No te Quiero más escrita por Rebeca Sidle Grissom


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Bora pra mais um Capítulo



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Maria ainda estava de frente pra grande janela de sua sala, as lágrimas caiam silenciosamente pelo seu rosto, não queria sair de onde estava, porque ainda sentia a presença dele ali.

Ele a analisava, sabia o quanto a sua ex esposa era sensível, por mais que se fizesse de forte na sua frente, os olhos dela nunca mentiram pra ele.

— Maria. - Disse próximo ao ouvido dela.

Foi o suficiente para ela virar e abraçá-lo e desabar em seu peitoral.

— Calma, amor. - Ele a apartava mais em seus braços. - Nós vamos ficar bem, você vai ver.

— Eu sei que não é verdade. - ela sussurrou.

— Que isso Maria, a mulher com quem me casei era mais positiva. - O coração dele odiava ver a sua única mulher sofrer.

— E isso me fez iludida e olha aonde estou agora.

— Você está nos meus braços agora, acho que não é tão ruim assim. - Ele sorriu quando a viu rir de lado e se afastar.

— Precisamos trabalhar.

— Tem razão, temos contratos para fechar e casos pra ganhar. - quando a mão do Estevão tocou a maçaneta ela ouviu.

— Obrigada.

Ele não pode deixar de sorrir, estava feliz pelo menos por alguns minutos pôde ver a antiga Maria.

— Disponha, você sabe que depois do casamento você vai poder ter esses braços musculosos a noite inteira.

— Tchual Estevão. - E ele a deixou.

                                                      /...../

Estrela chegou em casa e correu para o seu quarto, ela queria se livrar de tudo, tirou a roupa, entrou na água fria e começou a se lavar, esfregava a sua pele com tanta força que começou a arder, mas nada se comparava com o terror que ela passou a pouco, as lembranças a fazia chorar e mesmo sem saber o porque se sentia culpada, como se merecesse aquilo, desligou o chuveiro e vestiu um conjunto de moletom, mesmo com o clima abafado. Trancou a porta e a janela, pôs a roupa daquele dia em uma sacola e chutou para de baixo da cama, deitou na sua cama e desejou não acordar mais.

                                                    /...../

Com tudo que aconteceu mais cedo Maria decidiu ir até a cabana e  Vivian estava  a acompanhando.

— Eu sei que talvez não seja o momento, mas essa cabana é muito legal. – Vivian se encantara com o lugar.

— Tudo bem, eu também gostava muito daqui. Eu vou procurar no andar de cima e você procura aqui em baixo.

— Tudo bem, mas o que eu devo procurar?

— Documentos, bilhetes e diários, a vida dela está toda em diários.

— Que deprimente. – Disse pondo as luvas. – Vai ser como nos velhos tempos. – Sorriu.

Maria estava no quarto que pertencera a Patrícia, estava sendo muito cuidadosa de tirar e por tudo no lugar, quando percebeu que havia um fundo falso em uma das gavetas da penteadeira. Quando abriu o compartimento, viu o diário da sua amiga, folheando percebeu que era o mais recente, cerca de 2 anos antes da sua morte. Pôs tudo no lugar e desceu para se encontrar com Vivian.

— Vivian, achei. – Disse mostrando o diário.

— Que ótimo Maria, mas temos um problema. – Disse apontando para uma caixa. – Você sabe que eu vim de uma família de ladrões, e conseguimos perceber quando algo está faltando, poxa como eu era boa nisso, me lembro uma vez quando eu tinha 6 anos e.

— Foco Vivian. Não podemos demorar. – Ali não era hora para histórias.

  - Tudo bem, eu achei essa caixa em cima da estante de livros do escritório, está vazia, mas veja. – Mostrou o interior da caixa. – Está vendo que as marcas? Havia vários livros aqui e foi tirado há pouco tempo, presumo que no máximo um ano. Agora que você me mostrou esse diário, ele tem as medidas certas dessas marcas.

— Alguém esteve aqui antes de nós, mas por sorte eu tenho o mais recente. Vamos guardar essa caixa e ir embora, tenho uma leitura pra por em dia.

                                                         /...../

Como Maria não percebe no que está se metendo? Não posso culpa-la, mas esse amor tão lindo que ela sente, pode acabar matando ela. Porém ela teve sorte de se casar com o Estevão, é o único da família que se salva. Tentei abrir os olhos dela várias vezes, mas ela não me ouve, tenho de tomar cuidado Arthur já está desconfiando de mim. Se algo acontecer, quero que meu filho saiba que o amo.

29/01/1996

Exatamente há 22 anos, e em cada palavra podia ouvir a voz da sua amiga, como se ela tivesse recitando para Maria. O que Patrícia  teria descoberto, será que isso há levou a morte?

— Só espero que eu não morra antes de recuperar os meus filhos. – Abraçou o diário e chorou, sentiu um aperto no coração e um sentimento de que o diário se transformasse na sua Estrelinha. Algo estava errado, precisava proteger a sua filha.

  


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