A Última Ruiva escrita por Orpheu


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente gostaria de agradecer a cada um que favoritou a história e que esta acompanhando. Sério, galerinha, meu coração transborda de alegria com isso. Espero que goste desse capítulo e se possível deixe o seu comentário. Boa Leitura!



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— Pedi para separarem um bom quarto para você, espero que goste dele. – disse o príncipe já abrindo uma bela porta de madeira ornamentada.

O quarto era lindo. Possuía uma grande cama com dossel, feita de madeira escura o que dava um ar de realeza. O cômodo inteiro era um conjunto perfeito e harmônico. Possuía uma estante repleta de livros e as janelas... Ah sim, aquelas janelas eram as maiores que já tinha visto, a apenas alguns centímetros do chão e se estendiam por quase toda a parede. A iluminação ali era belíssima.

— Imaginei que esse quarto se adequaria mais as suas necessidades. Se você olhar pela janela – disse ele colocando a mão em minhas costas e me conduzindo para mais perto do objeto mencionado – Você poderá ter uma excelente visão do Jardim dos Fundos e de nosso bosque particular. Sinta-se a vontade para ir lá quando quiser. Deixei claro para os guardas que sua passagem pelo castelo é sem restrições.

A vista era bonita. A grama do jardim parecia bem nivelada e aparada, além dos diversos arbustos das mais variadas flores. Aquele jardim era tão colorido e tão vivo. Em alguns momentos era possível ver o ecossistema que vivia a partir dele. Abelhas e beija-flores, coletando pólen, outros pássaros ajeitando em seus ninhos juntamente com suas crias. Aquele jardim era vivo.

 Fiquei um tempo admirando aquela paisagem. Aquele quarto já havia me ganhado somente pelo amplo espaço e as belas janelas, regalias essas que não tinha ao meu dispor em casa. Perdi-me vendo as flores dançarem com o vento e acabei me esquecendo de que havia alguém do meu lado. Finalmente me viro para poder agradecer pelo quarto quando um criado aparece.

— Vossa majestade? O senhor é requisitado na sala de conferência. O compromisso do dia acabou de chegar.

— Claro, claro.... Havia me esquecido que Helena não seria a única visitante do dia. Bem, espero que você faça bom proveito desse quarto – disse voltando suas palavras para minha pessoa - Caso sinta que algo esteja faltando, basta avisar a uma de suas criadas que designei para tomarem conta de você.

— Eu posso me virar sozinha, não tem necessidade de criadas. – não gostaria de ser um estorvo para nenhum empregado do castelo, além de sempre preferir fazer tudo por mim mesma.

— Enquanto você for a minha hóspede quero ter certeza que todos os seus caprichos sejam realizados. Aceite as criadas, pelo menos no começo, enquanto você se acostuma com os horários de refeição e banhos daqui do castelo. Tenho que ir. Agradeço novamente por aceitar o meu convite e nos vemos mais tarde.

 Com essas palavras o príncipe se despediu e marchou, juntamente com o criado que não parava de olhar para meus cabelos, em direção à saída. Eu apenas fiquei ali, admirando a paisagem e esperando o restante de minhas malas chegarem, precisava pôr algo mais confortável que o longo vestido de gala que mamãe me fizera vestir.

Se minha mãe estivesse aqui certamente diria para continuar com o mesmo vestido ou se fosse para trocar que colocasse um ainda mais enfeitado e belo. O único problema era que quanto mais ‘enfeitado’ fosse o vestido, mais desconfortável era para eu usá-lo. A necessidade de se vestir para agradar aos outros não fora muito bem recebida em minha mente.

~x~

Minhas roupas finalmente haviam chegado e eu, com bastante agilidade, troquei para um vestido mais confortável e com poucos adornos. As moças que haviam sido designadas para me ajudarem também já estavam ali. Ficavam sentadas em algumas almofadas que ficavam no chão, apenas esperando. O nome delas era Íris e Anastácia.

Íris era adorável, cabelos negros, olhos verdes e um rosto levemente arredondado, possuía feições inocentes e se fosse de uma família nobre estaria repleta de pretendentes. Anastácia era totalmente o oposto da outra, era mais velha, cheia de cabelos brancos e rugas, parecia ter anos de experiência como ‘criada pessoal’ tanto que se espantou quando chegaram ao quarto, com a segunda leva de bagagens, e eu já estava trocada.

Enquanto elas ficavam ali sentadas, quietas, já que a mais velha parecia não ser do tipo social, eu lia alguns livros que havia naquela estante. Foi assim que passei a minha primeira tarde no castelo, dentro de meu quarto com uma mulher amarga e outra de feição meiga.

