MaKtub “Estava Escrito” escrita por Cris Maya


Capítulo 1
Regras




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MaKtub “Estava Escrito”

Capítulo I

Regras

São Francisco EUA

 Victoria dormia tranquilamente, quando começou a ter mais um de seus pesadelo ou melhor era sempre o mesmo. Ela sonhava com uma mulher com roupas de outro século, sentada no chão chorando incontrolavelmente ao lado de um corpo de um homem sem vida. Essa mulher já não aguentando a dor que consumia sua alma, pega adaga e introduz em seu próprio coração. Caindo sem vida em cima do corpo ao lado do homem por quem chorava. Victoria gritava compulsivamente...

 

 — Minha menina, acorde! _ Nanã tentava acordar Victoria, a sacudiu até que Victoria abriu os olhos.

— Nanã socorro, não deixe ele morrer, eu não posso viver sem ele. – Victoria ainda não tinha voltado completamente a realidade.

— Meu amor, foi só um pesadelo. Eu estou aqui e nunca vou deixar nada de mal te acontecer. – Nanã abraçou com toda força a sua menina.

— A dor Nanã está muito forte! – Victoria levou a mão ao peito apertando com toda força.

— Calme, você tem que se acalmar. Respire, isso vai passar, sempre passar.

Victoria com muita dificuldade, foi respirando e se acalmando... As lagrimas ainda rolava por sua face. Ela agora segurava firme a mão de Nanã.

— Não me deixe sozinha hoje, durma aqui no quarto comigo. – disse isso com desespero.

— Nem se você me expulsasse eu sairia do seu lado. Nem hoje e nem nunca. – As duas deitaram, Victoria se encaixou nos braços de Nanã.

México

Fazenda Ferraz

 Heriberto estava em seu quarto, se arrumando para mais uma noite de festa, ele tentava preencher o vazio que sentia, com noites de festa e mulheres. Quando sentiu uma sensação estranha, como se alguém precisa-se dele. Por mais que se negasse em acreditar em tudo que não tivesse uma explicação cientifica, não podia negar essa sensação. Ele sentia uma enorme vontade de chorar e de sair em busca de alguém. Ficou pensando na mulher do seu sonho, até que alguém bate na porta...

 — Entre!

 _ Olá Dom Juan, já vai sair e iludi as pobres moças? – Marta disse isso com um sorriso no rosto.

— Eu não iludo ninguém, sempre sou sincero. Elas sabem que o Ferraz não é homem de uma mulher só. Mas hoje vou ficar em casa. Serei só da minha tia preferida. – disse isso abraçando e enchendo Marta de beijo.

— Você ainda vai se dar mal.... Quero só vê quando a predestinada chegar, o que você vai dizer para essas outras pobres coitadas.

— Tia, essa predestinada vai ficar só nos seus sonhos. Ainda não nasceu mulher pra colocar rédea em Heriberto Ferraz!

— Acho melhor ter cuidado com as palavras, elas tem poderes. E talvez a predestinada já nasceu só ainda você não conhece. – disse com tom sério.

— Que bobagem, acho que isso é fome. Vamos jantar... Bem que as palavras poderia ter poder, eu até sei o que diria um milhão de vezes.

— O que?

— Eu falaria um milhão de vezes pra você ser eterna.

— E quem disse que não somos?

— A ciência diz tia! Nunca vou fazer você descreditar nas suas coisas e a senhora nunca vai fazer eu acreditar nas suas. Isso sim é um fato!

— Eu tenho fé que o amor, faça você acreditar!

— Então faremos uma aposta, que tal? Se um dia Heriberto Ferraz amar alguma mulher a senhora tem direito a um desejo, se isso não acontecer eu terei direito a dois desejos. Que tal?

— Por que dois?

— Eu sabia que a senhora ia se pegar nisso... deixe eu explicar, vivemos em mundo que grande parte da população acredita nesse negócio de amor, a maioria que eu conheço já sentiu ou quer sentir. Eu sou o único que nem acredito e muito menos quero isso. Então acho que tenho direito a dois desejos. Uhm?

— Aposta aceita, já vou até a começar a pensar no meu desejo. – Marta estendeu a mão para Heriberto, afim de selar o acordo.

— Sua fé é admirável! – Heriberto pegou a tia pelas mãos e foram pra sala.

