Susan, a filha de um Vingador (2° Temporada) escrita por Lia Araujo


Capítulo 68
Preparativos


Notas iniciais do capítulo

VOOOOOOOOLTEEEEEEEEIIIII
Sentiram minha falta?



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3 Meses e Meio Depois

Estou de pé no meio do ringue da academia dos vingadores, Steve, Natasha e Clint estão fora do ringue bebendo água.

— Vocês cansaram? - perguntei nenhum pouco ofegante.

— Só estamos nos hidratando - Clint falou

— Espero que quando a guerra começar esteja hidratados - falei descendo do ringue - Seria vergonhoso a manchete matinal ser Vingador perde a guerra após desmaio causado por desidratação.

— Você está ficando ranzinza - Clint falou revirando os olhos

— Só não quero que nada de ruim a aconteça a vocês. Preciso ter certeza  que estarão preparados - falei olhando-os

— Não é a primeira vez que lidamos com o Loki - Natasha falou

— Não. Não é. - falei baixo e passei por eles - Retomamos amanhã.

— Sim senhora - Steve falou e eu o olhei

— Senhora? Quando foi que fiquei tão velha? - perguntei com um meio sorriso

— Quando ficou ranzinza - Clint respondeu e eu ri

— Vejo vocês depois - falei e no instante seguinte as  portas do elevador se fecharam

Fui para o andar dos Vingadores. Voltei pro meu quarto, tomei banho e fui ajudar a terminar o almoço. Logo após almoçar, peguei minhas coisas e saí. Fui em direção ao acampamento, quando cheguei tava pra se ouvir os barulhos das espadas se chocando durante os treinos, fui direto pra arena. No momento que comecei a dar os primeiros passos dentro da arena todo barulho parou, nenhuma lâmina se chocou, todos abaixaram suas espadas, pararam o treino corpo a corpo. Todos sabiam o que minha presença ali significava.

— Não parem porque cheguei - falei alto e todos voltaram a treinar

Era notável que todos estavam de dedicando ao máximo nos treinos. Me aproximei do meu marido, ele como todos os semideuses tinha ganhado mais corpo, estava visivelmente mais forte.

— Se eu não soubesse a sua história, juraria pelo Estige que seria uma filha de Ares - Nico falou sorrindo fechando a garrafa de água, mas a preocupação dele era visível.

— Eu não sou tão rabugenta como a Clarice - me defendi sorrindo de volta

— Eu ouvi você - Clarice falou se aproximando de nós.

— Desculpa - falei com ironia

— Veio ver como eles estão? - Clarice perguntou olhando os semideuses

— Não preciso. Sei que estão sendo bem treinados pelos melhores - assegurei e ela deu um discreto sorriso - Na verdade, vim buscar o meu marido.

— Pra onde vamos? - Nico perguntou

— Pra casa - respondi simplesmente

— Vou tomar um banho e vamos - Nico falou e eu assenti

— Estarei na praia - falei, ele me deu um selinho e saiu

Sai da arena e fui para a praia, de alguma forma o som do mar acalmava, não apenas o meu corpo, mas a minha mente. Sentada ali, apenas sentindo os raios de sol banharem meu corpo, ouvindo o som das ondas se quebrando, não prestei muita atenção em quanto tempo fiquei ali, apenas desliguei meus pensamentos, só voltando a realidade quando Nico sentou ao meu lado.

— O que tanto você pensa? - Nico perguntou me olhando

— Prefiro conversar quando chegarmos em casa. Aqui as arvores ouvem - falei e olhei na direção da ninfa da floresta que nos observava.

— Tudo bem - ele falou se levantando - Vamos voltar pra Torre?

— Não, se aqui as arvores ouvem, lá as paredes ouvem - falei me referindo ao Jarvis

— Então para onde vamos? - Nico perguntou me ajudando a levantar

— Para o lugar que nos conhecemos -  falei e ele assentiu entendendo

Não demorou mais que alguns segundo até estarmos viajando nas sombras indo em direção a Vermont. Quando as nevoas se desfizeram estávamos no meio da minha sala de estar.

— Lembra da nossa primeira conversa aqui? - Nico perguntou e eu assenti com um sorriso discreto - Naquela época achava que você era idêntica a Bianca, mas hoje vejo que não era por isso.

— Não? Então o que era? - perguntei me aproximando dele

— A Bianca era a unica pessoa que eu amava de verdade - ele começou a falar e acariciou meu rosto - Assim que te vi naquele beco, te amei imediatamente, mesmo que não tenha percebido isso antes.

