Magia escrita por Marina Saint, Andorinha Areia, Lara Manuela de Souza


Capítulo 4
O primeiro caso


Notas iniciais do capítulo

O segundo capítulo de hoje!!!
Leiam com bastante atenção
;)



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Estava passando dos limites. Com toda a certeza aquele professor era maluco. Magia? Não fazia sentido. Principalmente a parte sobre que Rick precisava de proteção. Será que não ouvira a parte que ela que havia feito o desenho? Ela. O foco deveria ser ela, não o pobre do Rick. Era incrível como todos a ignoravam.
Jogou a mochila no chão do elevador e apertou o botão do vigésimo segundo andar, onde sua avó morava. Quando queria sossego era pra lá que ia. Queria mais que tudo descansar e dormir por aqueles dois dias abençoados que chamamos de final de semana.
As portas do elevador se abriram e uma moradora entrou com um comportado labrador branco. Era Margareth, uma senhora muito simpática com ela, uma das únicas, na verdade. Ela era cega, mas era como se realmente enxergasse pois logo cumprimentou Alícia, com um aperto de mão e sorriu, antes de descer em seu andar com seu labrador, que procurava a todo custo se manter o mais longe de Alícia, sem perder a pose. Patético. Todas as espécies mantinham-se longe dela, com exceção dos gatos, que não estavam nem aí com nada mesmo.
Ao chegar ao seu andar, nem foi preciso que tocasse a campainha para que sua avó abrisse a porta.
— Bom dia, meu amor, entre. – Ao ver a amada avó, Alícia sorriu docemente e entrou no apartamento.
Não era muito grande, após a morte do marido, sua avó se sentiu muito sozinha em uma casa. Logo comprou um apartamento, que Alícia tinha ajudado a decorar, pintando todas as paredes, ajudando a senhora a superar a perda.
Era a única avó que tinha, mãe adotiva do seu pai. Como sua mãe não gostava muito da sogra e seu pai estava em constante movimento, Alícia era a única que a visitava, normalmente com Rick, que aproveitava para fugir da família problemática que não o aceitava.
A vontade que tinha era de correr direto para seu quarto e dormir. Era campeã nisso. Quando tinha problemas dormia, e esperava que seus sonhos dessem a solução. E sempre funcionava.
Mas não queria faltar com respeito à sua avó, então sentou-se num sofá e começou a colocar tudo pra fora, desde o primeiro dia de aula, quando sua professora perguntava o nome de todos, menos o seu. Quando os coleguinhas da escola se afastavam quando ela passava. E, principalmente, Rick, o único e que simplesmente havia sido culpado por coisas que ela mesma fez, vítima de como as pessoas não prestavam atenção nela. Mas, o pior de tudo era que quando prestavam, logo desviavam o olhar com horror ou faziam tudo o que pedia sem questionamentos.
Sua avó só ouvia com atenção, enquanto balançava a cabeça afirmativamente, pensativa.
— Seu pai era igual – Sorriu – Muito problemático e fechado. Até que começou a ir a uma acampamento de verão e fez amigos. Foi bom pra ele. Espere um minuto.
Sua avó levantou-se e entrou em seu quarto, enquanto Alícia esperava. Estava quase levantando-se para fazer um café na cozinha quando a sua avó voltou com um cartão amarelado.
— Achei. Seu pai ia nesse endereço nos verões – Disse estendendo o cartão. Alícia o pegou e ao ler a primeira palavra, a sequência de horrores começou.
Uma mesinha de madeira de três pernas com uma garrafa e xícaras de café veio flutuante em sua direção, ao mesmo que um baque surdo ecoava vindo do chão, do corpo inconsciente da avó. Logo, a mesinha que flutuava caiu sobre a senhora, molhando o piso todo de café preto, sangue e porcelana quebrada.
Assustada, Alícia deixou cair o cartão na poça de café ao se abaixar para socorrer a avó. Era como se fosse a própria vida esvaindo ao ver que o coração da senhora havia parado sob seus dedos.
Chorando de desespero, recolheu o cartão da poça de café, molhado, mas ainda intacto, e mandou uma mensagem para Rick, qual qual havia abandonado ao sair da escola.
De: Alicia
Para: Rick
[Arranje um táxi.
Temos que ir à long island ainda hoje.
Seja rápido.]


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Notas finais do capítulo

Capítulo curto mas precioso. Agora, a todos que não comentam, a sua chance é essa! Mande seu comentário pelo quadro abaixo com os dizeres:
"Chocado"
"horrorizado"
"horrível" - Para quem não gostou do capítulo
"excelente" - Para os loucos de carteirinha que acharam tudo da horinha
ou "Andorinha" pra quem não sabe o que comentar. (E porque fui eu quem escreveu a maior parte do cap)

Seu comentário é importante, lembrem-se. E também, se não comentar, mando meus capangas aí. Bateu medão agora, né? Pois é. Foi a intenção.



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