Connected | BTS Fanfic escrita por Choi Jinhee


Capítulo 3
Nunca Tire Fotos de um Estranho


Notas iniciais do capítulo

Antes de mais nada, vou me justificar do porque da demora para postar este capítulo. O tempo para cada postagem é de 15 em 15 dias, mas como começamos a postar no spirit depois do nyah, estou liberando este capítulo agora para igualar as datas nas postagens e ninguém ficar adiantado. De qualquer forma, se tudo der certo, os próximos capítulos virão direitinho no tempo especulado - se não antes. Obrigada por acompanharem!



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P.o.v Yuri

O restaurante que fomos era deslumbrante; as paredes tinham um tom de marrom quase preto e o chão estava encoberto por um carpete vermelho. As mesas pareciam delicadas, feitas de uma madeira escura. Os garçons se moviam em silêncio para atender os clientes. Uma das paredes era inteiramente feita de vidro, com a vista mostrando um parque enorme. Era um ambiente bonito, reservado e sofisticado.

Reprimi a urgência de tirar fotos – queria eternizar aquela imagem e a sensação que ela me trazia.

Saí do elevador, acompanhando Namjoon e Jinhee. Eles andavam com a naturalidade de um cliente cotidiano; mostravam uma confiança que eu não estava acostumada a ver naqueles rostos. Os dois eram tímidos quando pequenos e o tempo parecia tê-los amadurecido.

Percebi, enquanto uma garçonete nos guiava para uma das mesas, que elas eram mais afastadas uma das outras que o normal. Talvez para a nossa privacidade? Era um lugar propício para Namjoon não ser reconhecido, então ele não precisaria da máscara e do boné que estava usando para se disfarçar. Percebi que havia outros rostos famosos naquele ambiente; Lee Minho estava sentado em uma mesa perto de uma parede de vidro, conversando com seus acompanhantes despreocupadamente.

— Aigoo. – Namjoon olhou para seu relógio - Nami-ah ainda não chegou. Sabia que ela iria se atrasar.

— Talvez ela esteja ocupada. – Jinhee deu de ombros – Foi um convite em cima da hora, afinal.

— Talvez ela esteja namorando... – Sorri maliciosamente para ele, que arqueou uma sobrancelha, balançando a cabeça negativamente.

Uma garçonete se aproximou da nossa mesa. Vestia um uniforme vermelho, seus cabelos estavam presos em um coque no alto da cabeça; ela sorriu para nós:

— Sejam muito bem-vindos. Meu nome é Jandi e eu serei a atendente de vocês esta noite. – Nos entregou o cardápio – Você vai querer o mesmo de sempre, Namjoon-ssi?

— Você vem sempre aqui? – Franzi a testa – E você ainda reclamou que eu roubei seu cheetos no avião.

— Não. – Respondeu rapidamente - Ela é apenas uma amiga. – Deu uma batidinha carinhosa no ombro dela – Quantas vezes vou ter que pedir para você me chamar de oppa?

— Oppa? – Repetiu, surpresa.

— Sim. – Ele sorriu – Ou eu não sou seu oppa?

— Claro. – Respondeu, hesitante - Ãh, com licença. – Virou-se para sair, antes falando: - Estarei aqui quando estiverem prontos para pedir.

— Ela parecia bem confusa. – Comentei.

Jinhee olhou para Namjoon segurando o riso; ela conviveu com ele por mais tempo que eu, então aquilo devia ser ainda mais engraçado para ela. Namjoon afundou seu rosto no cardápio.

Pouco depois de fazermos os nossos pedidos, Jinhee cutucou Namjoon.

— Aquela é a Nami? – Apontou com a cabeça – Ela está linda!

Namjoon olhou para trás, procurando pela irmã. Olhei na direção da garota com cabelos pretos, boquiaberta. Nami costumava ser a mais desengonçada de nós, mas agora andava até a nossa mesa com uma destreza que não combinava com a imagem que tinha dela na minha memória. Vestia roupas simples; camisa branca com mangas curtas, calça jeans escura e uma bota marrom claro, e mesmo assim parecia que suas roupas eram sofisticadas.