— Ah, Nico - falei e o abracei forte, segundos depois as lagrimas caiam descotroladamente

— Não chora, meu Amor. Eu tô aqui - Nico falava acariciando meu cabelo durante o abraço

— Eu tô com medo - falei entre os soluços - Em 15 dias, uma guerra irá começar. Toda guerra tem lista de baixas e eu não quero perder ninguém

— A gente vai dar um jeito, não precisa ser assim - Nico falava tentando me acalmar e suspirou - Queria tanto poder trocar de lugar com você. Queria tanto poder tirar o medo que te consome, Mi Amore.

Mesmo em meio as lagrimas, me afastei levemente do seu abraço, passei os braços em torno do pescoço dele e o beijei com carinho, ignorando o gosto salgado das lagrimas, ele retribuiu o carinho, me abraçou forte me puxando mais para ele, logo o beijo que se iniciou calma, estava repleto de desejo, as lagrimas que banhavam meu rosto haviam parado de rolar, rompemos o beijo quando o ar se fez necessário novamente, olhei em seus olhos, suas pupilas dilatadas, deixando seus olhos ainda mais negros que o de costume, eu reconhecia aquele olhar.

— Eu preciso de você. Agora - falei sem pensar, apenas cedendo ao meu corpo que necessitava de um contato maior do Nico

Ele não disse nada, apenas abaixou o braço direito indo até a parte de tras da minha coxa e me puxou pro seu colo no mesmo instante que se sentava no sofá, me fazendo ficar montada nele, não pude conter o sorriso, ele colocou uma mão em minhas costas me fazendo ir pra frente e ficar ainda mais próxima dele. Logo seus lábios estavam de encontro aos meus novamente, tomando-os em um desejo bruto, como se fosse a unica oportunidade de me beijar. Senti o familiar frio na espinha quando retribui o beijo na mesma intensidade. Os labios do Nico sairam da minha boca e seguiram caminho para meu pescoço, ergui um pouco a cabeça pra lhe dar mais acesso, ele mordiscou a pele na região da base do pescoço.

— ah, Nico - arquejei, apertando forte seu ombro, devido ao tamanho das unhas ele gemeu levemente.

Abri os olhos quando Nico se afastou um pouco recuperando o ar e vi que estávamos no meu antigo quarto, nossas testas, ainda ofegantes

— Tem certeza que quer fazer isso aqui? - perguntei olhando-o

— Não me importo com o lugar, desde que seja com você - ele falou e eu sorri

Dei outro beijo tão intenso quanto o anterior, podia sentir através das nossas roupas que ele estava excitado, movimentei os quadris levemente causando um atrito e ele gemeu contra meus lábios, direcionei a minha boca para seu pescoço podia ouvi-lo suspirar fortemente, movi meus quadris pra cima e pra baixo e ouvi ele gemer. As mãos dele começaram a percorrer meu corpo, senti a magia se mover a nossa volta, só então notei que nossas roupas haviam sumido e estávamos apenas de roupas intimas agora. Olhei pro meu marido que sorriu

— Andei praticando - ele falou e me tomou em seus braços novamente. 

Ele me deitou na cama com cuidado e logo estávamos fazendo amor, esquecendo toda preocupação, todo medo, todas as coisas. Existiam apenas eu e ele, nada mais importava naquele momento. Não sei quanto tempo se passou desde que começamos a nos amar, acabamos dormindo, quando acordei me encontrava sozinha na cama.

Usando magia criei um vestido, me levantei, comecei a caminhar pela casa, até que ouvi um barulho vindo do andar inferior, quando entrei na cozinha, vi que o Nico havia saído para fazer compras, tinha algumas bolsas sobre o balcão e outras vazias pela bancada, fiquei observando meu marido preparando um lanche pra gente, depois de algum tempo ele notou minha presença.

— A quanto tempo, tá ai? - ele perguntou limpando as mãos

— Tempo suficiente - falei entrando na cozinha

— Com fome? - ele perguntou e olhei as omeletes com presunto e queijo

— Faminta - falei me aproximando, ele cortou um pedaço da omelete, me deu na boca e fiquei surpresa com o sabor - Muito bom, onde aprendeu?

— Eu tinha que aprender alguma coisa depois de tanto var você cozinhar - Nico falou e encheu um copo com o suco de laranja

— Obrigada - falei pegando o copo

Nico começou a colocar os pratos em uma bandeja grande, colocou a jarra de suco, mais um copo e colocou tudo na mesa de jantar, nos sentamos comendo em silencio por um tempo.