Fazenda Montenegro

Clara estava no quarto da filha Victoria, estava organizando os últimos detalhes, contava as horas para poder ver novamente a filha. Seu marido o Rodolfo, poucas vezes deixou ela visitar a filha em todos os anos longe. Ela se sentia infeliz ao lado do marido, nunca o amou, casou com ele amando outro. Mas esse amor era impossível. Tentou durante anos ser feliz ao lado de Rodolfo, mas ele nunca facilitou. Nos últimos anos, evitava até mesmo ficar muito tempo na presença dele.

— O que faz ai mulher? – Rodolfo entrou no quarto sem ser percebido.

— Estou organizando as coisas, para esperar nossa filha.

— Não sei pra quer essa besteira toda. Até parece que é grande coisa essa menina voltar. Espero que ela tenha recebido minhas regras... Porque se não seguir nem precisa vim.

— Como você fala assim da sua própria filha? Você não tem coração? – Clara começou a chora.

— Largue de besteira, e enxugue essas lagrimas antes que eu te der um bom motivo pra chorar. – Rodolfo jogou no chão os usos que Clara segura. E saiu do quarto.

— Meu Deus me der forças pra aguentar essa vida! Eu não suporto esse homem, maldita hora que eu me casei com esse maldito. – Ela pegou o uso do chão e o abraçou. – A única coisa boa dessa união é minha Victoria e daqui a dois dias ela vai torna esse inferno um pouco mais suportável.

São Francisco EUA

Dia seguinte

Victoria acordou, procurou por Nanã na cama... Estava sozinha. Tomou um banho e desceu a procura de sua fiel companheira.

— Nanã, Nanã onde está? _ Ela desceu as escadas correndo, muito animada. Nem parecia aquela menina frágil da noite anterior.

— Estou na cozinha!

— Bom dia, meu amor mais lindo! – Victoria foi até Nanã a enchendo de beijos.

— Que maravilha, vejo que está melhor!

— Estou sim! Aquele pesadelo parece que nunca vai deixar de existir... é isso quase toda noite. O pior é não entender e essa dor que sempre eu sinto quando eu tenho esse maldito pesadelo. – Victoria colocou a mão do peito e falou... _ E bem onde tenho minha marca.

— Você tem que procurar um médico eu já falei, você não escuta. Sente tome seu café! Hoje chegou uma carta do México pra você.

— Deve ser da mamãe, vou pegar! – Victoria foi até a sala e logo em seguida voltou.

 Quando viu o nome do remetente seu sorriso se desfez.

— Que cara é essa, não é dar sua mãe?

— Não é do senhor Rodolfo. – disse isso fazendo biquinho.

— Não faça isso e nem o chame de Rodolfo ele é seu pai e te ama.

— Que jeito estranho de amar que ele tem... Afasta a filha durante sete anos e nunca nem uma vez veio me visitar ou me deixou passar as férias lá.  – Disse isso e abriu a carta. Começou a ler a carta em voz alta...

Victoria ainda não estou muito convencido que a sua vinda seja uma boa ideia. Mas como já dei minha palavra e palavra de um Montenegro não tem volta, deixarei você voltar. Espero que não faça eu me arrepender! Minha casa, minhas regras... Primeira, Manter distância até do cheiro dos malditos dos Ferraz. Segunda, A última palavra nessa casa e no mundo em minha. Terceira, Aqui os horários são compridos à risca. Não quero que sai sem a minha permissão. Quinta, se eu permitir sua saída o horário será estipulado por mim. Última e mais importante todas essas regras serão compridas e se você cometer a loucura de quebrar alguma delas, pode ter certeza que você volta na mesma hora.

 

OBS: Espero que tenha entendido e se preferir ficar ai, por mim está tudo bem!

— Será que eu sou uma pessoa ruim por não gostar do meu pai? – As lagrimas caia na face de Victoria enquanto ela lia.

— Claro que não meu amor, você é uma menina maravilhosa. Seu pai também é um homem bom, só que ele prefere esconder. – Nem Nanã acreditava no que estava dizendo.

— Então ele esconde muito bem, por que eu nunca vi nem uma bondade naquele homem. – Ela secou as lagrimas e disse... – E se ele pensa que eu sou mulher de baixar a cabeça ele está muito enganado, essa regras dele que vá para o inferno. – Ela rasgou a carta.

— Eu não sei se é uma boa ideia você ir mesmo... Seu pai é um homem de personalidade forte, vai ser uma convivência difícil ou até impossível. – Os olhos de Nanã tinha vestígio de medo.

— Se ele acha que vou me dobra as regras dele, muito se engana, eu não sou a minha mãe. E nada nesse mundo vai fazer eu mudar de ideia, nem você Nanã, então por favor nem tente! Tem Algo me esperando no México, eu ainda não sei o que... Mas vou descobrir!

 

 


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