We are impossible escrita por rafasantanna


Capítulo 4
Home sweet home


Notas iniciais do capítulo

Oi seu lindo do meu coração.
Eu demorei um pouquinho... Me desculpem por isso. É que eu tive que resolver muitas coisas essa semana ai não tive tempo de corrigir algumas coisas que faltavam.
Queria também agradecer as pessoas que tiraram um tempinho para ler essa fix e principalmente as doze pessoinhas que estão acompanhando. Dedico esse capítulo para essas doze pessoas.



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Pov Anne

Passamos pouco mais de meia hora dentro do carro, mas o caminho já era um claro sinal de que algo estava errado. Ao contrário do que eu imaginei, Philipe pegou a estrada em direção a parte mais nobre de toda Coreia do Sul. Alguns minutos depois entramos na garagem de um dos maiores prédios que eu já vi em toda minha vida. Tudo ali exalava luxo e depois de muitos anos eu realmente me senti intimidada.

Mais alguns minutos e as portas se abriram na cobertura. Isso mesmo C-O-B-E-R-T-U-R-A e enquanto ficava que nem uma idiota na porta absorvendo tudo ao meu redor e apreciando Seul pela parede de vidro a minha frente , Phellipe largou as chaves em uma mesinha de vidro e se jogou num sofá branco ligando a televisão enorme na parede em frente.

 - Não sei se esse tempo todo longe te deixou mais retardada ou se a ficha ainda não caiu, mas essa agora é a sua casa. Por isso, a partir de agora é bom você mudar essa cara de lerda e ir pro seu quarto. Que aproposito fica na primeira porta a esquerda - Falou meu irmão ainda concentrado na tv.

Me arrastei até o meu quarto tentando absorver tudo o que aquelas paredes de vidro e móveis luxuosos significavam.

Abrir a porta do meu quarto foi como levar um tapa na cara. Claro que com meu pai sendo professor de música sempre fui muito ligada a essa área. Meus pais tinham o costume de dizer que eu nasci para cantar e antes mesmo de andar eu já dançava como uma profissional - Pais sendo pais - contudo depois que o meu pai me abandonou com Clara jurei a mim mesma que nunca mais dançaria ou cantaria. Era doloroso demais lembrar como a única pessoa com quem tinha uma boa relação me abandonou sem nem ao menos lutar por mim.

O fato é que eu nunca falei sobre minha decisão com ele e acho que esse foi um dos fatores que o levou mobiliar  meu quarto com todas as coisas que eu queria esquecer.

Sem ter muito o que fazer acabo largando minhas coisas em um canto e me jogo na cama. Alguns minutos o cansaço me vence e acabo dormindo

                                   

Tudo ao meu redor está escuro. Até mesmo a lua está coberta por uma camada de nuvens e mesmo que haja uma neblina sei que estou no cemitério onde minha mãe foi enterrada.

Poucos metros a minha frente um garotinho sorri para mim. Ele esta vestido de branco e parece iluminar as coisas ao seu redor. Sei que o conheço, mas não consigo identifica -lo. Assim que começo a  falar ele vira de costas para mim e corre.

Corro também tentando alcança-lo, mas quanto mais tento, mais longe ele parece estar. Até que não o vejo mais. Me sinto perdida e um calafrio desce por minha espinha. A lápide de Clara está a minha frente.

Deramo todas as lágrimas acumuladas nos últimos dias. Deixo o pesar da perda derramar para fora de mim e depois do que parecem horas de vazio, sinto uma presença às minhas costas. O garoto de antes está de volta, mas seus olhos não são mais como chocolate derretido, me passando um sentimento de segurança e conforto, agora eles são gélidos. Seu corpo de sete anos se transformou em um belo homem, mas de alguma forma sei que ela não se agrada em me ver aqui. Taehyung vem andando em minha direção com muita raiva.

— Não deveria estar aqui. - fala nunca desviando os olhos dos meus.