— Eu poderia me acostumar com isso - Nico falou e eu o olhei

— Com o quê? - perguntei curiosa

— Viver nessa casa, só... você e eu, sem toda aquela movimentação da Torre - ele falou me olhando

— Aceitaria viver aqui? - perguntei olhando-o

— Moraria em qualquer lugar desde que eu esteja com você - ele falou pegando minha mão e a beijando - Não é uma ideia definitiva, nem de urgência, mas se quiser... depois que toda essa guerra acabar, poderíamos morar aqui.

Pensei um pouco no assunto e eu também me imaginava morando ali com ele, nos imaginava juntos no sofá depois de um dia de trabalho, coisa que fazíamos juntos nos últimos 3 meses, ele passou a me ajudar com o trabalho que eu levava pra casa, me ajudando no que fosse preciso e descobrimos que ele tem um talento nato para administração, acredito que isso venha da versão romana de seu pai, que é o deus das riquezas. Desde então passei a leva-lo comigo para o Buffet, para que ele me ajudasse com as contas e as papeladas. 

— Eu também poderia me acostumar a vivermos apenas nós dois - falei sorrindo e ele deu um sorriso nervoso - Está tudo bem?

— Está, é que... eu tava pensando... - ele parecia inseguro ao falar - Quem sabe... daqui a algum tempo, possa não ser... só nós dois.

Fiquei sem reação ao ouvir isso, acho que fiquei pálida porque ele logo se apressou a falar

— Calma, sei que perdemos nosso filho, ainda tô tentando assimilar isso - Nico falou me olhando com carinho - Mas... desde que reconheci que te amo, sonho em constituir uma família com você, então se você quiser... mais no futuro, acho que nós, poderíamos... tentar

Permaneci em silêncio, a verdade é que desde que soube que estava gravida e havia perdido o meu filho, eu não havia pensado em filhos novamente, essa era a primeira vez que o pensamento me ocorria, e devo confessar que a ideia me assustou agora. Não queria passar pela dor da perda novamente, não quero que meu filho corra perigos dos quais eu corro, mas também tenho o sonho de ser mãe, o sonho de ver uma criança crescer dentro do meu ventre, é possível imaginar um futuro comigo, Nico e um filho. Seria possível que essa indecisão acabe?

Não percebi que uma lagrima havia escorrido até que o Nico a secou e suspirou.

— Não chora, Amor. Me desculpa, foi uma ideia estupida, e eu... - logo o interrompi

— Não é isso, eu quero uma família, eu quero, mas... vamos dar tempo ao tempo - pedi olhando-o - Ainda estou machucada com a perda do nosso filho.

— Depois a gente pensa nisso, tá bem? - Nico falou e eu assenti

Ficamos mais algum tempo na minha casa... na nossa casa, conversamos sobre as coisas que iriamos mudar na casa, limpamos tudo e na hora do jantar voltamos para Torre, decidimos que só contaríamos a eles a nossa decisão quando as coisas se acalmassem. Jantei com meu pai, a Pepper e os demais vingadores. Contei que os próximos dias estaria no acampamento fazendo os preparativos finais para os semideuses.

— E quando volta? - meu pai perguntou

— Na véspera do meu aniversário - falei brincando com a comida em meu prato

— Tem certeza que vai ser no dia do seu aniversário? - Steve perguntou

— Algo dentro de mim diz que sim - falei afastando o prato de comida

— Estaremos preparados para ele - Natasha falou

— E ele também estará preparado - murmurei 

— Amor, acho melhor irmos dormir, amanhã teremos que ir cedo pro acampamento - Nico falou notando meu desconforto 

— Tudo bem - falei e olhei a minha familia - Boa noite, gente!

— Boa noite, Su - eles responderam e eu sai acompanhada do Nico indo em direção ao nosso quarto.

Troquei de roupa para irmos dormir, me deitei abraçando o Nico até que o sono chegasse. Ele adormeceu, mas eu não conseguia dormir. Me levantei com cuidado peguei meu roupão, fui até a poltrona que fica de frente a parede de vidro e sentei me encolhendo na poltrona tendo a vista de toda cidade de Nova Iorque. Não sei quanto tempo fiquei observando a cidade, não em que momento eu adormeci, apenas me sentir ser levada para o mundo dos sonhos torcendo para não ver nada que me incomodasse... não ver ninguém para ser sincera.


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