Break Walls escrita por skyspracer


Capítulo 9
Capítulo 8




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Após um leve cochilo que durou algumas horas, Alec acordou, ainda ao lado de Sebastian. Seus fios de cabelo bagunçados sobre a sua testa, algumas mechas cobrindo até mesmo os olhos fechados. Uma de suas mãos extremamente brancas apoiava-se nos ossos das costelas de Alec, e a outra, sob sua própria cabeça. Ela devia estar dormente, Alec pensou. Com cuidado, se pôs sentando na cama, levantou a cabeça de Sebastian, acariciando levemente com os dedos os cabelos loiros, e retirou a mão dele dali debaixo. Pôde ouvir um pequeno gemido de dor vindo do rapaz loiro, fazendo-o soltar uma respiração pesada.

— Acho que estava mais confortável sem sentir a minha mão - resmungou Sebastian abrindo e fechando a mão tentando fazer o sangue circular pela mesma.

— Desculpe, não quis te acordar - respondeu Alec rindo. - Da próxima vez eu deixo sua mão precisar ser amputada.

— Terá uma próxima vez? - Perguntou e sorriu de lado.

— Não foi isso que eu quis dizer. É apenas uma exp... - foi interrompido por um beijo repentino. Os braços de Sebastian, agora ajoelhado no colchão, se colocaram em volta do tronco do Lightwood, que por sua vez, encaixou as mãos por baixo de cada orelha enquanto acariciava o maxilar com seu polegar e as mechas de cabelo com o resto dos dedos. O loiro jogou Alexander no meio da cama e se deitou por cima do mesmo, colocando uma perna de cada lado do corpo, sem parar de beijá-lo. Começou a puxar a camisa de Alec para cima e por um segundo os lábios precisaram se apartar, mas rapidamente, após a camisa ser retirada e jogada para um lado qualquer, se encontraram com voracidade. Alexander pôs as mãos por baixo da blusa que Sebastian vestia, e fincou suas unhas, que mesmo curtas, conseguiram causar uma pequena ferida, fazendo o loiro arquear o corpo para baixo. Com um barulho de toc toc na porta e um aviso de que o jantar estava pronto, o beijo parou e as testas quase escorrendo de suor se encontraram, assim como os olhos negros e os azuis, que encaravam um ao outro sem nenhuma limitação.

Ainda soltando pesados suspiros, Alec deu um longo selinho em Sebastian e fez força para tirá-lo de cima de si. Quando levanto, deu a volta na cama até encontrar a blusa, que na verdade não era sua, e quando a encontrou, vestiu. Entrou no banheiro, molhou o rosto e ficou se olhando no espelho, acompanhando cada gota de água que escorria pela sua pele e pingava na pia. Depois olhou para baixo e se surpreendeu com duas mãos envolvendo sua cintura e lábios beijando o encontro entre seu ombro e pescoço. Riu de leve e revirou os olhos suspirando. Não se sentiu desconfortável com essa ação, era como se tivesse acontecido um milhão de vezes.

— Vamos logo pra sala de jantar antes que venham nos chamar novamente.

— Sebastian, você sabe que o Sr. Morgenstern não gosta que se atrase para o jantar - gritou uma voz masculina vinda do corredor.

— Foi só eu falar - sussurou - Estamos indo! - disse Sebastian em voz alta, agora puxando Alec pelo braço.

Desceram os inúmeros degraus de granito branco, atravessaram a imensa sala com móveis de luxo e chegaram até a sala de jantar, assim como o resto da casa, completamente luxuosa. Alec sentia que todos na cidade eram ricos. Ele até poderia ser, se tivesse continuado com sua família, mas preferiu morar sozinho em um apartamento miserável.

— Nossa, vocês demoraram tanto! - exclamou Clary com uma expressão de alguém que queria revelar algo. - Aconteceu alguma coisa? O que estavam fazendo?

— Quase trasando - o irmão respondeu sem preocupações enquanto sentava-se na cadeira. Seu pai o olhou impaciente.

— Isso é coisa que se diga em uma mesa de jantar, Sebastian? - perguntou aparentemente irritado.