— Jinhee-ah...! – Semicerrou os olhos, se aproximando de nós – Unnie? – Sua atenção pousou em mim.

Nami parou em pé atrás da cadeira de Namjoon. Tinha uma expressão confusa, embora ostentasse um sorriso no rosto. Seus olhos iam de Jinhee até a mim, confusa.

— Você está na Coreia! – Puxou a cadeira ao meu lado, pendurando seu casaco no encosto.

— E pretendo ficar. – Assenti.

— Nós nos encontramos no mesmo avião. – Namjoon explicou – E você nem me ligou para saber se eu cheguei bem. – Suspirou, decepcionado.

— Se eu ligasse toda vez que você viaja, minha conta de telefone seria estratosférica. – Ela deu de ombros – Você vai se mudar de vez? Veio para estudar? Eu tenho dezenove, então você deve ter vinte anos.

— Estou cursando fotografia na Shinhwa. – Respondi, rindo da sua empolgação.

— A Nami cursa Biologia na ShinHwa. – Namjoon falou.

— Podemos nos encontrar, todas as três! A Jinhee estuda Medicina. - Nami se virou para ela, sorrindo.

— É sério? – Seu tom era surpreso – Mas eu nunca te vi!

— Eu estudo no turno da tarde. – Explicou – Eu também não fazia ideia de que você estudava lá.

— Ah, estamos todos os quatro aqui, juntos de novo. – Suspirei – Estou emocionada.

—Omo, seu coreano continua bom. – Nami apontou - Pensei que acabaria voltando com sotaque.

— Nem me fale. - Jinhee sorriu – Pensei que fosse precisar aprender português. - Ri, negando com a cabeça.

— Meus pais nunca deixariam eu esquecer minha língua nativa.

— Ela saiu daqui com dez anos, não com dois. Claro que ela lembraria a língua. – Namjoon deu de ombros.

— Você não pode falar nada, fica esquecendo as letras das próprias músicas o tempo todo. – Nami deu um tapinha no ombro do irmão.

— Isso só aconteceu uma vez em cinco anos! – Se defendeu.

Nós rimos, e aproveitei para fotografar aquele momento na minha cabeça. Era como se o tempo tivesse parado quando parti e, agora que estava de volta, alguém apertou o play. Claro que muito havia mudado, mas era tão nostálgico que parecia que estava continuando a ler um livro que guardara antes de terminar.

— Vocês parecem... maduros. – Concluí – Não sei se é porque estão mais altos.

— A Jinhee-ah não cresceu quase nada. – Namjoon mordeu um pãozinho da cesta.

— Nos menores frascos estão as melhores fragrâncias. – Jinhee deu ombros – Se bem que eu poderia fazer bom uso de uns centímetros a mais. Tenho 1,54.

— Eu meço 1,68 desde da última vez que chequei. – Falei.

— Eu tenho 1,70, mas nos papeis da empresa eu tenho 1,77. – Nami colocou um dedo na frente dos lábios – Shh.

— Eu meço um e oi... – Namjoon começou, mas Nami tapou sua boca com a mão.

— Ninguém quer saber, poste. - Jinhee engasgou com seu suco, rindo.

— Ninguém me respeita mais. – Namjoon reclamou, pondo sua mão sobre a de sua irmã.

A garçonete se aproximou, sorrindo.

— Estão prontos para pedir?

— Ah, sim. – Namjoon falou nossos pedidos e ela anotou no iPad.

— Algo mais, oppa?— Ela piscou os olhos algumas vezes, corando.

— Não, obrigada. – Namjoon sorriu para ela, que fez uma reverência e se retirou.

Oppa?— Nami levantou a sobrancelha – Desde quando você conhece ela?

— Desde sempre. – Namjoon pegou outro pão na cesta, sem olhar para a irmã.

— Nesse caso, qual é o nome dela? – Apoiou a cabeça no braço, entretida.

— Ela se apresentou para nós quando chegamos. – Jinhee apontou – E usava um crachá.

— Eu duvido muito que ele sequer tenha notado.

— Manlee...? – Disse, embora sua voz não estivesse mais tão confiante.