Quando olho para a janela, o Sol já está se pondo. Sons de batida na porta são ouvidos e alguém que não conheço avisa que o jantar seria servido em breve e para estar pronta até lá. Guardei meu livro e comecei a olhar dentre as opções de roupas, escolhi uma bem simples. Anastácia não pareceu satisfeita.

— Senhora, não seria melhor um vestido mais elegante? Afinal é a sua primeira noite no castelo e ainda há outros convidados do príncipe no castelo, a senhora certamente desejaria passar uma boa impressão para eles.

— Prefiro algo mais confortável e pelo que parece com tantas pessoas na mesa não quero que um vestido grande e espaçoso acabe atrapalhando a pessoa ao meu lado.

Anastácia que já era de poucos sorrisos, fechou totalmente seu rosto. Não parecia feliz com aquilo e saiu do quarto apressadamente com um “faça como quiser, senhora”, embora o ‘senhora’ tenha saído com certo desdém em minha opinião. Quanto a Íris, ficou ali, apenas com uma expressão assustada.

— Íris, você poderia pegar o pente que guardei naquelas gavetas – disse apontando para o local, a garota assentiu com a cabeça e rapidamente foi em direção à gaveta, fazendo certo barulho e bagunça enquanto procurava.

— Senhora, será que eu... Bem, será que eu posso pentear seus cabelos? – um pouco acanhada e com vergonha de dizer, parecia que não tinha passado uma boa impressão para ela.

— Claro, irei me sentar em frente à penteadeira para facilitar seu trabalho.

Íris parecia receosa em tocar em meus cabelos. Entendia o sentimento, certamente era a primeira vez que ela via cabelos como os meus.

— Não precisa ter medo, é apenas cabelo. A única diferença é que ele possui uma tonalidade diferente do comum – disse rindo e ela, com uma expressão mais aliviada também se pôs a rir.

A suavidade e delicadeza com que penteara meus cabelos me mostrou que Íris estava tendo todo o cuidado e carinho com meus fios vermelhos. Annabel, em todos os anos que fora a responsável por tal função, jamais teve toque tão suave como da garota que eu observava o reflexo no espelho.

— Seus cabelos são tão longos e macios, minha senhora. Queria eu ter algo tão belo assim...

— Obrigada, Íris. Minha mãe não permite que nenhuma tesoura chegue perto de meus fios, por isso apenas aparo as pontas de vez em quando. Mas não se autodeprecie tanto assim, como eu disse antes, é apenas cabelo. Você tem um rosto muito bonito também e tenho certeza que não sou a única a pensar assim.

— É a primeira, além de minha mãe, que diz em voz alta então. Cavaleiro algum me fez tal elogio e se fizesse já estaria me casando com ele. – riu de suas próprias palavras

— Não duvide do destino. A mesma força misteriosa que me fez nascer com cabelos vermelhos é capaz de trazer para você alguém.

— Mas acho que não terei a mesma sorte da senhora. Ser convidada do próprio príncipe e ser recebida pelo mesmo na entrada. – um suspiro apaixonado saiu de Íris. Ela me lembrava de Lizza, meiga e romântica todo momento.

— Isso só aconteceu por causa de meu cabelo e de meus pais, que quando querem algo conseguem, não importa como.

~x~

Quando meus preparativos terminaram, fui guiada até o salão de jantar. Havia uma distância significativa entre eu e a porta, mas o alto volume que as pessoas lá dentro faziam era forte o bastante para irromper além da madeira.

— Todos os jantares no castelo são tão animados assim?

— Geralmente são mais silenciosos, senhora, mas como o príncipe está com cavaleiros de alto nível foi decidido que teríamos uma janta mais eufórica e atrativa. – Íris me respondeu, enquanto servia de guia.

Quando a porta se abriu para mim, todo o salão voltou as atenções para o rangido feito pelas dobradiças envelhecidas e, é claro, para mim, a garota de cabelos vermelhos. Todos os tipos de olhares, dos mais variados, estavam sendo direcionados a minha direção. O embaraçamento foi tanto meu como de Íris, que estava ao meu lado.

Seguindo Íris, fui em direção a um lugar para sentar, enquanto lentamente todos voltavam a se ocupar com que estavam fazendo antes de minha chegada. O salão de jantar, como tantos cômodos daquele castelo, era colossal. Embora já houvesse anoitecido a iluminação clareava cada parte do salão, não permitindo nenhum canto de escuridão. A mesa era longa e pareciam caber cinquenta pessoas, a maioria dos assentos já estava ocupada naquela noite.

Patrões e empregados importantes jantavam juntos ali, por isso tantas cadeiras. Quanto ao barulho, músicos haviam sido contratados para o entretenimento, assim também como alguns malabaristas e mágicos. O jantar mais parecia com um show de apresentação. O salão se enchia com as risadas escandalosas dos senhores e senhoras da realeza.

