Army of Angels escrita por gwmezacoustic


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Importante: eu sei que o George não é de Nova York, ele é de um lugar que eu não lembro o nome (e fiquei com preguiça de verificar, mas sei que envolve algo com ovelhas, e tosquiar ovelhas, e tédio) gostei muito dele como colega de quarto do Simon, então ele vai estar por aqui também, e também porque eu gosto do George.
Enfim, boa leitura.



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. . .

Isabelle havia criado um cronograma de atividades para serem realizadas durante o dia, então acordá-los durante a madrugada para sua primeira seção de exercícios fazia parte do plano, ela só não esperava que os jovens mundanos talvez não estivessem tão empolgados quanto ela.

Simon pensara que toda essa coisa de salvar o mundo não deveria ser tão difícil, afinal de contas ele lia quadrinhos, e os heróis pareciam ter uma vida bem pacata, então ter Isabelle Lightwood como sua tutora facilitaria ainda mais as coisas, quando foi acordado durante a madrugada com a ordem de se dirigir a sala de treinamento, percebeu que talvez aquilo tudo fosse insano demais para um cara tão normal quanto ele.

Para Simon, que nunca havia feito exercícios por mais de trinta minutos, cumprir a risca todo o cronograma de Isabelle era uma tarefa difícil, mesmo se esforçando ao máximo para acompanhar o seu ritmo de treinamento ele estava desapontado, não só pelo progresso no treinamento, mas também por não conseguir se aproximar de Isabelle sem travar ou fazer algum comentário inoportuno, e o fato dela ser uma deusa guerreira resplandecia brilhante demais sobre o fato de ele ser um nerd sem graça.

Durante as refeições que fazia junto com todos os colegas, e para sua surpresa, sem a presença de qualquer tutor, descobriu que o progresso de seus companheiros não estava indo muito melhor que o seu.

— Alec nos mandou fazer todo tipo de exercício possível hoje. – um rapaz loiro, que ou não havia se apresentado, ou Simon simplesmente não lembrava o nome, reclamou enquanto se servia.

— O treinamento do Jace mais parece uma tentativa de homicídio. – Clary, que sempre fora mais simpática que Simon, argumentou.

— E você, Simon, o que nos diz sobre o treinamento de Isabelle? – George, que ocupava o quarto ao lado do seu, perguntou. Para surpresa de todos eles não teriam que dividir quartos, e mesmo gostando da ideia de um colega de quarto, Simon estava realizado por ter sua privacidade.

— É cansativo, já perdi as contas de quantas vezes escutei “vocês precisam se esforçar mais se quiserem ascender algum dia” nesses dois dias. – durante o pouco tempo que convivera com Isabelle, ele tinha certeza de duas coisas: ela era insanamente maravilhosa, e também que ela era uma excelente caçadora de sombras, e, ela o achava bonitinho e isso o motivava a continuar tentando.

— Eu pensava que todos vocês estavam em um treinamento menos brutal que o meu. – George, falou novamente, aparentemente ele era o tipo bonito simpático. - Acho que eles poderiam pegar mais leve, sabe, primeiros dias e tal.

— Acho que deveríamos nos adequar ao treinamento deles se quisermos ascender algum dia. – Simon falou, ele estranhamente havia absorvido o discurso de Isabelle.

— Deve ser ótimo ser treinado por ela, não é? – Joseph, que era um rapaz que fazia Simon se sentir como o Harry Potter em frente ao Draco Malfoy, disse em tom zombeteiro.

— Sim, é ótimo. – Simon respondeu em tom de voz quase elevado, o modo como falavam dela às vezes o irritava, afinal de contas ela era forte, e maravilhosa, e exuberante, e talvez ele devesse parar de pensar nela como se existisse alguma probabilidade entre eles dois, ela só o achava bonitinho, mas a ilusão, a ilusão era mais forte que ele.

— Eu me pergunto se todos os caçadores de sombras são como eles, porque vamos lá, parece que entramos em um desses filmes de ação com elenco lindo. – Alice, uma jovem loira, comentou, Simon a achava bonita, mas não era nada comparada a Isabelle. – Aqueles olhos azuis do Alec me desconcentram toda. – ela riu.

— Prefiro os olhos dourados do Jace. – Clary disse, aquilo fez Simon pensar que talvez ela estivesse submersa na mesma ilusão que ele.

— Eu acho que ele e Isabelle devem ter algo, sabe pelo jeito como chegaram naquele dia e tudo. – novamente Alice, fazendo Simon beber mais uns coles de realidade.

— Eles não parecem estar envolvidos, não seriamente. – Joseph argumentou. – Sempre podemos tentar, certo? – a ideia de Joseph e Isabelle próximos fez Simon revirar os olhos.

— Acho que você não seria a escolha dela, sabe. – George deu de ombros.

— Talvez, mas nunca se sabe. – Joseph respondeu, claramente abatido.

— Acho que já tiveram conversa suficiente, não é? – Hodge, que parecia um diretor de escola chato, finalmente apareceu.

— Sim, Hodge. - todos disseram em uníssono.