— Quase. – Jinhee estalou os dedos – Mas, não. O nome dela é Jandi.

— Oh, quer dizer que você é o tipo de idol que esquece os nomes dos amigos? – Brinquei.

— Que arrogante. – Nami falou, desapontada – Pensei que tinha te criado pra ser humilde, oppa.

— Isso é tão nostálgico. – Jinhee suspirou.

— Zoar o Namjoon? – Ela apertou a bochecha do irmão.

— Também.

Rimos. Percebi o quanto estava feliz por estar de volta. Ainda era cedo para saber se me arrependeria da mudança ou não, mas estava me sentindo bem e confortável – fazia algum tempo desde a última vez que me sentira assim. Normalmente, eu era tímida com pessoas novas e nunca ria alto. Mesmo assim, ali, momentos da nossa infância, com brincadeiras e gargalhadas, passavam pela minha cabeça em flashes.

— Devo dizer – Comecei, com um sorriso no rosto – que a puberdade fez bem para vocês. Jinhee está esbelta e elegante. Nami tem as pernas mais longas que eu já vi.

— E eu? – Namjoon chamou.

— Você não parece mais um sapo, é um começo. – Nami falou.

— Você se tornou charmoso. – Tentei ficar séria depois do comentário dela.

— Isso é tudo maquiagem. – Nami riu do irmão – Okay, talvez a genética ajude. Mas, para que você tenha um debut aqui na Coreia, é preciso ter uma pele perfeita, cabelo perfeito, corpo perfeito e...

— Fazer muitas cirurgias plásticas. –Namjoon murmurou.

— Yah! Eu nunca fiz uma cirurgia!

— Aham. – Ele esticou os braços sobre a mesa – Não precisa mentir, todos nós lembramos de como eram as suas bochechas.

— Aquilo não foi uma cirurgia! – Cobriu as bochechas com as mãos – Oppa, por acaso você quer falar do seu nariz?

*

Jandi chegou com a conta.

— Eu pago. – Namjoon pegou a caderneta.

— Oh, Namjoon querendo bancar o altruísta. – Nami sorriu – Que irônico.

— Mas eu sou altruísta. – Ele se defendeu – Mamãe sempre fala que nós temos que dar para receber.

— É uma pena que ela não tenha te ensinado isso quando nos conhecemos. – Fechei os olhos, massageando meu cabelo – Minha cabeça ainda dói se eu lembrar daqueles puxões de cabelo que você me dava...

— Então, tá. Vamos dividir. – Ele passou a caderneta para Nami.

— Omo! – Ela esbugalhou os olhos, lendo a conta – Pode ficar, oppa. – Devolveu-a para ele – Talvez, se aqui fosse o McDonald’s. É realmente uma pena, mas você vai ter que pagar a minha parte.

— Entendi. – Ele riu – Eu consigo 30% de desconto sempre que venho aqui.

— 30%? Como? – Perguntei.

— Toda vez ele chama a gerente e dá em cima dela. – Nami respondeu. Jinhee bufou, divertida.

— Você é o único milionário no mundo inteiro que deve fazer isso.

— Nunca se sabe quando você pode acordar sem voz, sem talento, sem saber danç-

—Você por acaso tem alguma doença degenerativa? – Nami interrompeu.

— Oh, você está preocupada?

— Não com você. Quero saber se é algo genético.

— Não, Nami. Eu não tenho uma doença degenerativa.

— Então, qual é o seu problema?

— Não tenho nenhum problema. Eu sou humilde.

— Se você fosse humilde, admitiria que todos temos problemas e que devemos aceitá-los.

— Eu... O que? Pare de me confundir.

— Além de arrogante é lerdo. – Ela suspirou – Coitado.

— Eu pago a conta de todos. – Namjoon colocou o cartão dentro da caderneta –Menos a sua, Nami. – Concluiu.

—Tudo bem. – Ela deu de ombros, piscando para o irmão - Você é quem paga meu cartão de crédito de qualquer jeito.

