que não posso dominar uma mulher? Perguntou ele. - Não mesmo. Disse ele.

— Todos tam razão de dizer que o senhor é muito..... Não terminei de dizer. - Eu sempre vou odiá-lo. Disse com raiva.

— Igualmente digo eu. Disse ele.

Meus pais voltaram.

— Conversaram? Perguntou minha mãe.

— Sim. Disse Rodolfo.

Ele tirou um anel do seu palito e colocou no meu dedo anelar. Um lindo anel de diamante.

Ele pode me dar milhões desse mais nunca vou gostar dele.

Rodolfo beijou minha testa sorrindo falsamente.

" Idiota". Pensei.

— Bom, então teremos um casamento na cidade. Sorriu meu pai.

— Pois é. Disse indo até minha mãe e abracei.

Rodolfo se pronunciou.

— Infelizmente não vou poder ficar para o café da manha, tenho assuntos das fazendas para tratar. Sorriu se despedindo de mim e da minha mãe.

Meu pai o acompanhou até a porta. Quando ele voltou me soltei da minha mãe e o olhei com fúria.

Sai correndo da sala embarrando no meu irmão que acabará de acordar por causa da saída a noite.

Entrei em meu quarto e fui escrever meu pesadelo de hoje no meu diário. Quando terminei me joguei na cama e chorei a tarde inteira.