“Nenhum sinal do príncipe. Com certeza alguém da família real não jantaria com a plebe, mesmo tendo convidados tão importantes como Íris disse”, pensei enquanto direcionei meu olhar para o lado, onde minha guia deveria estar sentada, mas o que vi foi um príncipe apoiando seus cotovelos na mesa e olhando para mim. Assustei-me.

— Desculpe, não queria te assustar, Helena – disse com um sorriso – Apenas queria saber como minha hóspede passou seu primeiro dia no castelo. As criadas que enviei lhe trataram bem? Não estou vendo Anastácia aqui.

— Ela disse que tinha alguns assuntos a tratar, então a dispensei – menti – Passei a maior parte da tarde organizando minhas malas, depois disso descansei lendo um bom livro, então, até agora estou tendo uma ótima estadia no castelo... Vossa majestade.

— Fico feliz por isso e também triste por eu, o anfitrião, não poder dar a devida atenção a todos que me visitam. Vê aqueles dois senhores ali? – olhou na mesma direção que desejava que eu olhasse, onde estavam sentados dois homens baixos, calvos, porém com uma barba cheia e bem feita e com uma barriga saliente, e continuou falando – São dois grandes comerciantes que fornecem as mais diversas regalias para o reino. Meu bom pai aprecia muito a amizade deles e é meu dever fazer com que sejam bem recebidos.

— Eu entendendo, Vossa Majestade, não se preocupe comigo. Gostaria de aproveitar par... – quando estava prestes a agradecer pelo quarto que me dera, juntamente com a bela vista, um empregado o chama.

— Desculpe, preciso voltar para o meu lugar ali na frente. Tirei a pobre moça que estava sentada aqui apenas para saber se você estava bem, Helena. No próximo jantar ficaria feliz se sentasse mais próxima de minha cadeira. Tenha uma agradável refeição, com licença.

Saiu com o mesmo sorriso que se apresentou antes. Íris, que estava ali distante voltou para o seu lugar. O decorrer do jantar foi normal, na medida do possível. Foi-nos servida uma entrada, o prato principal e por fim a sobremesa, sempre em grande festa. Em momento algum as risadas pararam. Aquele jantar certamente fora o mais inusitado que eu já participei.

Pessoas paravam de comer para começarem a dançar ou então puxavam cantigas e um coro de pessoas passava a cantar. Os músicos, já soando, não paravam de tocar e era uma melodia mais feliz do que a outra. No entanto o príncipe não saiu de seu lugar, batia palmas e comemorava juntamente com as pessoas, mas era somente isso. Íris percebendo meu olhar atento ao filho do rei, diz:

— O príncipe nunca dança nesses jantares. Já ouvi algumas garotas dizendo que ele é um ótimo dançarino e que adorariam ter o prazer de serem acompanhadas por ele em uma valsa, mas nos dois anos que trabalho aqui, nunca o vi dançando, apenas acompanhando o ritmo com os pés.

— Para alguém dar um jantar tão animado como esse deve ser porque deve ser um apreciador de festas, mas é realmente estranho ele não dançar.

— E você, senhora? Durante todo o jantar apenas ficou aqui sentada. Por que não aproveita?

— Como diz uma amiga minha ‘longe de mim’, sou apenas uma observadora. Ainda é meu primeiro dia no castelo, não quero parecer uma maníaca por comemorações – Claro que era mentira.

Papai jamais me permitira participar das festas que ele e mamãe iam, apenas quando eu era requisitada pelo dono da mesma. Meu pai não apreciava me expor tanto assim. “Se todos virem o seu cabelo ele deixará de ser uma novidade, minha querida”, expressava minha mãe quando pedia qualquer coisa com relação aos nobres bailes.

— Espero que ainda a veja dançar– apenas consegui sorrir como resposta.

~x~

O jantar foi dado como encerrado assim que a música parou. Lentamente todas as pessoas foram se levantando e indo em direção a seus quartos, embora alguns tenham adormecido ali na mesa mesmo, enquanto outros andavam cambaleantes por causa das bebidas.

Eu estava bem, havia bebericado um pouco de vinho, mas uma quantidade tão inofensiva que meu corpo sequer sentira o efeito do álcool. Ao contrário de mim, Íris, que eu julgara uma moça calma e tranquila, havia virado algumas taças de vinho e acabara ficando um pouco fora de si. Dispensei-a de seus serviços e pedi para que fosse descansar.

Retirei-me do salão e fui em direção aos meus aposentos quando me distraio com uma bela porta de vidro. Poucas eram as casas que tinham tal preciosidade, afinal a facilidade em furtar uma casa com portas de vidro era bem maior. O corredor estava quieto e não parecia ter ninguém, mas minha curiosidade gritava dentro de mim. Resolvi ver o que havia ali.