*

Acordei com a garganta seca, procurando o cobertor pela cama. A textura dos lençóis na minha pele era fofa, teria ficado mais tempo ali se não fosse pelo incômodo na garganta. Passei um tempo de olhos fechados, me situando. Eu estava na Coreia. No meu apartamento, para ser mais específica. Jinhee provavelmente já estava na aula de culinária.

Peguei copo de água na escrivaninha. Surpreendi-me ao ver no relógio que já eram 15h. A aula de Jinhee já tinha acabado, então.

Me espreguicei algumas vezes antes de levantar da cama para ir tomar banho.

Chequei meu celular enquanto escovava os dentes.

Jinhee: Unnie, você acordou? (10h00m)

Jinhee: Estou saindo de casa. Achei melhor deixar você dormir. Tem sanduíches na geladeira, se você acordar com fome. (10h15m)

Jinhee: Unnie? (12h00m)

Jinhee: Ainda está dormindo? (12h30m)

Jinhee: Se não quiser os sanduíches, tem números de restaurantes para fazer pedidos na geladeira. (14h00m)

Yuri: Jinhee-ah, acordei agora! Perdi a noção do tempo :s Estou ligando para uma companhia de taxi e vou começar meu tour. Espero tirar logo a minha carteira T^T Como foi a sua aula? (15h20m)

Jinhee: É só uma questão de tempo até você se adaptar ao fuso. E minha aula foi ótima, aprendi a fazer trufas. Estou indo para o restaurante de uma amiga. Não se esqueça de comer antes de sair! (15h20m)

Yuri: Okay ~~ (15h21m)

O ajusshi estacionou o táxi em frente ao parque. Como tinha tempo, observei cada detalhe com calma, comparando com as fotos e histórias contadas por meus pais. Aquele lugar tinha um valor especial para eles, que se conheceram ali: o famoso Seoul Uldaegong Won (Seoul Grand Park).

Fui recepcionada por uma grande estátua de tigre, milenar e impotente, no seu pedestal. Segui meu caminho para um lugar mais isolado; o cenário de uma das mais belas histórias de amor que conhecia.

O cais estava vazio, mas o ambiente não era assustador; era calmo e sereno. Tirei várias fotos do lago, encoberto por folhas caídas. A ponte de madeira, apesar de velha, estava impecável de limpa. Ao redor, as árvores harmonizavam a imagem, com seus galhos balançando com o vento dando ideia de movimento.

Era exatamente como imaginei, só que melhor.

Fechei os olhos, sentindo a brisa gelada jogar meus cabelos para trás. Tirei várias fotos, aproveitando minha inspiração.

Após um tempo, percebi um garoto sentado na beira da ponte, encostado no corrimão e de olhos fechados. Seus pés ultrapassavam o limite das cordas e estavam pendurados no ar. Ele segurava seu celular, ouvindo música com fones. Como a cena era bonita, tirei uma foto – quase que involuntariamente.

De repente, como que sentindo olhares sobre si mesmo, abriu os olhos.

Uma grande parte de mim esperava que ele estivesse dormindo – pelo menos assim não se assustaria ao perceber uma desconhecida com uma câmera apontada para ele.

Ele semicerrou os olhos, com uma expressão confusa em seu rosto. Levantou-se, limpando a sujeira das calças, e fez menção de andar na minha direção. Eu deveria fugir? Senti meu rosto ficar mais vermelho a cada passo que ele dava.

— Oi? – Tirou um de seus fones – Você, ãh, por acaso-

— Sim. Desculpe. – Curvei-me – Desculpe. Sinto muito, mesmo. – Me curvei mais uma vez.

— Tudo bem. –  riu da minha reação – Você está bem? O seu rosto está muito vermelho.

— Sim, estou bem. – Cobri meu rosto com as mãos; estava aliviada por ele não estar zangado, mas a vergonha me impedia de raciocinar - Me desculpe por isso.

— Tudo bem, só não desmaie. – Ele sorriu – Mas eu quero saber por que tirou uma foto minha.

— Eu sou estudante de fotografia. – Comecei, atropelando as palavras - Não que isso justifique! Mas, hm, eu -

— Por acaso essa é uma Nikon D7200? – Me interrompeu, apontando para a minha câmera.

— Hã, sim. – Olhei para baixo, observando-a.