Abaixo a cabeça envergonhada pois sei que fiz algo errado. Ele  passa as mãos no cabelo, sei que está frustrado comigo, mas não ouso me mexer e nem mesmo olha-lo.

— Ainda temos tempo, mas você tem que ir agora.- Diz segurando meu rosto. Ele olha para o lado algumas vezes e então sinto uma mão em meu pé. Ela me puxa rapidamente para baixo e a última coisa que consigo ouvir é Tae gritando meu nome.
                                 

Acordo assustada e suada. Foi só um pesadelo. Um pesadelo com Taehyung. Um pesadelo que eu não conseguia entender de forma alguma.

 Sacudo a cabeça tentado me livrar desse sonho estranho, quando percebo que realmente há uma mão em meu pé.

William está parado ao pé da minha cama. Sua mão acaricia meu tornozelo e há um sorriso tomando seu rosto.

— Olá Annabeth. - Diz ele sem desmanchar o sorriso.

Ele levanta até que esteja perto o suficiente para me abraçar. Fico estática porque realmente não esperava essa reação dele.

— Sei que a situação não é a melhor, mas fico feliz de ver que a minha menina cresceu tanto.- Diz ele ainda grudado em meu pescoço.

Tento ao máximo me controlar. Me desfaço de seu abraço e olho no fundo de seus olhos. Ele parece decepcionado.

— Em primeiro lugar não sou mais uma criança William e em segundo lugar ninguém me chama de Annabeth desde que eu tinha quinze anos. Claro que você não sabe disso porque nunca ligou muito, mas se for se dirigir a mim pelo menos se dê a deiscência de me chamar de Anna. - Falo levantando de minha cama.

Ele parece decepcionado com a forma que eu me dirijo a ele, mas já deveria esperar, afinal não nos falamos desde que ele se mudou para Coreia.

— Bom... Só queria saber se fez uma boa viagem e avisar que o jantar já está pronto.- Diz ele

 - A viagem foi cansativa com se é de esperar. Se não se importa gostaria de me trocar antes de descer para a janta.- Falo parada na porta de meu quarto.Ele enfim entende a deixa se levantando e saindo do quarto.

Troco de roupa e me dirijo a cozinha. Estou na porta quando sou atingida pelo cheiro de carne. Poucos segundos depois avisto uma Lasanha a bolonhesa em cima da mesa. Meu irmão e William estão com as bocas sujas se deliciando.

— Fiz sua comida preferida ANNA. -William fala meu nome como se quisesse provar que se importa com minha opinião. -Achei que seria bom já que é seu primeiro dia aqui.- Ele me olha com um sorriso, mas a única reação que tenho é uma careta de nojo.

— Sinto muito William, mas não como carne a mais de dois anos.- Meu lado "humano" fala mais alto quando vejo sua carinha feliz se desfazer e o mínimo que posso fazer é agradecer. -Mesmo assim obrigada pelo esforço. Se não se importam vou voltar para o meu quarto. - Falo já virando em meus calcanhares, quando ouso sua voz mais uma vez.

— Se estiver com fome posso fazer alguma outra coisa para você comer. - Fala William se mostrando realmente preocupado. Sei que ele está se esforçando muito para recuperar o tempo perdido por isso sento na mesa e aceno com a cabeça fazendo ele se levanta e ir em direção a geladeira.

 Alguns minutos depois tenho um prato de panquecas vegetarianas em minha frente. Durante o resto da janta tento dar alguns acenos de cabeça e murmúrios enquanto William fala sobre o modo de vida nesse lado do mundo. Até que caímos em um assunto que chama minha atenção.

— Bom Anna eu e seu irmão conversamos e achamos que seria bom você ter uma atividade aqui por isso a partir de amanhã você será a nova aluna de Música da Universidade Konkuk.- Olho para os dois incrédula e dou um tapa na minha testa. Com certeza esses vão ser uma loooongos messes.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo amores.



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