Era a porta para o jardim dos fundos. O aroma de flores silvestres penetrou meu olfato. A sensação de calma e tranquilidade que aquele lugar transmitia era a mesma de meu pequeno jardim, a sensação de um local seguro. A partir desse momento senti que passaria algumas tardes minhas contemplando a beleza daquele lugar.

A luz do luar intensificava de uma maneira tão diferente aquelas flores. Na noite aquele jardim parecia se transformar. Tanto de dia como no alvorecer era bela aquela paisagem, mas sobre aquela iluminação da noite se tornava mágico. Não pude evitar olhar para o astro que me proporcionava tal beleza.

Aquela noite estava linda, o céu estava totalmente repleto de estrelas. Sentei-me na grama macia e fiquei observando, meus olhos pareceram até se dilatar mais para poderem enxergar tudo. Imersa em meus pensamentos e pensando na infinidade do espaço, até que sinto alguém sentar do meu lado. Era o príncipe.

— Imaginei que você fosse uma admiradora da natureza, por isso escolhi o quarto com essa vista para você.

— E eu agradeço imensamente por isso. Todas as vezes que nos encontramos no dia de hoje eu quis lhe falar ‘obrigado’ pela vista que escolheu para o meu quarto, mas sempre era interrompida por alguém – tal fato soava cômico para mim – Então, Vossa Majestade, muito obrigada por deixar ao meu dispor um quarto tão belo como aquele.

— Disponha, Helena

Um silencio se instalou entre nós. Continuei observando as estrelas e apreciando a beleza de cada uma. Reconhecia algumas constelações, mas nada que poderia considerar preciso. O príncipe parecia fazer o mesmo que eu, posso dizer que até mesmo com mais vigor.

— Desculpe perguntar, mas o que te trouxe aqui hoje? – interrompi o silêncio e agucei minha curiosidade.

— Costumo vir aqui para aliviar um pouco o fardo de futuro governante. Olhar para esse céu me faz sentir melhor. E quanto a você?

— A porta me chamou a atenção, mas entendo o que você quis dizer com aliviar um fardo. Tenho um pequeno jardim em minha casa que considero o meu refúgio de todos os meus problemas.

Novamente o silêncio se colocou entre nós. O motivo de nós dois ficarmos tão relaxados naquele jardim era bem parecido, embora os fardos fossem diferentes. Estava prestes a explicar isso quando é a vez dele de acabar com o silêncio:

— O peso de ser o futuro governante de todo um reino é um pouco grande, às vezes até penso que precisaria de um jardim maior para esquecer totalmente minhas preocupações...

— Imagine então o de ser a única garota com cabelos ruivos e ver seus pais negociando você como um objeto...

— Pensei que o casamento fosse o sonho de toda garota.

— Engana-se príncipe, algumas querem apenas viver suas vidas.

— Não consigo imaginar uma pessoa tão sem amor. Jamais conheci uma garota assim e já tive a oportunidade de conhecer as mais variadas personalidades femininas.

— Claro, está acostumado com os elogios. Que garota iria contra a palavra de um príncipe?! Tenho certeza que as maiorias das meninas da minha idade ficam eufóricas quando você fala com elas e apenas conseguem soltar risinhos.

Quando terminei minha frase o príncipe simplesmente começou a gargalhar, como se minhas palavras fossem algum tipo de piada. Meu sentimento era de confusão e indignação ao mesmo tempo. Em momento algum o acompanhei em sua risada, aquele assunto era sério para mim.

— Anastácia estava correta sobre você – disse por fim quando conseguiu controlar a risada – Sua cabeça é cheia de ideias e pensamentos loucos. Ela me contou sobre mais cedo, de você não ter pedido a ajuda delas para nada e ainda ter escolhido esse vestido para o jantar.

— Quando você me perguntou de Anastácia no jantar, você já sabia de tudo isso e aceitou a minha mentira?

— Sim, ela foi até meus aposentos contar. Foi interessante ver você inventando alguma coisa, pensando que eu poderia ficar irritado com ela. De qualquer maneira – ele pegou em minhas mãos e com um olhar decidido – Tenho até o final desse mês para ganhar o seu coração!


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Notas finais do capítulo

Acabou! (ou melhor dizer que começou? hehehe)

Bem, quem leu as notas do último capitulo sabe que a ideia era ser uma fic de um único capitulo e que planejava termina ela em breve, pois bem, eu prevejo uma média de cinco (ou um pouco mais) capítulos para essa história. Já que tenho algumas coisas pra desenvolver aqui hahaha

Sábado tem mais! Até a próxima! Espero que você possa acompanhar a história.



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