Break Walls escrita por skyspracer


Capítulo 8
Capítulo 7




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A luz invadia o quarto através da cortina fina de cor clara. Alec, com os olhos grudados, esticou seus braços para se espreguiçar e sentiu algo estranho em suas mãos. Sem querer socou a cabeceira acolchoada da cama, e imediatamente abriu seus olhos se assustando. Não era sua cama, muito menos seu quarto. Sua cabeça doía em todas as partes, principalmente atrás dos olhos. Na hora não ligou muito para o fato de não estar em seu quarto. Já que na noite passada havia ido para uma festa na casa de Clary, aquele deveria ser um quarto na casa dela. Esfregou os olhos com muito esforço e arrastou o corpo para sentar-se na cama. Um gosto ácido subiu à sua garganta fazendo-o virar para o lado e vomitar no chão.

— Eca, por que você não foi no banheiro? — Um garoto de cabelos platinados adentrou o quarto com o café da manhã nas mãos. Alexander o olhou confuso. — Ah, deixa. Você não deve nem lembrar onde fica o banheiro.

Alec assustado puxou as pernas para mais perto de si e as colocou para fora da cama levantando-se, tentando se afastar da pessoa que estava na porta do quarto. Quando o lençol caiu de suas pernas, percebeu que estava nú. Receoso, puxou o lençol de volta para o devido lugar e encarou o rapaz a sua frente.

— Primeiro, onde eu estou? Segundo, quem é você? Terceiro... — Fez uma pausa olhando para baixo. — POR QUAL MOTIVO EU ESTOU PELADO?

— Ei, calma, Aleczinho! — respondeu o loiro. "Aleczinho? Quem é esse cara?", pensou Alexander. — Estava tão bêbado que se esqueceu de mim? Não se lembra de nada mesmo?

A cabeça de Alec definitivamente estava nas nuvens. Era como se tivesse passado a noite no meio de uma escola de samba, que não parou de tocar os tambores em nenhum momento. Conseguia sentir sua têmpora latejar enquanto sua garganta ardia. Não conseguia pensar direito, mas tinha alguns reflexos na sua mente de quem era o outro no quarto. Sabia que o nome começava com a letra S, mas não lembrava do resto.

— Pode, por favor, me mostrar o banheiro? — Alec perguntou após o platinado colocar o café da manhã em cima da cama.

— Fizemos coisas aqui ontem. Talvez se lembre de algo — disse abrindo a porta do banheiro e gesticulando para que o moreno entrasse, como se estivesse sendo cavalheiro. — Enquanto isso, vou limpar esse vômito aqui — olhou para o vômito enojado, ainda com a porta aberta. — Ou então mandarei alguém limpar.

Alexander trancou a porta do banheiro, deixou o lençol grosso cair no chão. Com dificuldade olhou em volta do local tentando lembrar-se de alguma coisa e apenas alguns flashes chegavam à sua mente. Com os olhos quase fechados, ajoelhou-se e foi se arrastando até o vaso sanitário, levantou a tampa e vomitou ali dentro. Uma de suas mãos apoiadas na tampa e a outra no assento, essa, confortando sua cabeça. Depois de liberar tudo que precisava jogar fora, jogou-se para o lado e ficou deitado no chão na esperança de eliminar do seu corpo todo o cansaço presente. O chão naqueles poucos minutos parecia super confortável, melhor do que qualquer colchão.

— Alec! Aleeeeec! — gritou Sebastian várias vezes enquanto batia na porta. Espantado, Alexander abriu os olhos e mexeu os braços, um deles acertando a privada de cerâmica. Deu um gemido baixo e apertou o punho com a outra mão.

— Eu tô aqui.

— Cara, você tá trancado aí há horas. Morreu aí dentro?

— Ainda nem tomei banho — falou se levantando.

— Eu já, mas se quiser, eu posso tomar de novo.

— Não, obrigado. Nem conheço você.

— Não foi o que pareceu ontem. — Sebastian gritou, aparentando estar saindo do quarto. Alec simplesmente o ignorou e com cuidado abriu a porta do box.

Passou algum tempo ali embaixo. De qualquer forma, não era a casa dele. Quem pagaria a conta de água e de luz seria o pai de Clary, não ele. Ele devia ser rico. A maior parte do tempo embaixo da água morna, ficou tentando lembrar-se do que realmente tinha acontecido. Aos poucos, algo ia aparecendo. Lembrou-se de reencontrar sua irmã e seu melhor amigo, e de um garoto aparecer. Sebastian. Bateu sua cabeça na parede enquanto a água caia nas suas costas. Puta merda, ele transara e não lembrava.

Saiu do banho e pegou a toalha que estava pendurada. Secou-se e procurou suas roupas. Acreditou que não fosse estar dentro do banheiro, então enrolou a toalha na cintura e saiu de dentro do banheiro, e depois, do quarto, percebendo que o café da manhã não estava mais na cama. Ele não conhecia nada daquela casa, então preferiu ficar parado olhando para os lado, à espera de que algum milagre trouxesse Sebastian. Não tinha forças e nem vontade de gritar por seu nome. Encostou-se na parede e esperou.

— Você ainda tá na minha casa? E de toalha? — De repente, Clary apareceu com uma expressão confusa e desconfiada. — E na porta do quarto do meu irmão?

— Eu estava procurando minhas rou... — foi interrompido.

— ALEC, VOCÊ E MEU IRMÃO POR ACASO... — ela parecia perplexa. Abaixou o tom de voz ao perceber o desespero do moreno. — Vocês fizeram... você sabe o quê?

— Eu acho que sim. Não sei, não lembro. Mas não vamos falar de mim — aproximou-se dela e sussurou tentando mudar de assunto. — Você e Jace ontem. Acha que não percebi?

— Não rolou nada, fica calmo. Falando nisso, ele e Izzy foram embora hoje de manhã. E, por algum motivo desconhecido, você ainda está aqui. — No mesmo momento, Sebastian apareceu e abraçou sua irmã por trás.

— Ah, Alec. Eu tinha colocado suas roupas pra lavar, tinha um pouco de bebida derramada. Pode pegar alguma minha. — Alexander voltou para o quarto seguido por Sebastian. O loiro tirou uma blusa, uma cueca e uma bermuda de dentro de seu guarda-roupas e as entregou para Alec. Os olhos azuis o encararam, como se timidamente o estivessem pedindo para que Sebastian se virasse. — Ah, qual é? Já vi tudo ontem. Tanto faz. — Contra sua própria vontade, virou-se e esperou até que Alec dissesse que poderia virar. — Então, você vai ficar pro jantar?

— Jantar? — Procurou por seu celular e quando o encontrou, olhou o horário, 16:15. — Eu passei esse tempo todo dormindo? — Sebastian apenas riu e não o respondeu. Deitou-se na cama, e Alec achou que deveria deitar-se também. Ficaram virados um para o outro, olhando-se nos olhos, como se estivessem conhecendo um ao outro, sem utilizar palavras. O platinado colocou suas mãos sobre o rosto de Alexander e acariciou sua bochecha.

— Eu gostei de ontem — disse com certa sinceridade. Alec tinha quase certeza de que tinha ruborizado, mas ignorou. Fechou os olhos e sorriu timidamente. Aproximou-se e beijou-o nos lábios lentamente. Alec nesse momento percebeu que se apaixonava facilmente, e isso poderia dificultar sua vida de diversas formas. Mas enquanto estava sendo bom, ele aproveitaria.


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