. . .

Clary parecia disposta a conversar, para felicidade de Simon que não conseguia dormir.

— Então você acha que Jace e Isabelle tem algo? – Jace havia se tornado o tópico preferido de Clary.

— Não, quer dizer, não sei ao certo, mas gostaria que não tivessem. – ele foi sincero.

— É, espero que nos acostumemos com todo esse treinamento. – ela havia trocado de assunto, novamente.

— Eles parecem bem com toda essa intensidade, talvez eu fique tão forte quanto o Jace ou Alec. – eles riram com a ideia.

— Acho que é melhor ir dormir, boa noite, Simon.

— Boa noite, Clary. – e ela desligou.

. . .

Aquela estava sendo uma noite difícil, Simon não conseguia dormir, era como se o seu corpo precisasse estar acordado, e mesmo cansado por todo o treinamento ele se sentia ligado. Decidiu que buscar um copo de água na cozinha não faria mal, caminhar e tudo mais. Ele sabia que não deveria estar fora do quarto aquela hora, mas se todos soubessem disso também, ninguém o veria sair. E de fato, tudo estava correndo bem, até que esbarrou em algo enquanto saia da cozinha, e quando ouviu passos, pediu a Deus que o fizesse invisível naquele momento.

. . .

Isabelle sentia falta da adrenalina, e em seu mundo só conseguia isso no combate de demônios, ou em relacionamentos proibidos, e já que o seu relacionamento com Meliorn havia acabado, ela claramente precisaria de outra distração. Tentou usar toda a sua agilidade para passar despercebida pelos corredores enquanto saia do instituto, mas quando ouviu o som de algo caindo mudou o seu trajeto e se dirigiu até a cozinha, aquilo de repente lhe pareceu mais interessante.

. . .

Simon não sabia se estava aliviado, ou encrencado quando Isabelle Lightwood apareceu na porta da cozinha.

— Tentando destruir a cozinha, ou simplesmente quer ser pego? – ela o encarou enquanto se apoiava no balcão.

— Eu estava sem sono, então vim pegar um copo de água, eu já estava de saída, e terminei esbarrando nisso sem querer. – ele explicou.

— Simon, não é? – ela se aproximou dele.

— Isso.

— Sabe que não deveria estar aqui, não é? – perguntou enquanto arrumava seus óculos.

— Sim. – sussurrou, não sabia ao certo o porquê, só pareceu o certo.

— Isso torna tudo mais interessante. – ela sussurrou de volta, mas não parecia querer uma resposta, pois segundos depois estava na porta. Simon a observou parado, não sabia ao certo o que deveria fazer – Vai ficar aí, Simon? – então ele a seguiu pelos corredores.

— Então... Você vai me entregar? – ele perguntou, o silêncio dela o inquietava.

— Não. – ela parou em frente a uma porta e entrou, o cômodo parecia com uma sala de estar normal, com sofás e poltronas cercando uma lareira, e, uma televisão sobre a lareira, ela sentou em uma das poltronas, e ele optou pelo sofá.

— Vamos assistir alguma coisa? – ele estava confuso, mais até do que o normal.

— Já que você não consegue dormir, e eu também não, vamos conversar, não lembro de trocarmos mais que duas palavras antes.

— É que eu não sou o tipo que fala muito. – se explicou, torcendo para que ela o entendesse.

— Além de bonito é tímido. – Isabelle pensou alto, talvez ele pudesse ser uma boa distração, concluiu.

— Obrigado, eu acho. – ele de repente se sentiu muito analisado pelo seu olhar.

— Isso te faz mais interessante. – falou, ignorando seu comentário anterior.

— Posso fazer uma pergunta?

— Além desta? Claro. – ela sorriu, e ele amou aquele sorriso.

— Por que me trouxe até aqui? – falou por impulso.

— Não sei ao certo, só trouxe. – ela deu de ombros.

— Sabe, os alunos falam muito de vocês.

— Hm... Me conte mais sobre o que rola pelos corredores. – ela sentou a seu lado no sofá.

. . .

Eles haviam passado um bom tempo conversando, e Simon não conseguia acreditar nisso, e em alguma parte da noite ele se ofereceu para acompanhá-la até seu quarto, ela aceitou sua oferta, andaram em silêncio pelos corredores, ele se sentiu em um filme antigo quando chegaram até a sua porta e não soube como se despedir, mas ela não, Isabelle não era o tipo que não sabia o que fazer em algum momento, então ela ofereceu mais um de seus sorrisos e lhe deu um beijo na bochecha.

— Pode me chamar de Izzy, aliás. – e ela havia fechado a porta, deixando-o com um sorriso bobo do outro lado da porta.

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Notas finais do capítulo

O capítulo em si não teve muita interação, mas ele foi necessário no contexto geral. No próximo as coisas começam a entrar no ritmo.
Enfim, obrigado por ler.
Fiquem com Deus, e até o próximo capítulo.

PS: Vocês são bem fantasminhas hein? Por isso eu me surpreendi quando entrei hoje e vi um comentário. Mari, muito obrigado por comentar. ♥



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