— Você está brincando?! – Ele se empolgou - Está esgotada aqui em Seoul há seis meses! Onde você a achou?

— Pedi pela internet. – Respondi - No começo do ano, na pré-venda.

— Isso é incrível! – Seus olhos brilhavam, olhando para ela.

— Se você quiser... – hesitei - Pode experimentar. - Ele levantou o olhar para mim, surpreso.

— Sério?

— Normalmente, ninguém toca nela além de mim. – Estendi a câmera para ele, hesitante – Mas eu fui pega no flagra e você parece entender algo de fotografia.

— Neste caso, - Ele estendeu a mão para mim, antes de pegar a câmera – Me chamo Jeon Jungkook.

— Lee Yuri. Seja gentil, minha vida está nela.

Ele a segurou cuidadosamente, avaliando-a antes de levá-la aos olhos. Suas mãos pareciam hábeis e seguras. Rapidamente, focou em mim e depois no lago, fiquei menos ansiosa ao perceber que ele já tinha alguma experiência.

— Esse é de longe o melhor visor óptico que eu já usei. – Soltou um lamurio.

— LCD de 3,2 polegadas de puro amor. – Assenti, orgulhosa. - Ele me devolveu a câmera depois de pouco tempo, sorrindo.

—Obrigado.

— Você também gosta de fotografia. – Constatei.

— Sim. – Falou, e percebi que estava envergonhado

— Seria incômodo perguntar como você passou a gostar de fotografia? - Jungkook me avaliou com o canto do olho, um sorriso brincando nos lábios.

— Na verdade, como você é bonita, nem tanto. – Piscou o olho. Senti meu rosto queimar novamente, tentando me distrair com as fotos que ele havia tirado.

— Meu tio é fotógrafo e sempre me incentivou a tirar várias fotos, ainda mais quando percebeu que eu gostava. Costumo fotografar pessoas. – Sorri, envergonhada – Ele sempre me alertou sobre os direitos de imagem.

— Vou apagar a foto. – Prometi – Desculpe por isso.

— Oh. Por favor, não precisa. – Fez que não com a cabeça.

— Não se preocupe. Foi irresponsabilidade da minha parte, de qualquer jeito.

— Não é isso. – Ele sorriu.

—Eu –

Jungkook mostrou a tela do seu celular, com uma foto minha olhando para a minha câmera, tirada enquanto eu estava em cima da ponte.

— Acho que estamos quites. – Concluiu, guardando o celular no bolso.

Ele deu um sorriso torto – envergonhado, embora confiante -, e percebi o quão bonito era, com os traços do seu rosto acentuados e seu cabelo escuro.

— Sim. Acho que sim. – Um sorriso involuntário se formou em meus lábios, apesar da confusão que enevoava meus pensamentos. De repente, o relógio dele apitou e ele conferiu as horas.

— Oh, eu preciso ir. – Fez uma careta – Foi um prazer conhecer você e sua Nikon, Lee Yuri. - Segurei em sua mão, estendida para mim.

—Igualmente, Jeon Jungkook. – Sorri.

Ele piscou algumas vezes. Tossiu e coçou a cabeça, respirando fundo.

— Se por algum acaso te encontrar de novo – Falou -, posso pedir seu número?

Olhei para minha câmera, sentindo a vermelhidão chegar até as minhas orelhas.

— Talvez.

— Mal posso esperar para o nosso próximo encontro, então. – Jungkook sorriu.

Contive a vontade de tirar uma foto de suas costas, enquanto ele partia.

*

Cheguei em casa com as pernas fracas. Precisava de comida. Sem coragem para cozinhar alguma coisa, procurei algo que me agradasse entre os números presos na geladeira. Optei por um restaurante de comida indiana. Estava com vontade de comer frango.

Fiz meu pedido por telefone e mandei mensagem para avisar Jinhee de que havia chegado em casa.

Deitei no sofá e liguei a televisão.

Uma mulher falava de economia, e a última coisa que lembro de ter ouvido antes de mudar de canal foi:

“O Império Shinhwa: Jung Shin Hwa é eleito o homem mais rico da Ásia”


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem!