Break Walls escrita por skyspracer


Capítulo 4
Capítulo 3




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/695248/chapter/4

Às exatas 6 horas da manhã, o alarme alto e estridente do celular de Alec tocou, despertando-o de um sono calmo. O rapaz abriu os grandes olhos azuis com certa dificuldade e posicionou-se sentado no colchão. Esfregou os olhos e deslizou o dedo indicador na tela do celular para desligar o despertador e interromper a músiquinha desagradável. Levantou-se e foi direto para o banheiro. Mais ou menos vinte minutos depois, estava pronto. Como ainda havia muito tempo até precisar sair, decidiu que tomaria café da manhã em sua casa. Preparou um misto-quente sem muito esforço e comeu. Quando olhou no relógio, ele marcava 06:30. Escovou os dentes, pegou sua mochila e dirigiu até seu destino.

Chegando lá, faltavam no máximo 10 minutos para que a aula começasse e ele não tinha nada para fazer do lado de fora, então foi direto para a sala de aula. Assim que entrou, percebeu que ainda estava vazia. Exceto por uma pessoa.

— Uau! Chegou antes que o sinal tocasse. Vejo que você é um aluno muito aplicado, Alexander. — Magnus disse virando sua cadeira para a porta.

— Bom dia também, Sr. Bane.

— Pra você é Magnus — falou fazendo os olhos de Alec revirarem. Enquanto Alexander andava até uma cadeira, o professor pareceu lembrar-se de algo. — Ah, hoje irei falar algo na aula que provavelmente te deixará feliz.

Alec sentou na cadeira mais próxima de Magnus e ficou olhando-o enquanto o mesmo lia e escrevia concentrado em uma apostila. Seus pensamentos flutuavam em diferentes direções ao mesmo tempo que seus olhos focavam em apenas uma. O rapaz só conseguia contemplar os traços faciais de Magnus: os olhos pequenos encarando a folha de papel a sua frente, a pálpebra caída, o nariz torto, os lábios finos. Alexander parecia querer guardar todas as características.

— Você está me desconcentrando. Pode, por favor, parar de me admirar? — Magnus disse girando uma caneta entre seus dedos, fitando o de olhos azuis.

— Eu — fez uma pausa parecendo procurar as palavras certas para usar naquele momento — não estou olhando para você.

O professor soltou uma risada nasal e voltou a escrever no papel. Alec, visivelmente constrangido, afundou o rosto em suas mãos. Logo em seguida, o sinal tocou e vários alunos entraram fazendo um grande tumulto. Após todos sentarem-se, o professor começou a falar:

—   Bom dia! — Disse recebendo um cumprimento em uníssono. — Eu não lembro se falei pra vocês sobre um projeto do qual eu tirei a ideia de uma série? — Alguns alunos entreolharam-se com expressões confusas. — Ok, parece que não. Bom, eu, hoje, irei dizer o nome de cinco pessoas que formarão um grupo de estudos na minha casa. Eu me lembro muito bem de dizer isso... Tanto faz, vamos à aula.

Algumas horas depois o sinal da universidade tocou indicando o horário de almoço dos estudantes e dos professores. Mas, dessa vez, não foi como Alec esperava. Magnus não o chamou para almoçar e isso o deixou levemente chateado. Não que ele realmente estivesse querendo almoçar com o professor... Ou talvez estivesse. Alec, nesse caso, seguiu sozinho, até o lado de fora da universidade, onde se localizava uma das lanchonetes. Havia outra do lado de dentro, mas era muito barulhenta e desconfortável. Comprou uma coxinha e um suco de laranja que estavam na promoção. Sentou-se no gramado e ficou observando os outros indivíduos enquanto comia.

— Ahn, olá? Podemos nos sentar com você? — Alec olhou para quem havia falado com ele e visualizou olhos verdes tímidos. "Clary", pensou.

— Olá, podem sim. Clary e Simon, certo?

— Sim! Então, Alexander, você não tem amigos?

—  SIMON! — Clary repreendeu-o. — Bom, é que você está sozinho, e na aula parece não falar com ninguém.

— Por isso vieram sentar comigo?

— Não, não — ela parecia aflita.— Por favor, não pense isso. Nós só pensamos que seria legal fazer amizade com você. Então, o que acha sobre esse tal grupo de estudos?

— Parece ser bom. Deve ajudar bastante na hora de estudar para a prova e tal.

— Acha que vai ser escolhido?

— Talvez. O Mag... — fez uma pausa ao notar seu pequeno erro — O professor disse que escolheria alguém que se dedique às aulas, e hoje é o segundo dia de aula. É estranho que ele escolha tão rapidamente.

— Ele parece ter gostado de nós. Ontem ele perguntou nossos nomes, lembram? — Simon perguntou.

—  Ah, Simon, ele deve ter perguntado aleatóriamente.

— Acho que perguntou para as pessoas que o interessaram. — Simon respondeu e logo em seguida abocanhou um pastel que Alec não conseguiu descobrir o sabor. Poucos minutos depois, o sinal tocou novamente. Com certa dificuldade, Alec levantou apoiando-se no chão de grama. Limpou as mãos na calça e pegou a mochila.

— Eu vou no banheiro, podem ir pra sala sem mim — disse a ruiva enquanto andava olhando para trás. Simon e Alec jogaram os restos na lixeira e foram para a sala de aula.

Horas depois do fim do horário de almoço, Magnus interrompeu a aula.

— Imagino que estejam bem ansiosos para saber sobre o grupo de estudos. Você aí de blusa vermelha, como se chama?

— Maia Roberts. 

— Ótimo, você está no grupo. Alexander Lightwood, Clary Fray e Simon Lewis, vocês também estão. — Alec olhou para trás e viu Simon dando uma cotovelada delicada em Clary. Magnus fez uma pausa e começou a fazer uma conta com os dedos. — Está faltando um — percorreu os olhos pelo lugar. — Não gosto muito de vocês. Vão ser só esses quatro mesmo. Faltam vinte minutos para acabar a aula, vocês estão liberados. Só o grupo de estudos fica, por favor.

Mais ou menos dez minutos depois a sala já estava vazia, contando apenas com a presença dos estudantes selecionados e o professor.

— Professor, não estou querendo reclamar do seu modo de trabalhar ou algo assim, mas, são quase sete horas da noite. Não é ruim irmos na sua casa e voltarmos tarde para as nossas? Além disso, a gente nem te conhece pra ficar frequentando lugares que não conhecemos com você. — reclamou Simon.

— Querido, estou fazendo isso para ajudá-los. E vocês não vão voltar tarde — disse enquanto guardava os livros —, eu moro bem perto daqui, são mais ou menos 15 minutos de carro. Os estudos terminam ás 22 horas, não é tão ruim assim. Vamos?

Magnus levou o grupo até o estacionamento da faculdade e apertou um botão na chave que havia retirado do bolso. Um carro grande de cor escura piscou as luzes do farol e fez um som de bip.

— Então quer dizer que ser professor dá dinheiro?

— Fica quieto, Simon, nunca te pedi nada — disse Clary enquanto escondia seu rosto com as mãos parecendo estar envergonhada devido à atitude do melhor amigo. Magnus fez um gesto indicando a entrada deles dentro do carro. Simon, Clary e Maia entraram, mas, na vez de Alec, ele percebeu que só haviam três lugares nos bancos de trás. — Vai no da frente, Alec.

"Não é possível", pensou Alec ao perceber um sorrisinho se formando nos lábios de Magnus, "ele deve estar fazendo isso de propósito".

— Ah, eu esqueci uma coisa — respondeu Alexander rapidamente. — Eu vim de carro, então ele está aqui, não é necessário que eu vá com vocês.

— Não tem problema. Você pode deixar o carro aqui e eu te levo pra casa — sugeriu o professor.

O de olhos azuis, contra sua vontade, entrou e Bane fechou a porta do carro, em seguida, indo em direção ao banco do motorista. À essa altura todos já estavam imaginando que o mais velho era algum tipo de estuprador querendo levá-los para o lugar mais afastado da cidade e fazer coisas horríveis com eles, mas mesmo assim, continuaram sem reclamar. O caminho todo foi tomado por puro silêncio. Todos mexendo no celular, menos o "motorista" que, obviamente, estava prestando atenção na direção.

Assim como o mais velho disse, em quinze minutos, eles chegaram. Alec pode escutar um "uau!" em tom de espanto saindo da boca de cada um dos adolescentes. Basicamente, Bane morava em uma mansão luxuosa. Muros de cores claras, telhados de pedra, chão com grama escura. Magnus estacionou o carro na garagem subterrânea e saiu junto com os universitários.

— Herança — disse Magnus antes mesmo de Simon perguntar alguma coisa. — Meu relógio marca 19:20, temos bastante tempo, vamos logo.

O professor, que agora sabiam que era rico, os levou até uma sala que aparentava ser uma biblioteca, ou um escritório e os avisou para se acomodarem pois ele iria buscar algo para eles comerem. Logo depois, voltou com um homem de aproximadamente 50 anos que segurava uma bandeja com sucos e sanduíches.

— Abram o Livro Um no capítulo 4.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Break Walls" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.