— Ela que perguntou.

— E quem é o rapaz ao seu lado, filho? Seu namorado?

Alec, ainda de pé, olhou de um lado para o outro, mostrando-se envergonhado e um pouco confuso. Estava se perguntando se era normal um pai receber no jantar um garoto que havia acabado de conhecer e dormir com o seu filho.

— Senta aqui do meu lado, Alec - pediu Sebastian enquanto puxava uma cadeira. - Pai, esse aqui é o Alexander. Ele é da turma da Clary atualmente.

— Semana que vem novas matérias entrarão. Graças a Deus, não precisaremos mais olhar pra cara do mesmo professor o dia inteiro, não acha Alec? - Clary riu e Alec concordou com a cabeça. - Ei, fala alguma coisa. A gente não morde.

— Eu não sei o que falar - sorriu tímido. - Mas, também estou feliz que teremos novas matérias. Só será um pouco mais complicado.

— Acha que ainda teremos aquele grupo de estudos na casa do Magnus?

Continuaram conversando pelo resto do jantar. Alec se sentiu desconfortável no início, quando ficaram falando apenas sobre ele e Sebastian, mas algum tempo depois diversos assuntos, não só sobre a faculdade, foram surgindo. Eles pareciam uma família bem acolhedora, e Clary, mesmo com todos os problemas relacionados ao pai, não se mostrou com raiva ou algo parecido. Todos estavam alegres e isso fez com que Alec se sentisse parte daquilo. A situação era engraçada, pois o estavam tratando como namorado de Sebastian, mas na verdade, mal faziam 24 horas que eles se conheciam.

— Alexander, dormirá aqui novamente? - Valentim, o pai de Clary e Sebastian, perguntou. - Se for voltar para casa, eu posso levá-lo.

— Obrigado, Sr. Morgenstern, mas não é necessário. Vou voltar para casa no meu carro - apertou as mãos do homem a sua frente. - Mais uma vez, obrigado pelo jantar.

— Foi um prazer. Espero que não seja como os outros que Sebastian trouxe aqui e volte mais vezes! Você parece ser um bom rapaz. Até mais, pedirei à meu filho que o leve até o seu carro.

Alguns minutos depois, o loiro chegou e acompanhou Alexander até a porta. Sebastian, do lado de dentro da garagem, o jogou contra a porta fechada e o beijou.

— Fica calmo - Alec pediu entre os beijos. - Seu pai é engraçado. Por que ele e Clary ficaram me tratando como se eu fosse alguém comum na vida deles e na sua?

— Bom, talvez a Clary tenha me mostrado uma foto sua e TALVEZ eu tenha me interessado um pouco por você - fez uma pausa e o deu um selinho -, mas só talvez.

— Ah sim. Talvez seu pai tenha me contado que você já trouxe outras pessoas aqui e talvez eu tenha ficado desconfortável com isso.

— Talvez meu pai seja um homem morto amanhã - bateu o pé no chão e encarou Alec. - Talvez eu tenha gostado de ficar com você.

— Talvez a gente precisasse parar de falar talvez.

— Oh, desculpe. Eu definitivamente gostei de ficar com você e acho que a gente deveria se encontrar mais vezes.

— Eu passo o dia inteiro na faculdade, mas acho que amanhã a gente pode se ver no horário do almoço. Tudo bem pra você?

— Claro, então nos vemos amanhã - deram um beijo de despedida e Alec entrou em seu carro enquanto Sebastian abria o portão.

Alexander entrou em seu apartamento tranquilamente e foi direto para a cama. Com seus tênis jogados no chão e a camisa em cima da mesinha, dormiu desleixado no colchão. Por alguns momentos sentiu falta do colchão macio que havia dormido, e feito outras coisas, na noite anterior. Seu final de semana havia sido incrível, mas o dia seguinte reservava mais estudos e mais estresse. Sentia-se feliz por ter conhecido Sebastian, mais feliz ainda por ter o apoio de Clary, e esperava que pudesse conhecer mais sobre ele.

 


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